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Universidade Agostinho Neto

Faculdade Ciências Sociais


Departamento De Psicologia

MATERIAL DE APOIO
DE NEUROCIÊNCIA
COMPILAÇÃO ORIGINAL: DR. ABEL MIGUEL (EM MEMÓRIA)

Docente: Lic. Bráulio Marques


LUANDA | 2020
Neurociência é a área que se ocupa em estudar o sistema nervoso (SNC como SNP), visando desvendar
seu funcionamento, estrutura, desenvolvimento e eventuais alterações que sofra.
Portanto, o objecto de estudo dessa ciência é complexo, sendo constituído por três elementos: o
cérebro, a medula espinhal e os nervos periféricos.
Ele é responsável por coordenar todas as actividades corporais, tanto nas actividades voluntárias,
quanto as involuntárias.
Resposta resumida: neurociência consiste no estudo sobre o sistema nervoso e suas funcionalidades,
além de estruturas, processos de desenvolvimento e alguma alteração que possa surgir no decorrer da
vida.
É uma análise minuciosa sobre o que manda e desmanda em nossa vida.
Os estudos da neurociência estão divididos em campos específicos que exploram as áreas do sistema
nervoso. São elas:
1. Neurofisiologia: é o estudo das funções do sistema nervoso.
Ela utiliza eletrodos para estimular e gravar a reação das células nervosas ou de área maiores do
cérebro. Ocasionalmente, separaram as conexões nervosas para avaliar os resultados.
2. Neuroanatomia: dedica-se a compreender a estrutura do sistema nervoso, dividindo cérebro,
a coluna vertebral e os nervos periféricos externos em partes para nomeá-las e compreender
as suas funções.
3. Neuropsicologia: foca na interacção entre os trabalhos dos nervos e as funções psíquicas.
4. Neurociência comportamental: ligada à psicologia comportamental, é a área que estuda o
contato do organismo e os seus fatores internos, como pensamentos e emoções, ao meio e aos
comportamentos visíveis, como fala, gestos e outros.
5. Neurociência cognitiva: estudo voltado à capacidade cognitiva, em que estão inclusos
comportamentos ainda mais complexos, como memória e aprendizado.

São várias as finalidades das pesquisas na área da neurociência.


Entre elas, destaque para:
- O entendimento de como nossas vivências são capazes de alterar o cerébro e como interferem no
seu desenvolvimento.
Dessa forma, essa disciplina abrange a inteligência, o raciocínio, a capacidade de sentir, de
sonhar, comandar o corpo, tomar decisões, fazer movimentos, entre outros.
Alguns sectores específicos também se utilizam da neurociência, como é o caso dos profissionais em
engenharia médica, no desenvolvimento de equipamentos e soluções a portadores de necessidades
especiais.
Da mesma forma, podemos citar profissionais da informática que desenvolvem softwares, para
viabilizar as actividades de pessoas com algum tipo de limitação intelectual ou física.
A Neurociência busca compreender o funcionamento do sistema nervoso, integrando suas diversas
funções (movimento, sensação, emoção, percepção, pensamento, memória etc).

Sabe-se que o sistema nervoso é plástico, ou seja, é capaz de se modificar sob a ação de estímulos
ambientais.
Esse processo, denominado de plasticidade do sistema nervoso,

Quando uma criança sofre uma lesão no cérebro, as células nervosas sadias assumem as tarefas das
que foram destruídas. Isso se chama plasticidade neuronal, ocorre graças à formação de novos circuitos
neurais, à reconfiguração da árvore dendrítica e à alteração na atividade sináptica de um determinado
circuito ou grupo de neurônio.

A capacidade de um organismo sobreviver e se manter em equilíbrio depende de sua habilidade em


responder à variações do ambiente interno e externo.
Variações dentro do organismo ou fora, que possam ser detectadas, são chamadas de estímulo e a
resposta apropriada a um estímulo é denominado de reflexo

neurónio é formado por:


- Um corpo celular, que contém citoplasma, núcleo e organelas, o qual apresenta 2 tipos característicos
de projecções: os axônios e os dendritos.
A mielina é uma substância branca que forma uma bainha ao redor das fibras nervosas, sendo um
isolante, o que influencia a transmissão dos impulsos nervosos ou seja no aumento da velocidade de
transmissão dos impulsos nervosos.
Entre as células de Schwann sucessivas, ocorrem estreitamentos, os nódulos de Ranvier, pontos nos
quais os axônios não estão isolados, garantem a Condução Saltatória do impulso nervoso. Logo quanto
maior for a distância entre estes nódulos (ou seja, quanto mais mielinizada for a fibra), maior a
velocidade de condução do impulso
Segundo o número de dendritos os neurônios podem dividir-se em:
Neurónio mono ou unipolar: Um só axônio, nenhum dendrito. Presente nos órgãos dos sentidos. Os
receptores sensoriais ocupam o lugar dos dendritos.
Neurónio bipolar: Um axônio, um dendrito. Presente também nos órgãos dos sentidos.
Neurónio pseudomonopolar: Dendrito e axônio se fusionam perto do corpo neuronal.
Neurónio multipolar: Várias dendritos, um axônio. Predomina no sistema nervoso central.
Algumas funções dos neurónios
Classes de células no sistema nervoso
A Célula Neural, Neurónio ou Neurócito, e as células da glia, ou neuróglia, ou gliócitos, são os dois tipos
de células do sistema nervoso.
O neurónio constitui a unidade básica, estrutural e funcional, e tem a função de receber, integrar,
processar e transmitir informações.
Os neurónios possuem um corpo celular, que constitui o seu centro metabólico, onde a informação
recebida pelos dendritos é processada; um axônio (elemento transmissor) e vários dendritos
(elemento receptor).

Dendritos: são processos celulares, tipicamente curtos, altamente ramificados, especializados em


receberem informações e enviarem estímulos para o corpo celular. Este integra os sinais recebidos,
podendo receber impulsos diretamente.
Os impulsos nervosos são conduzidos do corpo celular para outros neurónios ou glândulas através de
outro prolongamento, o axônio, que pode ter até 1 metro de comprimento.
Na porção terminal, o axônio ramifica-se formando os terminais do axônio que terminam em
estruturas minúsculas chamadas botões sinápticos.
Estas estruturas liberam neurotransmissores, substâncias químicas que transmitem sinais de um
neurônio para outro.
O sistema nervoso permite respostas rápidas:
Recebe informações através dos órgãos dos sentidos e dos neurónios por si só,
Transmite mensagens, interpretando-as,
Integrando-as, de modo que a resposta seja coordenada.
RESPOSTA NEURAL
Respostas apropriadas a um estímulo envolvem 4 processos: recepção, transmissão, integração e
resposta pelos músculos ou glândulas.
Recepção: é o processo de detectar um estímulo, é o trabalho dos órgãos dos sentidos e dos neurónios.
Transmissão: processo de envio de mensagens através dos neurónios, de um neurónio para outro, ou
de um neurônio para um músculo ou glândula.
Integração: é o processo de interpretar a informação que chega e determinar o modo apropriado de
resposta.
Resposta: é a resposta interpretada em regiões específicas do Sistema Nervoso Central.

As fibras nervosas organizam-se em feixes e são formadas pelos prolongamentos dos neurónios
(dendritos ou axônios) e seus envoltórios.
1.Cada feixe forma um nervo.
2. Cada fibra nervosa é envolvida por uma camada conjuntiva denominada endoneuro.
3. Cada feixe é envolvido por uma bainha conjuntiva denominada perineuro.
4 Vários feixes agrupados paralelamente formam um nervo.

SINAPSES
É o ponto de encontro entre dois neurônios ou entre um neurônio e a célula muscular, onde não há
contato físico, havendo então uma fenda sináptica.
Os impulsos são transmitidos de um neurônio para o outro ou para a célula muscular por meio de
mediadores químicos liberados neste espaço, chamados neurotransmissores como a acetilcolina, a
adrenalina (ou epinefrina), a noradrenalina (ou norepinefrina), a dopamina e a serotonina.
O neurônio que transmite o impulso é chamado de neurônio pré-sináptico, enquanto o que recebe, de
neurônio pós-sináptico.

Dependendo das substâncias liberadas distinguem-se sinapses: elétrica e química.


1 - Sinapse elétrica: o potencial de acção pode ser transmitido directamente para outra célula, por
meio de conexões célula-célula, as "gap junctions". A transmissão do impulso nestas sinapses é muito
rápida.
2 - Sinapse química: a fenda entre as duas células é de mais de 20nm (nanómetro) = 0,000 001 mm (1
milionésimo de milímetro) e o impulso nervoso não consegue "saltar" a fenda para chegar na outra
célula. Assim, é necessário que compostos químicos, os neurotransmissores, conduzam a mensagem
neural através das sinapses.
3-Sinapses Neuromusculares: A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é
chamada sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação da substância neurotransmissora acetilcolina
que estimula a contração muscular.

4- Sinapses Elétricas: Em alguns tipos de neurónios, o potencial de acção se propaga directamente do


neurónio pré-sináptico para o pós-sináptico, sem intermediação de neurotransmissores. As sinapses
eléctricas ocorrem no sistema nervoso central, actuando na sincronização de certos movimentos
rápidos.

Os neurónios são organizados em vias específicas ou circuitos neurais. O arranjo é feito de tal forma
que o axônio de um neurónio no circuito forma junções com o dendritos do próximo neurónio.
Neurotransmissores importantes e suas funções
DOPAMINA
Controla níveis de estimulação e controle motor em muitas partes do cérebro. Quando os níveis estão
extremamente baixos na doença de Parkinson, os pacientes são incapazes de se mover volutáriamente.
SEROTONINA
O 'neurotransmissor do 'bem-estar'. ' Ela tem um profundo efeito no humor, na ansiedade e na
agressão.
ACETILCOLINA (ACh)
A acetilcolina controla a atividade de áreas cerebrais relaciondas à atenção, aprendizagem e memória.
Pessoas que sofrem da doença de Alzheimer apresentam tipicamente baixos níveis de ACTH no córtex
cerebral,
NORADRENALINA
Principalmente uma substância química que induz a excitação física e mental e bom humor. A produção
é centrada na área do cérebro chamada de locus coreuleus, que é um dos muitos candidatos ao
chamado centro de "prazer" do cérebro. A medicina comprovou que a norepinefrina é uma mediadora
dos batimentos cardíacos, pressão sanguínea, a taxa de conversão de glicogênio (glucose) para energia,
assim como outros benefícios físicos.
GLUTAMATO
O principal neurotransmissor excitante do cérebro, vital para estabelecer os vínculos entre os
neuroônios que são a base da aprendizagem e da memória a longo prazo.
ENCEFALINAS E ENDORFINAS
Essas substâncias são opiáceos que, como as drogas heroína e morfina, modulam a dor, reduzem o
estresse, etc. Elas podem estar envolvidas nos mecanismos de dependência física.

O SISTEMA NERVOSO

É no sistema nervoso central que ocorrem nossos pensamentos, emoções, ficam arquivadas as
informações e ocorre todo tipo de estímulo sensitivo.

O sistema nervoso periférico, composto pelos nervos do crânio e nervos raquidianos e suas
ramificações, controla a entrada e saída de estímulos nervosos em nossos órgãos e sistemas.

O sistema nervoso somático é o responsável pela transmissão das informações de nossos sentidos
(audição, visão, paladar, olfato e tacto) ao SNC (sistema nervoso central), e, também, por conduzir os
impulsos nervosos do SNC aos músculos esqueléticos. No caso das respostas motoras, esta ação será
voluntária, pois, pode ser controlada conscientemente.

O sistema nervoso autônomo envia informações de órgãos viscerais, tais como, pulmão e estômago,
ao SNC. Envia também impulsos nervosos do SNC ao músculo liso, músculo cardíaco e glândulas. Sua
ação é involuntária, pois não depende de nossa vontade. Por exemplo, nosso coração continua
batendo mesmo quando estamos dormindo profundamente.

Em anatomia chama-se sistema nervoso central (S.N.C.), ou neuroeixo, ao conjunto do encéfalo e


da medula espinhal.
O SISTEMA NERVOSO
• O S.N.C. recebe, analisa e integra informações.
• É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens.
• O S.N.P. carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e do
sistema nervoso central para os órgãos efetores (músculos e glândulas).

SISTEMA NERVOSO CENTRAL

O sistema nervoso central é constituído por encéfalo e a medula Espinal

O ENCÉFALO é constituído por cérebro, cerebelo e o tronco cerebral

1. O cérebro (telencéfalo) é dividido em dois hemisférios cerebrais unidos por uma região chamada de
corpo caloso.
No cérebro, situam - se as sedes da memória e dos nervos sensitivos e motores.
Entre os hemisférios, estão os VENTRÍCULOS CEREBRAIS (ventrículos laterais e terceiro ventrículo);
contamos ainda com um quarto ventrículo, localizado ao nível do tronco encefálico.
São reservatórios do LÍQUIDO CÉFALO-RAQUIDIANO, (LÍQÜOR), participando na nutrição, proteção do
sistema nervoso.
O encéfalo humano contém cerca de 35 bilhões de neurônios e pesa aproximadamente 1,4 kg.

A região superficial do cérebro, que acomoda bilhões de corpos celulares de neurônios (substância
cinzenta), constitui o córtex cerebral.

O córtex recobre um grande centro medular branco, formado por fibras axonais (substância branca).
Em meio a este centro branco, há agrupamentos de corpos celulares neuronais que formam os
núcleos da base ou núcleos basais - CAUDADO, PUTAMEN, GLOBO PÁLIDO e CLAUSTRO, envolvidos no
controle do movimento.

O córtex cerebral está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente distintas, sendo a maioria
pertencente ao chamado neocórtex.. Cada uma delas controla uma atividade específica.

Córtex Cerebral
Funções:
Pensamento, - Movimento voluntário, - Linguagem Julgamento e Percepção
A palavra córtex vem do latim para "casca". Isto porque o córtex é a camada mais externa do cérebro.
No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca.
A substância cinzenta é formada pelos corpos dos neurônios e a branca, por seus prolongamentos.
Com exceção do bulbo e da medula espinhal, a substância cinzenta ocorre na parte interna e a
substância branca na parte externa.
Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas (caixa craniana, protegendo o encéfalo;
e coluna vertebral, protegendo a medula - também denominada raque) e por membranas
denominadas meninges, situadas sob a proteção esquelética:

Dura-máter (a externa), Aracnóide (a do meio) e Pia-máter (a interna).


Entre as meninges aracnóide e pia-máter há um espaço preenchido por um líquido denominado
líquido cefalorraquidiano ou líquor.

Líquido cefalorraquiano ou líquor.


Líquido claro, aquoso, produzido pelos plexos coróides no interior dos ventrículos cerebrais e que
preenche o espaço subracnóideo envolvendo todo o S.N.C. (encéfalo e medula espinhal).
Tem função de protecção das estruturas nervosas, evitando o contacto direto das mesmas com a
caixa óssea
Plexo coroides redes de delgados vasos da pia–máter ao nível dos ventrículos laterais do cérebro
onde se forma o líquido cefalorraquiano

Os lobos são as principais divisões físicas do


córtex cerebral.

1. O lobo frontal é responsável pelo


planejamento consciente e pelo
controle motor.

2. O lobo temporal tem centros


importantes de memória e audição.

3. O lobo parietal lida com os sentidos


corporal e espacial.

4. o lobo occipital direciona a visão.


Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores do olfato,
passam pelo Tálamo antes de atingir o córtex cerebral.
Esta é uma região de substância cinzenta localizada entre o tronco encefálico e o
cérebro.
O tálamo atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex
cerebral.
O tálamo também está relacionado com alterações no comportamento emocional; que
decorre, não só da própria actividade, mas também de conexões com outras estruturas
do sistema límbico (que regula as emoções).
O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, é o principal centro
integrador das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais responsáveis
pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema
endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas.

É o hipotálamo que controla a temperatura corporal, regula o apetite e o balanço de


água no corpo, o sono e está envolvido na emoção e no comportamento sexual.
Especificamente, as partes laterais envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a
porção mediana mais ligada, ao desprazer e à tendência ao riso (gargalhada)
incontrolável.
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se
ventralmente ao cerebelo.
Possui três funções gerais:

1) Recebe informações sensitivas de estruturas cranianas e controla os músculos da


cabeça;
2) Contém circuitos nervosos que transmitem informações da medula espinhal até
outras regiões encefálicas e, em direção contrária, do encéfalo para a medula espinhal;
3) Regula a atenção.
Além destas 3 funções gerais, as várias divisões do tronco encefálico desempenham
funções motoras e sensitivas específicas.

Na constituição do tronco encefálico entram corpos de neurônios que se agrupam em


núcleos e fibras nervosas,
As fibras nervosas que, por sua vez, se agrupam em feixes denominados tractos,
fascículos ou lemniscos.
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que
entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10
fazem conexão no tronco encefálico.
O Tronco Encefálico é uma área do encéfalo que fica entre o tálamo e a medula espinhal.
Possui várias estruturas como o bulbo, o mesencéfalo e a ponte.
Algumas destas áreas são responsáveis pelas funções básicas para a manutenção da vida
como a respiração, o batimento cardíaco e a pressão arterial.

Bulbo: recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as funções


autônomas (a chamada vida vegetativa): batimento cardíaco, respiração, pressão do
sangue, reflexos de salivação, tosse, espirro e o acto de engolir. Bulbo Possui a forma de
um cone invertido. A função do bulbo é conduzir os impulsos nervosos do cérebro para
a medula espinhal e vice-versa.
Também e controla a circulação, a respiração, a digestão e a excreção.
A região do bulbo que controla os movimentos respiratórios e os cardíacos chama-se nó
vital. Recebe esse nome porque se uma pessoa recebe uma forte pancada nesse local
poderá morrer instantaneamente, devido à paralisação dos movimentos respiratórios e
cardíacos.

Ponte: Participa de algumas atividades do bulbo, interferindo no controle da respiração,


além de ser um centro de transmissão de impulsos para o cerebelo. Serve ainda de
passagem para as fibras nervosas que ligam o cérebro à medula.
Mesencéfalo: Funções Visão, Audição, Movimento olhos, Movimento do corpo

2. CEREBELO
Funções:

 Coordenar os movimentos do corpo para manter seu equilíbrio, Postura Tônus


muscular.
O álcool afecta o cerebelo e é por essa razão que a pessoa bêbada não consegue
caminhar em linha recta.
O cerebelo fica localizado ao lado do tronco encefálico.
Tálamo

 Funções: Integração Sensorial Integração Motora


O tálamo recebe informações sensoriais do corpo e as passa para o córtex cerebral. O
córtex cerebral envia informações motoras para o tálamo que posteriormente são
distribuídas pelo corpo. Participa, juntamente com o tronco encefálico, do sistema
reticular, que é encarregado de “filtrar” mensagens que se dirigem às partes conscientes
do cérebro.

Sistema Límbico
Funções:
Memória, Aprendizado, Emoções Comportamento Emocional, Vida vegetativa
(digestão, circulação, excreção etc.)
O Sistema Límbico é um grupo de estruturas que inclui hipotálamo, tálamo, amígdala,
hipocampo, os corpos mamilares e o giro do cíngulo.
Todas estas áreas são muito importantes para a emoção e reações emocionais. O
hipocampo também é importante para a memória e o aprendizado. Os órgãos
diretamente envolvidos na habilidade lingüística do ser humano são o cérebro, o
aparelho auditivo e o aparelho articulatório (cordas vocais, cavidades bucal e nasal,
língua, lábios, dentes). Destes, sem dúvida, o cérebro é o mais importante.

A Medula Espinhal
Medula espinhal tem a forma de um cordão com aproximadamente 40 cm de
comprimento. Ocupa o canal vertebral, desde a região do atlas até o nível da segunda
vértebra lombar.

 A medula funciona como centro nervoso de actos involuntários e, também,


como veículo condutor de impulsos nervosos.

Da medula partem 31 pares de nervos raquidianos que se ramificam por meio dessa
rede de nervos, a medula se conecta com as várias partes do corpo, recebendo
mensagens de vários pontos e enviando-as para o cérebro e recebendo mensagens do
cérebro e transmitindo-as para as várias partes do corpo.

A medula espinhal é organizada em segmentos ao longo de sua extensão.


Raízes nervosas de cada segmento inervam regiões específicas do corpo.:
• Os segmentos da medula cervical são oito (C1 a C8) e controlam a sensibilidade
e o movimento da região cervical e dos membros superiores.
• Os segmentos torácicos (T1 a T12) controlam o tórax, abdome e parte dos
membros superiores.
• Os segmentos lombares (L1 a L5) estão relacionados com movimentos e
sensibilidade dos membros inferiores.
• Os sacrais (S1 a S5) controlam parte dos membros inferiores, sensibilidade da
região genital e funcionamento da bexiga e intestino.

A medula possui dois sistemas de neurónios:

 O sistema ascendente
Transporta sinais sensoriais das extremidades do corpo até a medula e de lá para o
cérebro.

 O sistema descendente
Controla funções motoras dos músculos, regula funções como pressão e temperatura e
transporta sinais originados no cérebro até seu destino;

Os corpos celulares dos neurónios se concentram no cerne da medula – na massa


cinzenta.
Os axônios ascendentes e descendentes, na área adjacente – a massa branca.

As duas regiões também abrigam células da Glia.


Durante uma fractura ou deslocamento da coluna, as vértebras que normalmente
protegem a medula podem matar ou danificar as células.

O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO


O sistema nervoso periférico é formado por nervos encarregados de fazer as ligações
entre o sistema nervoso central e o corpo.

NERVO é a reunião de várias fibras nervosas, que podem ser formadas de axônios ou de
dendrítos.

Sistema Nervoso Periférico é o conjunto dos nervos , gânglios, terminações nervosas e


é dependendo das funções divide – se por dois sectores: somático e vegetativo

SNP somático em conjunção com os músculos esqueléticos depende da vida de relação


(o conjunto coordenado de acções e reacções entre o homem e o meio ambiente
SNP vegetativo em conjunção com os músculos lisos, regulam a actividade dos órgãos
e compreende duas secções simpático e parasimpático
O SNP autónomo (SNPA) é dividido em dois ramos: simpático e parassimpático, que se
distinguem tanto pela estrutura quanto pela função.
Enquanto os gânglios da via simpática localizam-se ao lado da medula espinal, distantes
do órgão efetuador, os gânglios das vias parassimpáticas estão longe do sistema nervoso
central e próximos ou mesmo dentro do órgão efetuador.

As fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas inervam os mesmos órgãos, mas


trabalham em oposição. Enquanto um dos ramos estimula determinado órgão, o outro
o inibe. Essa ação antagônica mantém o funcionamento equilibrado dos órgãos internos.
SNPA simpático, de modo geral, estimula acções que mobilizam energia, permitindo ao
organismo responder a situações de estresse. Por exemplo, o SNPA simpático é
responsável pela aceleração dos batimentos cardíacos, pelo aumento da pressão
sanguínea, pelo aumento da concentração de açúcar no sangue.

Já o SNPA parassimpático estimula principalmente actividades relaxantes, como a


redução do ritmo cardíaco e da pressão sanguínea, entre outras.

As fibras nervosas organizam-se em feixes e são formadas pelos prolongamentos dos


neurónios (dendritos ou axônios) e seus envoltórios.

1.Cada feixe forma um nervo.


2. Cada fibra nervosa é envolvida por uma camada conjuntiva denominada endoneuro.
3. Cada feixe é envolvido por uma bainha conjuntiva denominada perineuro.
4 Vários feixes agrupados paralelamente formam um nervo.

Quando partem do encéfalo, os nervos são chamados de cranianos;


Quando partem da medula espinhal denominam-se raquidianos.
Do encéfalo partem doze pares de nervos cranianos.
Três (3) deles são exclusivamente sensoriais; cinco (5) são motores e os quatro (4)
restantes são mistos.
Nervos sensitivos, motores e mistos

Nervos sensitivos são os que contêm somente fibras sensitivas, que conduzem impulsos
dos órgãos sensitivos para o sistema nervoso central.
Nervos motores são os que contêm somente fibras motoras, que conduzem impulsos
do sistema nervoso central até os órgãos efetuadores (músculos ou glândulas).
Nervos mistos contêm tanto fibras sensitivas quanto motoras.

Os 31 pares de nervos raquidianos que saem da medula relacionam-se com os músculos


esqueléticos. Eles se formam a partir de duas raízes que saem lateralmente da medula:
A raiz posterior ou dorsal, que é sensitiva, e a raiz anterior ou ventral, que é motora.
Essas raízes se unem logo após saírem da medula. Desse modo, os nervos raquidianos
são todos mistos.
De acordo com as regiões da coluna vertebral, os 31 pares de nervos raquidianos
distribuem-se da seguinte forma:

• Oito (8) pares de nervos cervicais;

• Doze (12) pares de nervos dorsais;

• Cinco (5) pares de nervos lombares;

• Seis (6) pares de nervos sacrais.

As acções voluntárias resultam da contracção de músculos estriados esqueléticos, que


estão sob o controle do sistema nervoso periférico somático voluntário.
As acções involuntárias resultam da contracção das musculaturas lisa e cardíaca,
controladas pelo sistema nervoso periférico autónomo, também chamado involuntário
ou visceral.
ESTRUTURA GERAL DO SISTEMA NERVOSO

DIVISÃO SENSORIAL – receptores sensoriais.

A maior parte das actividades do sistema nervoso tem início com a experiência sensorial
derivada dos receptores sensoriais, sejam esses receptores visuais, auditivos, tacteis ou
ainda outros tipos de receptores.
Essa experiência sensorial pode provocar uma reacção imediata ou pode ser
armazenada no cérebro por minutos, semanas ou anos,capacitando – se a auxiliar na
determinação das reacções corporais numa opurtunidade futura.

DIVISÃO MOTORA – os efectores


O papel mais importante do sistema nervoso é a coordenação das actividades corporais.
Isto é conseguido:
1. Pelo controlo da contracção dos músculos esqueléticos de todo o corpo,
2. Pelo controlo da contracção dos músculos lisa dos órgãos internos e
3. Pelo controlo da secreção das glândulas exócrinas e endócrinas.

Tais actividades recebem a denominação de Funções Motoras do Sistema Nervoso


Os músculos e glândulas são chamados de efectores porque realizam as funções
determinadas pelos impulsos nervosos.
A porção do sistema nervoso directamente envolvido na transmissão de impulsos aos
músculos e glândulas é conhecida como divisão motora do sistema nervoso.
Os músculos esqueléticos podem ser controlados a partir de muitos níveis diferentes
do s.n.c., incluindo a medula espinhal, bulbo, ponte e mesencéfalo, os núcleos de base,
o cerebelo e o cortex motor.
Cada uma dessas áreas desempenha funções específicas no controle dos movimentos
corporais, estando as regiões mais inferiores relacionadas principalmente com as
respostas automáticas e instantâneas do organismo aos estímulos sensoriais e as
regiões superiores com os movimentos intencionais controlados pelos processos
mentais do cérebro.

PRINCIPAIS NÍVEIS DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA NERVOSO


Distinguem – se três níveis principais do sistema nervoso que tem especial significado
funcional:

1. O NÍVEL ENCEFÁLICO SUPERIOR (cortical ou consciente)


O córtex cerebral é principalmente uma ampla área de armazenamento de informação.
Cerca de três quartos dos corpos celulares neurais de todo sistema nervoso localizam –
se no córtex cerebral. É aí que se armazena a maior parte das lembranças e experiências
passadas.
Relações entre o córtex cerebral e o tálamo e outros centros inferiores.
O córtex cerebral é de facto, uma expansão das regiões mais inferiores do encéfalo, em
particular do Tálamo, existe para cada área do córtex cerebral, outra área
correspondente ao tálamo, com conexões entre ambas e a ativação de uma pequena
parte do tálamo ativa a porção correspondente, muito maior, do córtex cerebral.
Supõe–se que, desta maneira, o tálamo pode convocar, á vontade, atividades corticais.
A ativação de regiões do mesencéfalo também transmite sinais difusos ao córtex
cerebral, em parte através do tálamo e em parte por outras vias, para ativar todo o
córtex cerebral. Este é o processo que denominamos de vigília.
Por outro lado, quando essas áreas do mesencéfalo se encontram inativas, as regiões
talâmicas e corticais também se tornam inativas, o processo que denominamos sono.

2. O NÍVEL ENCEFÁLICO INFERIOR (sub-cortical ou sub-consciente)


A maior parte das actividades do organismo que chamamos subconscientes são
controladas nas áreas inferiores do encéfalo – no bulbo, ponte, mesencéfalo,
hipotálamo, tálamo, cerebelo e os núcleos de base.
O controlo subconciênte da pressão arterial e da respiração é obtido principalmente na
formação reticular do bulbo e da ponte.
O controlo do equilíbrio é uma função combinada do cerebelo e da formação reticular
do bulbo, ponte e mesencéfalo.
Os movimentos coordenados para girar a cabeça, todo o corpo e os olhos são
controlados por centros específicos localizados no mesencéfalo e núcleos inferiores da
base.
Os reflexos de alimentação, como a salivação por resposta ao sabor do alimento e o
lamber dos lábios, dependem de árrea no bulbo, ponte, mesencéfalo, amígdala e
hipotálamo.
Muitos padrões emocionais, como a raiva, a excitação, as actividades sexuais, as
reacções á dor ou ao prazer, podem ocorrer em animais sem o córtex cerebral.
A pressão arterial e a respiração – são controladas pelas regiões encefálicas inferiores,
regiões que, de hábito mas nem sempre, operam abaixo do nível conciente.
Muitos dos processos vitais do corpo estão sob controlo em regiões subcorticais do
encéfalo ou pela medula espinhal.

3. O NÍVEL MEDULAR
Os sinais sensoriais são transmitidos através dos nervos espinhais para cada segmento
da medula espinhal, essencialmente, todas as respostas motoras da medula espinhal
são automáticas e ocorrem quase que instantaneamente em resposta ao sinal sensorial.
Além disso, ocorrem em padrões específicos de resposta denominados reflexos.
Alguns exemplos Reflexos medular:
- Reflexo do estiramento muscular (reflexo Miotático ou reflexo do fuso muscular) –
reflexo patelar, reflexo muscular, reflexo tendinoso.
Se um músculo é bruscamente submetido á tracção, um receptor nervoso sensitivo no
músculo, denominado fuso muscular, é estimulado e transmite impulsos nervosos
através de uma fibra nervosa sensitiva a medula espinhal.
Essa fibra faz sinapse directamente com um motoneurónio da substância cinzenta
medular e neuromotor, por sua vez, transmite impulsos que retornam ao músculo, ou
efector, causando sua contracção.

- Reflexo Flexor (de retracção ou de retirada):


Trata – se de um reflexo protector que causa a retirada de qualquer parte do corpo de
um objecto que esteja causando dor. Suponhamos, que a mão seja colocada sobre um
objecto cortante.
- Reflexo Flexor no animal medular ou descerebrado, quase qualquer tipo de estímulo
sensorial cutâneo em um membro é capaz de fazer com que os músculos flexores do
membro se contraiam fortemente, afastando assim o membro do estímulo. Isso é
chamado Reflexo Flexor.
- Reflexo extensor Cruzado
Aproximadamente 0,2 a 0,5 segundos depois que um estímulo provoca reflexo flexor
em um membro, o membro oposto começa a se estender. Isso é chamado Reflexo
extensor Cruzado. A extensão do membro oposto pode, obviamente afastar todo o
corpo do objecto que está causado o estímulo doloroso.

SENTIMENTOS E EMOÇÕES

No córtex cerebral existe um local responsável pela tomada de consciência das emoções
que sentimos e, simultaneamente com a consciência dessas emoções, nosso organismo
manifesta alterações orgânicas compatíveis.
Essas alterações preparam o organismo para a acção necessária e comunica nossos
estados emocionais ao ambiente e às outras pessoas.
Para tal, quem entra em acção são as porções subcorticais (abaixo do córtex) do sistema
nervoso, tais como a Amígdala, o Hipotálamo o corpo mamilar, hipocampo, o fórnix, o
córtex cingulado, o septo e o tronco cerebral.
 O hipocampo acompanhado dos corpos mamilares, tálamo, fórnices e núcleos
mediais dorsais do tálamo é o conjunto responsável pela gravação da memória
a longo prazo;

 O tálamo é o responsável pela codificação, armazenagem e acesso ao arquivo de


memória a longo prazo.
O tálamo é o órgão responsável pelo acesso consciente à memória a longo prazo,
dirigindo a atenção da pessoa para a informação arquivada, desempenhando
importante papel na codificação, armazenamento e lembrança dessas informações.
Tem sido proposto que lesões na área talâmica provoquem amnésia retrógrada, ou
seja, a incapacidade de lembrar as informações acumuladas.

SENTIMENTOS
Os sentimentos são informações que todo o ser humano é capazes de sentir nas
diferentes situações que vivenciam. Por exemplo, medo é uma informação de que há
risco, ameaça ou perigo direto para o próprio ser ou para interesses correlatos.
Uma criança sorrindo, expressando felicidade, um exemplo de sentimento humano.
Todo ser é dotado de sentimentos e eles são diferentes entre si
À parte do cérebro que processa os sentimentos e emoções é o sistema límbico.

Alguns exemplos dos sentimentos:

O amor – amar (pode-se amar ou não, a si mesmo, ou outro indivíduo);


O medo – Uma informação de que existe riscos, ameaças ou perigo direto para o próprio
ou para algum de seu interesse.
Todos os seres humanos nascem com um senso inato de valores positivos e negativos.
Somos atraídos por valores pessoais positivos e negativos. “O homem não é só o inato
mas também o adquirido”. Significado de Inato que nasce connosco: Inatos. Congênito.
Idéias inatas, idéias que, segundo certos filósofos, não provêm da experiência, mas
estão em nosso espírito desde que nascemos.
Os positivos são: honestidade, justiça, verdade, beleza, poder, ordem, inteligência e o
humor, poder (mas não poder abusivo), ordem (mas não preciosismo ou
perfeccionismo), inteligência (mas não convencimento ou arrogância).
Os negativos são: falsidade, engano, fraqueza, injustiça, feiúra, etc...
O termo sentimento é muito usado para designar uma disposição mental ou algum
propósito de uma pessoa para outra.
Sendo assim, os sentimentos seriam ações decorrentes de uma decisão, além das
sensações físicas que são sentidas como conseqüência de amar, por exemplo.
O amor não é o conjunto de emoções (sensações corporais) que a pessoa sente por
outra ou algo, mas o acto de sempre decidir pelo bem ou a favor de outrem ou algo,
independente das circunstâncias.
As sensações físicas sentidas surgem como conseqüência da decisão de amar. Este
sentimento é chamado por muitos estudiosos como ágape, ou amor ágape.
Já as sensações que a atração física que uma pessoa sente por outra produzem em
alguém, não podem ser chamadas de amor, ou de algum tipo de sentimento, mas
apenas emoções (sensações corporais), que levou essa pessoa a sentir atração física pela
outra.
Nesta concepção, um sentimento é uma decisão (disposição mental) que alguém toma
em sua mente, ou alma, ou espírito, a respeito de outrem ou algo. Por exemplo:

Amor - Amar (pode-se ou não cometer o ato de amar, a si mesmo, a outrem ou a algo);
Ódio - Odiar (pode-se ou não cometer o ato de odiar, a si mesmo, a outrem ou a algo);
Alegria - Alegrar (pode-se ou não cometer o ato de alegrar, a si mesmo, a outrem ou a
algo);
Tristeza - Entristecer (pode-se ou não cometer o ato de entristecer, a si mesmo, a outrem
ou a algo); e outros...
Estes sentimentos (estas decições ou disposições mentais) porém, vão promover
emoções no corpo que, estas sim, serão sentidas.
Por isso, uma pessoa que ama outra, por haver tomado essa decisão de amar essa outra,
mesmo depois de sofrer algum mal cometido pela pessoa amada, pode continuar
amando-a, muitas vezes sem entender como pode amar ao mesmo tempo que sente a
emoção característica do momento da dor da traição, ou alguma outra emoção que,
racionalmente, poderia conduzir a pessoa que ama a querer deixar de amar.
As emoções básicas (medo, amor, raiva, surpresa, alegria e tristeza) surgiram nos
mamíferos, sendo fundamentais para o processo de luta e fuga.
Os sentimentos são responsáveis por respostas naturais do processo reprodutivo, da
sensação de fome e da reação a agressões.

É necessário levar os sentimentos para o ambiente de trabalho, mas sem que ele tome
conta de nós
Mas como fazer isso? é preciso reconhecer as próprias emoções, para poder
compreender aquele com quem se relaciona e abrir espaço para discussões.
Lidando com as emoções no trabalho
- Durante o dia, fazer a pergunta: que emoção estou sentindo agora?
- Comece identificando se o sentimento é bom ou ruim, se é novo ou antigo;
- Procure sempre dar nome ao que você está sentindo: que emoção ou que sentimento
é esse? Este processo lhe dará mais tranquilidade e lhe conduzirá a um maior
autoconhecimento;
- Ajude os outros a reconhecer suas emoções. Quando alguém ao seu lado não estiver
bem, pergunte o que ele está sentindo, ao invés de perguntar qual é o seu problema;

- Nenhuma emoção é permanente. Reconhecer o que se está sentindo é o primeiro


passo para modificar um determinado estado.

Gestão das Emoções


Aquele que reina dentro de si próprio e governa suas paixões, desejos, e medos, é mais
que um rei.“ John Milton (1608-1674, Poeta Inglês)”

O controle dos nossos sentimentos e emoções deve ser gerido por nós próprios sem
permitir que factores externos estejam constantemente a influenciar a nossa forma de
agir e reagir.
Quando temos este controle conseguimos oferecer a nós mesmos uma qualidade de
vida muito melhor e em especial conseguimos também gerir a reacção das pessoas com
quem interagimos.
Em meados do Século XX, os neurofisiologistas Walter Cannon e Philip Bard
formularam teorias sobre a importância das estruturas subcorticais na mediação entre
as emoções e o resto do organismo.
Pesquisando em gatos:
- Eles observaram respostas emocionais integradas mesmo quando o córtex
cerebral desses animais era removido,
- Entretanto, não ocorriam respostas quando o Hipotálamo, que é uma estrutura
subcortical, era removido.
Finalmente, Cannon e Bard propuseram a idéia, da dupla função das estruturas
subcorticais Hipotálamo e tálamo; eram eles quem fornecia os comandos orgânicos das
respostas emocionais e, mais que isso, forneciam ao córtex as informações necessárias
para a consciência dessas emoções.
Em 1878, o neurologista francês Paul Broca observou que, na superfície medial do
cérebro dos mamíferos, existe uma região constituída por núcleos de células cinzentas
(neurônios), a qual ele deu o nome de lobo límbico (do latim limbus, que traduz a idéia
de círculo, anel, em torno de, etc), uma vez que ela forma uma espécie de borda ao
redor do tronco encefálico.
Esse conjunto de estruturas, denominado mais tarde de Sistema Límbico, É esse Sistema
Límbico, o qual comanda certos comportamentos necessários à sobrevivência de todos
os mamíferos, as quais permitem ao animal distinguir entre o que lhe agrada ou
desagrada.
Emoções e sentimentos, como ira, paixão, amor, ódio, alegria e tristeza, são criações
mamíferas, originadas no Sistema Límbico.
Este Sistema Límbico é também responsável por alguns aspectos da identidade pessoal
e por importantes funções ligadas à memória.
A parte do Sistema Límbico relacionada às emoções e seus estereótipos
comportamentais denomina-se circuito de Papez.
O hipocampo funciona como um grande banco de dados. Nele, são armazenados
registros de todos os factos e eventos, e essas informações ali guardadas servem para
regular a actividade de várias outras áreas do cérebro.

A região conhecida como Amígdala também trabalha na seleção de dados e ainda


dispara sinais de alerta quando reconhece um perigo ou situação de ameaça.
Papez acreditava, como hoje já se sabe, que o córtex na região límbica está seriamente
envolvido nas emoções. É por isso que as lesões ou tumores nessas áreas corticais
límbicas podem gerar distúrbios emocionais.
- O HIPOTÁLAMO
Um importante centro coordenador das funções cerebrais é o chamado Diencéfalo, uma
região formada pelo Tálamo e pelo Hipotálamo.
- O TÁLAMO processa a maior parte das informações destinadas aos hemisférios
cerebrais. É uma grande estação de elaboração dos sentidos.
O Hipotálamo regula a função de abastecimento do sistema endócrino e processa
inúmeras informações necessárias à constância do meio-interno corporal
(homeostasia). Coordena, por exemplo, a pressão arterial, o desejo sexual etc...
O Hipotálamo controla também todo sistema endócrino através de uma glândula
localizada em seu assoalho, a Hipófise.
Desse modo, o Hipotálamo é um dos grandes responsáveis pelo equilíbrio orgânico
interno (a homeostasia).

Emoções e o S.N.P. Autónomo


Estímulos emocionais diversos induzem padrões diferentes de actividade do SNA.
- Os estímulos emocionais produzem o mesmo padrão geral de activação simpática
preparando o organismo para a acção (isto é, maior frequência cardíaca, pressão
sanguínea mais alta, dilatação das pupilas, maior fluxo sanguíneo para os músculos,
respiração acelerada e maior liberação de epifrina e norepifrina.

Emoções e expressão facial


Expressão faciais primárias: surpresa, raiva, tristeza, nojo, medo e felicidade
Problemas do Sistema Endócrino
1. Depressão
Em psicologia a depressão pertence às doenças endócrinas, ou seja, é um problema de
desequilíbrio do funcionamento das nossas glândulas cerebrais. A sintomática básica
pode ser resumida como segue:
- Medo ou tristeza profunda
- Os pensamentos e as emoções estão bloqueados
- Processos mentais estão em desequilíbrio

A depressão provoca na maioria das vezes problemas físicos como: batimentos


cardíacos lentos e hipotensão. Há falta de apetite, a digestão é difícil e a respiração é
lenta e pesada. O sono não é profundo.
O problema maior do depressivo é que a vida para ele/ela não tem estímulo. Não
existem metas. Ele/ela não gosta de si, tem complexo de inferioridade e principalmente
sentimento de culpa.
As causas da depressão são na maioria das vezes difíceis de detectar. Às vezes uma
doença passageira e banal leva o indivíduo à depressão.
Contudo, alguns factores característicos são idênticos nas pessoas deprimidas, como:
- a procura por amor e uma vontade insaciável por ser amado, sendo que por outro lado
a pessoa deprimida não é capaz de dar amor. Este dilema o leva muitas vezes à auto-
depreciação.
- Outro critério ou causa é que o depressivo queira se vingar, às vezes
inconscientemente, de uma infância infeliz.
- Se a criança não se sentia amada e protegida, ou se os pais eram excessivamente
rigorosos exigindo perfeição,
- Ou ainda se os pais queriam resolver suas próprias frustrações obrigando a criança ou
o adolescente a uma vida profissional, (esportiva, etc.) não condizente com a sua índole,
isto pode acarretar que o indivíduo na vida adulta se torna uma pessoa agressiva,
ciumenta, invejosa, insegura, cujos fracassos podem levá-lo à depressão.
Sintomas de Depressão
 Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
 Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
 Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades
anteriormente consideradas agradáveis
 Desinteresse, falta de motivação e apatia
 Falta de vontade e indecisão
 Sentimento de medo, insegurança, desesperança, desespero e vazio
 Pessimismo, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade,
fracasso, doença ou morte.
A depressão caracteriza-se por uma baixa atividade neurônica devido à falta de
substâncias desse tipo, como, por exemplo, a SERATONINA.
A ansiedade, então, grosso modo, é um estado emocional no qual os neurônios têm
suas atividades exageradas.
A serotonina é um dos neurotransmissores responsáveis pelo humor. Estando com
transmissão inadequada, é natural que o indivíduo se sinta irritado, mal-humorado,
ansioso, impaciente, irritadiço, propenso a chorar etc. Melhorando a qualidade da
transmissão, logo existe o alívio deste quadro. O nível adequado de transmissão evita
também casos de agressividade, já que o neurotransmissor está ligado ao controle de
impulsos em nosso sistema límbico.
IIº Semestre
Memória
DEFINIÇÃO: MEMÓRIA
“Não existe tal coisa como memória do presente, enquanto no presente, o presente é
objeto apenas da percepção. e o futuro, da expectativa, mas o objeto da memória é o
passado... Somente os animais que tem percepção do tempo lembram, e o órgão no
qual percebe tempo é também aquele que lembra”,

Este texto foi escrito por Aristóteles (350 a.c.) no seu livro “On Memory and
Reminiscence”. Livro este que foi um marco histórico no estudo da memória.

Memória é algo que nos remete ao passado. A habilidade requer pelo menos três
capacidades básicas:
1- Processar informações através de um sistema de atenção;
2- Um sistema capaz de armazenar esta informação e,
3- Um sistema capaz de evocar apropriadamente esta informação.
Nesse sentido define a memória como “a aquisição, formação, conservação e
evocação de informações”.
A aquisição é também chamada de aprendizagem: só se grava aquilo que foi aprendido.
A evocação é também chamada de recordação, lembrança e recuperação. Só
lembramos aquilo que gravamos – aquilo que foi aprendido .

O que nos faz lembrar de uma história ocorrida no passado?


Como deixamos fluir naturalmente as frases complicadas de longas canções?
Por que nunca nos esquecemos de como se dirige um automóvel?

Nestes exemplos, a memória surge como um processo de retenção de informações no


qual nossas experiências são arquivadas e recuperadas quando as chamamos. É uma
função cerebral superior relacionada ao processo de retenção de informações obtidas
em experiências vividas.
O processo de aquisição refere-se à entrada de um evento qualquer nos sistemas
neurais associados à memória.
Evento é definido como qualquer coisa que possa ser memorizado, tais como: objeto,
som, acontecimentos, pensamentos, emoções, comportamentos, etc.
Alguns desses eventos podem ser esquecidos imediatamente outros podem ser
armazenados por um curto período de tempo e poucos podem permanecer na memória
por um período mais longo, podendo ficar nela por um tempo prolongado ou até mesmo
durante a vida toda.
Quando um evento é memorizado por um tempo prolongado, diz-se que ocorreu um
processo de consolidação.
Por fim, existe o processo de evocação ou lembrança.
Esse processo ocorre quando temos acesso às informações que foram armazenadas
anteriormente.
A memória pode ser classificada de acordo com o tempo em que uma determinada
informação é armazenada. Neste caso, a memória pode ser:
A memória ultra-rápida (Curtíssimo prazo) cuja retenção não dura mais que alguns
segundos.
A memória de curto prazo (ou curta duração), que dura minutos ou horas e serve para
proporcionar a continuidade do nosso sentido do presente
A memória de longo prazo (ou de longa duração), que estabelece engramas (ou traços
duradouros (dura dias, semanas ou mesmo anos).
Acabando de ouvir o telefone ditado por alguém, mas em poucos segundos é incapaz de
se lembrar de parte ou de todos aqueles números. Porquê?
Esta memória é temporária e limitada em sua capacidade, sendo armazenada por um
tempo muito curto no cérebro, da ordem de milisegundos a poucos minutos. É a
memória de curta duração.
Para que ela se torne permanente, ela requer atenção, repetições e idéias associativas.
Você pode se lembrar de um fato esquecido, como aquele número de telefone que havia
esquecido.
Neste caso, a informação foi armazenada na memória de longa duração que é mais
permanente e tem uma capacidade muito mais ampla.
O processo de armazenar novas informações na memória de longa duração é chamado
de consolidação.
As memórias sensoriais são chamadas de:

 Arquivos icônicos quando se referem a eventos visuais e de

 Arquivos ecóicos quando se referem a eventos auditivos.


Os arquivos icônicos possuem um tempo de decaimento de 0,5 segundo no máximo,
enquanto Os arquivos ecóicos podem resistir até 20 segundos.
Esta diferença pode ser explicada porque o tempo gasto pelo cérebro para processar
sons verbais é significativamente maior que o tempo gasto para processar informações
visuais.
Das informações armazenadas na memória sensorial, apenas uma parte delas será
passada para a memória de curta duração (que dura alguns minutos) e, da memória de
curta duração, parte da informação será captada pela memória de longa duração (que
dura dias, anos ou até mesmo a vida inteira do indivíduo).
Dirigir um carro. Esta é uma tarefa complexa que requer diversos tipos de informações
processados simultaneamente, tais como a informação sensorial, cognitiva e motora.
A habilidade de lembrar eventos não se reflete na operação de um único sistema de
memória, mas em uma combinação de no mínimo duas estratégias usadas pelo cérebro
para adquirir informação.
Uma das estratégias é denominada de memória explícita, ou memória declarativa,
requerendo participação consciente e envolvendo o hipocampo e o lobo temporal.
a outra estratégia é a memória implícita, a qual não requer participação consciente,
utilizando estruturas não corticais.

Memória operacional - Através dela armazenamos temporariamente informações que


serão úteis apenas para o raciocínio imediato e a resolução de problemas, ou para a
elaboração de comportamentos, podendo ser esquecidas logo a seguir.
Em outras palavras, ela mantém a informação viva durante poucos segundos ou
minutos, por exemplo, o local onde estacionamos o automóvel, uma informação que
será necessária até o momento de chegarmos até o carro.
Esta forma de memória é sustentada pela atividade elétrica de neurônios do córtex pré-
frontal (a área do lobo frontal anterior ao cortex motor)., inclusive do hipocampo,
durante a percepção, aquisição ou evocação.
Memória declarativa (ou explícita) é a memória para factos e eventos, por exemplo,
lembrança de datas, factos históricos, números de telefone, etc. Reúne tudo o que
podemos evocar por meio de palavras (daí o termo declarativa). Sub caracterizada em:
Episódica- quando envolve eventos datados, isto é relacionada ao tempo. Por exemplo,
quando lembramos do ataque terrorista em 11 de setembro.
Semântica- A memória semântica ocorre quando envolve conceitos atemporais.
Usamos este tipo de memória ao aprender que Einstein criou a teoria da relatividade,
ou que a capital da Itália é Roma.
Memória não-declarativa (ou implícita) -. É a memória para procedimentos e
habilidades, por exemplo, a habilidade para dirigir, jogar bola, fazer na gravata, etc.
Pode ser de quatro subtipos.
1. Memória adquirida e evocada por meio de "dicas“ (ou memória de representação
perceptual) - que corresponde à imagem de um evento, preliminar à compreensão do
que ele significa.
Considera-se que a memória pode ser evocada por meio de "dicas" (fragmentos de uma
imagem, a primeira palavra de uma poesia, certos gestos, odores ou sons).
2. Memória de procedimentos - refere-se às habilidades e hábitos. Conhecemos os
movimentos necessários para dar um nó em uma garvata, nadar, dirigir um carro, sem
que seja preciso descrevê-lo verbalmente.
3. Memória associativa está ligada a alguma resposta ou comportamento. A associativa
é usada, por exemplo, quando ao olharmos para um alimento saboroso começamos a
salivar associado a lembrança do cheiro, sabor ou aspecto do alimento.
4. Memória não-associativa A habituação e a sensibilização são consideradas
conseqüência da formação de memórias não-associativas porque nelas um único
estímulo faz parte do processo de aprendizagem.
O hipocampo e o cortex temporal estão envolvidos na formação da memória
declarativa, mas não na memória de procedimentos. Enquanto que certos núcleos do
cerebelo e medula espinhal parecem ser necessários para a formação de memórias de
procedimento, mas não intervêm na memória declarativa.
Devido a esta organização anatômica, assume-se que a memória declarativa é
controlada por mecanismos cerebrais superiores, enquanto que a memória de
procedimentos parece depender de sistemas e regiões inferiores.
Os Mecanismos Cerebrais da Memória
A memória não está localizada em uma estrutura isolada no cérebro; ela é um fenômeno
biológico e psicológico envolvendo uma aliança de sistemas cerebrais que funcionam
juntos.
O lobo temporal é uma região no cérebro que apresenta um significativo envolvimento
com a memória. Ele está localizado abaixo do osso temporal (acima das orelhas),

O lobo temporal contém o neocórtex temporal, que pode ser a região potencialmente
envolvida com a memória a longo prazo.
Nesta região também existe um grupo de estruturas interconectadas entre si que parece
exercer a função da memória para fatos e eventos (memória declarativa), entre elas está
o hipocampo, as estruturas corticais circundando-o e as vias que conectam estas
estruturas com outras partes do cérebro.
O hipocampo ajuda a selecionar onde os aspectos importantes para fatos e eventos
serão armazenados e está envolvido também com o reconhecimento de novidades e
com as relações espaciais, tais como o reconhecimento de uma rota rodoviária.
Fatores que podem causar perda total ou parcial da memória:
Alcoolismo crônico
Drogas e Medicamentos
Tumor cerebral
Encefalite
A Concussão ou traumatismo do cérebro pode causar perda da memória manifestada
de diferentes formas:
Alcoolismo é um dos mais sérios candidatos a afetar a memória. O alcool afeta
especialmente a memória a curta duração, o que prejudica a habilidade de reter novas
informações.
Drogas e Medicamentos
Medicação.Algumas drogas podem causar perda da memória: tranquilizantes,
relaxantes musculares, pilulas para dormir, e drogas anti-ansiedade, particularmente os
benzodiazepínicos que incluem o diazepam (valium) e lorazepam. Algumas drogas
cardíacas, tais como o propanolol, que é usado para contralar a pressão alta
(hipertensão) pode causar problemas de memória e depressão.
Fumo. Já é conhecido que o fumo quebra a quantidade de oxigênio que chega ao
cérebro e este fato muitas vezes afeta a memória. Estudos mostraram que fumantes de
um ou mais pacotes de cigarros por dia tiveram dificuldades em lembrar de faces e
nomes de pessoas em teste de memória visual e verbal, quando comparados com
indivíduos não fumantes (Turkington, 1996).
Cafeína. Café e chá têm um efeito muito positivo para manter a atenção e acabar com
o sono, mas a excitação provocada por estas bebidas pode interferir com a função da
memória.
Exercícios cerebrais feitos de maneira rotineira apresentam efeitos muito positivos
sobre a memória.
Semelhante ao que ocorre com exercícios musculares realizados para se manter a forma
física, a atividade cerebral também deve ser realizada com freqüência, sempre
procurando estimular nossos principais sentidos: olfato, paladar, tato, visão e audição,
bem como nossa memória e inteligência.
Esse tipo de exercício pode ser denominado "Fitness" Cerebral, que é a capacidade de
se manter um estado adequado, em forma.
O conceito de que a função faz o órgão, aplica-se tanto ao "fitness" muscular quanto ao
"fitness" cerebral. Para conservar ou melhorar sua memória, a melhor maneira é
EXERCITÁ - LA!
Memória de Trabalho - Memória Operacional e Cognição
A memória de trabalho (MT) também chamada de memória operacional processa dados
vindos da memória de curtíssimo prazo e também utiliza informações armazenadas na
memória de longa duração.
Uma das características mais importantes da memória de trabalho (MT) é sua
capacidade de evocar informações da memória de longo prazo (MLP), integrando-as
com novas informações que entram no sistema e que são processadas continuamente.

A MT tem um papel fundamental na resolução de problemas cognitivos devido a sua


função de processar atividades verbais e/ou orientação espaciais que são essenciais
para resolver problemas.
Ela tem a capacidade de reter essas informações durante um tempo mínimo necessário
para que ocorra a realização das operações do dia-a-dia, tais como: compreensão de
fatos, raciocínio, resolução de problemas, ação comportamental e outros.

Deficit da Memória
Um déficit da memória de trabalho (MT) pode ser apresentado de várias maneiras, entre
elas as mais comuns são:
A inabilidade de concentrar-se e prestar atenção.
O déficit também pode ser apresentado através da dificuldade de realizar uma nova
atividade que tenha vários passos de instruções para que seja realizada.

INTELIGÊNCIA
A idade do cérebro é igual à da mente?
Provavelmente não, pois pode haver uma grande discrepância entre a idade cronológica
e a idade mental.
Há muitos idosos com uma mente inegavelmente jovem e muita gente nova
mentalmente envelhecida.
Pode parecer um exagero, não se trata de uma fantasia, mas de uma constatação que
os estudos científicos têm vindo a confirmar sucessivamente.
Definição de inteligência
Pode ser definida como a capacidade mental de relacionar, planejar, resolver
problemas, abstrair ideias, compreender...
O que é inteligência? – O problema da definição.
Inteligência é um daqueles termos que todo mundo sabe o que é, mas que engasga na
hora em que é solicitado a definir.
Do dicionário geral da Língua Espanhola Vox podem destacar-se como definição de
inteligência as duas seguintes acepções:
1. Faculdade de compreender, capacidade maior ou menor de saber e aprender
2. Conjunto de todas as funções que têm por objeto o conhecimento (sensação,
associação, memória, imaginação, razão, consciência)

A Evolução do Conceito de Inteligência


Durante grande parte dos séculos XIX e XX, acreditou-se que a inteligência era algo podia
ser facilmente medida, determinada e comparada através de testes, como o famoso
teste de QI por exemplo, que dava a inteligência da pessoa em números.
No entanto, com o tempo, o teste de QI foi caindo em descrédito pois pouco a pouco foi
se notando que nem sempre as pessoas mais inteligentes e bem-sucedidas obtinham os
melhores resultados.
Em 1985, Howard Gardner propõe uma alternativa para a concepção de inteligência
como uma capacidade inata, geral e única.
Deste modo, Gardner considera que não existe uma inteligência suficientemente global
e totalizadora, sustentando a teoria das inteligências múltiplas. Esta teoria tem como
base três princípios:
1. A inteligência consiste num conjunto de inteligências múltiplas e não é uma só
unidade.
2. Cada inteligência é independente das restantes.
3. A existência de inteligências múltiplas baseia-se na sua interacção.

Os 7 tipos de inteligência

1.Inteligência Linguística
As pessoas que possuem este tipo de inteligência têm grande facilidade de se expressar
tanto oralmente quanto na forma escrita.
Elas além de terem uma grande expressividade, também tem um alto grau de atenção
e uma alta sensibilidade para entender pontos de vista alheios. É uma inteligência
fortemente relacionada ao lado esquerdo do cérebro é uma das inteligências mais
comuns.
2.Inteligência Lógica
Pessoas com esse perfil de inteligência tem uma alta capacidade de memória e um
grande talento para lidar com matemática e lógica em geral.
Elas têm facilidade para encontrar solução de problemas complexos, tendo a capacidade
de dividir estes problemas em problemas menores e ir os resolvendo até chegar a
resposta final.
São pessoas organizadas e disciplinadas. É uma inteligência fortemente relacionada ao
lado direito do cérebro.

3.Inteligência Motora
Pessoas com este tipos de inteligência possuem um grande talento em expressão
corporal e tem uma noção espantosa de espaço, distancia e profundidade.
Tem um controle sobre o corpo maior que o normal, sendo capazes de realizar
movimentos complexos.
É uma inteligência relacionada ao cerebelo que é a porção do cérebro que controla os
movimentos voluntários do corpo. Presente em esportistas de alta performance.
É um dos tipos de inteligência diretamente relacionado a coordenação e capacidade
motora.

4.Inteligência Espacial
Pessoas com este perfil de inteligência, tem uma enorme facilidade para criar, imaginar
e desenhar.
Elas têm uma grande capacidade de criação em geral mas principalmente tem um
enorme talento para a arte gráfica. Pessoas com este perfil de inteligência tem como
principais características a criatividade e a sensibilidade, sendo capazes de imaginar

5.Inteligência Musical
É um dos tipos raros de inteligência. Pessoas com este perfil tem uma grande facilidade
para escutar músicas ou sons em geral e identificar diferentes padrões e notas musicais.
Eles conseguem ouvir e processar sons além do que a maioria das pessoas consegue,
sendo capazes também de criar novas músicas e harmonias inéditas.
Algumas pessoas têm esta inteligência tão evoluída que são capazes de aprender a tocar
instrumentos musicais sozinhas. Assim como a inteligência espacial, este é um dos tipos
de inteligência fortemente relacionados a criatividade.

6.Inteligência Interpessoal
Inteligência interpessoal é um tipo de inteligência ligada a capacidade natural de
liderança. Pessoas com este perfil de inteligência são extremamente ativas e em geral
causam uma grande admiração nas outras pessoas.
São os lideres práticos, aqueles que chamam a responsabilidade para si. Eles são calmos,
diretos e têm uma enorme capacidade para convencer as pessoas a fazer tudo o que ele
achar conveniente. São capazes também de identificar as qualidades das pessoas e
extrair o melhor delas organizando equipes e coordenando trabalho em conjunto.

7.Inteligência Intrapessoal
É um tipo raro de inteligência, também relacionado a liderança. Quem desenvolve a
inteligência interpessoal tem uma enorme facilidade em entender o que as pessoas
pensam, sentem e desejam. Ao contrário dos lideres interpessoais que são ativos, os
lideres intrapessoais são mais reservados, exercendo a liderança de um modo mais
indireto. Entre os tipos de inteligência, este é considerado o mais raro.
Qual tipo de inteligência mais se encaixa com a sua personalidade?

APRENDIZAGEM
É um processo de mudança de comportamento obtido através da experiência construída
por factores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais.
Aprender é o resultado da interação entre estruturas cerebrais e o meio ambiente.
Os objetivos da aprendizagem são classificados em:
Domínio cognitivo (ligados a conhecimentos, informações ou capacidades intelectuais);
temos as habilidades de memorização, compreensão, aplicação, análise, síntese e a
avaliação.
Domínio afetivo, (relacionados a sentimentos, emoções, gostos ou atitudes); temos
habilidades de receptividade, resposta, valorização, organização e caracterização.
Domínio psicomotor (que ressaltam o uso e a coordenação dos músculos).
Apresentamos habilidades relacionadas a movimentos básicos fundamentais,
movimentos reflexos, habilidades perceptivas e físicas e a comunicação não discursiva.
Denominam-se teorias da aprendizagem, em psicologia e em educação, aos diversos
modelos que visam explicar o processo de aprendizagem pelos indivíduos.
”A aprendizagem é a construção permanente do conhecimento.”
O álcool no cérebro
Os efeitos visíveis do excesso de álcool: o andar trôpego, a fala enrolada e os lapsos de
memória. As pessoas quando bebem têm problemas com o equilíbrio, coordenação e
juízo, além de reagirem mais lentamente a estímulos,
O álcool afeta a química do cérebro, alterando níveis de neurotransmissores. Que
controlam os processos de pensamento, comportamento e emoções. O álcool aumenta
os efeitos do neurotransmissor inibitório GABA (ácido gama-aminobutírico) no cérebro.
O GABA causa os movimentos lentos e a fala enrolada que freqüentemente se observam
nos alcoólatras.
Ao mesmo tempo, o álcool inibe o neurotransmissor excitatório glutamato, suprimindo
os efeitos estimulantes e levando a um tipo de retardamento fisiológico. O álcool
aumenta a quantidade de dopamina no sistema nervoso central, que cria as sensações
de prazer.
Córtex cerebral: onde se dá o processamento de pensamentos e a consciência, o álcool
afeta os centros de inibição de comportamento, tornando a pessoa menos inibida, e
atrasando o processamento de informações dos olhos, ouvidos, boca e outros sentidos,
além das funções cognitivas - tornando difícil pensar claramente.
Cerebelo: o álcool afeta o centro dos movimentos e do equilíbrio.
Hipotálamo e hipófise: coordenam as funções automáticas do cérebro e a liberação de
hormônios. O álcool deprime os centros nervosos do hipotálamo, que controla os
estímulos e a performance sexual. Embora o desejo sexual possa aumentar, a
performance sexual piora.
O álcool tem duas faces e pode ser traiçoeiro e perigoso:
A desinibição e a ousadia: podem conduzir a excessos e a más decisões;
Os reflexos alteram-se e demora-se mais tempo a reagir, a visão e o pensamento ficam
"nublados“.
É maior o risco de acidentes se conduzires ou viajares num carro conduzido por alguém
que bebeu
Aumenta também o risco de consumir outras substâncias;
Nesta fase decisiva de crescimento, o consumo excessivo de álcool influencia
negativamente a personalidade, as capacidades físicas e intelectuais;
Em situações de abuso o risco de intoxicação alcoólica é iminente e pode levar ao
hospital;
Quando o consumo excessivo se torna um hábito, há risco de desenvolver doenças
crónicas (do fígado e estômago) e muitas outras.
1 Caloria = 4,1868 J (exatamente)
Quando usamos caloria para nos referirmos ao valor energético dos alimentos, na
verdade queremos dizer a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura
de 1 quilograma (equivalente a 1 litro) de água de 14,5 °C para 15,5 °C. Uma pessoa
precisa de 2.500 calorias por dia,

AMNÉSIA
Amnésia é a perda de memória
Pode ser: Total ou Parcial, Constante ou Episódica,
Temporária ou Permanente dependendo das causas.
Amnésia o individuo perde a capacidade de reter novas informações (amnésia
anterógrada) ou de evocar as antigas informações ( amnésia retrógrada).
Memória é a capacidade de adquirir (aquisição), armazenar (consolidação) e recuperar
(evocar) informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória biológica),
seja externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial).

Causas de amnésia
Pode ser causada por diversas razões, entre elas:
Doenças neurodegenerativas
Infecções do tecido neural (como por exemplo encefalites);
Neurotoxinas;
Acidente vascular cerebral;
Traumas físicos (pancadas na cabeça por exemplo) e psicológicos. Alcoolismo e o uso
de drogas.
O tipo de amnésia descrito com mais freqüência é o neurológico, ou orgânico.
A amnésia neurológica é causada por uma lesão nas regiões do cérebro que respondem
pelas memórias:
o córtex - particularmente no lobo temporal – e o hipocampo.
Essas partes do cérebro formam as vias neurais que transformam as memórias sensitivas
curtas em longas. Quando ocorre esse tipo de amnésia, é como cortar uma linha
telefônica: para quem está do outro lado da linha não há informação, pois o caminho
para a informação foi interrompido.
A amnésia geralmente só ocorre quando alguma dessas possíveis causas lesiona áreas
como o hipocampo e suas áreas adjacentes, no neocórtex ou no lobo temporal medial.
Lesões em diferentes áreas produzem efeitos diferentes.
Neocórtex, "novo córtex" ou o "córtex mais recente" é a denominação que recebem
todas as áreas mais evoluidas do cotex, recebe este nome pois no processo evoluitivo é
a região do cérebro mais recentemente evoluída.

Classificação
A amnésia pode ser qualificada em dois tipos
1. Amnésia anterógrada é a perda de memória para eventos que ocorrem
posteriormente ao acontecimento da doença, ou seja deficiência de formar novas
memórias.
2. Amnésia retrógrada
Nesta outra forma de amnésia ocorre o inverso da amnésia anterógrada, porque a
pessoa consegue se lembrar de eventos posteriores ao trauma, mas não consegue se
lembrar de eventos anteriores a doença (trauma).

Amnésia global transitória


Nessa situação a amnésia dura algumas horas, não ultrapassando um dia, e a
recuperação é completa.
O indivíduo não retém nenhuma informação durante o episódio.
A causa está ligada à isquemia transitória afetando as partes internas do lobo temporal.
Amnésia psicogénica
A amnésia psicogénica é uma amnésia temporária que ocorre devido a traumas
psicológicos e pode ser tanto anterógrada (dificuldade para se lembrar de fatos
recentes) quanto retrógrada (dificuldade para se lembrar de fatos anteriores ao
trauma), em raros casos, o paciente perde a memória de alguns "trechos" de sua vida
permanentemente.
Em alguns casos, fotos e figuras ou até mesmo ilustrações podem ajudar com que o
paciente se lembre de certos fatos
Síndrome de Korsakoff
A síndrome de Korsakoff é uma encefalopatia e é um tipo de amnésia grave, a principal
causa é o alcoolismo, o que causa a falta de tiamina no cérebro, e esse é o motivo pelo
qual a síndrome ocorre; seus sintomas podem ser a incapacidade de reter novos
acontecimentos.
Por exemplo, a pessoa consegue fazer exercícios que tinha aprendido antes da doença
mas não conseguem aprender a fazer nenhum exercício novo. Quando é causada pelo
alcoolismo, seus sintomas são basicamente neurológicos (movimentos descoordenados,
perda de sensação dos dedos das mãos e dos pés).
Amnésia Alcoólica
Nesse tipo a pessoa apresenta amnésia sem a perda da consciência. A pessoa alcoolizada
conversa e pode fazer exercícios físicos normalmente, mas quando o efeito da bebida
alcoólica passar não se lembrará de nada que ocorreu durante o momento em que esta
pessoa estava alcoolizada.
Esse tipo de amnésia ocorre principalmente em pessoas que bebem excessivamente
bebidas alcoólicas, essa síndrome tem efeito maior quando a pessoa alcoolizada está
com muita fome/sede ou bebeu rápido demais.
Os principais sintomas desta síndrome são a perda de memória total ou parcial, e a
confusão mental, que envolve desorientação e fantasia ou alucinação, onde fatos
imaginados podem ser considerados verdadeiros pelo alcoólatra.
O alcoolismo é a principal causa da síndrome de Korsakoff , pois o álcool impede que o
organismo absorva a vitamina B1, porém esta doença também pode estar associada a
lesões ou traumas cranianos e desnutrição.
Os 5 sinais que identificam o alcoólatra podem ser:
Pensar com frequência na bebida;
Sentir necessidade do álcool;
Beber escondido;
Ficar mais intolerante e irritadiço (ex.: Brigas mais frequentes com a família);
Desmotivação e desânimo (ex.: Falta ao trabalho sem justa causa).
O alcoólatra em geral não admite o seu vício e tem prazer na bebida, justificando a sua
embriaguez como sendo meio de alívio da tensão do dia-a- dia,
A Organização Mundial de Saúde (OMS), considera o alcoolismo como uma doença
física, espiritual e mental, que pode ser potenciada pela herança genética,
personalidade e ambiente social.
Doenças cardiovasculares como infartos devido à aterosclerose provocada pela má
alimentação que também alterar o nível de lipídeos e elevar as taxas de colesterol.
Tuberculose e pneumonia que causam dores no tórax, cansaço, febre e escarro
sanguíneo, reversível em geral com repouso, antibióticos e boa alimentação.
Hepatite que evolui facilmente para cirrose, que é fatal. Neste caso o paciente perde
peso e acumula líquido nas pernas e abdômen, pele e olhos amarelados, febre e dor
abdominal.
Gastrite e gastroenterite são as doenças mais comuns nos alcoólatras.
Pancreatite destruição das células do pâncreas que evolui várias rapidamente para o
diabetes.
Prevenção
A prevenção da amnésia é, basicamente, evitar traumas na região do cérebro.
Usar capacete ao andar de moto, usar cinto de segurança ao dirigir automóveis
Evitar beber bebidas alcoólicas e não usar drogas;
Tratar rapidamente enfermidades cerebrais para amenizar danos.

DEMÊNCIA
Demência (do latim de: 'falta, diminuição' + mens, genitivo mentis: 'mente’ ) é a perda
ou redução progressiva das capacidades cognitivas, de forma parcial ou completa,
permanente ou momentânea e esporádica.
Diferentes significados da palavra demência
1. Conceito Legal - Perda da Razão
2. Conceito evolutivo - Via Final Comum da deterioração
3. Conceito anatomopatológico - Alteração difusa do Córtex
4. Conceito Clínico - Deterioração cognitiva crônica
5. Conceito Neuropsicológico - Perfil de deterioração cognitiva específica:
Cortical - Subcortical

Classificação das demências


Não existe só um tipo de demência.
Demência progressiva: é a que surge como sintoma de doenças degenerativas do
cérebro como na doença de alzheimer, doença de Parkinson, entre outras.
Demência com tratamento: que surge devido a alterações do organismo, como falta de
vitamina B12, doenças da tireóide, tumores cerebrais, infecções cerebrais, entre outras.
Demência secundária: relacionada ao abuso de drogas, aos pós-trumatismo craniano
e a quadro pós-infecção.
Demência: síndrome decorrente de uma doença cerebral, usualmente de natureza
crônica ou progressiva, na qual há perturbação de múltiplas funções corticais
superiores, incluindo memória, pensamento, orientação, compreensão, cálculo
capacidade de aprendizagem, linguagem e julgamento.
Esta síndrome ocorre na doença de Alzheimer, na doença cerebrovascular e outras
condições que, primária ou secundariamente, afetam o cérebro. Alteração cognitiva
provoca a incapacidade de realizar atividades da vida diária.
A demência pode afetar também a compreensão, a capacidade de identificar elementos
de uso cotidiano.
Durante a evolução da doença, pode-se observar a perda de orientação espaço-
temporal e de identidade.
A depender da origem etiológica, a demência pode ser reversível ou irreversível
(Biológica).
Reversível
Dentre as causas potencialmente reversíveis estão disfunções metabólicas, endócrinas
e hidroeletrolíticas, quadros infecciosos, déficits nutricionais e distúrbios psiquiátricos,
como a depressão.
Demência é um termo utilizado para se referir a perda da capacidade do indivíduo nas
suas funções intelectuais, suficientemente graves como para interferir no seu
desenvolvimento quotidiano da vida.
Não se trata duma enfermidade em si, mas dum grupo de sintomas que acompanham
certas doenças. É um termo muito amplo, que descreve a progressiva perda de
memória, intelecto, raciocínio, como a diminuição, deterioração ou perda dos convívios
familiar e sociais da pessoa.
Irreversível.
vai destruindo pouco a pouco os neurónios, ao mesmo tempo que a informação entre
as células e por fim, o contacto com o mundo.
A demência vascular por enfarte múltiplo é o resultado ocasionado por pequenos
enfartes no cérebro. É o segundo tipo de demência mais comum que se conhece.
A demência por enfarte múltiplo é irreversível e tão-pouco curável, mas detectar a
tempo algum tipo de condição subjacente, como hipertensão ou diabetes.
A doença de Parkinson é também uma doença progressiva do sistema nervoso, que
afecta um grande número de pessoas, sobretudo em idade avançada. A doença de
Parkinson caracteriza-se pelo trémulo das mãos, convulsões, assim como rigidez nas
extremidades, quer nos braços quer nas pernas.
A demência torna o paciente confuso podendo não lembrar de nomes e pessoas,
podendo ocorrer também alterações de personalidade e comportamento social.
Entre as demências mais conhecidas encontra-se a doença de Alzheimer, mas também
existem outros tipos, como a causada por enfarte múltiplo, também chamada demência
vascular; e a de Parkinson.
Como se adquire?
Muitas doenças chamadas de "degenerativas" são responsáveis por quadros
demenciais, entre elas: Doença de Alzheimer, diabete melito, isquemias cerebrais.
Outro grande grupo é o das doenças infecciosas: meningites, encefalites, AIDS, sífilis.
O terceiro grupo é o dos tumores cerebrais, como os gliomas, meningeomas.
Por último temos as demências pós-traumatismo de crânio que são os hematomas
subdurais crônicos e as lesões axonais difusas e a hidrocefalia.
Demência senil é caracterizada por uma perda progressiva e irreversível das funções
intelectuais, como alteração de memória, raciocínio e linguagem, perda da capacidade
de realizar movimentos e de reconhecer ou identificar objetos.
Todos esses sintomas irão interferir nas atividades profissionais e sociais da vida diária
do indivíduo, ocorrendo com mais frequência a partir dos 65 anos de idade.
A demência senil é uma das principais causas de incapacidade em idosos. A perda da
memória significa que o idoso vai se tornando cada vez menos capaz de entender o que
se passa ao seu redor, tornando-os mais ansiosos e agressivos. Já não conseguem
orientar-se no tempo e no espaço, podendo não reconhecer as pessoas mais próximas.

Sintomas da demência senil


Os sintomas mais comuns são os seguintes:
Perda da memória, confusão e desorientação;
Dificuldade em compreender comunicação escrita ou verbal;
Dificuldade em tomar decisões;
Dificuldade em encontrar as palavras;
Dificuldade em reconhecer familiares e amigos;
Esquecimento de fatos comuns, como por exemplo, o dia em que estão;
Falta de apetite, perda de peso, incontinência urinária e fecal;
Dificuldade em dirigir;
Causas da demência senil
Doença de Alzheimer: possui um início lento, com perdas de memória frequentes,
tornando a vida independente perigosa, necessitando de supervisão.
Demência com origem vascular: tem um início mais rápido, ocorrendo após múltiplos
infartos cerebrais, geralmente acompanhados de pressão alta e derrames;
Outras causas: Síndrome de Korsakoff, Doença de Parkinson e tumores cerebrais;
Demência causada por uso persistente de remédios.
Doença crônica é uma doença que persite por períodos superiores a seis meses e não
se resolve em um curto espaço de tempo. Não põe em risco a vida de um paciente (não
a curto prazo), por isso não assume caráter de emergência.
Exemplos de doenças crônica são: diabetes, doença de Alzheimer, hipertensão, asma,
câncer, AIDS, etc. Nas crianças, a asma é a doença crônica mais comum.
As doenças crônicas acompanham o indivíduo durante um tempo relativo da sua vida e,
em muitos casos não há cura, apenas tratamentos periódicos, tornando-se assim um
agravante no bem-estar e qualidade de vida do indivíduo.

EPILEPSIA
Epilepsia (do grego Epilepsia - "apreensão") é um conjunto comum e diversificado de
desordens neurológicas caracterizadas por descargas elétricas anormais dos, neurônios
as quais podem gerar convulsões..
Classificação
Quando se identifica uma causa que provoque a epilepsia, se é designada por
"sintomática", quer dizer, a epilepsia é apenas o sintoma pelo qual a doença subjacente
se manifestou; em 50-60% dos casos não se consegue detectar nenhuma causa - é a
chamada epilepsia "idiopática".
As crises também podem ser classificadas como
Focais (parciais), quando as crises epilépticas são originárias de uma área específica do
cérebro. Generalizadas, quando as crises epilépticas são originárias a partir dos dois
lados do cérebro, em geral de forma sincronizada e simétrica
Existem dois tipos principais de crises epilépticas:
Uma crise epiléptica generalizada primária envolve todo o cérebro e provoca
perturbação do estado de consciência.
Uma crise epiléptica focal ou parcial começa numa área cerebral, afectando apenas
uma parte do cérebro. No entanto, uma crise parcial pode transformar-se numa crise
epiléptica generalizada (crise parcial com generalização secundária).

Sinais e sintomas
As características das convulsões variam dependendo da área do cérebro na qual o
distúrbio começa e como se propaga.
Sintomas temporários podem ocorrer, tais como:

 Esquecimento súbito;

 Desmaios; Distúrbios do movimento

 Distúrbios de sensações (incluindo visão, audição e paladar)

 Distúrbios de humor (como depressão e ansiedade)

 Distúrbios de função cognitiva.

 É também comum que os episódios de convulsões resultem em ferimentos e


dificuldades de socialização
Causas
Existem várias causas para a epilepsia, pois muito fatores podem lesar os neurônios
(células nervosas). Os mais frequentes são:

 Traumatismos cranianos, provocando cicatrizes cerebrais;


 Traumatismos de parto;

 Certas drogas ou tóxicos;

 Interrupção do fluxo sanguíneo cerebral causado por acidente vascular cerebral


ou problemas cardiovasculares;

 Doenças infecciosas ou tumores.

Epilepsia secundária ou sintomática


Dentre as causas para epilepsias com causas conhecidas estão:

 Danos cerebrais de uma lesão pré-natal ou perinatal (asfixia ou trauma durante


o parto, baixo peso ao nascer);

 Defeitos congênitos ou doenças genéticas associadas a malformações cerebrais;

 Ferimentos graves na cabeça;

 Acidente vascular cerebral, privando o cérebro de oxigênio;

 Infecções cerebrais, tais como meningite e encefalite e neuro cisticercose;

 Tumores cerebrais.

Durante as crises generalizadas os possíveis sintomas são:

 Enrijecimento do corpo; Virar olhos e cabeça; Movimentação dos braços e


pernas

 Salivação espumosa.

 Durante o episódio, a língua pode ser mordida ou severamente lesada, as vezes


pode ocorrer liberação de urina ou fezes.

 O corpo relaxa após poucos segundos ou minutos e em seguida o doente dorme


por um período invariável de tempo.
CRISES PARCIAIS
Em crises parciais podem ocorrer:

 Tremores na face, membros ou espalhados pelo corpo;

 Distúrbios sensoriais como alucinação visual, auditiva, tátil ou palato-olfativa;

 Mudança de humor, perda de memória e pensamento;

 Mal-estar, palpitação, salivação, suor, ou rubor na face;


AVC (ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL)
O que é AVC?
O acidente vascular cerebral, ou derrame cerebral, ocorre quando há um entupimento
ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da
área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada. O AVC também é chamado
de Acidente Vascular Encefálico (AVE).
Tipos de AVC
• Isquêmico: entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro
• Hemorrágico: rompimento do vaso provocando sangramento no cérebro.

Acidente Vascular Cerebral - é uma interrupção do suprimento de sangue a qualquer


parte do cérebro. Isso ocorre quando um vaso sanguíneo é bloqueado por um coágulo
(isquemia) ou quando ele se rompe, permitindo vazamento de sangue para o cérebro
(hemorragia cerebral).

O AVC resulta da restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, causando lesão celular e


danos nas funções neurológicas.
As causas mais comuns são os trombos, o embolismo e a hemorragia.
Alguns dos fatores que predispõem ao AVC são:
A hipertensão arterial, a taxa elevada de colesterol no sangue – arteriosclerose
(espaçamento e endurecimento da parede das artérias), a obesidade, o diabete, o uso
de pílulas anticoncepcionais e o hábito de fumar.

FATORES DE RISCO
Alguns dos fatores de risco estão fora de seu controle como ter histórico familiar de
derrame, mais de 55 anos, ser do sexo masculino, ter diabetes ou já ter sofrido um
derrame, outros fatores relacionados ao estilo de vida, que podem ser controlados ou
evitados:
- Colesterol alto; Pressão alta; doenças cardíacas; diabetes; fumo; obesidade; dieta
rica em sal e gorduras; consumo excessivo de álcool; falta de exercícios.

Alguns medicamentos podem aumentar a probabilidade de coágulos sanguíneos e,


consequentemente, os riscos de derrame. Pílulas anticoncepcionais.

PREVINA-SE CONTRA O DERRAME


Monitore sua pressão arterial. Se ela for alta, siga o tratamento indicado por seu médico
para mantê-la sob controlo.
Pare de fumar. Fumar duplica o risco de derrames.
Beba com moderação - no máximo 2 doses de álcool por dia.
Controle seu colesterol. Na maioria dos casos, isso pode ser feito através de dietas e
exercícios,
Controle seu diabetes. A dieta alimentar, estilo de vida e medicamentos para controle
da doença.
Faça exercícios diariamente. Pratique uma atividade física - por 30 minutos no mínimo,
a cada dia.
Reduza o consumo de sal e de gorduras, fatores importantes para a pressão alta.
Depósitos de gordura podem bloquear as artérias que transportam sangue para o
cérebro.
DOENÇAS DEGENERATIVAS DO SISTEMA NERVOSO
(ALZHEIMER, DOENÇA DE PARKINSON, e ESCLEROSE MÚLTIPLA)
A Doença de Alzheimer, também conhecida como demência é a mais comum patologia,
conhecida pela população como "esclerose" ou caduquice.
É uma doença degenerativa do cérebro, cujas células se deterioram (neurônios) de
forma lenta e progressiva, provocando uma atrofia do cérebro.
A doença de Alzheimer foi descrita em 1906 pelo psiquiatra e Neuropatologista alemão
Alois Alzheimer ao fazer uma autópsia, descobriu no cérebro do morto, lesões que
ninguém nunca tinha visto antes. Tratava-se de um problema de dentro dos neurônios
(as células cerebrais), os quais apareciam atrofiados em vários lugares do cérebro, e
cheios de placas estranhas e fibras retorcidas, enroscadas umas nas outras.
A doença afeta a memória e o funcionamento mental (por exemplo, incapacidade de
raciocinar, de compreender e falar, etc.), mas pode também conduzir a outros
problemas, tais como confusão, mudanças de humor e desorientação no tempo e no
espaço.
A doença faz diminuir a capacidade da pessoa de se cuidar (da higiene, do vestuário, de
gerir sua vida emocional e profissional) não sabendo escrever e nem fazer contas
simples e elementares.
É uma doença terminal que causa uma deterioração geral da saúde. Contudo, a causa
de morte mais freqüente é a pneumonia, porque à medida que a doença progride o
sistema imunológico deteriora-se, e surge perda de peso, que aumenta o risco de
infecções da garganta e dos pulmões

Causa
A causa da doença de Alzheimer ainda não é conhecida. Existem várias teorias, porém,
de concreto aceita-se que seja uma doença geneticamente determinada, não
necessariamente hereditária (transmissão entre familiares).
Fatores de risco
Idade: quanto mais avançada a idade, maior a porcentagem de idosos com demência.
Aos 65 anos,
Idade Materna: filhos que nasceram de mães com mais de 40 anos, podem ter mais
tendência à problemas demenciais na terceira idade.
Sexo: Alguns estudos têm sugerido que a doença afecta mais as mulheres do que os
homens.
Fatores genéticos/hereditariedade: Para um número extremamente limitado de
famílias, a doença de Alzheimer é os sinais de alerta da Doença de Alzheimer:
1 - Perda de Memória
O que é normal?
Às vezes, esquecer-se de nomes ou palavras, mas recordá-los posteriormente
2 - Dificuldade em planear ou resolver problemas
Podem ter muitas dificuldades de concentração e levar muito mais tempo para fazer
coisas que habitualmente faziam de forma mais rápida.
3 - Dificuldade em executar tarefas familiares
Podem ter dificuldades em conduzir até um local que já conhecem, pode ser incapaz de
preparar qualquer parte de uma refeição, ou esquecer-se de que já comeu.
4 - Perda da noção de tempo e desorientação
As pessoas com Doença de Alzheimer podem perder a noção de datas, estações do ano
e da passagem do tempo. Podem até esquecer-se de onde estão ou como chegaram até
lá.
5 - Dificuldade em perceber imagens visuais e relações especiais
O que é normal? Ter problemas de visão devido a cataratas.
6 - Problemas de linguagem
As pessoas com doença de Alzheimer podem ter dificuldades em acompanhar ou inserir-
se numa conversa. Podem parar a meio da conversa e não saber como continuar ou
repetir várias vezes a mesma coisa.
7 - Trocar o lugar das coisas
O que é normal? - Perder coisas de vez em quando, como não saber onde estão os óculos
ou o comando da televisão.
8 - Discernimento fraco ou diminuído
Por exemplo, podem não ser capazes de perceber quando os estão claramente a
enganar e ceder a pedidos de dinheiro, Tomar uma decisão errada de vez em quando.
9 - Afastamento do trabalho e da vida social dificuldade em assistir a um jogo do seu
clube até ao fim, como faziam antes, ou podem esquecer-se de acabar alguma
actividade que começaram.
10 - Alterações de humor e personalidade
O humor e a personalidade das pessoas com Doença de Alzheimer pode alterar-se.
Podem tornar-se confusos, desconfiados, deprimidos, com medo ou ansiosos. Podem
começar a irritar-se com facilidade em casa, no trabalho, com os amigos.
Traumatismos cranianos: Tem sido referido que uma pessoa que tenha sofrido um
traumatismo craniano severo corre o risco de desenvolver doença de Alzheimer. O risco
torna-se maior se, na altura da lesão, a pessoa tiver mais de 50 anos.
Outros factores: Não se chegou ainda à conclusão se um determinado grupo de pessoas,
em particular, é mais ou menos propenso à doença de Alzheimer. Raça, profissão,
situações geográficas e socio-econômicas, não determinam a doença.

A doença de Parkinson (DP) ou Mal de Parkinson


É uma doença degenerativa e progressiva, que acomete em geral pessoas idosas. Ela
ocorre pela perda de neurônios do SNC em uma região conhecida como substância
negra (ou nigra).
Os neurônios dessa região sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja diminuição
nessa área provoca sintomas principalmente motores. Entretanto, também podem
ocorrer outros sintomas, como depressão, alterações do sono, diminuição da memória
e distúrbios do sistema nervoso autônomo.
Os principais sintomas motores se manifestam por tremor, rigidez muscular,
diminuição da velocidade dos movimentos e distúrbios do equilíbrio e da marcha.
2. CAUSAS:
Os sintomas da doença devem-se à degeneração dos neurônios da substância negra, no
entanto, na maioria das vezes, é desconhecido o motivo que leva a essa degeneração.
O termo parkinsonismo refere-se a um grupo de doenças que apresentam em comum
os mesmos sintomas.
A DP é também chamada de parkinsonismo primário ou idiopático porque é uma
doença para a qual nenhuma causa conhecida foi identificada.
Por outro lado, diz-se que um parkinsonismo é secundário quando uma causa pode ser
identificada ou quando está associada a outras doenças degenerativas. Cerca de 2/3 de
todas as formas de parkinsonismo correspondem à forma primária.
O fator genético exerce influência, mas em números, é pouco representativo neste mal.
Os fatores que podem desencadear a síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo, são:
a) Uso exagerado e contínuo de medicamentos. Um exemplo de substância que pode
causar parkinsonismo é a cinarizina, usada freqüentemente para aliviar tonturas e
melhorar a memória, a qual pode bloquear o receptor que permite a eficácia da
dopamina.
b) Trauma craniano repetitivo. Os lutadores
c) Isquemia cerebral. Quando a artéria que leva sangue à região do cérebro responsável
pela produção de dopamina entope, as células param de funcionar.
d) Freqüentar ambientes tóxicos, como indústrias de manganês (de baterias por
exemplo), de derivados de petróleo e de inseticidas.
O diagnóstico de DP persiste sendo feito essencialmente em bases clínicas.
Tremor, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural de intensidades variáveis
individualmente, são os sinais e sintomas clássicos.

Os sintomas são:
a) Tremor: a mão ou o braço treme. O tremor também pode afetar outras áreas, como
a perna, o pé. Esse tremor pára durante o sono e diminui no movimento.
b) Rigidez: acontece porque os músculos não recebem ordem para relaxar. Pode causar
dores musculares e postura encurvada.
c) Bradicinesia: movimentos lentos, causando problemas para levantar de cadeiras e de
camas. O andar pode limitar-se a passos curtos e arrastados. Pessoas com esta doença
às vezes sentem-se "congeladas", incapazes de mover-se. As expressões faciais e o
balançar os braços enquanto caminha tornam-se mais vagorosos.
d) Alteração no equilíbrio: a pessoa anda com a postura levemente curvada para frente,
podendo causar cifose ou provocar quedas (para frente ou para trás).
e) Voz: a pessoa passa a falar baixo e de maneira monótona.
f) Escrita: a caligrafia torna-se tremida e pequena.
g) Sistema Digestivo e Urinário: Deglutição e mastigação podem estar comprometidas.
Uma vez que os músculos utilizados na deglutição podem trabalhar de modo mais lento,
pode haver acúmulo de saliva e alimento na boca fazendo o paciente engasgar ou
derramar saliva pela boca. Além disso, alterações urinárias e constipação intestinal
podem ocorrer pelo funcionamento inadequado do sistema nervoso autônomo. Alguns
pacientes apresentam certa dificuldade para controlar o esfíncter da bexiga antes de
uma micção iminente (urgência urinária) enquanto que outros têm dificulade para
iniciar a micção. A obstipação intestinal, ou prisão de ventre, ocorre porque os
movimentos intestinais são mais lentos.
j) Braços que não balançam: resulta em uma marcha típica. No início da doença é
comum que apenas um braço se movimente enquanto o outro fica imóvel.
Posteriormente, ambos tornam-se imóveis.
k) Depressão e déficit cognitivo: A depressão é um sintoma bastante freqüente e pode
ocorrer cedo na evolução da doença, mesmo antes dos primeiros sintomas serem
notados. Provavelmente relacionada à redução de um neurotransmissor chamado
serotonina. Alterações emocionais são comuns. Pacientes podem sentir-se inseguros e
temerosos quando submetidos a alguma situação nova. Podem evitar sair ou viajar e
muitos tendem a retrair-se e evitar contatos sociais.

ESCLEROSE MÚLTIPLA
A esclerose múltipla é uma doença crónica em que a mielina, que cobre alguns nervos
do cérebro e da medula espinal (sistema nervoso central - SNC), desaparece, deixando-
os danificados.
Isto pode causar uma série de sintomas que afectam a visão, os movimentos, o equilíbrio
e/ou outras funções físicas.
A EM é uma das doenças mais comuns do SNC em jovens adultos e ocorre mais
frequentemente entre os 20 e os 40 anos.

Sintomas musculares:
• Perda de equilíbrio, Espasmos musculares
• Problemas para movimentar braços e pernas
• Dificuldade para andar
• Problemas de coordenação e para fazer pequenos movimentos
• Tremor em um ou mais membros
• Fraqueza em um ou mais membros

Sintomas da bexiga e do intestino:


• Constipação e incontinência fecal
• Dificuldade para começar a urinar
• Necessidade frequente de urinar
• Incontinência urinária
Sintomas nos olhos:
• Visão dupla, Incômodo nos olhos
• Perda de visão (geralmente afeta um olho de cada vez)
formigamento ou dor , Dor facial
• Formigamento de braços e pernas
Outros sintomas nervosos ou do cérebro:
• Atenção e capacidade de julgamento diminuídas, perda de memória
• Dificuldade para raciocinar e resolver problemas
• Depressão ou sentimentos de tristeza
• Tontura e problemas de equilíbrio, Perda de audição
Sintomas sexuais:
• Problemas de ereção, Problemas com a lubrificação vaginal
Sintomas da fala e de deglutição:
• Fala arrastada ou difícil de entender, Dificuldade para mastigar e engolir
A fadiga é um sintoma comum e incômodo à medida que a esclerose múltipla progride.

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