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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA: AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL (CEL0379)

A AVALIAÇÃO EM GRANDE ESCALA NO BRASIL

TÂNIA LIMA SOUSA


201701045842

FORTALEZA – CE
2020

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1 – IDENTIFICAÇÃO

1.1 – Tema: A avaliação em grande escala no Brasil.

2 – OBJETIVOS

 Conhecer como é realizada a avaliação institucional da Educação Básica no


Brasil na atualidade por meio de uma pesquisa no Portal do MEC.

 Identificar o IDEB, suas funcionalidades e os principais tipos de avaliação na


Educação Básica no Brasil.

3 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1. O cenário educacional e a avaliação institucional no Brasil após os anos


90.

Em busca de progresso e aperfeiçoamentos os homens de modo individual ou


pertencente a um determinado grupo estão dispostos a avaliar e serem avaliados.
Não é à toa que com passar das décadas do período moderno, os países, empresas
e diversas instituições estejam tão preocupadas com a avaliação institucional.
Podemos conceituá-la como:

Um processo de diagnóstico, sistemático e permanente que permite


captar informações sobre a instituição, para contrastá-lo com o que está
proposto em seu projeto pedagógico e, a partir dessa comparação, emitir
juízos de valor e propor alternativas para que sejam tomadas decisões
buscando sanar as lacunas encontradas e, consequentemente, alcançar a
melhoria da qualidade (LEITE,2004).

Devido à essa importância, constata-se que os países preocupados em elevar


a eficiência, a qualidade e a igualdade social em seus sistemas educacionais têm
investido e olhado com atenção para a relevância contida nas avaliações. Elas lhes
servem como uma ferramenta de acompanhamento dos movimentos de reformas
aplicados, por isso, a ênfase crescente no processo de avaliação.

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No Brasil, no decorrer dos anos 1995 e 1998, o governo federal implementou
um sistema de informações educacionais para destacar a educação como prioridade
de Estado, onde estariam envolvidos todos os níveis escolares. Segundo Castro
(1998) implantou-se um sistema de informações quantitativas e qualitativas que vem
permitindo subsidiar as ações dos diferentes níveis de governo, bem como indicar
tendências que sinalizem as mudanças em curso. Tem início a utilização mais
abrangente das informações apanhadas através do Censo Escolar anual.

O Sistema Integrado de Informações Educacionais (SIEd),


gerenciado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
(INEP), é responsável pela disseminação dos resultados do censo escolar,
censo do ensino superior, censo do professor, avaliação da educação
básica, exame nacional de cursos, além de informações sobre o gasto e
financiamento da educação, perfil dos egressos do ensino médio e
características socioeconômicas e culturais dos graduandos de nível
superior (CASTRO, 1998).

Em 1990 é criado, pelo Inep, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação


Básica (Saeb), com o objetivo de contribuir para melhorar a qualidade das escolas,
alterando tanto a prática pedagógica quanto características gerais do sistema
educacional. Esse modelo de avaliação foi concebido em relação a três eixos:
universalização do ensino, eficiência e qualidade; valorização do magistério e gestão
do campo educacional. Sua proposição é ser um elemento agregador entre a União
e os demais estados do país de forma que garanta, por meio de amostras, um
diagnóstico nacional capaz de direcionar as políticas federais para o ensino básico,
além, dos estados e municípios.

Voltado para a produção de informações que subsidiem a gestão do


sistema educacional, o Saeb utiliza um sistema de amostragem complexo,
que procura assegurar a representatividade das informações no âmbito dos
próprios sistemas escolares dos estados. Ele não se apresenta como sistema
fechado, mas como base para que outros trabalhos de avaliação sejam
agregados, ampliando a discussão sobre as condições e os fatores que
afetam a educação no Brasil (WAISELFISZ,1991).

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3.2. As metas educacionais propostas no IDEB em articulação com o IDEB do
município de Fortaleza-CE.

Criado em 2007, pelo INEP, o IDEB é o Índice de Desenvolvimento da


Educação Básica formulado para medir a qualidade do aprendizado nacional e
estabelecer metas para a melhoria do ensino. Tem a função de funcionar como um
indicador nacional que possibilita o monitoramento da qualidade da Educação. O
IDEB é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar
(aprovação) obtida pelo Censo Escolar anual e as médias de desempenho nos
exames aplicados pelo Inep, ou seja, Prova Brasil para estados e municípios e
Saeb para estados e toda federação. As metas estabelecidas pelo IDEB são
diferenciadas para cada escola e rede de ensino, com o objetivo único de alcançar 6
pontos até 2022.

Em Fortaleza, as escolas da rede municipal de ensino conquistaram o melhor


desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 2017 (Ideb), tanto
nos anos iniciais como nos anos finais, e superou a meta projetada pelo Ministério
da Educação (MEC) para 2021. O índice do 5º ano do Ensino Fundamental passou
de 5,4, em 2015, para 6, em 2017, superando a meta estabelecida para 2021 (de
5,5). De acordo com o Inep, esse é o segundo melhor resultado entre as capitais do
Nordeste e o sétimo lugar entre as capitais brasileiras. No 9º ano, o índice da capital
subiu de 4,4 (2015) para 4,9 (2017), resultado que, conforme o Inep, também
superou a meta projetada para 2021, de 4,7. Outro destaque foi que 96,2% das
escolas municipais de Fortaleza nos anos iniciais atingiram as metas projetadas pelo
MEC para o Ideb. Nos anos finais, este percentual foi de 73,6%.

3.3. A avaliação institucional e o PNE.

O Plano Nacional de Educação (PNE) é um documento vigente entre 2014 e


2024 que compromissos através de metas a serem firmados entre a federação e os
estados em prol de avanços na educação brasileira. Nele fica nítido a valorização da
avaliação como ferramenta para acompanhamento estratégico da aprendizagem e

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diagnóstico do ensino. Além das avaliações, as conclusões extraídas do Ideb
também ganham destaque.

A meta 7 remete a melhoria da qualidade da educação básica às médias


nacionais para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Alcançar as
metas do Ideb pretendidas se relaciona, segundo o documento, ao estabelecimento
de diretrizes pedagógicas e à criação de uma base curricular nacional comum com
definições de objetivos de aprendizagem para cada nível/série que serão medidos
ao longo da vigência do PNE. Outro aspecto da avaliação para as instituições
escolares é a autoavaliação:

A autoavaliação das escolas de educação básica está presente na


estratégia 7.4 do Plano. De acordo com o texto essa autoavaliação estaria
articulada ao planejamento, formação dos profissionais e gestão democrática.
A proposta é de constituição de instrumentos de avaliação que orientem as
ações. Porém, não há mais informação sobre como esse instrumento será
elaborado e disseminado junto às escolas e redes de ensino (BANDEIRA,
2019).

Sendo assim, nota-se que o PNE pode ser um dos primeiros passos para que
a educação brasileira se torne cada vez mais planejada e articulada. Nesse contexto
a avaliação deve ser uma preocupação, pois de nada adianta ampliar e aperfeiçoar
os instrumentos avaliativos se estes não servirem para que os governantes
percebam as fragilidades educacionais e regionais e atuem de modo a facilitar o
aprendizado, por meio de investimentos em infraestrutura, materiais pedagógicos,
qualificação e valorização dos profissionais.

4 – CONCLUSÃO

Embora a observação tenha sido feita em dois dias da semana, segundas e


terças, os alunos da turma B do 2º ano estão assistindo aulas de língua portuguesa
todos os dias da semana, exceto, às quintas onde ocorre o simulado da prova do
SPAECE. Essa insistência nas aulas de português deve-se, segundo a equipe
gestora da escola, ao baixo rendimento que a turma vem apresentando e, com isso,
teme-se que eles venham a atrapalhar o rendimento global da escola. No texto da
BNCC consta o seguinte trecho:
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As diversas práticas letradas em que o aluno já se inseriu na sua
vida social mais ampla, assim como na Educação Infantil, tais como cantar
cantigas e recitar parlendas e quadrinhas, ouvir e recontar contos, seguir
regras de jogos e receitas, jogar games, relatar experiências e
experimentos, serão progressivamente intensificadas e complexificadas, na
direção de gêneros secundários com textos mais complexos (OLIVEIRA,
2018).

No período de observação, pode-se constatar que tanto o material didático,


quanto as atividades em sala e as questões dos simulados parecem estar em
consonância com o trecho em questão uma vez que os alunos trabalham
constantemente com receitas, cartas, bilhetes, quadrinhas, parlendas, contos e
outras infinidades de gêneros textuais. Contudo, mesmo com esse volume de
gêneros textuais e atividades, nota-se que várias crianças apresentam muitas
dificuldades em leitura, escrita e não estão completamente alfabetizados. Isso
possivelmente ocorra por causa da ênfase dada às questões sobre o letramento e a
defasagem do trabalho com métodos de eficiência cientificamente comprovadas
como o método fônico.

6 – REFERÊNCIAS

BANDEIRA, Cláudia. O sistema Nacional de Avaliação Básica. Disponível em


<http://www.deolhonosplanos.org.br/wp-content/uploads/2015/04/An%C3%A1lise-
do-tema-da-avalia%C3%A7%C3%A3o-educacional-no-PNE-por-Claudia
Bandeira.pdf>. Acesso em 13 mai 2020.

CASTRO, Maria Helena Guimarães de. Avaliação do sistema educacional


brasileiro: tendências e perspectivas. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais,1998.

LEITE, Denise. Reformas universitárias: avaliação institucional participativa.


Petrópolis: Ed. Vozes, 2005. 141 p.

WAISELFISZ, J. O Sistema nacional de avaliação do ensino público de 1º grau.


Estudos em Avaliação Educacional. São Paulo: FCC, n.4, p.65-72, jul./dez. 1991.
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