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Alcantaro Corrêa
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
Florianópolis/SC
2010
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis
D372p
Demarchi, Delcio Luís
Processos de fabricação III / Delcio Luís Demarchi, Rogerio Antonio
Lazzaris, Emerson José Tissi. – Florianópolis : SENAI/SC, 2010.
65 p. : il. color ; 28 cm.
Inclui bibliografias.
Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu
futuro profissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.
É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos.
Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções
colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente.
22 Unidade de estudo 2
Funções
Competências
Conhecimentos
▪▪ Operação de máquinas operatrizes CNC: generalidades, classificação e
aplicação.
▪▪ nomenclatura.
▪▪ funcionamento.
▪▪ conservação.
▪▪ acessórios.
▪▪ programação ISO.
▪▪ simuladores e interface PC x máquina CNC.
▪▪ parâmetros de corte.
▪▪ ferramentas de corte.
▪▪ referência de máquina e peça.
▪▪ sistemas de fixação.
▪▪ SUHVHW de ferramentas.
▪▪ usinagem (torno, fresadora, centro de usinagem).
Habilidades
Atitudes
▪▪ Assiduidade;
▪▪ Pró-atividade;
▪▪ Relacionamento interpessoal;
▪▪ Trabalho em equipe;
▪▪ Cumprimento de prazos;
▪▪ Zelo com os equipamentos;
▪▪ Adoção de normas técnicas, de saúde e segurança do trabalho;
▪▪ Responsabilidade ambiental.
Ao longo de seu estudo você irá adquirir conhecimentos necessários Delcio Luís Demarchi é profes-
sor da unidade curricular de
para o trabalho com equipamentos de comando numérico.
Processos de Fabricação no
curso Técnico em Mecânica e
Esse material foi elaborado a partir de uma revisão bibliográfica. Sua no curso Técnico em Eletrome-
organização proporciona um aprendizado gradual, desde um breve his- cânica no SENAI/SC em Jaraguá
tórico da evolução das máquinas ferramentas até os equipamentos de do Sul. Graduado em Tecnologia
Mecânica pelo Centro Universi-
comando numérico até a programação desses equipamentos.
tário de Jaraguá do Sul – UNERJ.
Além do conteúdo teórico de cada tema, são apresentados exemplos Rogerio Antonio Lazzaris é pro-
práticos, figuras, imagens, tabelas e indicações de outras fontes de con- fessor da unidade curricular
sulta. de Processos de Fabricação no
curso Técnico em Mecânica e
no curso Técnico em Eletrome-
Bom estudo. cânica no SENAI/SC em Jaraguá
do Sul. Graduado em Tecnologia
Mecânica pelo Centro Universi-
Delcio Luís Demarchi tário de Jaraguá do Sul – UNERJ.
Rogerio Antonio Lazzaris
Emerson José Tissi é Técnico Pe-
Emerson José Tissi
dagógico da unidade curricular
de Processos de Fabricação no
curso Técnico em Mecânica e no
curso Técnico em Eletromecâni-
ca no SENAI/SC em Jaraguá do
Sul. Graduado em Técnico em
Mecânica no SENAI/SC em Jara-
guá do Sul.
Na unidade 1 você estudará um O homem busca racionalizar e au- tados obtidos foram uma excelen-
pouco da história das máquinas tomatizar o seu trabalho desde os te demonstração de praticidade,
CNC, sua evolução até os dias de tempos mais remotos por meio de fato divulgado em reportagem
hoje e os conceitos fundamentais novas técnicas. A automação que de 1953. Outro ano de destaque
para sua operação. simplifica todo esse tipo de traba- é 1959, quando foi desenvolvido
lho, mental ou físico. Um exemplo o trocador automático de ferra-
comum é o uso da calculadora. mentas.
SEÇÃO 1
História e evolução das Através de pesquisas e desenvol- Nessa época, a aplicação ainda
máquinas CNC vimento de novos produtos, foi não era significativa, pois faltava
possível chegar às primeiras má- confiança, os custos eram altos e
quinas controladas numericamen- a experiência muito pequena. Na
Você sabe o que são máqui- te. década de 60, foram desenvol-
nas CNC? vidos novos sistemas, máquinas
foram especialmente projetadas
Fatores ligados à Segunda Guerra
para receberem o CN e houve um
Mundial levaram à necessidade de
aumento na quantidade de máqui-
adaptação dos conceitos de fabri-
Nesta seção você verá como as nas utilizadas na metalurgia.
cação. Para que o custo da fabri-
máquinas ferramentas evoluíram
cação de peças geometricamente
até as máquinas CNC.
complexas e de precisão fosse re- Atualmente, essas máquinas satis-
duzido e para que o tempo entre fazem os quesitos de confiança,
No desenvolvimento histórico o projeto e a fabricação fosse me- experiência e viabilidade econô-
das Máquinas Ferramentas de nor, as máquinas convencionais mica.
usinagem, sempre se procurou dessa época teriam que ser subs-
soluções para aumentar a produ- tituídas por outras mais eficientes.
Surgem novas perspectivas de
tividade com qualidade superior,
desenvolvimento dos CN, além
associada à minimização dos des-
Assim, as máquinas de comando de máquinas operatrizes de usi-
gastes físicos na operação das má-
numérico começaram a ser uti- nagem. Novas áreas, como a
quinas. Muitas soluções surgiram,
lizadas. O primeiro teste do co- eletrônica, aliadas aos grandes
mas, até recentemente, nenhuma
mando numérico (CN) aplicado progressos da tecnologia mecâ-
oferecia a flexibilidade necessária
a máquinas operatrizes ocorreu nica garantem estas perspectivas
para o uso de uma mesma máqui-
em 1949, no laboratório de tec- do crescimento: as máquinas CN
na na usinagem de peças com di-
nologia de Massachustets (MIT). passaram a ser CNC – máquinas
ferentes configurações e em lotes
Esse teste foi realizado com uma com controle numérico computa-
reduzidos.
fresadora de três eixos e os resul- dorizado.
FUNÇÕES MISCELÂNEAS
M00 Parada programada
M02 Fim de programa
M03 Sentido anti-horário de rotação do eixo-árvore
M04 Sentido horário de rotação do eixo-árvore
M05 Desliga o eixo-árvore sem orientação (fuso para em qualquer posição)
M07 Liga refrigerante de corte (alta pressão)
M08 Liga refrigerante de corte (baixa pressão)
M09 Desliga refrigerante de corte
M24 Abre a Placa de Fixação
M25 Fecha a Placa de Fixação
M26 Recua o Mangote da contra ponta
M27 Avança o Mangote da contra ponta
M30 Fim de programa
Quadro 1 - Funções Miscelâneas do comando fanuc 21 it
SEÇÃO 4
Sistema de coordenadas
Agora que você conhece o conceito de programa, irá estudar o sistema
de coordenadas utilizado pelas máquinas CNC.
A 0 0 0 0
B 20 0 20 0 SEÇÃO 5
C 40 20 20 20 Ponto zero e ponto de
D 40 40 0 20
referência
E 20 40 -20 0
F 0 20 -20 -20
Você já sabe que sistema de
G 10 10 10 -10 coordenadas cartesiano é utiliza-
H 30 30 20 20 do para trabalhar com máquinas
CNC e, também, que um ponto
Nesta seção você viu que as má- nesse sistema pode ser incremen-
quinas CNC utilizam o sistema tal em relação a outro ponto.
de coordenadas cartesianas para
a entrada de dados. Você irá uti-
lizar esse sistema de coordenadas
Nesta seção, você conhecerá os
para indicar as posições das fer-
pontos usados como referência
ramentas durante a usinagem. O
nas máquinas CNC.
sistema incremental será usado
para informar os movimentos das
ferramentas de uma posição para
outra.
DICA
Como os pilares da progra-
mação CN, estas funções
definem cada ação a ser
anti-horário executada pela máquina.
Através delas o programa-
dor define as operações e
Figura 7 - Sentido de Giro da Placa Figura 8 – Função G00
seus parâmetros.
Função T - Definição da
As funções preparatórias podem Função G01 − Interpo-
ferramenta ser:
lação linear
▪▪ Modais – Quando elas perma-
A função T é usada para selecio- A função G01 realiza movimentos
necem ativas e só são desativadas
nar as ferramentas, informando retilíneos com qualquer ângulo,
por uma função de cancelamento
à máquina o seu zeramento, raio calculado através das coordena-
ou por outra função referente à
do inserto, sentido de corte e cor- das de posicionamento descritas,
mesma ação; ou
retores. Geralmente o código T utilizando-se de uma velocidade
▪▪ Não Modais – Funções válidas de avanço (F) pré-determinada
é acompanhado de 4 dígitos. Os
apenas para o bloco em que são pelo programador.
dois primeiros definem a posição
programadas.
da ferramenta na torre e os dois
últimos definem o número do Na figura a seguir, você pode ob-
corretor. As funções especiais ou auxiliares
servar, no bloco N110, a função
são:
G01. Nesse exemplo, a função in-
Nesta seção, você conheceu as dica que a ferramenta deve se des-
funções especiais ou auxiliares Função G00 Interpola- locar para uma posição Z=-30 em
utilizadas nos programas CN. Es- relação à posição anterior, com
ção linear com avanço rá-
tas funções são usadas para deter- velocidade 2 (pré-determinada).
pido
minar valores gerais para opera-
ção das máquinas, como rotação
e avanço. A função G00 realiza movimen-
tos nos eixos da máquina com a
Na próxima seção, você estudará maior velocidade de avanço dis-
as funções preparatórias, as prin- ponível, portanto, deve ser utiliza-
cipais funções nos programas CN, da somente para posicionamentos
pois determinam as ações a serem sem nenhum tipo de usinagem.
executadas durante a usinagem.
Exemplos:
▪▪ G96 S200
Figura 18 – Referência peça
▪▪ G92 S3500 M3
SEÇÃO 5
Ciclos automáticos Figura 19: Ciclo de desbaste
G71 U R
Onde: N50 G00 X60. Z2. M08;
N60 UPNAME = EXTERNO
▪▪U − Profundidade de corte
N70 CICLE 95 (UPNAME, 3. , .2
▪▪R − Retorno da ferramenta , .5 , .2 , .1 , 0, 1)
N80 G00 X40. Z5. M09;
Subprograma:
G71 P Q U W F
X16. Z1. F.5#
X20. Z-2. F.15#
Onde:
Z-13.#
▪▪P − Número do bloco que define o início do perfil G02 X24. Z-15. R2.#
▪▪Q − Número do bloco que define o final do perfil X26. F.15#
▪▪U − Sobremetal para acabamento no eixo X X30. Z-17.#
▪▪U + − para acamento externo Z-26.#
▪▪U - − para acabamento interno X34. Z-28.#
▪▪W − Sobremetal para acabamento X36.#
▪▪W + − Sobremetal à direita G03 X40. Z-30. R2.#
▪▪W - − Sobremetal à esquerda X41.
▪▪F − Avanço M17 ; Final de Subprograma
Exemplo de Programação
com o Comando SIEMENS:
G75 R
G75 X Z P Q F
Onde:
▪▪R −Retorno incremental para quebra de cavaco (raio)
▪▪X − Diâmetro final do canal
▪▪Z − Coordenada final (ultimo canal)
▪▪P − Incremento de corte total de corte (raio/milésimo de milímetro)
▪▪Q − Distância entre os canais (incremental/ milésimo de milimetro)
▪▪F − Avanço
N050 T0101 Chamada de Ferra- ▪▪P − Parâmetro para introdução N060 T1212
menta de dados (m – número de repe-
tição do último passe, s – saída
N070 M6
N060 M06 Liberar a troca de fer- angular, a – ângulo do perfil da N080 G97 S1500 M03
ramenta rosca) N090 G00 X25 Z6
N070 M12 Selecionar faixa alta de ▪▪Q − Mínima profundidade de N100 G76 P010060 Q100 R50
rotação corte (em raio / milésimo de
milímetro) N110 G76 X17.54 Z-27.5 P1300
N080 G97 função de rotação fixa Q411 F2
N090 S1000 M03 sentido de Giro ▪▪R − Profundidade do último
passe (em raio / milésimo de NG00 X30 Z10 M09
da placa
milímetro)
CILCLE 97(PIT, MPIT, SPL, FPL, DM1, DM2, APP, ROP, TDEP,
FAL, IANG, NSP, NRC, NID,VARI, MUMTH)
Onde:
▪▪PIT − Valor do passo da rosca
▪▪MPIT − Valor do passo da rosca (em Diâmetro)
▪▪SPL − Coordenada inicial da rosca no eixo longitudinal
▪▪FPL − Coordenada final da rosca no eixo longitudinal
▪▪DM1 − Diâmetro inicial da rosca
▪▪DM2 − Diâmetro final da rosca
▪▪APP − Distancia de aproximação
▪▪ROP − Distancia da saída
▪▪TDEP − Profundidade da rosca
▪▪FAL − Sobremetal para acabamento
▪▪IANG − Ângulo de penetração
▪▪NSP − Ponto de início radial da rosca
▪▪NRC − Numero de passadas de desbaste
▪▪NID − Numero de passadas no vazio
▪▪VARI − Tipo de usinagem da rosca (faixa de valores de 1 a 4)
▪▪NUMTH − Números de entradas
G83 Z I J KU W R D P1 F
Onde:
▪▪Z − Coordenada do comprimento do furo
▪▪I − Valor do primeiro incremento de profundidade, com retorno
▪▪J − Coordenada para calculo de segunda e terceira penetração
(menor que I)
▪▪K − Valor mínimo do incremento para penetração
▪▪U − Coordenada máxima de profundidade, Z inicial mais profun-
da do furo
▪▪W − Determina incremento de retração que ocorrerá em cada
penetração
▪▪R − Determina plano de referencia para início de usinagem
▪▪D − Tempo de permanência após cada penetração
▪▪P1 − Retração da ferramenta ao posicionamento inicial ao termi-
no do ciclo
▪▪F − Avanço
N040 T0404;
N050 M6;
N060 M12;
N070 G97 S700 M03;
N080 G00 X0. Z10. M08;
N090 G83 Z-100. I10. J5. K10. U105. W2. R5. P1 F.1;
N100 G00 Z10. M09;
N110 G80; Cancela ciclo fixo.
G83 Z Q P R F;
G80 (Cancelar)
Onde:
▪▪Z − Coordenada final do furo em absoluto
▪▪Q − Incremento por penetração (milésimo de milímetro)
▪▪P − Tempo de permanência em milésimos de segundo (opcional)
▪▪F − Avanço
▪▪R − Plano de referencia para inicio de furação
CICLE 83
(RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, FDEP, FDPR, DAM, DTB, DTS, FRF, VARI)
Onde:
▪▪RTP Plano de retração de ferramenta em modo absoluto (recuo)
▪▪RFP Plano de referencia em modo absoluto
▪▪SDIS Distancia de segurança
▪▪DP Profundidade final do furo
▪▪DPR Profundidade final do furo em relação ao plano de referência
▪▪FDEP Primeira profundidade do furo (absoluto)
▪▪FDPR Primeira profundidade do furo em relação ao plano de referência
▪▪DAM Incremento de penetração
▪▪DTB Tempo de permanência para remoção de profundidade final do
furo
▪▪DTS Tempo de permanência para remoção de cavaco durante a
usinagem
▪▪FRF Avanço da primeira profundidade do furo (de0.001 a 1)
▪▪VARI Tipo de usinagem com parâmetro 0 e 1 onde:
▪▪0 = quebra de cavaco 1 = remoção de cavaco
Em paralelo ao desenvolvimento
SEÇÃO 1 da máquina, visando o aumento
SEÇÃO 2
Evolução do Comando dos recursos produtivos, outros Funções do Comando
Numérico fatores colaboraram com sua evo- MACH 9
lução, que foi o desenvolvimento
Nesta seção você acompanhará das ferramentas, desde as de aço Nesta seção você verá as funções
o desenvolvimento histórico das rápido, metais duros às moder- do Comando MACH 9, que estão
máquinas ferramentas de usina- nas ferramentas com insertos de divididas em funções miscelâne-
gem, na busca de soluções que cerâmica. As condições de corte as e funções preparatórias, como
aumentassem a produtividade impostas pelas novas ferramen- você já viu na unidade 2.
com qualidade e menos desgastes, tas exigiram das máquinas novos
até o comando numérico, preen- conceitos de projetos que permi-
tissem a usinagem com rigidez e As funções miscelâneas do Co-
chendo assim lacunas existentes
dentro destes, novos parâmetros. mando MACH 9, mostradas no
nos sistemas de trabalho.
quadro a seguir, são usadas reali-
zar atividades gerais, como infor-
No desenvolvimento histórico mar o fim do programa ou a troca
Com a descoberta e, conse-
das Máquinas Ferramentas de usi- de ferramentas.
quente aplicação do Coman-
nagem, sempre procurou-se solu- do Numérico à Máquina Fer-
ções que permitissem aumentar ramenta de Usinagem esta
a produtividade com qualidade preencheu as lacunas exis-
superior e a minimização dos des- tentes nos sistemas de tra-
gastes físicos na operação das má- balho com peças complexas,
quinas. Muitas soluções surgiram, reunindo as características de
mas até recentemente nenhuma várias destas máquinas.
oferecia a flexibilidade necessária
para o uso de uma mesma máqui-
na nas usinagens de peças com di- Nesta seção você viu a evolução
ferentes configurações e em lotes das máquinas ferramentas de usi-
reduzidos. nagem até o surgimento do co-
mando numérico. Agora que você
já aprendeu sobre a história da
máquina você está apto a conhe-
cer as funções do comando, que é
o tema da próxima seção.
SEÇÃO 4
Figura 28 – G03 Funções Preparatórias
Coordenadas Absolutas Coordenadas Incrementais "G"
Pontos
X Y X Y
P 0 0 0 0
P1 30 20 30 20 Nesta seção, você irá estudar as
P2 70 20 40 0 funções preparatórias, aquelas que
P3 70 45 0 25 definem o que as ferramentas de-
P4 30 45 -40 0 vem fazer.
P1 30 20 0 -25
Onde:
M - Ponto Zero Máquina
W - Ponto Zero Peça
LS - Limite de Software
P - Ponto comandado
Obs:
Nas fresadoras a Posição do Ponto Zero Máquina “M” pode variar de
acordo com o fabricante da mesma.
Função G00
Figura 31 – G03
Onde:
▪▪ X - Ponto final no eixo X (absoluto).
▪▪ Y - Ponto final no eixo Y (absoluto).
▪▪ I - Centro do arco em relação ao eixo X.
▪▪ J - Centro do arco em relação ao eixo Y.
Figura 32 – G03
Função G04
Figura 33 – G04
Função G17
A função G17 seleciona o plano de trabalho que envolve os eixos X e Y,
obedecendo a regra da mão direita, no qual se pretende executar inter- Figura 34 – G41
polações circulares e/ou se fazer compensações do raio da ferramenta.
Função G18
A função G18 seleciona o plano de trabalho que envolve os eixo X e Z,
obedecendo a regra da mão direita, no qual se pretende executar inter-
polações circulares e/ou se fazer compensações do raio da ferramenta.
A função G19 seleciona o plano de trabalho que envolve os eixos Y e Z, Através da função G40 será
obedecendo a regra da mão direita, no qual se pretende executar inter- desativada a compensação do
polações circulares e/ou se fazer compensações do raio da ferramenta. raio da fresa.
Observação:
As funções G40, G41 e G42 Dentro da compensação o
comando aceita a função
Atuam na compensação do diâmetro da ferramenta.
G00, porém não efetua sua
A ativação/desativação destas compensações poderá ocorrer durante a compensação.
vigência de G01, G02, G03 e G73.
As funções G40, G41 ou G42 devem ser programadas em um bloco
sem deslocamento de eixos, no entanto, a correção apenas terá efeito,
quando pelo menos um dos eixos pertencentes ao plano de correção for
movimentado. No movimento realizado dentro do bloco de aproxima-
ção, é que a compensação do raio da ferramenta é efetuada, portanto,
recomenda-se que o movimento seja feito sem o corte de material.
Onde:
▪▪ X - Especifica a distância incremental no eixo X, e a direção entre os
pontos (furos), a serem executados.
▪▪ Y - Especifica a distância incremental no eixo Y, e a direção entre os
pontos (furos), a serem executados.
▪▪ I - Define o número de pontos (furos) ao longo do eixo X.
▪▪ O sinal negativo (-) colocado neste valor será ignorado pelo co-
mando.
▪▪ J - Define o número de pontos (furos) ao longo do eixo Y.
▪▪ O sinal negativo (-) colocado neste valor será ignorado pelo coman-
do.
▪▪ F - Especifica o avanço dos movimentos entre os pontos (furos).
Se F não for programado, o avanço entre os pontos será o rápido.
Se for programado F0 o avanço considerado será o último avanço pro-
gramado com G01.
DICA
Se somente W for progra-
mado ou somente D, a auto-
rotina inicia no centro do
Figura 39 − Função G26 alojamento.
Se W e D forem programados
juntos, a auto-rotina abrirá
um alojamento já existente.
Se nenhum W ou D for pro-
Onde: gramado então a largura de
corte será o próprio raio da
▪▪ X - Coordenada do canto oposto do alojamento no eixo X, se X e ferramenta.
Y não for programado um alojamento circular será executado com raio Se W for maior que o diâme-
R. tro da ferramenta o coman-
A coordenada X absoluta do canto oposto é em relação ao zero pro- do bloqueará a execução.
grama.
▪▪ Y - Coordenada do canto oposto do alojamento no eixo Y F - positivo para corte discor-
A coordenada absoluta do canto oposto é em relação ao zero pro- dante.
grama. F - negativo para corte con-
cordante.
▪▪ Z - Nível Z do fundo do alojamento (profundidade final).
H - Avanço de acabamento.
▪▪ I - Sobremetal para acabamento ao longo do eixo X.
▪▪ J - Sobremetal para acabamento ao longo do eixo Y. H - positivo para corte discor-
▪▪ K - Sobremetal para acabamento no fundo do alojamento. dante.
▪▪ Q - Especifica o raio de saída à 90 graus. H - negativo para corte con-
cordante.
▪▪ U - Profundidade de corte desbaste para o eixo Z.
V - Define avanço de pene-
▪▪ Se U não for programado o comando usa a função L para deter- tração para o eixo Z.
minar a profundidade de corte.
▪▪ L - Determina o número de passes para o eixo Z.
Atenção: se V não for progra-
L é sempre um número inteiro, se L não for programado U será usado mado o avanço F será usado.
para determinar a profundidade do corte.
DICA
Caso "F" não seja programa-
do o comando assume o valor
“default” conforme página de
controle (geralmente F default
Figura 42 − Função G81
= 2500 mm/min)
DICA
Caso "F" não seja programa-
do o comando assume o va-
lor “default” conforme pági-
Figura 43 − Função G82 na de controle (geralmente F
default = 2500 mm/min)
Aplicar G00, G01, G02 e G03 somente como perfil final de acaba-
mento.
Aplicar as funções “H, E, L” na montagem da sub-rotina de desbaste
do perfil.
PROGRAMA DE USINAGEM:
Cabe ressaltar, caro aluno, que os conhecimentos e habilidades desenvolvidos por você devem ser
aperfeiçoados ao longo de sua trajetória profissional. O mercado de trabalho exige a constante
busca por novos métodos, técnicas e estratégias utilizadas para melhorar os processos produtivos.