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Processo do Trabalho
Profª. Aryanna Manfredinni
aryannalinhares@yahoo.com.br
1. São órgãos da Justiça do Trabalho (art. 111, CF): Juiz, TRT e TST. Nas comarcas onde não houver juiz
do trabalho, a lei poderá investir o juiz de direito de jurisdição trabalhista, cabendo da sentença
que proferir recurso ordinário para o TRT (art. 112, CF e 668, CLT).
2. Não esqueçam que o STF, na ADI 3395 concedeu liminar com efeito ex tunc suspendendo ad
referendum toda a qualquer interpretação data ao inciso I, do art. 114 da CF, que inclua na
competência da Justiça do Trabalho as causas que sejam instauradas entre o poder público e seus
servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou jurídico-administrativo.
Assim, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações oriundas das relações de trabalho,
abrangidos os entes de direito público externo e os servidores celetistas da administração direta e
indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
O art. 849 da CLT determina que no procedimento ordinário a audiência será contínua, única,
entretanto na prática os juízes do trabalho vem dividindo a audiência em três sessões, quais sejam:
Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação (art.
852-E)
Leitura da Petição inicial, senão dispensada;
Apresentação da Defesa (art. 847, CLT);
Manifestação oral sobre os documentos apresentados pelo réu (art. 852-H, § 1º)
Depoimento das Partes (art. 848, CLT);
Oitiva de testemunhas, peritos e técnicos (art. 848, § 2º);
Razões Finais (art. 850);
Segunda Tentativa Conciliatória (art.852-E);
Sentença em audiência;
REPRESENTAÇÃO/SUBSTITUIÇÃO
Confessar
Transigir
Renunciar,
etc
Cuidado! A presença só do advogado na audiência, munido de procuração, não afasta a revelia (súmula 122,
TST). O advogado não pode atuar em um mesmo processo na condição de patrono do empregador e seu
preposto por vedação expressa do Estatuto da OAB – Lei 8906/94.
*Caso o reclamante dê causa a dois arquivamentos da reclamação trabalhista por não comparecer em
audiência, não poderá ajuizar nova ação com a mesma causa de pedir e pedidos pelo prazo de seis meses
(art. 732, CLT).
segundo o art. 333, o autor deve provar os fatos constitutivos do seu direito e o réu, os
modificativos, extintivos e impeditivos do direito do autor.
Algumas hipóteses destacam-se acerca do tema ônus da prova:
- cabe ao autor comprovar a realização de horas extras por ser fato constitutivo de seu direito.
Cabe ao réu que possuir mais de 10 empregados juntar os cartões de ponto, sob pena de inversão
do ônus da prova (súmula 338, TST). Observe-se:
9. Acordo
Segundo a súmula 418, TST constitui faculdade do juiz a homologação de acordo.
Quanto a sentença homologatória de acordo tem-se que:
é sentença irrecorrível, salvo para a União, quanto às contribuições sociais, no prazo de 16 dias.
Entretanto, devemos tomar cuidado, pois o art. 831, § único, ainda menciona que o recurso será
interposto pela Previdência Social, razão pela qual neste caso a questão também deve ser considerada
correta.
transita em julgado na data de sua homologação (súmula 100,V, TST).
equipara-se a sentença de mérito, sendo desconstituída por ação rescisória (súmula 259, TST);
o acordo pode ser realizado em qualquer fase do processo. Segundo o art. 764, § 3°, da CLT “É lícito às
partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo
conciliatório”. Extrai-se do art. 836, § 6° que o acordo poderá ser realizado após o trânsito em julgado
ou após a sentença de liquidação, uma vez que estabelece que o “O acordo celebrado após o trânsito
em julgado da sentença ou após a elaboração dos cálculos de liquidação de sentença não prejudicará
os créditos da União”.
Segundo estabelece o art. 832, § 3° da CLT “As decisões cognitiva ou homologatórias deverão sempre
indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive
o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o
caso”.
Por fim, a OJ 376, da SDI-1 estabelece que “É devida a contribuição previdenciária sobre o valor do
acordo celebrado e homologado após o trânsito em julgado da decisão judicial, respeitada a
proporcionalidade de valores entre as parcelas de natureza salarial e indenizatória deferidas na
sentença condenatória e as parcelas objeto do acordo”.
As entidades fiscalizadoras do exercício profissional, como a OAB, por exemplo, não possuem
isenção (art. 789, § ú, CLT).
Na hipótese de acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá
em partes iguais aos litigantes (art. 789, § 3°, CLT).
f) Existem duas hipóteses de recurso ordinário, previstas no art. 895 da CLT: das decisões terminativas
ou definitivas dos juízes do trabalho e dos juízes de direito investidos da jurisdição trabalhista (art.
895, I, CLT) e das decisões dos TRT`s em ações de sua competência originária (RT, 895, II, CLT).
Leia as súmulas 158 e 201 do TST que tratam de recurso ordinário em ação rescisória e mandado de
segurança.
g) No procedimento sumaríssimo somente será admitido recurso de revista por contrariedade a
súmula de jurisprudência uniforme do TST e violação direta da Constituição da República (art. 896,
§ 6, CLT):
h) Não caberá recurso de revista na execução, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da
Constituição Federal (art. 896, § 2º, CLT).
Sobre recurso de revista leia sem falta o art.896 e a súmula 126 do TST.
i) Das decisões definitivas ou terminativas dos juízes do trabalho nas execuções cabe agravo de
petição. O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as
matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o
final, nos próprios autos ou por carta de sentença.
11. Execução
b) Há três modalidades de liquidação de sentença: cálculos, artigos e arbitramento. [Art. 879, caput,
CLT]
d) Após a apresentação dos cálculos, o juiz poderá permitir a manifestação das partes, caso em
que elas poderão se manifestar quanto aos cálculos no prazo sucessivo de 10 dias, sob pena de
preclusão. (art. 879, §2º, CLT).
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Processo do Trabalho
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Manifestação das
de sentença do cálculo
Sem manifestação
e) Em seguida, nos termos do § 3º do artigo 879 da CLT, a União será intimada para se manifestar,
no prazo de 10 dias, em relação às contribuições previdenciárias, sob pena de preclusão.
f) Após o retorno, os autos serão conclusos para apreciação dos cálculos pelo juiz e, posterior,
sentença de liquidação.
g) Proferida a sentença de liquidação é expedido mandado de citação, a ser cumprido pelo oficial
de justiça (art. 880, §2º, CLT), para que o executado pague ou garanta o juízo, no prazo de 48
horas. Para garantia do juízo o executado poderá depositar o valor da execução ou nomear
bens à penhora.
h) Caso o executado não pague ou garanta o juízo, o juiz mandará penhorar tantos bens quantos
bastem para a garantia do juízo, observada a ordem de penhora prevista no art. 655 do CPC.
(art. 882 e 883, CLT)
j) Segundo o § 1° do art. 884, CLT, poderão ser argüidas dos embargos à execução as seguintes
matérias: cumprimento da decisão, quitação ou prescrição da dívida (art. 884, §1º, CLT).
Pagamento
Liquidação de Citação
Impugnação à Sentença
de Liquidação
k) Após a manifestação das partes por meio de Embargos à Execução e Impugnação à Sentença de
Liquidação, o juiz proferirá decisão definitiva na execução (art. 884, § 4º, CLT), na qual serão
julgados concomitantemente os Embargos à Execução e a Impugnação à Sentença de
Liquidação. A sentença na execução poderá ser impugnada por meio de agravo de petição. [Art.
897, “a”, CLT].
O acórdão proferido pelo TRT em Agravo de Petição poderá ser impugnado por meio do Recurso de
Revista para o TST, DESDE QUE haja ofensa à Constituição no julgado.
Boa sorte!