Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
4. Tecnologia assistiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.1 Comunicação alternativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.1.1 Detalhamento do fluxograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.2 Banco de ideias para recursos/tecnologia de comunicação alternativa . . . . 25
6. Calendários e tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
6.1 Como o sistema de calendários apoia a aprendizagem do conceito
de tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
INTRODUÇÃO
Esta disciplina traz sugestões e orientações para que o aluno elabore recursos que apoiem
processos de inclusão e atendimento hospitalar a crianças ou jovens com dificuldades ou transtorno
de aprendizagem que precisam de apoio para aprender e se desenvolver.
Os recursos podem ser considerados ajuda, apoio e também meios utilizados para
alcançar um determinado objetivo; suas ações, práticas educacionais ou material
didático projetado para propiciar a participação autônoma do aluno com deficiência
no seu percurso escolar. (BERSCH; SARTORETTO, 2010, p. 6)
Recursos de baixo custo: são os que podem ser construídos por profissionais da Educação e
da Saúde. Eles são disponibilizados a pessoas com deficiência para uso em diversos ambientes,
quando necessário.
Recursos de alto custo: são adquiridos após a avaliação das necessidades das pessoas com
deficiência, a qual pode ser realizada por professor ou psicopedagogo, quando estiver envolvido o
processo de aprendizagem; ou pode ser aplicada como parte da orientação do terapeuta ocupacional,
fonoaudiólogo ou fisioterapeuta, quando estiverem envolvidos aspectos auditivos, motores e físicos.
Pág. 5 de 98
São produtos e/ou tecnologias que servem para compensar a deficiência ou atenuar-
lhe as consequências, impedir o agravamento da situação clínica do indivíduo e
possibilitar o exercício das atividades cotidianas e a participação na sua vida escolar,
profissional, cultural e social.
As ajudas técnicas podem ser utensílios simples, sem grande complexidade, ou podem ser
complexas, envolvendo alta tecnologia, nomeadamente eletrônica, informática ou telemática.
• sensoriais;
• físicas;
• motoras;
• comunicativas;
• compreensão cognitiva;
• autonomia.
Pág. 6 de 98
Volume
Consistência
Textura
Forma
Contraste
Coordenação visomotora
Tempo
Relação espacial
Posição espacial
Figura-fundo
Constância perceptual
Memória visual
Iluminação
Reconhecimento do som
Compreensão do som
Discriminação do som
Figura-fundo auditiva
Memória auditiva
Tempo
Pág. 7 de 98
Estruturas de Sistemas de não simbólicos
comunicação comunicação
simbólicos
Comandos simples
Expressão Vocabulário
Extensão de enunciados
Largura
Largura
Comprimento
Comprimento
Altura Profundidade
Fonte:<https://cdn.diferenca.com/imagens/largura-profundidade-01-cke.jpg>.
Pág. 8 de 98
Figura 2 – Superfície
Fonte: Flaticon/Flaticon.
Figura 3 – Volume
Fonte: Pavlofox/Pixabay.
Outro elemento quanto à estrutura é o peso. Como definição, peso é a qualidade de um corpo
pesado. Em vista disso, temos que conhecer as necessidades da pessoa com deficiência e suas
condições físicas para que construamos um recurso cujo peso seja adequado à acessibilidade dela.
Mais um elemento quanto à estrutura física é o volume, e sua definição é a quantidade de espaço
ocupado por um corpo. A seguir, veremos mais alguns conceitos sobre estrutura física:
Pág. 9 de 98
Textura: é uma sensação visual e tátil a respeito do aspecto de uma superfície, como a pele,
cuja textura nos permite identificá-la e distingui-la de outras superfícies. Quando tocamos em um
objeto ou superfície, ou mesmo ao olhá-la, julgamos se ela é lisa, rugosa, macia, áspera ou ondulada.
Percepção da cor: descreve a percepção visual como um processo ativo de procura de informação.
A estrutura percebida é analisada, havendo uma síntese dos componentes com auxílio da linguagem.
A percepção permite definir e discriminar formas e relações espaciais como profundidade, percepção
de cores, intensidade de luz e movimento (LURIA, 1991).
Algumas patologias oculares requerem atenção quanto a tamanho, cor, iluminação e campo
visual da pessoa com deficiência. Esses requisitos precisam ser claros para realização, organização
e confecção de recursos pedagógicos acessíveis.
No Quadro 2 seguem descritas algumas patologias e seus aspectos quanto a campo, tamanho,
discriminação e necessidades individuais.
Pág. 10 de 98
Quadro 2 – Doenças/patologias e implicações visuais
Implicações Fotofobia Escotoma Cegueira Dificuldade Erros de Nistagmo Restrição Visão Dificuldade
visuais noturna na adaptação refração de campo flutuante de
à luz visual percepção
Doenças/ de cores
patologias
Albinismo X X X X
Ambliopia X X
Aniridia X X X X
Atrofia
óptica X X
Catarata X X X X
Ceratocone X X X X
Coloboma X X X X Reforçar
as cores
Coriorretinite X x X
Oscilantes
Descolamento
de retina
X X X X X
Glaucoma X X X X X
Retinose X X X X X
pigmentar
Fonte: Elaborado pela autora.
Pág. 11 de 98
Contraste é a diferença nas propriedades visuais que faz que um objeto seja distinguível de
outros e do plano de fundo (FROSTIG; MULLER 1986).
Figura 4 – Contraste
Relação espacial é a capacidade de perceber a posição de dois ou mais objetos em relação aos
demais; é o último aspecto da percepção visual (FROSTIG; MULLER 1986).
A figura 5 traz a imagem de uma criança de cinco anos com deficiência múltipla sensorial-visual,
ou seja, com paralisia cerebral e baixa visão, sentada em uma cadeira do tipo Bebê Conforto para
melhor acomodação. A professora, ao apresentar à criança um peixe de brinquedo na cor laranja,
precisou de um fundo contrastante, no caso, uma bacia verde; assim, o aluno pôde receber o estímulo
visual, na altura e no contraste necessários para tanto.
Fonte: Ahimsa – Associação Educacional para Múltipla Defi ciência. Fotografi a tirada em São Paulo-SP, em 2004.
Pág. 12 de 98
Posição espacial é a capacidade de uma pessoa perceber a posição de um objeto em relação
a si mesma (FROSTIG; MULLER 1986).
Figura 6 – Figura-fundo
Pág. 13 de 98
Figura 7 – Constância perceptual
Fonte: <https://www.materialdeaprendizaje.com/15056-2/>.
Memória visual é a habilidade de lembrar-se daquilo que não está mais presente. Um exemplo
é imaginar-se em uma praia, caso já se tenha estado em uma; em caso positivo, pode-se lembrar
de como era (FROSTIG; MULLER 1986).
Iluminação: do latim illuminatĭo, é a ação ou efeito de iluminar. Este verbo significa alumiar ou
dar luz. Isso posto, a iluminação é o conjunto de luzes que se instala num determinado lugar com
a intenção de iluminar (ILUMINAÇÃO, 2012).
Pág. 14 de 98
Na Síndrome de Usher ocorre a retinose pigmentar, que leva a cegueira noturna e visão tubular,
devido à perda de visão periférica. Em alguns casos, a vítima pode apresentar catarata congênita,
glaucoma e degeneração macular. As cores preto e branco são as que oferecem melhores condições
de contraste, possibilitando, assim, a atenção visual.
Na deficiência visual de origem cortical, os alunos necessitam de ajuda para decodificar com
sucesso as imagens visuais que recebem. De acordo com Maia et al. (2010b, p. 35):
A deficiência visual cortical se refere a uma condição do cérebro e não uma condição
do olho e é o resultado das lesões no cérebro e no sistema visual no que se refere ao
processo e integração da informação visual. A deficiência visual cortical pode ser
transitória ou permanente e pode variar entre deficiência visual severa a uma cegueira
total. Devido ser uma deficiência neurológica, a visão é severamente reduzida o que
pode ser explicado em um exame oftalmológico. O grau da deficiência depende
da idade em que começou tanto como no lugar e a severidade da perda de campo
visual. Para o termo deficiência visuais corticais têm muitas denominações entre
elas cegueira cortical, cegueira cerebral, distúrbio visual central e a deficiência visual
cerebral.
Pág. 15 de 98
A seguir, descrevemos algumas dicas para trabalhar com pessoas com surdocegueira, com
deficiência múltipla visual e deficiência visual de origem cortical.
• Use diversas formas, maneiras e sugestões sensoriais a fim de estimular a informação visual
e a maneira como elas serão apresentadas ao aluno. Encoraje a exploração pelo toque.
• Evite excesso de estimulação visual introduzindo um item por vez, e num ambiente limpo de
estímulos.
• Observe quanto à preferência de cor (vermelho e amarelo), formato, tamanho, movimento e
campo.
• Faça mudanças de posição gradualmente, porque o processamento de informações é difícil
para esses estudantes.
Tipos de som (sensação do som): é o recebimento do estímulo sonoro pela audição, a partir da
qual se percebe se um som é alto ou baixo, grosso ou fino, forte ou fraco, longo ou curto (intensidade,
frequência e duração) (NORTHERN; DOWNS, 1989).
Pág. 16 de 98
metro, e cujo receptor esteja em meio a um barulho intenso de ventiladores (NORTHERN; DOWNS,
1989).
Memória auditiva: é o processo que permite armazenar, arquivar informações acústicas para
que se possa recuperá-las depois (NORTHERN; DOWNS, 1989).
Expressão
Vocabulários: palavras, gestos, expressões faciais, sinais, figuras utilizadas pela criança que
designam um determinado significado ou
Extensão de enunciados: número de elementos utilizados para expressar uma intenção, ideia,
sentimento.
Pág. 17 de 98
Formas Exemplo de
representação
Pág. 18 de 98
Pág. 19 de 98
O quadro 4 descreve alguns sistemas de comunicação simbólica, os quais podem ser utilizados
pelos professores na confecção de recursos que irão apoiar a comunicação.
Língua tátil de Sistema não alfabético que corresponde à língua de sinais usada
sinais tradicionalmente pelas pessoas com surdez, porém, neste caso, os sinais
são feitos de maneira que toda a informação possa ser percebida pela
pessoa com surdocegueira pelo tato, pelo toque das mãos; o contato com o
interlocutor pode ocorrer com uma ou ambas as mãos (mão sobre mão).
Língua de sinais no Sistema não alfabético que consiste na realização da língua de sinais
campo visual em um espaço menor e a uma distância maior, de modo que possa ser
percebido pela pessoa com surdocegueira por meio de sua visão, quando o
seu campo visual se estreitou (PLAZAS, 1999).
Língua de sinais Quando pessoas com deficiência motora têm dificuldades para realizar as
adaptada configurações de mão da língua de sinais, podem ser feitas adaptações
usando configurações de mão que lhes sejam possíveis e, assim, promover
a comunicação (MAIA et al. 2010).
Sinais coativos O parceiro de comunicação faz o sinal em conjunto com a pessoa com
deficiência (MAIA et al. 2010).
Pág. 20 de 98
Escrita em tinta Uso de caderno ou folha e caneta esferográfica para escrever a mensagem.
Escrita com o dedo Uso do dedo para escrever letras de forma para compor as palavras.
da mão
Tadoma Pessoa com surdocegueira sente a vibração da fala por meio do toque
no rosto, queixo e pescoço do interlocutor, de maneira a perceber os
movimentos fonoarticulatórios.
Alfabeto na palma Escrever letras (de forma) do alfabeto na palma da mão da pessoa com
da mão surdocegueira.
Alfabeto manual Sistema não alfabético que corresponde ao alfabeto digital geralmente
tátil utilizado pelas pessoas com surdez, às vezes com algumas adaptações
feitas na palma da mão do surdo-cego para que ele o perceba tatilmente.
Sistema Lorm A pessoa com surdocegueira fica com a mão parada e a pessoa que
realizará a interpretação tocará os dedos e a palma da mão da primeira em
diferentes pontos, cada qual representativo de uma letra.
Sistema Moon Sistema de leitura em relevo das letras do alfabeto desenhadas em contorno
estilizado para facilitar a acessibilidade.
Pág. 21 de 98
Sistema Malossi Este sistema de comunicação consiste na marcação das letras do alfabeto
e dos algarismos de 0 a 9 nas falanges dos dedos e na palma de uma das
mãos da criança surdo-cega. Distribui-se para cada falange uma letra do
alfabeto; à medida que o espaço destinado à letra é tocado, a criança vai
selecionando as letras e formando as palavras que compõem a mensagem.
A pessoa com surdocegueira pode usar uma luva na qual estejam
impressos as letras e os números, indicando os lugares onde devem ser
tocados.
Placas de Placas com as letras e/ou em braille relevo, para que a pessoa com
comunicação surdocegueira possa tocá-las com as pontas dos dedos.
Tecnologia assistiva Equipamento que permite a digitação da informação e que a pessoa com
com saída em surdocegueira a receba no formato em braille.
braille ou escrita
ampliada
Pág. 22 de 98
4. TECNOLOGIA ASSISTIVA
Segundo o Comitê Nacional de Tecnologia Assistiva (CAT) (apud BERSCH, 2017, p. 4):
• comunicação alternativa;
• comunicação;
• leitura;
• escrita;
• atividades de vida autônoma.
Pág. 23 de 98
Saiba mais
Como tornar o mundo mais acessível? As novas tecnologias ajudam a melhorar a qualidade de vida
das pessoas com deficiência. O curso de Design da UNESC trabalha no desenvolvimento de novos
produtos que promovem a inclusão e a autonomia. Para mais detalhes, veja o vídeo disponível em:
<https://youtu.be/_iY9rdM8TYg>.
1. Entender
a situação
Pág. 24 de 98
Assim, no momento da construção de um objeto a ser utilizado como prancha ou caderno, por
exemplo, começa-se um processo de avaliação com a finalidade de verificar se o objeto construído
está favorecendo a comunicação alternativa e acompanha-se o processo de uso. Abaixo segue o
detalhamento desses passos:
• Gerar ideias:
Pág. 25 de 98
• Acompanhar o uso:
Aconteceu
Para mais detalhes, veja a reportagem completa no canal SBT Jornalismo, disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=nNAalMWLydo>.
Pág. 26 de 98
Fonte: <http://intervox.nce.ufrj.br/tecnoassist/modulos/tecnoassist_mod9_1.3.htm>.
O recurso pasta de comunicação alternativa favorece o transporte pelo usuário, que pode levá-
lo consigo a todos locais em que ele precise se comunicar.
A figura 11 apresenta uma pasta na cor vermelha com velcros pretos em disposição vertical
intervalados por 5 cm, nos quais se colocam cartões com símbolos representativos do Sistema
Alternativo de Comunicação. Na parte inferior da pasta tem-se uma tira de velcro horizontal na cor
azul, na qual o usuário coloca as cartelas que utiliza na construção da comunicação diária.
Fonte: <http://intervox.nce.ufrj.br/tecnoassist/modulos/tecnoassist_mod9_1.3.htm>.
Na figura 12 veem-se pranchas construídas em alto contraste com as cores das categorias do
Sistema Alternativo de Comunicação. As categorias são as seguintes: cor amarela para pronomes,
vermelha para tempo e verde para verbos/ações.
Pág. 27 de 98
Fonte: <http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAergQAE-10.jpg>.
A figura 13 mostra uma pasta com sistemas pictográficos aberta. Feita para uso diário, ela
contém as categorias do Sistema Alternativo de Comunicação e pode apresentar páginas diárias e
semanais. As categorias ficam em destaque para que a criança as manuseie de acordo com o dia
e contexto.
Fonte: <http://intervox.nce.ufrj.br/tecnoassist/modulos/tecnoassist_mod9_1.3.htm>.
• Pasta frasal
• Prancha temática
• Prancha fixa na parede
• Prancha fixa sobre a carteira
• Pasta frasal
• Prancha frasal
• Sistema de calendário
• Caixa de antecipação
Pág. 28 de 98
• Caderno de comunicação
• Passaporte para a comunicação
• Colete de comunicação
• Estímulo único
• Dois estímulos
• Vários estímulos
Pág. 29 de 98
• Participação da família no uso e expansão dos ambientes da pessoa que utiliza os recursos
da comunicação alternativa.
Saiba mais
Em estudo publicado na revista Educação & Realidade, os pesquisadores Marilda Bruno e Ricardo do
Nascimento discutem a política nacional de inclusão digital e o impacto da tecnologia assistiva (TA)
para a educação e a inclusão de pessoas com deficiência visual. Para mais detalhes, acesse o artigo
na íntegra no link disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/2175-623684848>.
• Proporcionar informação que permita aos alunos ter uma programação no calendário baseada
em suas necessidades e habilidades atuais.
• Alunos que poderiam se beneficiar do uso dos calendários:
◊ alunos que sofreram alguma doença ou acidente que impossibilite o uso da fala ou de outro
sistema de comunicação;
◊ alunos com deficiências que os coloquem em uma situação de não entender, participar e/
ou interagir com os eventos que os rodeiam;
◊ qualquer aluno que necessite de ajuda estruturada para organizar seu tempo e atividades.
Pág. 30 de 98
Podemos usar ambas as formas ao longo do dia. Algumas são tangíveis, ou estáticas, porque
permanecem “dispostas”; a forma estática pode ser tridimensional (isto é, um objeto, um símbolo
tátil, braille) ou bidimensional (por exemplo, um desenho, uma fotografia, uma palavra impressa).
Pág. 31 de 98
Figura 14 – Formas de comunicação estáticas e dinâmicas
Estático Dinâmico
COPO
O símbolo ou forma de um calendário que representa a atividade ajuda o aluno a recordá-la. Ele
tem a liberdade, então, de falar sobre eventos que aconteceram ou que vão acontecer.
O calendário pode ser feito também para uma única atividade, de maneira que os alunos tenham
a correta combinação entre símbolos “entrando” (formas receptivas) e “saindo” (formas expressivas).
Isso ajuda a simplificar o ambiente e a melhor estruturá-lo.
Pág. 32 de 98
Podem-se combinar formas estáticas e dinâmicas no diálogo com o calendário. Por exemplo,
o professor pode usar uma escova de dentes para representar a rotina de “escovar os dentes”.
Ao apresentar o objeto ao aluno, ele pode fazer o sinal de “escovar os dentes”, ou guiar as mãos
da criança para que ela faça o sinal.
Os calendários podem ser individuais, desde que sejam feitas adaptações sensoriais às
particularidades de comunicação de cada aluno.
Pág. 33 de 98
Participa de conversações
administrando novas
informações.
Amplia funções.
Pág. 34 de 98
Os temas discutidos em um calendário são aqueles em que o aluno em particular tem mais interesse
e de que ele provavelmente mais entende, ou seja, as atividades que ele pratica cotidianamente.
São escolhidos esses temas para que ele ganhe autonomia e independência ao executá-las, por
exemplo, tomar café, brincar, ir à escola etc.
O sistema de calendário apoia a ampliação de temas para discussão dando ênfase a informações
novas ou adicionais, por meio da expansão do significado de um símbolo já familiar. É muito mais
fácil entender a informação nova quando ela está relacionada a um tema familiar. Por exemplo: ao
significado de um chapéu de festa, acrescenta-se a explicação de “sair para comprar artigos para
uma festa de aniversário em uma loja”. Isto evita o problema de se dizer sempre a mesma coisa e
amplia o tema. Dentro de uma rotina do calendário, o novo serve para explicar e não para confundir.
A estrutura do calendário permite introduzir facilmente novos temas de discussão para que o
repertório do aluno não seja tão limitado, mostrando-se útil para os que tenham poucos temas para
expor sobre si mesmo, quando querem chamar a atenção de alguém.
Pág. 35 de 98
Se o aluno for perseverante em um tema, pode o estar enfocando para demonstrar desejo de
mais informações. Colocando tal tema no calendário, você reconhece a importância do assunto
para ele. Ao deixar de lado um tempo para acrescer informações, ao aluno, parecerá que você está
censurando a necessidade de ele perguntar continuamente sobre o tema.
Este recurso dá aos alunos, a cada dia, múltiplas oportunidades de terem uma conversa
interessante e bem organizada com outras pessoas. Deve-se separar um tempo para isso em
meio à programação diária.
Pág. 36 de 98
6. CALENDÁRIOS E TEMPO
Calendários desenvolvem naturalmente na criança o conceito de tempo. Os alunos típicos
entendem e assistem aos eventos mais importantes de suas vidas ainda quando crianças pequenas.
Entendem e usam marcadores de tempo tradicionais. Eles veem as pessoas ao seu redor utilizar
calendários e relógios. Suas mães se voltam ao calendário da cozinha ou ao relógio para ver quando
vão ao médico, para lhes dizer que podem sair, ou encerrar alguma atividade (por exemplo: “Quando
o ponteiro grande estiver no número seis...”). Desenvolvem um vocabulário extenso e abstrato (por
exemplo: minuto, dia, “faz tempo”, semana passada) para representar seus conceitos de tempo e
de expressões que marcam o tempo.
Além disso, essas crianças apreendem as rotinas familiares assistindo às movimentações das
pessoas com objetos e ouvindo seus comentários. Quando veem e ouvem seus pais na cozinha,
preparando a comida, sabem que a ação de comer é iminente. Essas coisas lhes dão sinais de eventos
próximos; é assim que as crianças desenvolvem um sentido de antecipação, um sentido de futuro.
Da mesma maneira, as ações de limpar a mesa da cozinha e pôr os pratos sobre ela significam que
a comida está pronta. Seu entendimento do passado inicia-se com a simples compreensão de que
uma interação ou atividade se encerrou. Quando eles crescem e seu entendimento melhora, sua
noção de tempo começa a estender-se além do passado e do futuro.
Os calendários podem evoluir de formas concretas para formas mais abstratas e podem ter
formato tradicional como o de agendas e calendários de parede.
Pág. 37 de 98
A figura 15 mostra um sistema de calendário diário com cinco repartições, destinadas a cinco
atividades. Em cada uma é colocado um objeto de referência à atividade, com a função substituir
um nome, um local ou uma ação. Nas repartições da figura foram colocados os seguintes objetos
de referência:
Muitos conceitos de tempo, assim como a linguagem e a compreensão de partes dele, são
apreendidos através do calendário. As formas dos calendários são individualizadas para cada
aluno. É possível que dois alunos no mesmo período de tempo (por exemplo, que usem calendário
diário) tenham calendários extremamente diferentes, dependendo de suas destrezas, habilidades
e necessidades.
Pág. 38 de 98
Para ensinar alunos com graves dificuldades sensoriais, é necessário criar confiança e um vínculo
muito forte com eles. O calendário pode ajudar o desenvolvimento de uma relação de confiança,
pois permite abordar diretamente situações que geralmente deixam o aluno ansioso e distante.
Esse recurso proporciona ao aluno a segurança de saber o que vai acontecer a seguir. Com
perdas sensoriais severas, ele não tem outra maneira de sabê-lo, porque não consegue perceber
uma série de sinais naturais.
Passar de forma consistente pela rotina do calendário, tomando-se um tempo para explicar que
uma circunstância além de nosso controle modifica a atividade (por exemplo, o ônibus quebrou,
o professor de ginástica faltou), assegura que as atividades do calendário se realizem dentro do
humanamente possível.
Caso haja mudança na rotina, pode-se notificá-la aos alunos de antemão por meio do calendário.
Ainda que não gostem da mudança, ficarão tranquilos, já que todo o restante seguirá normalmente.
Outra vantagem de descrever uma mudança no calendário é que os alunos poderão medir a intensidade
com que o dia foi alterado. Sem o calendário, poderão pensar que tudo é incerto.
O calendário também antecipa aos alunos as coisas que virão em seguida, o que os deixa
contentes e faz que a execução de uma tarefa nova, ou da qual não gostem, se torne mais fácil,
Pág. 39 de 98
porque a atividade favorita está programada para mais tarde. Esperar por alguma coisa é uma razão
a mais para os alunos se conectarem com o mundo que os rodeia.
Do mesmo modo que a maioria das pessoas gosta quando toma decisões sobre seu dia, os
calendários, ao permitir aos alunos com deficiência tomar decisões sobre suas vidas e participar
ativamente da preparação de seus programas pessoais, lhes fazem bem. Aos alunos que sofrem o
trauma da mudança profunda em suas habilidades sensoriais, um calendário pode proporcionar um
sentido de segurança, na medida em que lhes permite ajustar a mudança em sua vida. O calendário
deve ser uma das primeiras coisas para se adaptar quando ocorrer perda sensorial adicional.
7.1.1 Comunicação
Um dos motivos de usar o calendário de antecipação é criar uma associação entre uma atividade
e um objeto em particular. Esse objeto, então, é usado para representar ou se referir a uma atividade
completa. A representação, em tempo e espaço, desse objeto, deve se desenvolver um pouco antes
da atividade.
7.1.2 Tempo
Pág. 40 de 98
7.1.4 Cognição
Por exemplo, o aluno pode se recordar de mais de uma rota sem conhecer o destino.
8h
Pág. 41 de 98
7.2.1 Cognição
O aluno:
• Reconhece pessoas, lugares, sons, cheiros e ações associados a atividades familiares quando
estiver participando de uma rotina.
• Atua apropriadamente com um ou mais objetos quando em meio a uma rotina familiar (por
exemplo, em uma atividade familiar de patinar, um aluno pode levantar o pé, em lugar da mão,
em resposta ao patim).
• Pode antecipar alguns passos da rotina, o que indica que a memorizou.
• Antecipa o começo de uma atividade baseado em sinais de alguns acontecimentos (isto é,
sinais do lugar, sinais táteis, sinais de movimento, sinais olfativos, sinais sonoros). Se um
aluno antecipa o começo de uma atividade, por exemplo, comer, só o fará na hora de comer,
quando lhe for apresentada uma a colher.
Para um aluno com deficiência e que não utiliza a fala como um sistema eficiente de comunicação,
fica difícil a interpretação de tempo e de partes do tempo. Assim, precisamos utilizar situações ou
contextos significativos a ele para favorecer sua compreensão e interpretação da consecução de
uma atividade; por exemplo, depois que se acaba de almoçar, lava-se o prato e os talheres e dirige-
se para a porta. Ainda que essa sistematização ocorra somente em uma ou duas rotinas, já marca
o ponto de partida para a construção do conceito de passado. A compreensão de uma rotina está
completa quando os alunos participarem das atividades previsíveis.
As outras características são secundárias e somente alguns alunos beneficiam-se desse tipo
de calendário. Os que têm habilidades de calendário mais elevadas necessitam de um calendário
de nível mais alto.
7.2.3 Comunicação
O aluno:
• Demonstra estar na fase inicial de construção de uma representação, seja por ainda não estar
usando objetos para representar as atividades, seja por outras razões.
Pág. 42 de 98
• Demonstra falta de recursos para solicitar atividades que prefere, ou se recusa a fazer atividades
que não sejam a favorita.
• Tem habilidades/habilidades sociais.
• Necessita de máximo apoio em atenção às coisas fora de seu corpo.
• Participa de interações breves com outros.
• Distingue algumas pessoas dentre o pessoal auxiliar.
Os objetos colocados no sistema de calendário têm a função de substituir uma ação e têm
significado para o aluno que os utiliza: a caneca, por exemplo, simboliza a ação de “tomar café”,
pois é utilizada todas as vezes em que o aluno toma a refeição. Foi usado alto contraste de cores
porque o usuário do calendário tinha baixa visão.
Pág. 43 de 98
A figura 17 traz um sistema de calendário com objetos de referência que antecipam as atividades
e os profissionais que irão executá-las. Sobre a prateleira do sistema estão os objetos de referência
do estudante e, embaixo dela, caixas para disposição de atividades a serem realizadas. No caso,
foram confeccionadas três prateleiras em papelão rosa, das quais a primeira serve para armazenar
os objetos de referência de conhecimento do aluno. Suas seis repartições guardam: jogo americano,
para indicar a hora do café; em seguida, uma caneca com pasta e escova de dentes, para antecipar a
hora da higiene bucal; depois, um pote de creme corporal, para antecipar a atividade de relaxamento;
ao lado, pulando uma repartição, uma camiseta, indicativa da atividade de artes e, na última repartição,
uma garrafa de refrigerante, que antecipa as atividades de música.
Figura 17 – Sistema de calendário: uso de prateleiras para disposição dos objetos de referência
O sistema de calendário com o uso de cores, como o da figura 18, cujas repartições estão na
cor verde, rosa, branca, vermelha, azul e, por último, laranja, serve para auxiliar o estudante quanto
à ordem e sequência das atividades. Neste caso, utilizaram-se caixas de sapato forradas com papel
espelho e abertas na frente, para melhor acesso por parte dos estudantes. Nelas, há objetos de
referência indicativos de atividades, tal como no exemplo anterior.
Figura 18 – Sistema de calendário: uso de cores para trabalhar sequência e tempo da atividade
Pág. 44 de 98
Na figura 19, o sistema de calendário usado em apoio aos alunos com deficiência visual cortical
foi realizado na cor vermelha para favorecer a captação da imagem do objeto de referência. Como
vemos na figura, o sistema foi confeccionado em papelão, com seis divisões contendo os objetos
de referência: xícara amarela de plástico para indicar café da manhã; creme de mãos para atividades
de estimulação sensorial tátil; farinha de trigo, para indicar a hora da culinária; prato de plástico,
para indicar a hora do almoço; pasta e escova de dentes e, por último, uma divisória vazia, para
sinalizar que acabaram as atividades.
A figura 20 mostra três caixas de sapatos encapadas com papel azul e em cuja tampa há uma
textura diferente, uma para cada atividade. Sobre a tampa de uma delas, de cor vermelha, há areia;
na tampa de cor laranja há uma textura de gel coberto por plástico, o que traz a sensação de água;
a tampa de cor amarela é um papel camurça. A foto da direita mostra as caixas abertas, contendo
os objetos de referência das atividades que cada uma representa.
Pág. 45 de 98
Na figura 21, o sistema de calendário está em um armário. Ele tem quatro divisórias e, em cada
uma delas, há objetos de referência que antecipam as atividades. Por último, tem-se uma caixa
vermelha, encapada de papel camurça, em que são armazenados os objetos de referência utilizados.
Na figura 23, foi construído um sistema de calendário móvel em papelão, na forma de uma caixa
retangular com uma alça, para ser carregada. Os objetos de referência foram fixados a ela por um
velcro; no momento da atividade, o objeto correspondente a ela é descolado e, depois de concluída,
Pág. 46 de 98
é guardado dentro da caixa. Chama-se sistema móvel pois seu usuário pode levá-lo consigo, para
memorizar as atividades e lembrar-se do que tem que fazer.
As figuras 24 e 25 mostram calendários móveis do tipo “bolsa”, que consistem numa sacola de
tecido em que são fixados os objetos de referência um embaixo do outro, centralizados. Quando
as atividades terminam, os objetos são colocados dentro da sacola.
Pág. 47 de 98
Na figura 26, vemos um sistema de calendário em que os objetos de referência ficam pendurados
em ganchos presos à parede, um ao lado do outro. Acima dos ganchos, sobre a prateleira, estão
todos os materiais das atividades, com seus respectivos objetos concretos de referência.
Pág. 48 de 98
O calendário da figura 28 é voltado para alunos com surdocegueira. Consiste em uma placa de
madeira fixada à parede, na qual foram pendurados por pregos oito cartões menores com ilustrações
de objetos de referência.
Pág. 49 de 98
A figura 30 mostra outro sistema de calendário com o uso de contraste, colocado sobre a carteira
de um aluno. No caso, há sete cartões coloridos em que foram fixados objetos de referência, de
maneira que a cor deles contrastasse com a placa sobre a qual foram colados. Ao lado, uma caixa
do “acabou”.
Pág. 50 de 98
O sistema de calendário por desenho de contorno é feito com usuários que já estão em condição
de usar uma comunicação mais abstrata. Na figura 33 têm-se três folhas sulfite, uma ao lado da
outra, com os seguintes objetos, da esquerda para a direita: um desenho de contorno de um tubo de
cola Tenaz, para antecipar a hora da atividade de artes; um desenho de contorno de uma xícara, para
antecipar a hora do lanche e, por último, o desenho de uma casa, indicando a “hora de ir embora”.
Pág. 51 de 98
A figura 34 mostra uma aluna utilizando o sistema de calendário, com auxílio da professora.
O calendário foi confeccionado em alto contraste, nas cores azul e amarelo, devido à baixa visão
da criança. Dispostos do lado esquerdo, há cartões com fotos dos instrutores que realizarão as
atividades; os cartões do lado direito estão em amarelo.
Neste caso, a professora está utilizando a técnica “mão sob mão”, ou seja, coloca a sua mão
sob a da criança para guiá-la até a foto da atividade a ser realizada, em que há pistas táteis.
Pág. 52 de 98
Além de desenhos, podem-se utilizar cores para discriminar e associá-las aos dias da semana.
Na figura 36, por exemplo, é utilizada uma cor para cada dia da semana: azul royal para segundas-
feiras; laranja para terças; verde para quartas; amarelo para as quintas-feiras e, por fim, vermelho,
para o último dia da semana. As atividades, representadas por desenhos, são dispostas verticalmente,
uma embaixo da outra. Na foto, vê-se uma aluna guardando as fichas das atividades da sexta-feira.
Pág. 53 de 98
Na figura 37, vemos outro calendário com cores e desenhos de objetos de referência, dessa vez,
acompanhados do nome do profissional responsável pela realização da atividade junto ao aluno.
O calendário foi confeccionado em folha sulfite, e o uso das cores facilita o reconhecimento dos
dias da semana: azul para segundas, laranja para terças, verde para quartas e rosa para quintas-
feiras. A coluna da sexta-feira foi preenchida por uma cor azul; a ausência de desenhos significa
que, neste dia, não há atividades. O calendário apresenta-se na forma de uma tabela com três
linhas e cinco colunas, uma para cada dia da semana, e em cujas divisões foram desenhadas as
três atividades de cada dia. Os desenhos fazem referência aos objetos utilizados pelas professoras
nas atividades pelas quais são responsáveis.
Figura 37 – Sistema de calendário com cores e desenhos de objetos utilizados pelos profissionais respon-
sáveis pela atividade
Outro sistema de calendário pode ser visto na figura 38. Consiste numa placa de madeira com
divisões para cada dia da semana. Neste caso, foram utilizados diferentes sistemas de comunicação:
alfabeto manual, para indicar dias da semana; fotos e desenhos.
Pág. 54 de 98
Figura 38 – Sistema de calendário semanal em que são utilizados diferentes sistemas de comunicação
Na figura 39, vê-se um calendário do tipo “varal”, com desenhos pendurados, usado por alunos
que têm paralisia cerebral e baixa visão. Este foi preso por ventosas em uma estante da sala de
aula; nele foram pendurados desenhos e objetos representativos das atividades a serem realizadas
no dia (o avental, por exemplo, indica a hora do almoço).
Figura 39 – Calendário de varal com desenhos pendurados, para uso de alunos com paralisia cerebral e baixa
visão
Pág. 55 de 98
Figura 40 – Sistema de calendário em cartaz de pregas, para uso de alunos com deficiência neuromotora e
baixa visão
Outro sistema de calendário voltado para portadores de deficiência neuromotora e baixa visão é
o de pasta-fichário. Como vemos na figura 41, a pasta-fichário contém fotos dos alunos arquivadas
em sacos plásticos para favorecer o manuseio e higienização (o problema neuromotor ocasionado
pela deficiência pode levar a intensa salivação). As fotos têm os nomes das atividades. Foram
colocados prendedores de roupas nas páginas para favorecer a acessibilidade motora dos alunos
ao virá-las.
Figura 41 – Sistema de calendário de pasta fichário para alunos/usuários com deficiência neuromotora e baixa
visão
Na figura 42, tem-se um sistema de calendário em dois quadros, no qual foram utilizadas cores
e diferentes recursos de comunicação. O quadro da esquerda, na cor verde, diferencia as atividades
por cores, fotos e textos; o quadro da direita, forrado com papel Craft, contém duas divisões, em
Pág. 56 de 98
que são colocadas as fotos dos alunos e as fichas das atividades a serem realizadas no dia, na
sala educacional.
Pág. 57 de 98
Na figura 45 vemos uma caixa de antecipação em uso. As primeiras imagens mostram uma caixa
de sapato encapada com papel camurça e em cuja tampa foi colado um material tátil com brilho, a
fim de favorecer o reconhecimento, por parte dos alunos/usuários, de que o material lhe pertence.
A segunda foto mostra o interior da caixa, em que foram guardados os objetos de referência que
têm significado para a aluna, como um avental, para alimentação, e um chocalho, para atividades
com música.
A terceira foto mostra a aluna/usuária utilizando sua caixa de antecipação com o auxílio da mãe.
No momento de escolher a atividade, a mãe apresenta o item de referência à filha, para verificar se
ela está entendendo e, assim, confirmar as tarefas do dia. Na foto, a mãe mostra à filha a bolsa que
ela carrega quando vai ao parque.
Pág. 58 de 98
Na figura 46 tem-se um colete azul-escuro com bolinhas brancas. Nele foram pendurados
vários objetos para favorecer o estímulo visual e tátil em crianças com problemas neuromotores e
baixa visão.
Pág. 59 de 98
A figura 47 mostra a capa do caderno de Luan, em que foi feito o desenho de contorno de um
menino. Ao lado, vê-se uma página interna do caderno, contendo o desenho das três atividades
realizadas em conjunto com a professora, no dia 18 de outubro de 2005.
Pág. 60 de 98
Na figura 48 têm-se dois cadernos de registro de comunicação das atividades realizadas naquele
dia. As imagens são três crianças representadas com palitos de madeira e partes dos objetos de
referência. Foi usado um recorte de sacola plástica de supermercado para acrescentar textura ao
registro.
Na figura 49 veem-se cadernos de vocabulário táteis texturizados, nos quais foram coladas
figuras confeccionadas em EVA, cujos nomes foram aprendidos pelo aluno naquele dia.
Pág. 61 de 98
A figura 51 mostra um cartaz azul com os dizeres “Massa de aveia”, em que a palavra “aveia” foi
recortada da embalagem do próprio alimento. O conteúdo do cartaz são: uma xícara em miniatura,
dois saquinhos contendo aveia e farinha de trigo, e gel para cabelo, para representar a água.
Na figura 53, as duas fotos mostram as etapas de execução de uma receita de brigadeiro. A
primeira foto mostra todos os ingredientes e utensílios que foram utilizados: lata de leite condensado,
margarina, chocolate em pó, panela e colheres; a segunda, o passo a passo de como fazer o brigadeiro.
Pág. 62 de 98
A figura 54 mostra outro caderno de receitas. No caso, o registro foi feito pelo Sistema Alternativo
Pictográfico Compic, para detalhar os ingredientes e o passo a passo da receita.
A figura 55 mostra um cartaz sanfonado como recurso para ensinar o passo a passo de uma
receita. A primeira parte tem os desenhos dos ingredientes e as demais indicam o modo de preparo.
Pág. 63 de 98
Pág. 64 de 98
A figura 59 mostra um passaporte para a comunicação, em cujas páginas foi colada uma foto
do aluno e no qual foram utilizados sinais do Sistema Alternativo de Comunicação Compic para
registrar as características pessoais da criança.
Pág. 65 de 98
Figura 59 – Passaporte para a comunicação contendo foto e sinais do Sistema Alternativo de Comunicação
Compic
Figura 60 – Passaporte para a comunicação contendo desenhos e recursos de comunicação tátil texturizada.
Figura 61 – Passaporte para a comunicação com Sistema Alternativo de Comunicação PCS (Picture Communi-
cation Symbols)
Pág. 66 de 98
A figura 62 mostra dois porquinhos confeccionados com bexiga e colagem de materiais diferentes,
para distingui-los, e uma casinha feita de papelão coberta de “lascas” de madeira. A foto da direita
mostra uma casinha cujas paredes foram confeccionadas com pequenas pedras de cerâmica e
cujo teto foi feito com papel que imita madeira.
A figura 63 mostra duas fotos, nas quais são apresentados bonecos e fantoches de mão da
história da Chapeuzinho Vermelho. Para cada personagem foi atribuído um som, emitido por um
brinquedo sonoro. No caso do lobo, utilizou-se um som bastante estridente, com a intenção de
demonstrar perigo; para a vovó, utilizou-se o som emitido por um brinquedo que, ao se mexer de
um lado para o outro, traz “calma”; para a Chapeuzinho, utilizou-se um chocalho, com a intenção
de demonstrar inocência.
Pág. 67 de 98
As fotos a seguir são de Sandra Mesquita, usadas em sua dissertação de mestrado A interação
comunicativa do surdocego: a arte de contar histórias adaptadas, ressignificando as estratégias de
ensino apresentada na Universidade Presbiteriana Mackenzie. As figuras tentam mostrar que uma
mesma história pode ser construída com diversos recursos e materiais para atender às necessidades
de alunos/usuários e seu entendimento da história.
Pág. 68 de 98
Pág. 69 de 98
Pág. 70 de 98
Pág. 71 de 98
Figura 73 – Porquinho construído de bexiga encapada com papel e casinha feita de EVA
Figura 74 – Fantoches de madeira e casinha de papelão coberta com palha, da história Os três porquinhos.
Pág. 72 de 98
Figura 76 – Porquinho feito em biscuit e casinha feita em papelão coberta com tecido de palha
Fonte: Atividade realizada com sala de aula da escola A. S., em 1986. Acervo da autora.
Pág. 73 de 98
A figura 79 mostra o processo de escrita de uma palavra com a finalidade de indicar que alguns
alunos requerem mais apoio para reconhecer os signos e entender seu significado que outros. Esse
trabalho foi realizado com aluno com baixa visão, deficiência intelectual e transtorno psiquiátrico,
utilizando-se desde objetos concretos até o processo de desnaturalização do desenho.
Pág. 74 de 98
Na figura 81, temos uma prancha temática composta por fotos reais dos alimentos a serem
escolhidos pelo aluno.
Pág. 75 de 98
Figura 83 – Prancha de comunicação com uso do Sistema Alternativo de Comunicação Compic e de cores
categorizadas de acordo com o método integral
Pág. 76 de 98
Pág. 77 de 98
• As informações sobre a criança, ou jovem, não são “secretas”, elas devem conter itens como:
de quê ela gosta, de quê ela não gosta; suas reações às pessoas ou a diferentes situações,
se toma medicamentos etc.
• As informações podem ser alteradas de acordo com a necessidade ou se houver mudanças
nos interesses, gostos ou hábitos da criança.
• As informações devem ser transmitidas de forma positiva e com uma frase que descreva a
criança, por exemplo: “Eu gosto de conversar, venha falar comigo!”
• O passaporte deve circular com a criança ou jovem e serve para situações em que houver um
professor substituto, ou para quando ele for ficar com os avós, babá ou outra pessoa que não
o conheça, entre outras ocasiões.
• As informações devem ser coletadas junto às pessoas que ficam diretamente com a criança
ou jovem e, principalmente, com aqueles que a conhecem bem (pai, mãe, irmão etc.)
Pág. 78 de 98
É fundamental ao passaporte:
• ser atrativo;
• contar a história da pessoa;
• ser personalizado.
Pág. 79 de 98
Pág. 80 de 98
• Professora
2. Necessidade de cuidados
• Babás
• Visão (visão útil, ambiente, óculos, tipo de perda)
• Audição
• Habilidades táteis (se deixa tocar, onde prefere o toque).
3. Característica da criança ou jovem
• Como se dá a comunicação
• Coisas de que gosta (tenha cuidado com essas informações, porque podem mudar)
• Coisas de que não gosta
• O que faz quando está frustrado e nervoso
4. Tratamento especial (como lidar em situações específicas) Orientação e mobilidade
• Mobilidade (precisa de guia; é independente, utiliza cadeira de rodas)
• Posicionamento/postura
• Trabalha melhor quando
• Cuidados especiais
• Vestir e despir
• Alimentação
• Bebidas
• Uso do banheiro
• Sono
• Cuidados médicos
5. Escreva uma frase ou duas para me descrever
Pág. 81 de 98
10.1 Objetivos
Um livro sobre si é muito motivador para um indivíduo, por conta disso, um livro de experiência,
no contexto do trabalho com crianças deficientes visuais e auditivas tem potencial de extrair mais
linguagem que qualquer outra coisa.
Pág. 82 de 98
relatado em um livro de experiência, tem-se aí uma ferramenta para reforçar conceitos particulares
relacionados à experiência sem que se precise revivê-la.
Livros de experiências são uma das poucas maneiras de reviver eventos passados ocorridos
com pessoas cuja deficiência ou doença não lhes permita comunicar-se por meio da fala. O livro
pode ser especialmente útil para indivíduos com necessidades únicas de linguagem.
O livro de experiência permite reforçar a linguagem de uma atividade que já aconteceu em uma
atmosfera quieta e relaxada, mostrando-se como a melhor possibilidade de um input sensorial. Esse
reforço é frequentemente difícil de acontecer durante o evento real. Por exemplo, existem poucas
maneiras de se reforçar auditivamente a hora do banho ou da natação porque, geralmente, estes
são ambientes de muita algazarra e alegria, além de não permitirem o uso do aparelho auditivo.
Pode-se utilizar o livro de experiência como uma forma de reforçar a linguagem dessas atividades,
fora de seu contexto usual.
Todo aprendizado vai do concreto ao semiconcreto e deste para o abstrato. Sempre que possível,
utilize objetos reais associados às atividades. Avaliações correntes são necessárias para assegurar
que o indivíduo realmente entenda o conceito da representação concreta, a qual pode, então, ser
seguida da representação em figura plana. O indivíduo deve envolver-se ativamente na criação das
figuras que serão representadas no livro.
Lembre-se de que o livro está relacionado com as experiências individuais. Tenha sempre em
foco informações ou conceitos e atividades nas quais o indivíduo se interesse, que o motivem e
façam da experiência real uma aprendizagem significativa.
Pág. 83 de 98
Assegure-se de que sua escolha sobre o sistema de comunicação seja conceitualmente correta.
Ao apontar para pessoas reais, locais e objetos e suas representações, refira-se a eles com rótulos
verbais e sinais apropriados. Existe uma grande diferença conceitual entre simplesmente apontar
para a figura de uma bola, por exemplo, e fazê-lo enquanto diz: “a figura de uma bola”.
Enfatize detalhes importantes como cor, formato, tamanho, textura, relacionamentos e sentimentos
para auxiliar a criança ou jovem a estabelecer seu significado. Estabeleça algumas técnicas simples
para ter certeza de que o indivíduo entende o que você está desenhando:
• desenhe o rosto do indivíduo enquanto olha para ele e relacione as partes representadas com
a parte real do corpo;
• desenhe o rosto do indivíduo igual ao de uma fotografia que ele tenha previamente reconhecido
como de si próprio;
• desenhe-o com óculos e aparelho, quando houver. Estes itens frequentemente fornecem
informações significativas que lhes permitem diferenciar-se de outros;
• faça um desenho em tamanho real da pessoa, dos membros da família e dos amigos, traçando
seus corpos no papel e colorindo o desenho apropriadamente;
• utilize sinais de nomes (inicialmente de pessoas familiares) em conjunto com a fala “figura de”.
Envolva o indivíduo na produção de seu livro de experiência tanto quanto possível. Permita a ele
coletar e guardar algumas coisas da atividade para serem colocadas no livro, como o balão vazio
de uma festa, a colherinha do sorvete; folhas restantes de uma atividade na grama, um saquinho
de batata frita ou um canudo de uma visita ao McDonald’s e um cartão postal. Forneça a ele uma
caixa ou sacola especificamente para coletar esses itens.
Quanto aos itens que não ficarão colados no livro, poder-se-á separar um envelope ou um saco
do tipo Zip Lock para guardá-los. Estes itens poderão ser tirados de dentro do envelope ou saco,
discutidos, utilizados na página e, então devolvidos ao lugar.
Pág. 84 de 98
Se forem tiradas fotografias da atividade, estas podem ser adicionadas mais tarde para servir
de reforço e aumentar a quantidade de desenhos. Não espere até que as fotos sejam reveladas
para completar o livro (a não ser que sejam fotografias Polaroid, ou seja, reveladas imediatamente).
O verso das folhas é um bom local para colocar figuras dos sinais ou quaisquer outras instruções
para a utilização do livro, que podem auxiliar outras pessoas a manuseá-lo de modo mais efetivo
junto ao indivíduo. Inicialmente, um tema principal por página auxiliará com o desenvolvimento
conceitual.
Pág. 85 de 98
Pág. 86 de 98
A figura 86 mostra um livro de experiência real confeccionado em feltro, dobrável, para facilitar a
visualização do aluno/usuário e o manejo das páginas, as quais contêm experiências representadas
por objetos em miniatura e texturizados, a fim de apoiar a comunicação e a memória tátil do usuário.
Na imagem, veem-se um gira-gira, um tanque de areia e um balanço.
A figura 87 traz um livro confeccionado pela mãe de uma aluna, que estava no programa Gospel.
Na imagem veem-se os objetos concretos que ela usa no banho: xampu, sabonete e cadeira, entre
outros.
Pág. 87 de 98
Na figura 89 vemos uma mãe manuseando, junto ao filho, um livro de experiência real construído
por ela com folhas de papelão revestidas por EVA. No livro veem-se objetos concretos de referência
à hora do banho presos às páginas.
Figura 89 – Livro de experiência real em plano inclinado e com objetos concretos simbolizando a hora do
banho
Na figura 90, vemos uma mãe com sua filha e um livro de experiência real feito de caixa de
papelão coberta por EVA. Dentro dele foram colocadas as fichas, ou “páginas” do livro contendo
os objetos; tal disposição tornou o manejo acessível para a filha.
Pág. 88 de 98
Figura 91 – Livro de experiência real com fichas texturizadas e em plano inclinado, como recurso de acessibi-
lidade
Pág. 89 de 98
A figura 93 mostra a página de um livro de experiência real em plano inclinado, cujos objetos
concretos identificam os participantes das atividades. As páginas foram confeccionadas em EVA,
e nos cantos inferiores foram colocadas bolinhas achatadas de material resistente em auxílio ao
manuseio das páginas.
Figura 93 – Livro de experiência real em plano inclinado contendo objetos de referência a brincadeiras
Pág. 90 de 98
A figura 95 mostra um livro confeccionado em uma caixa, dentro da qual foi construída uma
réplica do local onde a aluna toma café, na escola. As abas da caixa contêm fotos e miniaturas
confeccionadas em biscuit para mostrar os alimentos e utensílios utilizados na hora do lanche.
Pág. 91 de 98
A figura 97 mostra um livro do tema “Vamos brincar na piscina?” em formato de fichário dentro
de uma caixa, encapada com papel celofane azul-escuro, a fim de simular uma piscina e estimular
sensorialmente (tato e audição) o usuário. Cada página do fichário contém um utensílio utilizado
na atividade. Elas foram confeccionadas em cartela grossa revestida de plástico dentro do qual foi
inserido gel de cabelo, para passar a referência tátil de água (consistência e temperatura).
Na figura 98 vê-se um livro de experiência real intitulado “Um dia na praia”. Tanto a capa quanto
as páginas internas têm uma marcação no canto direito para promover a acessibilidade motora dos
alunos. Há desenhos e materiais concretos para que o usuário identifique o que vai ser utilizado
na atividade.
Pág. 92 de 98
A figura 99 mostra a capa de outro livro e duas de suas páginas, as quais também apresentam
um recurso para manejo das folhas: do lado direito de cada uma foi colada uma tira de papel de
gramatura mais alta para ajudar o usuário a virá-la.
Pág. 93 de 98
A figura 101 mostra a bola de espuma, um recurso utilizado com alunos que tenham prejuízo de
motricidade fina. Ele auxilia a escrita de pessoas que tenham movimentos espásticos e, por isso,
necessitam de um material mais leve, que lhes permita executar movimentos finos. A confecção é
simples: faz-se um furo no centro na bola, no qual se encaixa o lápis (BERSCHE, 2010).
Pág. 94 de 98
Fonte: <https://http2.mlstatic.com/avental-historia-infantil-chapeuzinho-vermelho-
em-feltro-D_NQ_NP_728737-MLB28041276200_082018-F.webp>.
CONCLUSÃO
Os recursos pedagógicos acessíveis apoiam a aprendizagem, a acessibilidade e a comunicação
de pessoas com deficiência em processo de inclusão ou de alunos que estejam em processo de
internação; dão continuidade ao processo escolar de crianças ou jovens que tenham dificuldades
de aprendizagem. Eles devem ser elaborados de maneira única e individualizada, após avaliação
de seu futuro usuário e com base em suas necessidades.
Espero que os alunos desta disciplina aproveitem o conteúdo e criem recursos de acessibilidade
para seus alunos e/ou aprendentes, a fim de auxiliá-los em seu processo de aprendizagem e
socialização.
Pág. 95 de 98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARNHEIM, Rudolf. Arte e percepção visual. São Paulo: Editora Martins Fontes,1997.
BERSCH, Rita. Introdução à tecnologia assistiva. Portal Assistiva – Tecnologia e Educação. Porto
Alegre, RS, 2017. Disponível em: <http://www.assistiva.com.br/Introducao_Tecnologia_Assistiva.
pdf>. Acesso em: 3 jun. 2019.
BERSCH; Rita; SARTORETTO, Mara Lúcia. Recursos pedagógicos acessíveis e comunicação aumentativa
e alternativa. Brasília, DF; Fortaleza, CE: Ministério da Educação; Secretaria de Educação Especial;
Universidade Federal do Ceará, 2010. (Série A educação especial na perspectiva da inclusão escolar,
fascículo 6).
BERSH, Rita. Recursos pedagógicos acessíveis: Tecnologia Assistiva (TA) e Processo de Avaliação nas
escolas. 2013. Disponível em: < http://www.assistiva.com.br/Recursos_Ped_Acessiveis_Avaliacao_
ABR2013.pdf>. Acesso em: 19 ago. 2019.
BLAHA, Robin. Calendários para estudantes com múltiplas deficiências, incluindo as pessoas com
surdocegueira. Trad. AHIMSA. Texas, EUA: Texas School for the Blind and Visually Impaired, 2003.
BOVE, Maria. Apostila para o Curso de Comunicação. Projeto Hilton Perkins. São Paulo: Ahimsa –
Associação Educacional para Múltipla Deficiência, 1996.
BRASIL. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Tecnologia
assistiva. Brasília, DF: CORDE, 2009. Disponível em: <https://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/
app/sites/default/files/publicacoes/livro-tecnologia-assistiva.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2019.
DELIBERATO, Débora; MANZINI, Eduardo José. O saber dos professores das salas de recursos
multifuncionais. In: CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE FORMAÇÃO DE EDUCADORES, 1.,
Águas de Lindoia, 2011. Anais [...]. Águas de Lindoia, SP: UNESP; PROGRAD, 2011. CD-ROM.
DELIBERATO, Débora; MANZINI, Eduardo José. Portal de ajudas técnicas para educação: equipamento
e material pedagógico especial para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência
física: recursos para comunicação alternativa. 2. ed. Brasília, DF: MEC; Seesp, 2006.
Pág. 96 de 98
HAGOOD, L. Comunicación: una guía para enseñar a estudiantes com discapacidades visuales y
múltiples. Austin: Escuela de Texas para ciegos y discapacitados visuales, 1997.
ILUMINAÇÃO. In: Conceito.de, [S. l.], 11 nov. 2012. Disponível em: <https://conceito.de/iluminacao>.
Acesso em: 19 ago. 2019.
LEFRÈVE, B. Avaliação neuropsicológica da criança. In: DIAMENT, A.; CYPEL, S. Neurologia infantil.
São Paulo: Atheneu, 1995. p. 83-109.
MAIA, Shirley R. Curso instrutor mediador. São Paulo: [s. n.], 2010a. Apostila.
MAIA, Shirley R. et al. Estratégias de ensino para favorecer a aprendizagem de pessoas com
surdocegueira e deficiência múltipla sensorial: um guia para instrutores mediadores. São Paulo:
Editora Grupo Brasil, 2010b.
MAIA, Shirley R. Descobrindo crianças com surdocegueira e com deficiência múltipla sensorial, no
brincar. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
MONACO, Carolyn; RAMEY, Cheryl. Folha de planejamento do Livro de Experiência Real. Toronto: [s.
n.], 2004. Material apresentado no curso Intervenor for Deafblind Persons da George Brown College.
MONACO, Carolyn. The Experience Book. Toronto: W. Ross Macdonald School for the Blind, 2004.
Pág. 97 de 98
NASCIMENTO, Fátima Ali Abdalah Abdel Cader. Saberes e práticas da inclusão: dificuldade de
comunicação e sinalização: surdocegueira/múltipla deficiência sensorial. 4. ed. Brasília, DF: MEC;
Seesp, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/surdosegueira.pdf>.
Acesso em: 26 jun. 2019.
NORTHERN, J. L.; DOWNS, M. P. Hearing in children. 3. ed. Baltimore: Williams & Wilkins, 1989.
ROVESSI, Gabriela. Apostila do Curso sobre Deficiência Visual de Origem Cortical. São Paulo:
Ahimsa – Associação Educacional para Múltipla Deficiência; Christian Blind Mission (CBM), 2006.
ROVESSI, Gabriela. Apostila do Curso de Formação Continuada sobre Deficiência Visual Cortical.
São Paulo: Ahimsa – Associação Educacional para Múltipla Deficiência, 2005.
Talking Sense – Revista Sense Association, Inglaterra. Passaporte para a comunicação. Anotações
da XI Conferência Mundial da DBI – Deafblind International, Portugal, 1999.
As fotos são de propriedade da Ahimsa – Associação Educacional para Múltipla Deficiência, que
nos cedeu autorização para divulgá-las em fôlderes, materiais impressos, artigos e apostilas. Os
documentos que comprovam a liberação de direitos encontram-se na secretaria da instituição.
Pág. 98 de 98