Você está na página 1de 49

Curso Técnico em Mecânica

Projetos Mecânicos
Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente da Confederação Nacional da Indústria

José Manuel de Aguiar Martins


Diretor do Departamento Nacional do SENAI

Regina Maria de Fátima Torres


Diretora de Operações do Departamento Nacional do SENAI

Alcantaro Corrêa
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

Sérgio Roberto Arruda


Diretor Regional do SENAI/SC

Antônio José Carradore


Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC

Marco Antônio Dociatti


Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC
Confederação Nacional das Indústrias
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Curso Técnico em Mecânica

Projetos Mecânicos

Reginaldo Motta

Florianópolis/SC
2010
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.

Equipe técnica que participou da elaboração desta obra

Coordenação de Educação a Distância Design Educacional, Ilustração,


Beth Schirmer Projeto Gráfico Editorial, Diagramação
Equipe de Recursos Didáticos
Revisão Ortográfica e Normatização SENAI/SC em Florianópolis
Contextual Serviços Editoriais
Autor
Coordenação Projetos EaD Reginaldo Motta
Maristela de Lourdes Alves

Ficha catalográfica elaborada por Kátia Regina Bento dos Santos - CRB 14/693 - Biblioteca do SENAI/SC
Florianópolis.

B392m
Bechtold, Maurício José
Manutenção mecânica / Maurício José Bechtold, Marcelo. – Florianópolis :
SENAI/SC, 2010.
52 p. : il. color ; 28 cm.

Inclui bibliografias.

1. Manutenção. 2. Projetos mecânicos. I. SENAI. Departamento Regional de


Santa Catarina. II. Título.

CDU 62-7

SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC
CEP: 88034-001
Fone: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.br
Prefácio
Você faz parte da maior instituição de educação profissional do estado.
Uma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta-
das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina.

No SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com as


necessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas
teóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educação
por Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de-
senvolver habilidade e garantir seu espaço no mercado de trabalho.

Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu
futuro profissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.

Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os métodos de


ensino-aprendizagem da instituição, o Programa Educação em Movi-
mento promove a discussão, a revisão e o aprimoramento dos processos
de educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces-
sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional,
oferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Edu-
cação por Competências, em todos os seus cursos.

É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos.
Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções
colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente.

Mais de 1,6 milhões de alunos já escolheram o SENAI. Você faz parte


deste universo. Seja bem-vindo e aproveite por completo a Indústria
do Conhecimento.
Sumário
40 Seção 10 – 10º Passo – De-
Conteúdo Formativo 9 26 Unidade de estudo 2 senvolvimento do projeto
Passos Utilizando o em CAD: SolidWorks 3D

Apresentação 11 Método Proposto 40 Seção 11 – 11º Passo – Mon-


tagem dos componentes em
SolidWorks
27 Seção 1 – Passos para o 41 Seção 12 – 12º Passo – Análi-
12 Unidade de estudo 1 desenvolvimento ses finais, modificações do
projeto e ajustes
Metodologia para
41 Seção 13 – 13º Passo – Deta-
Elaboração de Projetos 30 Unidade de estudo 3 lhamento do projeto
Prático de Desenvolvi- 43 Seção 14 – 14º Passo –
mento de uma Esteira Entrega e apresentação do
13 Seção 1 – Metodologia para projeto
elaboração de projetos Plana Inclinada
13 Seção 2 – Projetos através
do tempo 31 Seção 1 – 1º Passo – Identifi- Finalizando 48
car o problema
14 Seção 3 – Equipamento,
máquina, produto 32 Seção 2 – 2º Passo – Definir
a linha de execução do proje- Referências 50
14 Seção 4 – Conjunto, subcon-
to: criação
junto, componente
32 Seção 3 – 3º Passo – Requisi-
14 Seção 5 – Inovação, modifi-
to 1: pesquisa informacional
cação, adaptação
34 Seção 4 – 4º Passo – Requisi-
16 Seção 6 – Identificar e solu-
to 2: pesquisa com os usuá-
cionar um problema
rios do produto (clientes)
16 Seção 7 – Processo de solu-
34 Seção 5 – 5º Passo – Requisi-
ção de problemas
to 3: pesquisa técnica
17 Seção 8 – Fatores que
35 Seção 6 – 6º Passo – Mor-
influenciam na solução de
fologia dos componentes e
problemas
cálculos necessários
18 Seção 9 – Requisitos do
38 Seção 7 – 7º Passo – Concep-
projeto
ção de três projetos concei-
20 Seção 10 – Análise dos ele- tuais
mentos de máquina
39 Seção 8 – 8º Passo – Pré-
23 Seção 11 – Croqui da con- projeto conceitual
cepção do projeto
39 Seção 9 – 9º Passo – Estru-
24 Seção 12 – Estrutura do tura do produto/lista de
produto material/ficha técnica
25 Seção 13 – Morfologia do
projeto
8 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Conteúdo Formativo
Carga horária da dedicação

Carga horária: 90 horas

Competências

Aplicar metodologia para desenvolvimento de projetos e desenvolver projetos


mecânicos de máquinas e equipamentos através da análise das especificações
técnicas e da observação das normas técnicas e de segurança, utilizando ferra-
mentas computacionais.

Conhecimentos

▪▪ Metodologia de elaboração (aplicação dos fatores de segurança e proteção, ma-


nutenção, desgaste e corrosão, montagem, custos, transporte, funcionamento,
material, cálculos estruturais e dimensionais, desenho final, memorial de cálculo
e descritivo, apresentação e entrega do projeto) e apresentação de projeto.

Habilidades

▪▪ Aplicar normas técnicas e regulamentadoras na elaboração de projetos mecâni-


cos;
▪▪ Aplicar softwares específicos para a elaboração de projetos mecânicos;
▪▪ Relacionar materiais adequados ao projeto mecânico;
▪▪ Elaborar e acompanhar cronogramas das etapas do projeto;
▪▪ Elaborar orçamento do projeto;
▪▪ Utilizar ferramentas computacionais que auxiliem no desenvolvimento dos
projetos;
▪▪ Ler, interpretar e aplicar manuais, catálogos e tabelas técnicas;
▪▪ Pesquisar novas tecnologias em projetos de sistemas de produção, instalação e
manutenção, avaliando os impactos técnicos e econômicos.

PROJETOS MECÂNICOS 9
Atitudes

▪▪ Assiduidade.
▪▪ Pró-atividade.
▪▪ Relacionamento interpessoal.
▪▪ Trabalho em equipe.
▪▪ Cumprimento de prazos.
▪▪ Zelo com os equipamentos.
▪▪ Adoção de normas técnicas, de saúde e segurança do trabalho.
▪▪ Responsabilidade ambiental.

10 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Apresentação
A metodologia para elaboração de projetos apresentada aqui mostra, de Reginaldo Motta
maneira fácil e básica, os procedimentos que o projetista deve executar
para que conclua o desenvolvimento de um produto. O projetista deve Nascido em 27 de outubro
utilizar toda a sua experiência adquirida no decorrer do desenvolvimen- de 1972, graduado em Admi-
to e, também, a experiência de outros alunos e professores das diversas nistração de Empresas pela
UNERJ – Jaraguá do Sul (2003)
disciplinas.
e pós-graduado em Engenharia
Devem ser estimulados projetos que tragam resultados significativos, de Produção pela FURB – Blu-
como melhorias em máquinas ou novos produtos nas diversas áreas e menau (2010). Curso superior
segmentos das regiões do Estado. em Formação Pedagógica para
Esta metodologia é um procedimento. Não deve ser o único auxílio no Formadores da Educação Profis-
sional – UNISUL/SENAI (2008),
desenvolvimento de um produto, pois os passos seguidos são o mínimo
formação técnica em Mecânica,
necessário para um projeto bem apresentado. Desenhos e Projetos pela SATC
De nada adianta sentar à frente de um computador e ficar pensando no – Criciúma (1993). Experiência
projeto. O projetista deve analisar todas as variantes e realizar um croqui profissional na área Metalme-
do produto que contenha as dimensões principais de montagem e com- cânica, em Engenharia de Pro-
ponentes, para depois dar início ao desenho, auxiliado pelo computador. cessos, Desenvolvimento de
Produtos, Projetos Mecânicos,
Você, como projetista em potencial, deve estar atento a tudo isso! Bom Metrologia, Melhoria Contínua,
trabalho e sucesso no desenvolvimento do seu projeto! Controle da Qualidade e Contro-
le Estatístico de Processo (CEP).

PROJETOS MECÂNICOS 11
Unidade de
estudo 1
Seções de estudo

Seção 1 – Metodologia para


elaboração de projetos
Seção 2 – Projetos através do tempo
Seção 3 – Equipamento, máquina,
produto
Seção 4 – Conjunto, subconjunto,
componente
Seção 5 – Inovação, modificação,
adaptação
Seção 6 – Identificar e solucionar um
problema
Seção 7 – Processo de solução de
problemas
Seção 8 – Fatores que influenciam na
solução de problemas
Seção 9 – Requisitos do projeto
Seção 10 – Análise dos elementos de
máquina
Seção 11 – Croqui da concepção do
projeto
Seção 12 – Estrutura do produto
Seção 13 – Morfologia do projeto
Metodologia para
Elaboração de Projetos
Seção 1
Metodologia para
elaboração de projetos
A metodologia para aplicação de as habilidades do projetista, de ▪▪ utilização de meios e bens du-
projetos constitui um procedi- modo que o produto seja analisa- ráveis, ecologicamente corretos;
mento planejado, de forma a se- do como um todo, em cada fase, ▪▪ interatividade com outras
rem observados sistematicamente e não apenas por uma linha de disciplinas e conceitos;
todos os requisitos e necessidades raciocínio desse projetista. Com
do equipamento, máquina ou pro- isso, habilidades serão adquiridas ▪▪ fácil compreensão e soluções
duto a ser desenvolvido, em diver- e outras, fortalecidas. dos problemas apresentados.
sas aplicações. Disso faz parte a
pesquisa informacional, o projeto
conceitual e o pré-projeto. Seção 2
DICA
O primeiro diz respeito às infor- Projetos através do
A metodologia não deve
mações iniciais que o projetista irá
ser um roteiro único, mas tempo
buscar para ter uma ampla visão
conduzir a ideias além dos
dos produtos similares ou iguais limites, interagindo com Não sabemos ao certo a origem
no mercado. O projeto conceitual outras atividades ou áreas da metodologia de projetos, mas
refere-se ao conceito do produto afins. sabemos que, nos primórdios das
– após análise do projeto infor- invenções, os cientistas e gênios
macional, de pesquisas técnicas tinham cada um sua metodologia.
e com os usuários ou potenciais Faziam anotações de seus experi-
usuários do produto. Por fim, o Antes de iniciar um projeto assis- mentos, tanto dos erros como dos
protótipo do que seria o produto tido por computador, é necessá- acertos, das possibilidades, das
final recebe o nome de pré-pro- rio ter uma concepção do proje- alternativas da época, das várias
jeto. to, um esboço das características hipóteses. Um dos grandes inven-
principais, do design do produto tores, por volta dos anos 1500, foi
que possibilitem ao projetista um Leonardo da Vinci. Todas as suas
É importante identificar pri- caminho, um início do projeto, obras e projetos nem chegaram a
meiramente o problema prin- baseado nos requisitos dos usuá- ser construídos, mas permanece-
cipal e, depois, definir o ob- rios (clientes) e nos requisitos es- ram no tempo graças às suas ano-
jetivo geral e o específico do pecíficos técnicos. tações, desenhos esquemáticos e
projeto.
A metodologia aplicada contem- projetos que solucionavam pro-
pla os seguintes aspectos, signifi- blemas da época.
cativos na construção de um pro-
Não devemos deixar de lado a ex- duto: “Antes da era industrial, projetar
periência de um projetista, nem estava intimamente interligado
▪▪ identificação do problema
tampouco a criatividade, a inova- com obras de arte e o artesana-
principal, que justifique a elabo- to” (N.N.: DA VINCI, 1955 apud
ção e a invenção, mas é preciso
ração de um produto, em qual- PAHL et al., 2005, p. 7).
sempre levar em conta os princí-
quer área de aplicação;
pios e requisitos do projeto.
▪▪ estímulo à criatividade e à
Por meio de determinados passos
inovação tecnológica;
e procedimentos, este método de
aplicação de projetos visa aguçar

PROJETOS MECÂNICOS 13
No século XIX, com o início da Um produto pode ser uma máqui-
era tecnológica, Redtenbacher na com a finalidade de manufatu-
já indicava nos seus Princípios de rar ou processar algum material.
Mecânica e Engenharia Mecâni-
ca características e princípios
que são ainda hoje de grande re-
levância: solidez, deformações,
Seção 4
desgaste, resistência ao atrito, Conjunto, subconjunto,
material, execução simples, fácil
montagem e poucos protótipos
componente
(REDTENBACHER, 1955 apud
PAHL et al., 2005, p. 7). O projetista é quem vai analisar
todo o sistema, onde será a aplica-
ção do projeto desenvolvido, qual
Nas próximas seções, serão indi-
sua finalidade principal, sua ope-
cados os passos para a construção
ração, para que possa chamar de
de um projeto. Para tanto, ilustra-
Figura 1 - Equipamento de Ginástica subconjunto, conjunto, máquina,
remos a fabricação de uma esteira,
Fonte: Fitplay (2010). equipamento ou componente.
em que se mostra o que deve ser
feito em cada passo. Caso você
esteja trabalhando em outro pro- Uma máquina é formada por di-
jeto, preste atenção nas suas espe- versos componentes mecânicos Seção 5
cificidades, em suas normas e suas ou eletroeletrônicos. Um equipa- Inovação, modificação,
concepções, conforme a linha do mento pode ser formado por di- adaptação,
projeto desenvolvido. versos conjuntos mecânicos, ou
uma ou mais máquinas podem
Há uma infinidade de produtos,
fazer parte de um equipamento.
máquinas e equipamentos que
DICA são desenvolvidos diariamente no
mundo todo. Podem ser modifi-
O método dará uma boa
cações de projetos já existentes,
visão da construção como
como uma melhoria para aumen-
um todo.
tar a produtividade de um equipa-
mento, ou aumentar a segurança,
adicionando dispositivos que pa-
rem a máquina quando algo esti-
Seção 3 ver incorreto, tanto no funciona-
mento da máquina como para a
Equipamento, máquina, Figura 2 - Usina de Blocos de Concreto segurança do operador.
produto (Vários Equipamentos e Máquinas)
Fonte: Adaptado de Ecobloc (2010). Uma melhoria ergonômica, por
exemplo, faz modificações que
Como diferenciar um equipamento, uma possibilitam um melhor acesso do
máquina ou um produto? operador à máquina, para que ele
Como identificar que tipo de projeto você não empreenda esforços desne-
está executando? cessários que o prejudiquem.

Entende-se por equipamento algo


que não produz, ou seja, algo que
auxilia outra função ou objetivo.
Exemplo: um equipamento de
ginástica. É um equipamento que
auxilia o homem na função física,
corporal. Figura 3 - Exemplo de Máquina
Fonte: Adaptado de Arku (2010).

14 CURSOS TÉCNICOS SENAI


A grande maioria das famílias de
hoje quase não utilizam o forni-
nho do fogão para assar pão, car-
ne ou outro alimento. O exemplo
da ideia de inovação, aqui, é em-
butir o micro-ondas no espaço do
forninho do fogão, otimizando
espaço, utilidade, praticidade, ou
seja, dois produtos em um, redu-
zindo os custos.
Você já viu algum desses por aí?
Toda inovação, num primeiro
Figura 4 - Ergonomia momento, causa rejeição, espanto
Fonte: Ergonomia (2010). e pode até mesmo ser motivo de
riso, mas depois não conseguimos
Inovação: uma nova solução ou descoberta para a formulação de um viver sem ela.
problema. Talvez, seja o projeto mais difícil de realizar e para o qual É importante definir a linha de
captar recursos, pois muitas vezes é uma aposta do projeto, de consumo execução do seu projeto e cons-
e de retorno financeiro. truí-lo passo a passo. Vejamos:
Nesse caso, como o produto é novo, devem ser aplicados testes e en-
saios para a certeza do bom funcionamento para o qual o produto foi
Linha de execução do
projetado, dentro de suas características de segurança, design, qualidade
etc. projeto
Há muitas linhas de produtos que trabalham com inovação. É o caso, O aluno deverá analisar a linha de
atualmente, dos aparelhos celulares, que a cada dia aparecem com ino- execução do seu projeto, a partir
vações. As câmeras fotográficas nos celulares, por exemplo, já não são da região onde está, dos interesses
mais novidade. Agora existe o acesso à internet, músicas em fomato no desenvolvimento em algum
mp3 e outras diversas opções que surgem diariamente. Inovação requer produto, uma melhoria na empre-
um investidor que aposte na ideia. Inovação requer clientes capazes de sa onde trabalha ou um projeto
pagar por essa ideia. direcionado pelo professor.
Exemplos:
▪▪ um equipamento para a linha
alimentícia;
▪▪ uma máquina para a área in-
dustrial, fundição, metalúrgica;
▪▪ um produto para o ramo de
autopeças ou eletrodomésticos;
▪▪ desenvolvimento de novas
embalagens, mais seguras, reci-
cláveis;
▪▪ equipamento para manipula-
ção de produtos farmacêuticos,
agroquímica, bebidas;
▪▪ automação de algum equipa-
mento.

Figura 5 - Exemplo de Inovação – Micro-ondas Embutido no Forno


Fonte: Eletrosorte (2010).

PROJETOS MECÂNICOS 15
Brainstorming: Brainstor-
ming é conhecido como
Seção 6 Seção 7
“tempestade de pensamentos”, Identificar e solucionar Processo de solução de
uma enxurrada de ideias, “toró”
de palpites. Ele objetiva criar
um problema problemas
novas ideias a partir da reunião
de indivíduos de diversas áreas, Todo produto ou equipamento é Um problema caracteriza-se por
produzindo ideias das mais di- desenvolvido para solucionar um três componentes:
versas. problema.
▪▪ uma situação inicial indese-
A boia, nos reservatórios de água, jada, ou seja, existência de uma
foi desenvolvida para que o líqui- situação insatisfatória;
do não transborde e o reservató-
rio mantenha-se sempre cheio. ▪▪ uma situação final desejada, ou
seja, alcançar uma situação satis-
Parece simples, não é? As empre- fatória ou o resultado desejado;
sas precisam de “soluções simples
e eficazes”! ▪▪ obstáculos que, num dado mo-
mento, impedem a transforma-
ção da situação inicial indesejada
na situação final desejada (PAHL
et al., 2005, p. 31).

Etapa de elaboração
de ideias – Brainstorming
A partir do problema apresenta-
do, deve-se reunir com pessoas
envolvidas no problema, contar
com as experiências, as habilida-
des de cada um, as especialidades
e estimular ou provocar opiniões
e sugestões.
Deve-se anotar todas as suges-
tões num quadro, numa ata, não
deixando de lado qualquer suges-
Figura 6 - Reservatório de Água e Boia
tão. Nesta fase, aparecerão todos
de Nível
os tipos de soluções. Você deve
separá-las, posteriormente, por li-
Para solucionar o problema de nhas possíveis de soluções.
transbordamento de água de uma
caixa-d’água, uma solução simples
e barata foi desenvolver a boia. Etapa para solução de
Nenhuma solução precisa ser um problema – diagramas
com alto custo ou automatizada; de causa e efeito
às vezes, um simples processo so-
luciona o problema. Este diagrama mostra as causas e
os efeitos que ocorrem em qual-
Devem-se analisar os itens restri- quer processo, as características
tivos, as exigências legais, ou seja, de qualidade e os fatores que o in-
todo projeto está sujeito a algu- fluenciam. Observe atentamente.
mas variáveis e depende de várias
combinações de possibilidades.

16 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Flexibilidade
Ser flexível é aceitar opiniões, é
discutir com todos os níveis, as
melhores soluções. É fazer de um
jeito diferente, que você não con-
corda.

Fracassos e derrotas
Talvez, no seu primeiro projeto
de um produto, você fique frus-
trado. Talvez, você ou outras pes-
soas, não gostem do resultado.
Mas, após o projeto estar pronto,
com certeza, aparecerão muitas
modificações em termos de design,
custos e processos de fabricação
utilizados. Enfim, não se sinta
derrotado se o projeto final não
ficar bom. Num próximo produ-
to, você saberá o que dá certo e o
que dá errado e o produto sairá
bem melhor.

Figura 8 - Exemplo de Aplicação do Diagrama de Causa e Efeito Visão espacial


O projetista deve, obrigatoria-
mente, possuir a característica de
Seção 8 visão espacial. Nada mais é do
Fatores que influenciam na solução de problemas que você imaginar o produto, a
máquina ou o equipamento, na
sua cabeça, em 3 dimensões e em
funcionamento. Se você não pos-
Percepção
sui essa característica, ficará mais
Perceber algo é visualizar o que muitos não enxergam. É ver uma solu- difícil no andamento de qualquer
ção num problema que ainda não existe. Por isso, poucas pessoas tra- projeto.
balham com produtos de inovação. Pois, criam produtos que as pessoas
ainda nem pensaram em usar. É ver além!
DICA
Avaliação (da importância e da urgência) Para aumentar a capacida-
de de visão espacial, você
O projetista deve ter a capacidade de avaliar os problemas, calculando os
deve praticar exercícios de
resultados. Se o projeto for uma modificação, verificar qual é a urgência desenho, sendo que, a par-
ou a importância desta modificação. Há, em muitas empresas, pessoas tir das vistas ortográficas,
que trabalham com desenvolvimento de produto, mas com a economia você deve imaginar a pers-
em alta e a concorrência batendo à porta, quase não temos tempo para pectiva isométrica da peça.
desenvolver, apenas fabricamos aquilo que já conhecemos, de um modo Só a prática faz com que as
diferente ou de acordo com as necessidades do cliente. habilidades aumentem.

Desenvolver necessita de tempo, concentração e investimentos para reali-


zação de experimentos.

PROJETOS MECÂNICOS 17
Seção 9
Requisitos do projeto

Pesquisa Informacional
Quando se projeta um equipamento já conhecido, o projetista tende a
não abrir a mente para formas diferenciadas, pelo condicionamento, por
paradigmas ou por já conhecer algumas variáveis do produto. Quando
se trata de um projeto novo, sem o conhecimento prévio ou experiência
de produção e consumo, deve-se buscar informações básicas sobre pro-
dutos similares, fornecedores e tudo o que puder ser coletado acerca do
produto em questão.
No projeto informacional, buscam-se todas as informações necessárias
sobre o produto, para se familiarizar:
▪▪ fornecedores;
▪▪ local e região que estão instalados os fornecedores;
▪▪ potenciais clientes;
▪▪local e região de maior consumo ou compra do produto desenvolvi-
do;
▪▪ realizar uma pesquisa com os potenciais clientes, com questões
pertinentes ao produto.

Quando o projeto é uma melhoria ou adaptação de um equipamento, esta


etapa deve ser realizada com os operadores e usuários da máquina ou equi-
pamento.

No questionário da pesquisa devem ser coletadas informações pertinen-


tes. Observe.
Para produto de consumo e uso:
▪▪ definir o tipo de consumidor – homem, mulher, criança, idoso,
animal etc.;
▪▪ definir a idade;
▪▪ definir a faixa salarial;
▪▪ nesta etapa, define-se o perfil do cliente.

Utilização do produto:
▪▪ finalidade do uso – passeio, hobby, trabalho, para casa, para o carro,
jardim etc.

Quais as características que o cliente acha importante haver no produto?


Analisar as variáveis: custo, qualidade, economia, transporte, segurança,
ergonomia, produto reciclado, automático, automatizado, leve, vida útil,
peças de reposição, marca, modelo etc.

18 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Pesquisa com os usuá- Requisitos técnicos
Usuário: Cliente final consu-
rios (clientes) Os requisitos técnicos devem ser midor, cliente interno, em-
Nesta etapa, deve-se realizar uma realizados com o técnico de de- presa.
pesquisa com os clientes, de for- senvolvimento do produto, que
ma que seja possível verificar suas conheça o produto, os possíveis
necessidades e expectativas. problemas e que tenha noção de
A criação de gráficos para análise custo, segurança, entre outros.
dos resultados é importante nesta De nada adianta projetar um su-
fase. Podem ser utilizados gráfi- per equipamento ou um produ-
cos de barra, coluna, linhas ou o to com alta durabilidade, se não
gráfico de pareto. houver comprador para ele. Todo
produto está envolvido em custo
x beneficio. Há pessoas que prefe-
Requisitos do antepro- rem pagar um alto preço para ter
jeto um produto exclusivo e pessoas
que procuram o menor custo, in-
Conforme Phal (2005, p. 101), dependente da marca ou vida útil.
geralmente o setor de desenvol- Por isso, é importante a fase de
vimento e projetos recebem suas pesquisa, para saber o que o usuá-
tarefas de outros setores da em- rio precisa e focar nas característi-
presa, da seguinte maneira: cas mais importantes e relevantes
▪▪ o cliente solicitou o desenvol- do projeto.
vimento; Não adianta projetar uma máqui-
▪▪ solicitação da área de vendas na de cortar grama acionada com
ou marketing; fotocélulas solares, se o custo se
tornar inviável ou se a vibração
▪▪ área da qualidade baseada em
danificar a foto célula.
testes ou corpos de prova;
Da mesma forma, o cliente irá
▪▪ pelo próprio setor de projetos. comparar a potência de um mo-
tor com outro produto, o peso de
Em todo desenvolvimento há um com outro. As características
um processo de informação, de- técnicas, geralmente, não são per-
finição dos requisitos, criação dos guntadas em questionários para
conceitos do produto, avaliação os clientes, pois eles não sabem
das necessidades e decisão para o qual a potência correta, ou itens
projeto definitivo. relacionados às normas elétricas
Deve ser elaborada uma lista de ou mecânicas. Mas, com certeza,
requisitos dos clientes, baseado os clientes irão comparar os pro-
em suas necessidades e vontades. dutos, verificando qual tem maior
Esta lista deve conter algumas in- potência, maior durabilidade, mais
formações básicas para a conclu- robustez e peso.
são da análise, como:
▪▪ quem é o usuário;
▪▪ denominar o projeto/produto
em relação ao tipo de execução:
modificação, adaptação, inovação,
criação etc.;
▪▪ quais as necessidades e vonta-
des dos usuários.

PROJETOS MECÂNICOS 19
▪▪ Faixas ou sinalizações de atenção, para alertar do perigo da máqui-
Seção 10 na, ou equipamento em movimento. Em pontes rolantes, dispositivos
Análise dos elementos sonoros, que soam ao serem movimentadas com cargas.
de máquina
Ergonomia
Conforme a ABNT NR17, a ergonomia objetiva diminuir a incidência
Segurança de problemas ou lesões, traumas cumulativos ou fadiga emocional. Cada
equipamento em particular deve ser analisado de forma a não contribuir
A segurança deve ser um item im-
com a incidência de problemas que ameacem a segurança e a saúde da
portante a ser analisado pelo pro- pessoa no trabalho.
jetista, dependendo do tipo de seu
projeto.

Produto voltado ao perfil infantil


– verificar as normas do INmetro
para adequação do produto, para
que não prejudique a saúde física
e moral da criança. Analisar peças
muito pequenas, que podem ser
colocadas na boca, tomadas de
energia, pinturas tóxicas, peças
cortantes, peso, entre outros.
Produtos voltados à indústria em
geral – é comum, nas indústrias,
que a produção tenha metas de
produtividade, porém, é primor-
dial que a máquina ou equipamen-
to, tenha segurança para o opera-
dor e para as pessoas ao seu redor.
São exemplos:
▪▪ Dispositivos eletrônicos,
grades, portas de vidro com
sensores que não permitem o
funcionamento da máquina, caso
estejam abertos. Sensores de
presença para parar a máquina, Figura 9 - Movimentação de Cargas
caso o operador tente colocar a Fonte: Proteção (2010).
mão na peça a ser transformada,
causando acidente. Os equipamentos devem estar projetados, ajustados às capacidades e
▪▪ Botões de emergência para pa- limitações do homem, em condições de trabalho relacionado ao levanta-
rar a máquina, em qualquer caso mento, transporte, carga e descarga de materiais e movimentação. Pro-
de acidente. Estes botões devem jetar assentos ajustáveis, bancadas ou mesas com bordas arredondadas.
estar em locais de fácil localiza- Suporte para os pés ou braços, caso seja necessário, no local de trabalho.
ção do operador, ou próximo
a portas ou janelas que podem
causar acidentes involuntários.

20 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Outro exemplo: um produto que
Ergonomia = Conforto tenha reservatórios de óleo ou
Segurança qualquer outro líquido, deve ter
Produtividade indicações de posição para trans-
porte, para que não vaze, danifi-
cando outras partes da máquina
ou a própria máquina, trabalhan-
do seca ou vazando líquido tóxi-
co.

Figura 10 - Ergonomia/Levantamento, Bancos e Bancadas


Fonte: Ergonomia 2 (2010).

Figura 12 - Movimentação
Fonte: Adaptado de Rtconsultoria
(2010).

Figura 11 - Postura Incorreta


Fonte: Ergonomia 3 (2010).
Armazenamento
O acondicionamento dos produ-
Transporte e movimentação tos requer a verificação de suas
particularidades. Para isso, as em-
O transporte do equipamento deve ser analisado no início do projeto,
balagens são desenvolvidas para
sendo analisado o trajeto ou deslocamento do produto até o cliente,
que o produto permaneça intac-
quando se tratar de equipamentos ou máquinas industriais grandes. Es-
to, em perfeitas condições, até a
tes, se possível, devem ser projetados em partes que possam ser trans-
utilização. A embalagem protege
portadas de maneira adequada e serem montados diretamente no local
de batidas, arranhões e posição
escolhido pelo cliente.
incorreta do equipamento. Pro-
Deve-se analisar o tipo de transporte que será utilizado. dutos para indústrias, como má-
Para produtos comerciais direcionados a consumidores diversos, tam- quinas, devem ser pintados a pó
bém, deve ser analisado o transporte do produto. Por exemplo: o cliente e embalados com estrados de ma-
compra uma máquina de cortar grama e quer transportá-la para a casa de deira, para a proteção de painéis
praia. Ele irá transportar num carro normal de passeio, no porta-malas. elétricos, luzes de segurança, me-
A pergunta é: será possível colocar a máquina de cortar grama no porta- sas etc.
malas?
O projeto deste equipamento deve analisar estas questões, de forma que
o braço da máquina seja articulado, minimizando o volume ocupado
por ela.

PROJETOS MECÂNICOS 21
Figura 13 - Armazenamento de Materiais
Fonte: Adaptado de Armazenagem (2010).

Figura 13 - Armazenamento de Materiais


Fonte: Adaptado de Armazenagem (2010).

22 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Seção 11
Croqui da concepção do projeto
Nesta etapa do projeto, o projetista deve desenhar um croqui (esboço)
do projeto, dando uma noção, aos interessados (gerente que aprova a
fabricação do produto) dos modelos de concepção do projeto, a partir
de uma pesquisa com os clientes/usuários do produto, que deve ser uma
pesquisa técnica das variáveis dos elementos de máquina que influen-
ciam no projeto.
Os grandes designs de automóveis fazem, primeiro, uma concepção do
automóvel para, depois, serem projetados os detalhes técnicos de sua
construção. O croqui é um esboço, um rabisco, dando uma noção do
formato do produto. Veja:

Figura 15 - Croqui da Concepção do Projeto

PROJETOS MECÂNICOS 23
Seção 12
Estrutura do Produto
A estrutura do produto, também chamada de engenharia do produto ou
ficha técnica, mostra de forma clara todas as informações sobre o pro-
duto. Esta ficha técnica é mais utilizada para produtos seriados, sendo
usual, também, em produtos customizados. Para produtos seriados de-
penderá muito de cada empresa, de cada tipo de software, que exija mais
ou menos informações.
Algumas informações básicas, que devem constar numa ficha técnica
são:
▪▪ descrição da peça;
▪▪ código da peça;
▪▪ descrição e dimensão do material utilizado;
▪▪ código do material;
▪▪ unidade de medida;
▪▪ quantidade;
▪▪ peso unitário;
▪▪ peso total;
▪▪ custo unitário;
▪▪ custo total;
▪▪ posição do desenho.

Acompanhe, agora, a tabela de estrutura do produto.

Estrutura do Produto (Ficha técnica)


Produto: ___________________________ Responsável: __________________________

Posição Código Unidade


Código Descrição da Descrição e dimensões Custo Custo
do do de Quantidade
da peça peça do material unitário total
desenho material medida

1 200301 Base 100205 Chapa 300x200x5 mm 1 4,5 4,5

Estrutura
2 200302 101345 Cantoneira 1’’x600 mm 8 5,65 45,2
lateral

3 200303 Eixo motor 105200 Aço redondo Ø2’’x 185 mm 1 6,75 6,75

4 200304 Eixo movido 105200 Aço redondo Ø2’’x 250 mm 1 6,75 6,75

Coluna
5 200305 103230 Perfil tubular Ø 3’’x 2500 mm 4 7 28
principal

Tabela 1 - Exemplo de Estrutura do Produto

24 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Seção 13
Morfologia do projeto
A morfologia do projeto é o estudo da estrutura do produto, para solu-
ções de problemas técnicos. Cada item deve ser analisado e selecionado
conforme critérios pré-determinados de escolha.

Geralmente, os projetistas buscam soluções através de suas experi-


ências e, após uma discussão, chegam a uma solução do problema.
Porém, é perigoso para algumas empresas, depender, unicamente, da
intuição dos projetistas, devendo contar, portanto, com um procedi-
mento que analise todas as variáveis e que o resultado esperado seja
bem sucedido.

Não se quer aqui desestimular a criatividade de cada um, pois estamos


falando em termos técnicos, vida útil do produto, segurança, etc. e não
de gostos particulares de quem está projetando.
O projeto deve possuir variantes de soluções, com critérios de avaliação,
envolvendo a atribuição de valores técnicos, econômicos e de segurança.
A avaliação geral não deve se basear em questões específicas como ergo-
nomia, meio ambiente e custos, mas com os objetivos gerais, de forma
mais abrangente. Deve verificar as características quantitativas e qualita-
tivas do projeto.
O método mais utilizado, hoje, na avaliação de variantes é a diretriz VDI
2225.
Deve-se pontuar cada item em relação a sua utilização, importância e
segurança.
Observe a tabela:

Pontos Significado
0 Insatisfatória
1 Solução ainda sustentável
2 Suficiente
3 Boa
4 Muito boa (ideal)
Tabela 2 - Projeto na Engenharia – Pontuação das Variantes do Projeto
Fonte: Pahl et al (2005).

Encerrramos, aqui, a discussão sobre metodologia para a elaboração de


projetos. Prepare-se agora para conhecer os principais passos para o
desenvolvimento de um produto a partir do método proposto. Vamos
juntos!

PROJETOS MECÂNICOS 25
Unidade de
estudo 2
Seções de estudo

Seção 1 – Passos para o desenvolvimento


Passos Utilizando o
Método Proposto

Seção 1
Passos para o desen-
volvimento
Nesta unidade, mostraremos um
resumo, passo a passo, do método Passo 2
proposto para desenvolvimento
de um produto. Na próxima uni- Defina a linha de execução do projeto
dade, você verá o desenvolvimen-
to de um produto, utilizando os
mesmos passos aqui descritos. Exemplo: modificação / melhoria / adaptação / inovação / criação /
O método é uma base para o outros.
desenvolvimento. O projetista,
frente ao desafio de um novo pro-
duto, deve, sempre que possível, Passo 3
procurar novas técnicas, novas
tecnologias, materiais, fabricação, Requisito 1
entre outros, pois, um final com
sucesso é resultado do bom traba- Pesquisa informacional
lho no desenvolvimento de todas
as áreas afins, que participaram
direta ou indiretamente. Na pesquisa informacional, você deverá obter o maior número de infor-
mações a respeito do produto, concorrentes, fornecedores e produtos
similares.
Passo 1

Identificar o problema
Passo 4

Requisito 2
Como vimos, no decorrer des-
te material, para que possamos Pesquisa com os usuários do produto (clientes)
iniciar um desenvolvimento, é
necessária a identificação de um
problema, em qualquer nível, Uma boa pesquisa irá verificar os desejos e as necessidades dos clientes.
seja dentro da própria indústria É importante verificar, nesta fase, o que o cliente dá mais valor (re-
(um equipamento novo ou uma quisitos explícitos), quando comparado com produtos do concorrente.
melhoria) ou diretamente com o Deve-se verificar se o cliente dá mais valor ao preço, à qualidade, à se-
cliente (um produto final). gurança, à potência, entre outros aspectos. Estes itens relevantes para o
cliente devem ser evidenciados no projeto.

PROJETOS MECÂNICOS 27
Passo 5

Requisito 3

Pesquisa técnica

São as informações técnicas que o cliente, às vezes, não percebe. É im-


portante analisar a morfologia do produto e definir o melhor resultado.

Passo 6

Morfologia dos componentes, cálculos necessários e análise dos


elementos de máquina

Passo 7

Concepção de três projetos conceituais

Após termos uma base de informações de produtos similares, as neces-


sidades dos clientes e os requisitos técnicos, é possível desenvolver um
croqui do projeto, para dar uma ideia principal da concepção do produ-
to. As principais medidas e algumas informações relevantes devem ser
anotadas.

Passo 8

Pré-projeto conceitual

Passo 9

Estrutura do produto / lista de material

Tendo uma base do projeto, é possível desenvolver uma lista do pro-


duto. Um produto bem estruturado demonstra organização e é a base
de informação para a empresa, para produção até as vendas, cadastro
de materiais, componentes, processos, compras, vendas, custos, entre
outros.

28 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Passo 10

Desenvolvimento do projeto em CAD – SolidWorks 3D

Passo 11

Montagem dos componentes em SolidWorks

Passo 12

Análise e modificações do projeto

Passo 13

Detalhamento do projeto. Vistas ortográficas de todos os


componentes fabricados, com detalhes, cotas e vistas conforme
normas de desenho técnico.

Passo 14

Entrega e apresentação do projeto

Analisar o projeto conforme cada item apresentado nesta apostila e co-


mentar a respeito, em relação ao seu projeto desenvolvido. Acrescen-
tar desenhos esquemáticos, catálogos e desenhos detalhados. Verificar
o formato padrão ABNT para entrega de trabalhos, capa, introdução,
índice, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.

Com isso, concluímos a segunda e penúltima unidade de estudos desta


unidade curricular. Veremos, agora, um exemplo prático de desenvolvi-
mento de uma esteira plana inclinada. Continue antenado. Falta pouco
agora.

PROJETOS MECÂNICOS 29
Unidade de
estudo 3
Seções de estudo

Seção 1 – 1º Passo – Identificar o


problema
Seção 2 – 2º Passo – Definir a linha de
execução do projeto: criação
Seção 3 – 3º Passo – Requisito 1: pes-
quisa informacional
Seção 4 – 4º Passo – Requisito 2:
pesquisa com os usuários do produto
(clientes)
Seção 5 – 5º Passo – Requisito 3: pes-
quisa técnica
Seção 6 – 6º Passo – Morfologia dos
componentes e cálculos necessários
Seção 7 – 7º Passo – Concepção de
três projetos conceituais
Seção 8 – 8º Passo – Pré-projeto con-
ceitual
Seção 9 – 9º Passo – Estrutura do pro-
duto/lista de material/ficha técnica
Seção 10 – 10º Passo – Desenvolvi-
mento do projeto em CAD:
SolidWorks 3D
Seção 11 – 11º Passo – Montagem dos
componentes em SolidWorks
Seção 12 – 12º Passo – Análises finais,
modificações do projeto e ajustes
Seção 13 – 13º Passo – Detalhamento
do projeto
Seção 14 – 14º Passo – Entrega e apre-
sentação do projeto
Exemplo prático de desenvolvimento
de uma esteira plana inclinada

Nesta unidade, você acompanha- ▪▪ um dos operadores comentou


rá o desenvolvimento de uma es- que era necessário diminuir o
teira plana inclinada, seguindo os tamanho da embalagem, assim
passos recomendados neste traba- ficaria mais leve e fácil de movi-
lho. Sempre que possível, realiza- mentar;
remos comentários apropriados ▪▪ outro operador comentou que
também para outros produtos que se a caixa fosse menor, teríamos
você possa desenvolver. Lembra- que carregar duas ou três caixas
mos novamente que não devemos ao mesmo tempo, para dar pro-
nos ater aos passos aqui demons- errado certo dução e ficaria tudo no mesmo;
trados, mas ir adiante conforme
as necessidades. Vamos em frente! ▪▪ o gerente da expedição
Figura 16 - Levantamento de Cargas
comentou que a empresa devia
Fonte: Ergonomia aplicada (2010).
contratar mais dois ajudantes, um
Seção 1 ficaria em cima do caminhão e o
outro embaixo;
1º Passo – Identificar o ▪▪ o chefe da manutenção co-
Foi realizado um brainstorming
problema com as seguintes pessoas: mentou que seria possível fazer
uma mono via acionada por mo-
Foi identificado na empresa de ▪▪ gerente de expedição; tor, puxada por corrente, onde
distribuição de produtos alimen- ▪▪ operadores carregadores; poderia puxar um pallet inteiro
tícios, Transjato, que os produtos para dentro do caminhão;
▪▪ chefe da segurança do traba-
carregados no baú do caminhão
lho; ▪▪ o representante da CIPA, fa-
são colocados com dois ou três
▪▪ representante da CIPA; lou que podíamos baixar o nível
operadores, manualmente. O pro-
onde o caminhão encosta na por-
cesso é de levantamento de caixas ▪▪ chefe da manutenção; ta da expedição e o carregamento
do chão até a altura acima da ca- ▪▪ chefe da produção; ficaria no mesmo nível;
beça, sendo que o outro operador
coleta esta caixa e a posiciona ▪▪ gerente da qualidade; ▪▪ o chefe da produção disse que
dentro do baú do caminhão. ▪▪ coordenador de projetos. podíamos desenvolver uma estei-
ra inclinada, que levaria as caixas
O setor de segurança do trabalho,
para dentro do baú do caminhão;
analisando a situação ergonomi- No brainstorming foram levantados
camente incorreta, solicitou ao se- os seguintes assuntos: ▪▪ o operador aproveitou a ideia
tor de projetos uma solução para e complementou dizendo: só se
▪▪ o gerente da qualidade comen- ela tiver rodas pra movimentar de
o problema.
tou que, ao levantar a caixa até a um lado para outro;
altura da cabeça, ela virava e batia
os alimentos uns com os outros, ▪▪ o projetista falou que seria
chegando danificadas ao consu- possível o desenvolvimento e o
midor e, alguns deles, até impró- custo não era alto.
prios para o consumo;

PROJETOS MECÂNICOS 31
Figura 18 - Esteira Inclinada
Fonte: Adaptado de Original (2010).

Figura 17 - Abastecimento por Esteira


Fonte: Adaptado de Discometal (2010).

Surgiram muitas outras ideias, que foram anotadas pelo coordenador de


projetos. Porém, todos acabaram concordando com a ideia de construir
uma esteira inclinada para o carregamento dos caminhões. Figura 19 - Esteira Horizontal
O coordenador do projeto comentou que iria passar para um projetista Fonte: Tecroll (2010).
desenvolver o produto.
Objetivo geral do projeto: abastecer o caminhão para a distribuição.
Objetivo específico: desenvolver uma esteira inclinada, móvel, para car-
regamento do caminhão.

Seção 2
2º Passo – Definir a linha de execução do projeto:
criação
Figura 20 - Esteira dois Roletes
A linha de criação significa desenvolver um produto para atender às ne- Fonte: Tecroll (2010).
cessidades, porém não é uma cópia, nem uma inovação, pois esteiras já
existem nos diversos modelos.
Caso você tenha dúvida, volte à seção 5 e verifique onde seu projeto se
enquadra.

Seção 3
3º Passo – Requisito 1: pesquisa informacional
O projetista responsável por esse projeto realizou uma pesquisa infor-
macional, ou seja, procurou, nos diversos fornecedores e concorrentes,
os modelos existentes, para ter uma ideia do projeto.
Figura 21 - Esteira Horizontal com Rodas
Foram encontrados os seguintes produtos no mercado: Fonte: Adaptado de Quebarato (2010).

32 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Figura 28 - Esteira para Pedras
Figura 25 - Esteira Inclinada em Chapa
Fonte: Adaptado de Solostocks (2010).
Fonte: Adaptado de Rukava (2010).

Figura 22 - Esteira Inclinada


Fonte: Adaptado de Agrolink (2010).

Figura 29 - Esteira com Proteção


Fonte: Man (2010).
Figura 26 - Esteira Curva
Fonte: Adaptado de Rukava (2010).

Figura 23 - Esteira para Mineradoras


Fonte: Adaptado de Carlosbecker (2010).

Figura 27 - Esteira Roletes Duplos


Fonte: Quebarato (2010).

Figura 24 - Esteira de Roletes


Fonte: Adaptado de Idemafri (2010).

PROJETOS MECÂNICOS 33
6. Você é cobrado por produção?
Seção 4
4º Passo – Requisito R: Sim, temos que carregar cada caminhão em, no máximo, uma hora.

2: pesquisa com os 7. O que você acha de uma esteira com rodas giratórias?
usuários do produto R: Seria ótimo, pois podemos posicionar a esteira no centro e nos cantos
(clientes) do baú, com alguns movimentos, o que tornaria a distância de movimen-
tação menor.
O projetista realizou um questio-
nário para verificar as necessida-
8. O que você acha mais importante neste processo? Enumere de 1 até
des dos usuários e os profissionais
6, pelo grau de importância, sendo 1 o mais importante e 6 o menos
diretamente ligados ao processo.
importante na visão do cliente:
Lista de requisitos ( ) segurança
Projeto: esteira inclinada para ex- ( ) design
pedição ( ) qualidade
Usuários: carregadores setor ex- ( ) custo
pedição ( ) conforto
( ) funcionalidade
1. Qual tipo de produto geral-
mente é carregado?
Seção 5
R: caixas de papelão fechadas.
5º Passo – Requisito 3: pesquisa técnica

2. Qual o peso dessas caixas? ▪▪ Definir a velocidade da esteira e se poderá se mover nos dois senti-
dos;
R: em torno de 20kg.
▪▪ A parte inclinada da esteira será com rodas maiores e a parte de
baixo com rodas menores;
3. Existem caixas diferentes ta- ▪▪ Verificar a possibilidade de regulagem da altura da inclinação, pois
manhos ou é um único padrão? poderá variar conforme a altura do caminhão;
R: Existem 3 tipos de caixas: de ▪▪ Analisar a distância de movimentação, para ligação da máquina atra-
20 kg, 15 kg e 10 kg. vés de uma extensão;
▪▪ Verificar que a lona da esteira deverá possuir taliscas para a caixa não
deslizar quando inclinada;
4. O processo de carregamento é
feito manualmente? ▪▪ Definir a distância linear;

R: Sim.
▪▪ Definir a altura mínima e máxima;
▪▪ Definir a altura da parte de baixo da esteira;
▪▪ Definir a estrutura principal da esteira;
5. Gostaria que tivesse uma estei-
ra para realizar a movimenta- ▪▪ Verificar os elementos de máquina;
ção das caixas para o baú? ▪▪ Colocar um sensor para que a caixa não caia na posição final inclina-
da, caso o operador ainda esteja ajeitando uma caixa dentro do baú;
R: Sim, participamos da reunião e
concordamos que a esteira é uma ▪▪ Colocar suportes laterais para a caixa não cair para o lado de fora da
ótima solução. esteira;
▪▪ O piso da expedição é irregular? É cimento, piso ou lajota?

34 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Seção 6
6º Passo – Morfologia dos componentes e cálculos
necessários
Descrição dos elementos da matriz morfológica

1. Estrutura principal da esteira

a. manuseio e movimentação

b. processo de fabricação – menor possível

c. suporte de carga

Variantes A B C D E F

Estrutura
principal da
Esteira
Tubo Retangular Perfil I Cantoneira Perfil U Chapa dobrada Tubo circular

2’’x1/8
Dimensões 50,8x25,4x3 8’’ 8’’ 120x6000x3,175 2’’x3mm
abas iguais

Quantidade 24m 12m 24m 12m 2 pçs 24m

Segurança 4 3 3 3 3 4

Vida útil 4 4 4 4 3 4
Critérios técnicos

Fácil
3 3 2 3 3 3
montagem

Produção 4 3 3 4 2 4

Manuseio 4 2 3 3 3 4

Total 19 15 15 17 14 19

Tabela 3 - Estrutura do Produto

PROJETOS MECÂNICOS 35
2. Modelos dos rolos e Lona

a. lona com talisca / sem talisca

b. roletes horizontais

c. conjunto de dois roletes

d. conjunto de três roletes

e. roletes de retorno

Variantes A B C D

Roletes de carga
Rolete simples Rolete duplo Rolete simples com roletes
Rolete triplo de retorno

Dimensões 400mm 180mm 250mm 400mm

Quantidade 1 x 500mm 2 x 500 3 x 500


Segurança 4 3 2 4
Critérios técnicos

Movimentação 4 3 2 3
Fácil montagem 4 3 2 3
Produção 4 3 4 3
Manuseio 3 3 2 3
Total 19 15 12 16
Tabela 4 - Modelos de Rolos

3. Acionamentos da esteira

a. Motor e redutor acoplado

b. Motor e redutor acionado por


correias

c. Motor e redutor acionado por


corrente

36 CURSOS TÉCNICOS SENAI


4. Movimentações de cargas
Caixas contendo os seguintes pesos:

a. Até 50 kg

b. Até 100 kg

c. No máx. 75 kg

d. 5 caixas de 20 kg na esteira

Figura 30 - Carga Máxima da Esteira.

5. Rodízios para movimentação da esteira

Variantes A B C D

Rodízios

Dimensões

Quantidade
Tabela 5 - Rodízios
Fonte: Casa dos Rodízios (2010).

PROJETOS MECÂNICOS 37
Seção 7
7º Passo – Concepção de três projetos conceituais

Figura 31 - Concepção 01

Figura 32 - Concepção 02
Fonte: Adaptado de Rukava (2010).

Figura 33 - Concepção 03
Fonte: Adaptado de Original (2010).

38 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Seção 8
8º Passo – Pré-projeto conceitual

Figura 34 - Esboço do Projeto Conceitual

Seção 9
9º Passo – Estrutura do produto/lista de material/
ficha técnica
Estrutura do produto (ficha técnica)
Produto: Esteira inclinada móvel Responsável: Projetos

Posição Cópia Código Descrição e Unidade


Descrição da Custo Custo
do da do dimensões de Quantidade
peça unitário total
desenho peça material do material medida

1 200310 Estrutura tubular 101203 Tubo 2’’ x 3 m 24 5,45 131

2 200311 Mancal 103420 -x- pç 2 48 96

3 200312 Rolamento 101200 -x- pç 4 21 84

4 200313 Mancal esticador 103425 -x- pç 2 56 112

5 200314 Lona esteira lisa 101230 -x- m 11 149 1,639

6 200315 Rodízio frontal 101310 Borracha pç 2 45 90

7 200316 Rodízio traseiro 101311 Borracha pç 2 23 46

8 200317 Motor 0,5 CV 103435 -x- pç 1 350 350


Tubo reforço
9 200318 101203 Tubo 2’’ x 3 mm 5 5,45 27
lateral
Tabela 6 - Estrutura do Produto/Ficha Técnica

PROJETOS MECÂNICOS 39
Seção 10
10º Passo – Desenvolvi-
mento do projeto em
CAD: SolidWorks 3D
O projetista deve realizar um cro-
qui, com as dimensões principais
detalhadas, dimensões de chapas,
Figura 37 - Esteira Vista Lateral
tubos, furações, definição dos
elementos de máquina. As peças
a serem compradas, como rola-
mentos, mancais, parafusos, por-
cas, lonas, rodízios, devem ser en-
caminhados ao setor de compras,
para orçamento.
Desenhar cada componente em
formato padrão A4 ou A3.

Seção 11
11º Passo – Montagem
dos componentes em
SolidWorks

Figura 38 - Vista em Perspectiva

Figura 35 - Detalhe do Mancal

Figura 36 - Detalhe da Estrutura

Figura 39 - Simulação da Esteira na Fábrica

40 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Seção 12
12º Passo – Análises finais, modificações do projeto
e ajustes
Após a conclusão do projeto, deve-se fazer uma revisão de todos os
componentes, dimensões, tolerâncias e ajustes dimensionais e geométri-
cos, materiais e processo de fabricação. Nesta fase, ainda, podemos rea-
lizar alguma modificação básica, não mexendo na concepção do projeto,
mas, no dimensionamento de parafusos, rebites, anéis elásticos, distân-
cias e ajustes lineares.

Seção 13
13º Passo – Detalhamento do projeto
Vistas ortográficas de todos os componentes fabricados, detalhadamen-
te, cotas e vistas, conforme normas de desenho técnico:

Figura 40 - Detalhamento do Rolo

Figura 41 - Detalhamento do Mancal Esticador

PROJETOS MECÂNICOS 41
Figura 42 - Detalhamento do Suporte do Rolete

Figura 43 - Chapa Inferior da Esteira

Figura 44 - Montagem da Esteira

42 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Seção 14
14º Passo – Entrega e apresentação do projeto
Abaixo, está uma sugestão da sequência de apresentação do projeto.
Acompanhe!

Figura 45 - Sequência de Apresentação do Projeto

Com o passo “Entrega e apresentação do projeto” concluímos, aqui, a


última seção de estudos desta unidade curricular. Revise os principais
conceitos trabalhados nesta unidade para aprimorar suas competências
nesta atividade. Uma dica importante é acompanhar o “Finalizando”,
evidenciado a seguir. Esteja antenado!

PROJETOS MECÂNICOS 43
Finalizando
Você viu, neste trabalho, alguns passos principais para a elaboração de um projeto. Pôde ver tam-
bém que, independente da área de atuação, alguns itens são similares e podemos subdividi-los em
três grandes grupos: pesquisa informacional, projeto conceitual e pré-projeto. Em cada um deles
há uma gama de informações que são necessárias, importantes e que, se trabalhadas seriamente,
podem dar retorno significativo ao produto final desenvolvido.
Espero que tenha êxito no seu projeto.

Siga firme e bom trabalho!

PROJETOS MECÂNICOS 48
Referências
▪▪ AGROLINK. Esteira inclinada. Disponível em: <http://www.agrolink.com.br/upload/ag-
romaquinas/3194_1.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ ARKU. Exemplo de máquina. Disponível em: <http://www.arku.de/typo3temp/pics/


p_9807c9e11c.jpg>. Acesso em: 16 de abr. 2010.

▪▪ ARMAZENAGEM. Armazenamento de materiais. Disponível em: <http://1.


bp.blogspot.com/_RbGmKUYOYtQ/SwSFTKMihZI/AAAAAAAAAoE/OGrs-
fqn7jeA/s1600/armazenagem.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ CARLOSBECKER. Esteira para mineradores. Disponível em: <http://www.carlosbeck-


er.com.br/transportadores_correia.html>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ CASA DOS RODÍZIOS. Rodízios. Disponível em: <http://www.casadosrodizios.com.


br/prod_rodizios.asp?gclid=CLTOndnyiKECFcIe7godTy3RNA>. Acesso em: 15 abr.
2010.

▪▪ CASILLAS, A. L. Máquinas: formulário técnico. 3. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1981. 634 p.

▪▪ DISCOMETAL. Abastecimento por esteira. Disponível em: <http://www.discometal.


com.br/imagens_produtos/esteira_movel.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ ECOBLOC. Usina de blocos de concreto (vários equipamentos e máquinas). Disponível


em: <http://images2.justlanded.com/classifieds/Portugal/Compra-Venda_Outros/Maqui-
nas-de-Blocos-142217-1so.jpg>. Acesso em: 13 maio 2010,

▪▪ ELETROSORTE. Exemplo de inovação – microondas embutido no forno. Disponível em:


<www.eletrosortecomprasorteada.com.br/Eletrodo..>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ ERGONOMIA. Ergonomia. Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_jr-RpsnS-


s1M/SxACj5UnPlI/AAAAAAAAAFU/pBdvgz6xMCo/s1600/ERGONOMIA...
JPG>.Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ ERGONOMIA 2. Ergonomia / levantamento, bancos e bancadas. Disponível em: <http://


www.protecao.com.br/novo/imgbanco/imagens/Re-Ed.%20201-205/202_ARTI-
GO_Ergonomia.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ ERGONOMIA 3. Postura incorreta. Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_


Cw_jOaLgiZA/S1azw2ElsbI/AAAAAAAACoM/2AFu6XSPF04/s400/ergonomia-
011%5B1%5D.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2010.

PROJETOS MECÂNICOS 50
▪▪ ERGONOMIA APLICADA. Levantamento de cargas. Disponível em: <http://images.
google.com.br/imgres?imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_cpTeUtGSplI/RtP8AI-
lyd-I/AAAAAAAAABU/OCM86kcnew8/s320/lev%2Bpeso.jpg&imgrefurl=http://
ergonomiaaplicada.blogspot.com/2007/08/dicas-para-levantamento-manual-de-car-
ga.html&usg=__bLlSq4uzbDPsNYqEjrRSHfzDZkQ=&h=247&w=320&sz=11&h
l=pt-BR&start=5&um=1&itbs=1&tbnid=IJ3Kf993mSqtvM:&tbnh=91&tbnw=118
&prev=/images%3Fq%3Dergonomia%2Blevantamento%2Bpeso%26um%3D1%26
hl%3Dpt-BR%26tbs%3Disch:1>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ FITPLAY. Equipamento de ginástica. Disponível em: <http://www.fitplay.com.br/ecom-


erce/images/WESY3906_G2.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ INDEMAFRI. Esteira de roletes. Disponível em: <http://www.indemafri.com.br/com-


merce/images/esteira%20de%20roletes.jpg> Acesso em: 13 mai. 2010.

▪▪ LOGISMARKT. Armazenamento de produtos. Disponível em: <http://www.logis-


market.ind.br/ip/psion-teklogix-solucoes-de-armazenagem-e-distribuicao-um-arma-
zem-sem-fios-oferece-a-flexibilidade-de-efetuar-diferentes-tipos-de-gestoes-de-dados-
-365347-FGR.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ MAN. Esteira proteção lateral. Disponível em: <http://www.man.com.br/transportado-


res_correia/transportadores_correia.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ ORIGINAL. Esteira inclinada. Disponível em: http://70.84.187.5/documents/admin/


uploads/classifieds/img-45-53986-original.jpg. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ PAHL, G. (Org.). Projeto na Engenharia: fundamentos do desenvolvimento eficaz de produ-


tos, métodos e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher, 2005. xvi, 412 p.

▪▪ PROTEÇÃO. Movimentação de cargas. Disponível em: <http://www.protecao.com.


br/novo/imgbanco/imagens/Re-Ed.%20201-205/202_ARTIGO_Ergonomia.jpg>.
Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ PROVENZA, Francesco. Desenhista de máquinas. São Paulo: F. Provenza, 1976. [384] p.

▪▪ PROVENZA, Francesco. Desenhista de máquinas. São Paulo: Escola Pro-Tec, 1960.

▪▪ QUEBARATO. Esteira horizontal com rodas. Disponível em: <http://images.quebarato.


com.br/photos/big/8/B/194C8B_4.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ QUEBARATO. Esteira inclinada em chapa. Disponível em: <http://images.quebarato.


com.br/photos/big/0/C/63840C_1.jpg>. Acesso em: 13 mai. 2010.

▪▪ RTCONSULTORIA. Movimentação. Disponível em: <http://rtcconsultoria.com.br/


wp-content/uploads/2010/01/estoque02.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ RUKAVA. Esteira inclinada em chapa. Disponível em: <http://www.rukava.com.br/


produtos.htm>. Acesso em: 15 abr. 2010.

51 CURSOS TÉCNICOS SENAI


▪▪ RUKAVA. Esteira inclinada em chapa. Disponível em: <http://www.rukava.com.br>.
Acesso em: 13 mai. 2010.

▪▪ SOLOSTOCKS. Esteira carregamento de pedras. Disponível em: <http://www.so-


lostocks.com.br/img/esteira-industrial-em-v-para-transporte-de-produtos-a-granel-
16536n0.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ TEKROLL. Esteira com dois roletes. Disponível em: <http://www.tekroll.com.br/images/


correia_concava/transportador_correia_concava3.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2010.

▪▪ TEKROLL. Esteira horizontal. Disponível em: <http://www.tekroll.com.br/images/cor-


reia_concava/transportador_correia_concava2.jpg>. Acesso em: 15 abr. 2010.

PROJETOS MECÂNICOS 52

Você também pode gostar