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RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA

Artigo: As apostas no varejo sustentável


Thomas Bergman
10 de setembro de 2019
Tempo de leitura: 3 minutos
https://mercadoeconsumo.com.br/2019/09/10/as-apostas-no-varejo-sustentavel/

Sustentabilidade virou a palavra da moda. Dos canudos plásticos proibidos


até as ilhas de plástico no oceano, vemos no Brasil todo um processo de
conscientização sobre o meio ambiente. No exterior, medidas decisivas em relação
a esse assunto vêm sendo tomadas pelos governos. O Canadá, por exemplo, vai
proibir os plásticos de um só uso até 2021.

Os consumidores começaram a entender que, se não adotarem um mundo


mais sustentável, não vamos deixar nada para as próximas gerações. De acordo
com uma pesquisa da Nielsen, pelo menos 68% (chegando até a 94% na América
Latina) dos entrevistados no mundo todo entendem que as empresas devem
implementar programas que melhorem o meio ambiente.
Temos três pilares dentro da sustentabilidade: ambiental, social e econômica:

A sustentabilidade ambiental é a de água, energia, resíduos e emissões


carbônicas. A água e energia têm um valor econômico muito importante, pois ao
economizar, além de salvar o planeta, pode se reduzir o custo de sua própria
operação. Resíduos e emissões carbônicas podem ser reduzidos pela troca de
produtos ou reciclagem dos seus resíduos.

A sustentabilidade social é a educação de seus colaboradores e o respeito


aos seres humanos. Também se destaca a escolha cuidadosa de fornecedores,
evitando trabalhar com parceiros que tenham práticas negativas. Exemplo da Nike,
que usava parceiros com alegações de trabalho escravo no China.

A sustentabilidade econômica advém do fato de que ao procurar defender o


meio ambiente e a sociedade, a empresa tem que ser viável. Não adianta um
modelo econômico que não gere lucro. O negócio tem uma razão de existir e, ao
mesmo tempo, segue os outros dois pilares. Dentro da sustentabilidade econômica
também existe a parte de “compliance” que exige governança corporativa.

Dentro da sustentabilidade ambiental podemos destacar diversos casos,


como as sacolas de folhas de bananeiras para embalar frutas e legumes, que
começaram a ser usadas na Tailândia e agora no Empório Santa Luzia, em São
Paulo.

Outros varejistas como GPA, Carrefour e Wallmart oferecem sacolas


reutilizáveis ecológicas. O Carrefour foi além e lançou na Espanha embalagens de
algodão para frutas e legumes, que podem ser lavadas e reutilizadas. A expectativa
é reduzir em 80% o consumo de sacolas plásticas. Na Inglaterra, a rede de
supermercados Lidl também criou “ecobags” que podem ser reutilizadas, reduzindo
o consumo de plástico em sua rede.
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Para minimizar o impacto ambiental, esses mesmos varejistas oferecem um


espaço para coleta de materiais que serão reciclados, minimizando o impacto no
meio ambiente.

Outro case de sustentabilidade ambiental que pode ser destacado é o posto


eco eficiente da rede Ipiranga. O posto tem gestão de energia e água com fluxos
controlados e desligamento automático. Algumas unidades contam inclusive com
placas solares para gerar sua própria energia, além de reutilização da água da
chuva. A rede também desenha suas lojas com muito vidro para maximizar a luz
solar. O Ipiranga consegue com tudo isso reduzir seu custo de energia e água, tendo
uma visão de empresa sustentável, atraindo cada vez mais consumidores para seus
postos. Essa gestão de materiais, resíduos faz com que o negócio reduza a
quantidade de poluição e materiais tóxicos que lança dentro do planeta Terra.

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