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Versão Final
Junho de 2012
1
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO
MOSAICO DA AMAZÔNIA MERIDIONAL
Coordenação Geral
Márcia Lederman, Jasylene Pena e Marcos Pinheiro
Orientação
Stanley Arguedas Mora
Sistema de Informação Geográfica
Gustavo Irgang
Edição do Documento
Marcos Pinheiro, Márcia Lederman, Stanley Arguedas Mora,
Gustavo Irgang e Jasylene Pena
Grupo do Planejamento Estratégico
Órgãos Gestores:
ICMBio: Ana Rafaela D'Amico, Allan Crema e Carolina C. da Fonseca.
CEUC AM: Domingos Macedo, Henrique Carlos, Rômulo Batista,
Cesar Haag, Wilde Itaborahy, Sinomar Ferreira da Fonseca Junior,
Guillermo Estupinán e Gilwemeson M. de Lima.
SEMA-MT: Eliani Fachim, Alexandre Batistella,
Fátima Sonoda e André Luis T. Baby.
SEDAM-RO: Juciley Candido Gomes.
2
Agradecimentos
3
Lista de siglas
ABIM Agencia Brasileira de inteligência
ADS AM Agencia de Desenvolvimento Sustentável
AM Amazonas
AP Área Protegida
APP Área de Proteção Permanente
ARPA Programa Áreas Protegida da Amazônia
BR Brasil
CDB Convenção da Diversidade Biológica
CEUC-AM Centro Estadual de Unidades de Conservação do Amazonas
CI Conservação Internacional
CO2 Gás Carbônico
CONABIO Comissão Nacional de Biodiversidade
CPT Comissão Pastoral da Terra
CUC MT Centro de Unidades de Conservação do Mato Grosso
DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral
EE Estação Ecológica
EE/ESEC Estação Ecológica
ELAP/UCI Escola Latinoamericana de Áreas Protegidas
FAS Fundação Amazonas Sustentável
FCBC Fundación para la Conservación del Bosque Chiquitano
FE Floresta Estadual
FEPI Fundação Estadual dos Povos Indígenas
FLOE Floresta Estadual
FLONA Floresta Nacional
FUNAI Fundação nacional do Índio
GEE Gases de Efeito Estufa
GO Goiás
GTA Grupo de Trabalho Amazônico
IBAMA Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Natureza
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
ICV Instituto Centro de Vida
IDAM Instituto de Desenvolvimento do Amazonas
IDESAM Instituto de Desenvolvimento do Amazonas
IFT Instituto Floresta Tropical
IIEB Instituto de Educação do Brasil
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INDECO Integração Desenvolvimento e Colonização S/A IBGE
INPA Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia
IPA Instituto Pacto Amazônico
IPAAM Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas
IPCC Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
ISA Instituto Socioambiental
MAM Mosaico da Amazônia Meridional
MMA Ministério do Meio Ambiente
MT Mato Grosso
4
NUAR Núcleo Urbano de Apoio Rural
OPP Oficina de Planejamento Participativo
PA Pará
PA Projeto de Assentamento
PAD Project Appraisal Document
PAE Projeto de Assentamento Extrativista
PE Parque Estadual
PEM Plano Estratégico do Mosaico
PF Policia Federal
PM Plano de Manejo
PN Parque Nacional
PNGATI Politica Nacional de Gestão Ambiental de Terras Indígenas
PPCDAM Plana Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia
PPG7 Programa de Proteção das Florestas Tropicais
PRODES Programa de Monitoramento do Desmatamento
PRONABIO Programa Nacional de Diversidade Biológica
RDS Reserva de Desenvolvimento Sustentável
REBIO Reserva Biológica
RESEX Reserva Extrativista
SA Serviços Ambientais
SDS-AM Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas
SEDAM-RO Secretaria de Meio Ambiente de Rondônia
SEMA-MT Secretaria de Estado de Meio Ambiente
SFB Serviço Florestal Brasileiro
SIG Sistema de Informação Geográfica
SIPAM Sistema de Proteção da Amazônia
Sisnama Sistema Nacional de Meio Ambiente
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
TAC Termo de Ajustamento de Conduta
TI Terra Indígena
UC Unidade de Conservação
UEA Universidade Estadual do Amazonas
UFAM Universidade Federal do Amazonas
UFMT Universidade Federal do Mato Grosso
UNP Unidade Natural de Paisagem
UPN Unidades de Paisagem Natural
ZEE Zoneamento Ecológico Econômico
5
Sumário
1. Introdução ......................................................................................................................... 11
2. Antecedentes ................................................................................................................... 13
3. Caracterização do Mosaico da Amazônia Meridional................................................ 24
3.1. Áreas Protegidas do Mosaico da Amazônia Meridional ............................................ 24
3.2. Aspectos ecológicos do Mosaico da Amazônia Meridional ...................................... 27
3.3. Aspectos sociais do Mosaico da Amazônia Meridional ............................................. 44
3.4. Aspectos institucionais do Mosaico da Amazônia Meridional .................................. 55
4. Diagnóstico ....................................................................................................................... 57
4.1. Áreas críticas para a manutenção dos processos ecológicos ................................. 57
4.2. Áreas críticas para a manutenção dos serviços ecossistêmicos ............................. 57
4.3. Cenários futuros regionais ............................................................................................. 60
4.4. Conflitos socioambientais............................................................................................... 65
5. Alcance do Plano Estratégico do Mosaico da Amazônia Meridional ...................... 71
5.1. Objetivos, linhas estratégicas e metas de conservação do Mosaico da
Amazônia Meridional ...................................................................................................... 71
5.2. Temas estratégicos do Mosaico da Amazônia Meridional........................................ 73
5.2.1. Condições de conservação desejada para o território do Mosaico da Amazônia
Meridional ........................................................................................................................ 73
5.2.2. Áreas sobrepostas do Mosaico da Amazônia Meridional ......................................... 75
5.2.3. Integração do zoneamento das unidades de conservação ...................................... 76
5.2.4. Proposta de corredores ecológicos e de novas unidades de conservação ........... 77
5.2.5. Proposta de uso do solo para espaços sem cobertura natural no Mosaico da
Amazônia Meridional ...................................................................................................... 78
6. Sistema de Governança ................................................................................................. 79
6.1. Modelo de Governança para o Mosaico da Amazônia Meridional .......................... 79
6.1.1 Conselho Consultivo ......................................................................................................... 79
6.2. Linhas estratégicas, plano de ação e projetos............................................................ 80
6.2.1. Prioridades de intervenção do Mosaico da Amazônia Meridional ........................... 92
7. Mecanismo de apoio para a implementação do Plano Estratégico do Mosaico
da Amazônia Meridional ................................................................................................ 93
7.1. Mecanismo de monitoramento ...................................................................................... 93
7.2. Mecanismo de divulgação e comunicação .................................................................. 95
7.3. Mecanismo para a incorporação do Plano Estratégico no planejamento das
unidades de conservação ............................................................................................. 96
7.4. Estratégia financeira para sua implementação........................................................... 97
8. Bibliografia citada .......................................................................................................... 100
9. Anexos ............................................................................................................................ 103
6
Índice de Tabelas
7
Índice de Figuras
8
aves, mamíferos e primatas da região Neotropical. Fonte: NatureServer
(www.natureserve.org). ............................................................................... 39
Figura 16. As algas Podostemaceaes na Cachoeira Salto Augusto
(Autor: Zig Kock). ........................................................................................ 41
Figura 17. Mapa dos Municípios da região do Mosaico da Amazônia
Meridional. Fonte: Irgang, 2011. .................................................................. 47
Figura 18, Mapa das Terras Indígenas e ocorrência de índios isolados na
região do Mosaico da Amazônia Meridional. Fonte: Irgang, 2011. .............. 48
Figura 19. Resultado da dinâmica de mapeamento dos atores sociais
envolvidos na implementação do Mosaico da Amazônia Meridional. No
diagrama de Venn, as entidades mais envolvidas com o trabalho do mosaico,
estão localizadas mais próximas do centro, onde tem a palavra mosaica,
quanto mais próximo maior valor a entidade ganha pontos (variando de 1 a 4).
Além disso, a importância da entidade também ganha pontos, quanto mais
importante, mais ponto ganha, variando de 2 a 1. Por fim, na tabela abaixo
dividimos as entidades em dois níveis, no primeiro que ganharam mais pontos
(até 4 pontos) e as demais organizadas no segundo nível. Foto: Márcia
Lederman. ................................................................................................... 49
Figura 20. Propostas de áreas de alto valor de uso sustentável.
Fonte: Irgang, 2011. .................................................................................... 51
Figura 21. Mapa que apresenta estado de conservação na natureza e
manutenção dos processos ecológicos (quanto mais branco maior é a
integridade da paisagem natural como um todo, o que apresenta forte
correlação negativa com as áreas com maior pressão antrópica que
quanto mais intensa, mais escuro aparece no mapa).
Fonte: Irgang, 2011 & Irgang 2004. ............................................................. 58
Figura 22. Estoque de carbono florestal na Amazônia Brasileira,
Fonte: Série Técnica No. 10 do Ministério do Meio Ambiente, 2009. .......... 59
Figura 23. Mapa das áreas de preservação permanente da região do
mosaico evidenciando a ocorrência esparsa de áreas importantes para
manutenção das funções ecossistêmicas Fonte: Irgang, 2011. .................. 59
Figura 24. Modelagem do projeto “Os Cenários para a Amazônia”,
que simulou a dinâmica de uso e cobertura do solo, seus impactos nos
ecossistemas amazônicos previsto em 2050, em destaque a região
do Mosaico da Amazônia Meridional. Fonte: Soares Filho, 2006. ............... 61
Figura 25. Na linha de estudo, com enfoque na “savanização da Amazônia”, o
modelo gerou duas analise, um cenário mais otimista (B2) e um pessimista
(A2). Eles projetam ao final do século XXI, respectivamente, concentrações
atmosféricas de GEE de 600 e 1250 ppmv (partes por milhão em volume),
equivalentes em concentrações de gás carbônico Fonte: IPPC, 2007. ...... 63
Figura 26. (a) mapa de referência de vegetação natural; (b) potencial de
vegetação simulada pelo modelo de mudança 1961-1990; (c) vegetação
prevista com a mudança climática e fertilização de CO2; (d) previu vegetação
com a mudança climática e sem fertilização de CO2 (pontos de grade branca
9
denotam nonconsensus); e (e) mudança modelo 1961-1990 do clima e CO2
atmosférico a 730 ppm. Fonte: Lapola et al., 2009). ................................... 64
Figura 27. Mapa dos avanços da fronteira agrícola (em vermelho)
na região do Mosaico da Amazônia Meridional Fonte: Irgang, 2011. .......... 67
Figura 28. Mapa dos projetos de infraestrutura e manejo florestal, com
destaque na região do Mosaico da Amazônia Meridional
Fonte: Irgang, 2011. .................................................................................... 68
Figura 29. Mapa do cenário desejável para a região do
Mosaico da Amazônia Meridional Fonte: Irgang, 2011. .............................. 74
Figura 30. Mapa das sobreposições nas unidades de
conservação do Mosaico da Amazônia Meridional Fonte: Irgang, 2011. .... 75
Figura 31. Mapa da integração dos zoneamentos das unidades de
conservação do Mosaico da Amazônia Meridional. .................................... 76
Figura 32. Mapa das propostas de corredores ecológicos
e novas áreas protegidas. ........................................................................... 77
Figura 33. Mapa da região mais degradada do mosaico, com grande
fragmentação florestal no município de Machadinho D’Oeste.
Fonte: Plano de Manejo do Parque Nacional do Jaru, 2010. ...................... 78
10
1. Introdução
Atualmente, no Brasil, ocorre um processo de mobilização e colaboração de
diversas instituições governamentais e não governamentais para aperfeiçoar e
consolidar a base conceitual e as estratégias de implementação de mosaicos
de áreas protegidas e para discutir as questões sobre sustentabilidade dos
instrumentos de gestão territorial voltada a conservação da biodiversidade,
avançando nos assuntos abordados pela Lei Federal Nº 9.985, de 18 de julho
de 2000 (Lei que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza – Lei do SNUC), e pelo Decreto N° 4.340, de 22 de agosto de 2002,
que a regulamenta (Pinheiro et al., 2010).
Esta Lei Federal que estabelece o SNUC apresenta o conceito de mosaico no
seu artigo 26º como: “quando existir um conjunto de unidades de conservação
de categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e
outras áreas protegidas públicas ou privadas, constituindo um mosaico, a
gestão do conjunto deverá ser feita de forma integrada e participativa,
considerando-se os seus distintos objetivos de conservação, de forma a
compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da sociodiversidade
e o desenvolvimento sustentável no contexto regional”.
De forma geral, a gestão territorial do mosaico de áreas protegidas permite
atingir maiores escalas de conservação, porque um conjunto de áreas
protegidas em gestão integrada permite influenciar sobre uma área mais
ampla, com abrangência sobre processos importantes para a funcionalidade
dos ecossistemas, como em bacias hidrográficas e na proteção de diversidade
de ambientes e da biodiversidade. Esse esforço conjunto amplia o potencial de
conservação da natureza, sem descaracterizar a individualidade e os objetivos
específicos de cada área protegida que compõe o mosaico.
Algumas motivações para o reconhecimento de mosaicos de áreas protegidas
podem ser assim descritas:
• Fortalecer a cooperação entre as áreas protegidas e o alcance de seus
objetivos de conservação, respeitando a autonomia de cada uma das áreas
que o compõem;
• Promover a conectividade funcional e física dos ecossistemas, contribuindo
para a ampliação e conservação da biodiversidade e demais serviços
ambientais por eles fornecidos;
• Estabelecer espaços de articulação institucional e de desenvolvimento de
politicas públicas, otimizando recursos;
• Desenvolver, reconhecer ou fortalecer a identidade territorial;
• Contribuir com o ordenamento territorial e desenvolvimento territorial
sustentável;
• Contribuir para resolução e gestão de conflitos;
• Melhorar a capacidade operacional de cada uma das áreas protegidas
através da operacionalidade do conjunto.
11
Nos últimos dez anos, os mosaicos foram reconhecidos e implementados nos
diversos biomas brasileiros, em especial na Amazônia, Cerrado e Mata
Atlântica. Até o momento, foram reconhecido 17 mosaicos no Brasil, sendo dez
federais e seis estaduais, que se encontra em diferentes estágios de
implementação e desenvolvendo seus instrumentos de gestão e governança de
acordo com sua realidade e características.
Os temas de planejamento e governança têm sido questões chaves na gestão
integrada de mosaicos de áreas protegidas. O planejamento estratégico
permite sistematizar e priorizar as ações sobre o território, com base nos
objetivos e metas, procura-se fortalecer uma identidade territorial voltada para
a conservação da natureza e desenvolvimento sustentável. Já a questão sobre
a gestão, as iniciativas em curso tem se apoiado no conselho gestor do
mosaico, previsto no escopo da Lei do SNUC, com uma secretaria executiva
em apoio, até o momento esta estratégia tem sido o caminho escolhido para a
condução da gestão destes mosaicos reconhecidos.
O Mosaico da Amazônia Meridional foi reconhecido pelo Ministério do Meio
Ambiente através da Portaria No. 332, de 25 de agosto de 2011. O
procedimento adotado o planejamento deste mosaico baseia-se no enfoque
ecossistêmico e nas unidades de paisagens naturais, que são marcos
orientador para a gestão territorial de forma integrada. Além disso, a iniciativa
de planejamento desta região conduziu na criação de uma nova metodologia
envolvendo a visão ecorregional, o planejamento integrado e em “cascata”, ou
seja, este planejamento integrado serve como orientação estratégica para as
áreas protegidas envolvidas e de referencia para a construção dos seus
respectivos planos de manejos e planos operativos anuais.
Ele foi iniciado em 2007 sobre a liderança da cooperação técnica da GIZ,
WWF-Brasil e ELAP/UCI (Escola Latinoamericana de Áreas Protegidas) em
apoio a integração de esforços do ICMBio (Instituto Chico Mendes de
Conservação da Natureza), CEUC-AM (Centro Estadual de Unidades de
Conservação do Amazonas), SEMA-MT (Secretaria de Estado de Meio
Ambiente de Mato Grosso), SEDAM-RO (Secretaria de Meio Ambiente de
Rondônia) e Instituto Pacto Amazônico. Esta iniciativa foi desenvolvida no
âmbito do Programa Áreas Protegida da Amazônia (Programa Arpa), do MMA,
com objetivo de experimentar, aprender e demonstrar boas práticas de
planejamento e coletar subsídios para segunda fase do programa.
Este Plano Estratégico do Mosaico (PEM) do Mosaico da Amazônia Meridional
(MAM) foi escrito para o uso dos gestores, conselheiros e técnicos envolvido
nesta iniciativa e acreditamos que possa ser um arcabouço inicial de um
sistema eficaz e eficiente de aprendizado para as ações de conservação em
grande escala na Amazônia, e quem sabe, para o Brasil.
12
2. Antecedentes
13
Os primeiros passos da gestão integrada na região tiveram inicio em 2007, e a
partir de então, seminários, oficinas de planejamento, reuniões técnicas e
debates virtuais conduziram o processo de planejamento e integração entre as
unidades, descrito a seguir.
14
Em novembro de 2008, em seguida da segunda edição do Seminário Mosaico
de Áreas Protegidas, em Manaus, realizou a II Oficina do Mosaico da
Amazônia Meridional, cujo objetivo foi promover a integração das ações para
uma gestão compartilhada das áreas protegidas da região da Amazônia
Meridional, especificamente, buscou-se
a) nivelar as informações sobre a implementação das áreas protegidas do
mosaico;
b) apresentar a proposta de planejamento na escala regional das UC do
mosaico;
c) mapear atores sociais envolvidos com a implementação das áreas
protegidas do mosaico; e
d) avaliar as estratégias para 2009, formar grupos de trabalho e definir
agenda comum para o primeiro trimestre do ano seguinte.
15
Em agosto de 2009 foi realizada a IV Oficina do Mosaico da Amazônia
Meridional, na Chapada dos Guimarães, Mato Grosso. Foi dada continuidade
ao desenvolvimento da metodologia do planejamento estratégico de mosaicos,
a partir dos resultados alcançados até o momento da analise do território por
meio das unidades de paisagem. Oportunamente, foi atualizado o plano de
ação integrado e discutidos passos seguintes do processo de reconhecimento
pelo MMA e composição do Conselho Gestor. O resultado deste evento foi o
debate e definição de três territorialidades do mosaico, com diferentes
enfoques e estratégias de atuação, sendo: a) Território de analise – com foco
na Amazônia Meridional e os limites de suas bacias hidrográficas, b) Território
físico e de fortalecimento da integração – as unidades de conservação e os
corredores ecológicos, vinculado ao processo de reconhecimento pelo MMA; e
c) Território da atuação – território físico + região de atuação, cidades, região
de agricultura e pecuária, não necessária e/ou reconhecida pelo MMA (shape –
limite das unidades envolvidas), área com possibilidade de influencia da nossa
atuação como mosaico, estratégia de conservação regional, fruto do
planejamento estratégico.
16
A metodologia tem como principio o Enfoque Ecossistêmico como marco
ideológico de referencia, que é uma estratégia geral de abordagem para a
conservação composta por 12 princípios complementares e mutuamente
relacionada, que devem ser tomados conjuntamente, formando um todo. Este
enfoque esta previsto na Convenção da Diversidade Biológica (CDB), no seu
objetivo 1.2, onde prevê que “para 2015, todas as áreas protegidas e sistemas
de áreas protegidas estarão integradas nas paisagens terrestres e marinhas,
aplicando o enfoque ecossistêmico e levando em conta a conectividade
ecológica, e quando possível, de redes ecológicas”.
O planejamento estratégico gerado por esta metodologia prevê a utilização de
quatro conceitos de planejamento territorial integrado e no próprio conceito de
mosaicos definido pela SNUC:
- Planejamento em Cascata: implica na elaboração de um plano de escala
maior, que por sua vez são desenvolvidos mediantes a outros planos e
programas de escala menor no seu escopo territorial e de intervenção. O
Planejamento Estratégico do Mosaico trabalha a escala ampla e regional,
as escalas menores se aplicam aos Planos de Manejo e de Gestão, e
também aos planejamentos anuais específicos das áreas protegidas.
17
- Planejamento Integrado das Áreas Protegidas: é um conceito de
desenvolvimento de instrumentos de gestão para áreas protegidas que
estão geograficamente próximas, que se elaboram de maneira coordenada,
incorporando os requerimentos ecológicos e socioeconômicos em que estas
unidades se encontram. Baseia-se na promoção de sinergia entre as
entidades gestoras, de forma que o resultado esperado deve ser muito
maior que a soma simples das partes.
- Planejamento Ecoregional: é um conceito de planejamento para a
conservação de territorial, baseado em informações científicas, que
identificada medidas de conservação para uma determinada ecorregião.
Baseou-se na experiência desenvolvida no Planejamento Ecorregional para
o Bosque Chiquitano da FCBC (Bolívia) e do Projeto Osa de ELAP (Costa
Rica),
- Os Mosaicos de Áreas Protegidas e seu entorno, como marco geográfico
para analise e planejamento.
a) Análise do Diagnóstico:
- Qual é a área de estudo?
- Qual é o estado atual de conservação dos recursos naturais da área de
estudo?
- Quais são as áreas prioritárias para a conservação de sua
biodiversidade, que expressa a funcionalidade dos ecossistemas e os
serviços ambientais?
- Quais são os atores-chave a serem considerados para esta região?
- Quais são os principais constrangimentos legais a serem considerados
para a gestão dos recursos naturais na região?
- Quais são os cenários para os próximos 20 anos com relação ao
panorama sócio-econômico e biofísico e para 50 anos considerando as
variáveis de mudança climática?
- Quais são os principais desafios enfrentados no Mosaico, a fim de
manter a integridade e função do ecossistema?
- Quais são as áreas de maior conflito no mosaico?
b) Definição do alcance:
- Quais são as mudanças recomendadas para os limites, as categorias e
a criação de áreas protegidas, para manter as áreas relevantes para a
integridade e manutenção dos serviços dos ecossistemas do mosaico?
- Como devem se articular os zoneamentos das unidades do mosaico?
18
- Qual deve ser o uso do solo que melhor atenda os requisitos da
integridade e manutenção dos serviços ambientais na área do mosaico?
- Quais corredores biológicos devem ser promovidos?
- Quais os objetivos de conservação do território a ser protegidos?
- Quais são as metas (tangíveis) para esses objetivos?
- Que valores devem reger a gestão das unidades do mosaico, para
promover o clima social que requerem esforços de conservação?
d) Consolidação da proposta
- Quais são os procedimentos legais para fazer as mudanças acordadas
para as áreas protegidas?
- Como monitorar as metas de conservação prioritárias do mosaico,
quanto custará e como financiar?
- Como integram os componentes de estratégias, projetos e zoneamento
integrados e geram unidades de planejamento de gestão do mosaico?
- Como divulgar o planejamento estratégico entre os atores identificados
como chave no processo de implementação do território?
- Como apoiar o financiamento de cada uma das áreas que compõem o
mosaico para implementar as ações estratégicas?
19
Tabela 1. Passos metodológica para o planejamento estratégico do mosaico, aplicado
ao Mosaico da Amazônia Meridional.
Passos em ordem
Produtos esperados neste passo Comentários
cronológica
Protocolado na V
No. 0:
1. Mosaico formalmente estabelecidos ou em processo Oficina, reconhecido em
Formalização
08/11
Todos os participantes
1. Identificação e estabelecimento da Equipe de das oficinas compõem a
Planejamento equipe de planejamento
No. 1: Desenho do (III, IV e V Oficina)
processo Artigo sobre método
publicado no Congresso
2. Documentar o desenho do processo
de Áreas Protegidas de
Cuba, 2011
1. Definição da área geográfica que inclui a análise para o
Realizado III Oficina
PEM
Feito em 2006 pelo
WWF-Brasil e parceiros,
No. 2: Definir a
2. Projeto Conceitual Modelo Espaço Mosaico. revisado em 2008
área geográfica de
durante a I Oficina do
análise do plano
MAM
Realizado no processo
3. Levantamento de documentos e outras fontes de
de planejamento das
informação sobre a área.
UCs e do Mosaico
1. Identificação e caracterização dos atores Realizado II Oficina
2. Análise de viabilidade, que inclui a área da análise
ecológica da paisagem identificando as áreas críticas
2a. Avaliação do estado de conservação Finalizado V Oficina
2b. Avaliação dos níveis de biodiversidade em diferentes
Finalizado V Oficina
classificações ecológicas
3c. Avaliação da funcionalidade ecológica Finalizado V Oficina
3. Análise dos serviços dos ecossistemas da região e
identificando áreas criticas.
3a. Avaliação de áreas de alto potencial comercial Finalizado V Oficina
No. 3: Mosaico
contextualização 3b. Avaliação de áreas de elevado potencial para não-
Finalizado V Oficina
comercial
4. Compilação de zoneamento proposto ou instrumentos
de planejamento definidas pelo nível regional ou nacional, Finalizado V Oficina
que afetam a gestão do mosaico
5. Lista dos projetos mais importantes na área, do ponto
Finalizado V Oficina
de vista das ameaças e oportunidades.
6. Considerações gerais para a gestão coletiva mosaico Definido com o conselho
7. Mapeamento do mosaico, o zoneamento existente e
Finalizado V Oficina
características respectivos
8. Mapeamento das fontes de financiamento na área Realizado V Oficina
Finalizado depois da V
1. Cenários a 20 anos de socioeconômicos e biofísicos
Oficina
2. Cenários a 50 anos de biofísica sob o efeito da Finalizado depois da V
No. 4: Análise de
mudança climática Oficina
cenários futuros
3. Elementos dos planos de desenvolvimento regionais e
Finalizado depois da V
agências federais que tenham qualquer impacto sobre o
Oficina
mosaico
No. 5: Definição do 1. Determinação dos desafios mais importantes do Realizado IV e V Oficina
20
Passos em ordem
Produtos esperados neste passo Comentários
cronológica
escopo do mosaico mosaico
2. Determinação de metas de conservação para o
Realizado IV e V Oficina
mosaico
3. Definição das metas estratégicas para cada um dos
Realizado IV e V Oficina
objetivos de conservação
4. Identificação e afirmação dos princípios fundamentais Baseado no enfoque
que devem estar comprometidos nos processos de ecossistêmico,
gestão que compõem o mosaico da área protegidas Realizado IV e V Oficina
5. Identificação de indicadores de acompanhamento para
Definido com o conselho
as metas
1. Corredores propostos dentro e fora do mosaico. Realizado V Oficina
No. 6: Zoneamento 2. Proposta de expansão, criação e / ou reclassificação
Realizado V Oficina
para mosaicos de UCs já existentes.
3. Análise de sobreposição Realizado V Oficina
1. Definição de linhas estratégicas de conservação global
para o mosaico ou algumas das suas unidades em Realizado IV e V Oficina
particular.
2. Identificação de potenciais programas transversais a
Realizado V Oficina
ser executado conjuntamente por todos
No. 7: Estratégias
3. Definição dos mecanismos de coordenação entre
recomendadas Realizado IV Oficina
agências operacionais
4. Os principais projetos a serem desenvolvidos no
Realizado IV e V Oficina
mosaico
5. Identificar potenciais fontes de financiamento por tópico
Realizado IV e V Oficina
ou categoria.
1. Um mecanismo para medir os indicadores propostos
Definido com o conselho
no passo 5.5
No. 8: Desenho do 2. Estabelecer o custo da aplicação do sistema de
processo de monitoramento e identificar possíveis fontes de Definido com o conselho
acompanhamento financiamento.
3. Elaboração de um perfil de projeto para submissão a
Definido com o conselho
essas possíveis fontes de financiamento.
1. Uma análise detalhada sobre a compatibilidade da
abordagem do PEM, com planos de manejo já aprovados
V Oficina
ou em desenvolvimento, bem como respectivas
recomendações específicas.
No. 9: Análise da
2. Uma análise jurídica dos ajustes necessários na área
sua aplicação
das áreas protegidas existentes para implementar as Definido com o conselho
prática
recomendações do PEM.
3. Uma proposta de instrumentos legais para a criação,
demarcação de reutilização e / ou re-qualificação das Definido com o conselho
propostas apresentadas na etapa 6.
Será finalizado depois da
1. Documento Final do PEM II reunião do conselho do
mosaico
No. 10:
Formalização do 2. Formalização por todas as entidades envolvidas no
plano Mosaico Divulgação técnica
GIZ/WWF-Brasil/ELAP e
3. Uma estratégia para divulgar
órgãos gestores
4. Sistematização e disseminação das lições aprendidas
Tarefa das UCs e do
No. 11:
1. A implementação do processo de acompanhamento do conselho, a definir
Monitoramento do
PEM mecanismos e
plano
responsáveis
21
2.5. As Unidades de Paisagem da Natureza
As analises geográficas foram embasadas nas Unidades de Paisagem da
Natureza (Irgang, 2009). Para possibilitar o diagnóstico ambiental de um
extenso território como o da Amazônia Meridional se fez necessário à aplicação
de tecnologias que possibilitam a extrapolação dos dados disponíveis,
possibilitando o conhecimento dos padrões ambientais desta região,
maximizando o alcance dos resultados dos levantamentos. Para tanto, foi
utilizado o método de identificação espacial das Unidades de Paisagem Natural
(UPN) já aplicado em algumas das unidades de conservação estaduais e
estendido para toda a região do mosaico.
O diagnóstico deste planejamento estratégico baseou-se em análises espaciais
usando bases cartográficas e programa de geoprocessamento. Nas oficinas de
construção do planejamento foram utilizadas três escalas de analise:
Área de contexto do mosaico: enquadramento integral das bacias hidrográficas
dos rios Xingu, Teles Pires e Juruena, e parcialmente do rio Madeira.
Área de influência do mosaico: enquadramento das áreas protegidas com uma
área de entorno de influência direta.
Áreas das unidades de conservação: contorno no limite de cada das uma das
áreas protegidas.
Esta análise foi gerada a partir das bases de dados espaciais oficiais, na escala
1:250.000, cedidas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM),
contemplando os temas de clima, geologia, geomorfologia, hipsometria, solos e
vegetação. Todos os temas foram trabalhados em ambiente de Sistema de
Informação Geográfica (SIG), o que permitiu a padronização, sistematização,
análise e posterior espacialização dos dados.
A base de dados espaciais foi analisada de forma integrada, por classificadores
auto organizados por redes neurais, utilizando o módulo FUZZY ARTMAP do
software Idrisi Andes (Eastman, 2006; Irgang & Santos, 2008), resultando no
mapa das unidades de paisagens naturais de toda a região de contexto do
mosaico.
Ao todo foram identificadas 17 classes de UPN, abrangendo uma área total de
41.162.704 hectares, como mostra a Figura 2. Este método também permitiu a
integração das UPN com os dados das ocorrências bióticas georreferenciadas,
tanto as existentes em bancos de dados como as levantadas em campo
(ocorrências biológicas por UPN) utilizando as ferramentas de análises do
programa DIVA GIS (2005).
22
Figura 2. Mapa das Unidades de Paisagem Natural da área de contexto do Mosaico
da Amazônia Meridional. Fonte: Irgang, 2011.
23
3. Caracterização do Mosaico da Amazônia Meridional
24
Tabela 2. Unidades de Conservação que compõem o Mosaico da Amazônia
Meridional.
25
Figura 3. Áreas Protegidas que compõem o Mosaico da Amazônia
Meridional. Fonte: Irgang, 2011.
26
3.2. Aspectos ecológicos do Mosaico da Amazônia Meridional
Fatores abióticos
Geologia – De forma geral, podemos dizer que a região do Mosaico da
Amazônia Meridional se encontra praticamente no limite entre o Escudo
Brasileiro e a Bacia do Amazonas e tanto as rochas antigas (>200 milhões de
anos) do primeiro, como os sedimentos recentes do segundo (< 33 Ma)
ocorrem dentro da área do mosaico. O limite entre esses domínios geológicos
é caracterizado por um degrau topográfico, onde se formam as inúmeras
cachoeiras que se encontram na região, e que é, na devida escala,
acompanhado por um degrau climático. Esse degrau topográfico é evidente
nas unidades geomorfológicas e, conseqüentemente, os valores altimétricos
existentes dentro da área do mosaico (Figura 4). Na perspectiva da geologia,
destacamos os seguintes objetos de conservação:
• O Mosaico do Apuí apresenta as maiores fisionomias, é o caso dos
afloramentos rochosos da Serra da Fortaleza (PE Guariba), que são
montanhas residuais em forma de chapadas, e o Domo do Sucunduri (por
quase todo Mosaico do Apuí), que é uma formação de origem orogênica,
um fenômeno intrusivo de soerguimento do relevo por ação magmática
subterrânea.
• Nas demais unidades de conservação, todas possuem alguma serra ou
montanha que foram indicadas como valores de conservação, como é o
caso da Serra Manicoré-Machado (PN Campos Amazônicos), as Serra da
Providência e Monte Cristo (ReBio Jaru – Figura 5) e a Serra do Tucumã
(EE Rio Roosevelt).
• O patrimônio espeleológico somente foi identificado no PN Juruena, através
das Cavernas São Simão e do Morcego, a partir da formação arenítica
(rocha sedimentar clástica).
27
Figura 4. Mapa geológico da Amazônia, com destaque para a região do
Mosaico da Amazônia Meridional. Fonte: WWF-Brasil, 2006.
28
Figura 6. Mapa altimétrico do Parque Nacional Juruena, com destaque para o
degrau topográfico da região e a Configuração do Domo do Sucunduri ao
centro, que tem o aspecto circular com aproximadamente 75 km de diâmetro.
Fonte: Plano de Manejo do PN do Juruena, no prelo.
29
Geomorfologia - A variação de altitude na região do Mosaico da Amazônia
Meridional é relativamente pequena, sendo que as partes mais elevadas não
ultrapassam os 500 m do nível do mar, apresentam valores entre 39 m e 457
m. A porção leste do mosaico é a mais elevada, fazendo parte da extensão do
planalto residual que se entende da região de Colniza e Apiacás em direção à
sede do município de Apuí (Figura 5). A área desse planalto no Amazonas, na
região central do mosaico, tem uma fisiografia particular em função da
presença do Domo do Sucundurí. Após tempo e erosão um domo apresenta-se
em uma série de estratos concêntricos. A parte oeste do mosaico é
caracterizado pela Planície Amazônia, de tons em verde na Figura 7.
30
Clima – A região do Mosaico da Amazônia Meridional fica no contato climático entre a
região quente-úmida, porém sazonal do Brasil Central, onde predominam os cerrados,
as florestas semi-decíduas e a região quente e úmida com período seco mais curto ou
ausente, onde ocorrem as florestas e os campos ombrófilos ("amigos da chuva") da
bacia Amazônica. As variações em diferentes medidas climáticas de temperatura e
precipitação apresentam o mesmo padrão (Norte-Sul) de distribuição espacial na
região do bloco. A temperatura média anual ao longo desse gradiente varia de 22.9 à
27.5o C. Enquanto no sul a diferença de temperatura ao longo do ano é de 18.7 a
21.3o C, no norte não passa de 12.5o C. Chove muito em toda a região (1.460-3.037
mm anuais), com duas ilhas de maior pluviosidade (>2.400 mm) ao leste e ao norte do
bloco. A região onde chove menos (<2.000 mm) fica ao sul do mosaico, em Mato
Grosso e Rondônia e coincide também com a região com período seco mais
prolongado.
31
A precipitação média anual é de 2.200 a 2.400 mm, havendo pouca variação
dentro da área do mosaico. O período mais chuvoso vai de janeiro a março,
com precipitações mensais entre 300 e 350 mm, enquanto que a época mais
seca ocorre de julho a agosto, com médias mensais em torno de 50 mm. A
região do mosaico apresenta pouca variação com relação à distribuição da
chuva ao longo do ano, mas o padrão observado é mais próximo àquele do
Brasil Central.
32
Mantendo este contexto, destacamos os seguintes objetos de conservação:
• Na região existem inúmeras cachoeiras, sendo que o maior volume de água
é do Rio Juruena, que desce o planalto criando belezas naturais de grande
poder cênico, como a Cachoeira do Salto Augusto (PN Juruena - PE
Igarapés do Juruena – Figura 10) e Cachoeira Florêncio (PN Juruena).
Corpos d´água menores, como o Rio Sucunduri criam santuários naturais,
como a Cachoeira Monte Cristo (PE Sucunduri).
• Proteger integralmente a bacia do rio Bararati (PE Igarapés do Juruena, PE
Sucunduri e RDS Bararati), das suas nascentes na Serra de Apiacás a sua
foz, no rio Juruena. Além de preservar nascentes dos rios São Tomé, Santa
Rosa e afluentes dos rios Teles Pires e Juruena (PN Juruena); e a proteção
da bacia hidrográfica do Tarumã (ReBio Jaru).
33
Fatores bióticos
O Mosaico da Amazônia Meridional está localizado na região de contato entre
os biomas da Amazônia e do Cerrado. A porção leste do mosaico abrange o
Ecótono Amazônia-Cerrado enquanto no oeste predomina o bioma Amazônia.
Essas generalizações são obviamente simplificações, em função de escala, de
uma realidade muito mais complexa. Dois aspectos são importantes em
relação ao contexto biológico do mosaico: (1) existe alta diversidade biológica
por se tratar de uma região de contato e também de grande variação
ambiental; e (2), ao mesmo tempo, muito pouco se sabe sobre a diversidade
biológica dessa região, que foi pouco estudada (Figura 11).
34
Figura 12, Mapa das unidades de paisagens da Amazônia e sua riqueza conhecida.
Destaque para a região do Mosaico da Amazônia Meridional e seu baixo
conhecimento. Fonte: Irgang, 2011 e Irgang 2009.
35
Fitofisionomia - Segundo o mapa de vegetação do RadamBrasil, dentro da
área do bloco ocorrem 13 classes de vegetação, pertencentes a três grandes
domínios: (1) florestas pluviais ou ombrófilas; (2) savanas, o cerrado
propriamente dito; e (3) formações pioneiras herbáceo-arbustivas de influência
fluvial ou lacustre, ou seja, as campinas típicas de solos hidromórficos. As
florestas ombrófilas têm maior representatividade, seguida da savana e por
último pelas formações pioneiras (Figura 13).
A distribuição espacial dessas classes de vegetação está correlacionada
predominantemente aos diferentes tipos de solo que ocorrem na região e que
também estão correlacionados com os compartimentos geomorfológicos. Por
isso, a região leste do mosaico, a qual apresenta maior diversidade
geomorfológica e edáfica, também apresenta maior diversidade de tipos de
vegetação. As formações arbustivas e abertas (savanas) ocorrem
exclusivamente em solos litólicos e arenosos (Neossolos) ou concrecionais
(Petroplínticos e Plintossolos), enquanto as formações florestais ocupam os
solos mais profundos e desenvolvidos e predominantemente argilosos
(Latossolos e Podzólicos).
36
A categorização de fitofisionomias em classes de vegetação também tem suas
limitações e muitas vezes não estão de acordo com as características
ecológicas do ambiente e, conseqüentemente, com as espécies de plantas que
nela ocorrem. Evidência disso é a classificação de duas áreas na borda
sudeste do mosaico como Savana Arborizada e Florestada, respectivamente.
O solo dessas duas áreas é classificado como Neossolo o que sugere que a
vegetação é provavelmente campina ou campinarana, e onde as espécies
típicas do cerrado não ocorrem.
Detalhando este contexto, destacamos os seguintes objetos de conservação:
• A questão da vegetação é central na conservação desta região, assim como
manter a integridade e conectividade deste patrimônio florestal, com sua
biodiversidade de um ecótono de florestas (PN Juruena e Mosaico Apui)
• Estas extensas florestas preservam alguns ambientes raros como o campo
rupestre do Roosevelt (EE Rio Roosevelt), os campos amazônicos (PN
Campos Amazônicos), campinaranas (PN Juruena), as formações de
tabocais e a biota associada (seis espécies de aves - PN Juruena).
• Além disso, possuem, espécies únicas, como os bancos de Podostemaceae
nos afloramentos expostos em cachoeiras (PN Juruena – Figura 14).
37
Fauna - A região do mosaico é apontada como uma das principais zonas de
endemismos na Amazônia Meridional tanto para aves como para mamíferos.
Além disso, vários complexos de espécies de aves têm substituição geográfica
de seus membros dentro do interflúvio Madeira-Tapajós e muitas
provavelmente dentro do mosaico. Esta região é também reconhecida como
prioritária para a conservação na Amazônia.
Nesta região de elevada importância biológica, a região do mosaico se localiza
em uma área ainda isolada e, portanto, é uma área bastante preservada da
Amazônia Legal, reservando assim, alta biodiversidade em bom estado de
conservação. No entanto, esta também é uma das regiões menos conhecidas
cientificamente do Brasil e por isso é considerada uma área prioritária para
inventários faunísticos.
38
Figura 15. Contexto regional do bloco de conservação (estrela preta)
com relação ao padrão de riqueza para todas as espécies de anfíbios, aves,
mamíferos e primatas da região Neotropical.
Fonte: NatureServer (www.natureserve.org).
40
Phractocephalus hemioliopterus, cachorra Hydrolycus scomberoides,
caparari Pseudoplatystoma tigrinum, jaú Paulicea luetkeni, piraíba
Brachyplatystoma filamentosum, peixe elétrico poraquê Electrophorus
electricus e raia Potamotrygonidae.
- O mosaico conserva as populações isoladas de espécies típicas de
cerrado, como os anfíbios Hypsiboas albopunctatus, Dendropsophus
sanborni, Rhinella. gr. granulosa, os répteis Hoplocercus spinosus,
Bothrops matogrossensis, Oxyrhopus rhombifer, Pseudoboa nigra,
Thamnodynastes pallidus; aves como Neothraupis fasciata, Melanopareia
torquata, Brotogeris chiriri, Saltator atricolis, mamíferos cervo-do-pantanal
Blastocerus dicothomus e veado-campeiro Ozotocerus bezoarticus e
espécies vegetais como bate-caixa lixeira Palicoyrea rígida, Antonia ovata,
pepalantos Actinocephalus sp1; e populações frágeis já identificadas como:
peixes caparari Pseudoplatystoma tigrinus e pirarara Brachiplatystoma
vailanti anfíbios Trachycephalus resinifictrix e Leptodactylus fuscus; répteis
como Pseudoboa nigra e Bothrops matogrossensis; aves como Harpia
harpyja, Neothraupis fasciata, Tachyphonus rufus e Sporophila plumbea e
mamíferos cachorro-do-mato-de-orelhas-curtas Atelocynus microtis,
doninha Mustela sp., cachorro-vinagre Speothos venaticus, Mico
manicorensis, ariranha Pteronura brasiliensis, onça-pintada Panthera onca
e puma Puma concolor.
41
Identificação de valores de conservação – os valores de conservação da
região foram discutidos durante as oficinas, com base nas informações
existentes de cada diagnostico das unidades de conservação e no
conhecimento de campo dos gestores e técnicos do grupo. Este esforço
resultou na relação de valores que foram organizados segundos as respectivas
áreas protegidas e que compõem a Tabela 3. Estes valores caracterizam
aspectos físicos, biológicos e socioeconômicos da região.
Além deste esforço de identificação dos valores de conservação, também foi
realizado um estudo de riqueza das Unidades de Paisagem da Natureza. Elas
permitem propor um padrão de distribuição da biodiversidade, seguindo
diferentes parâmetros físicos, biológicos e climáticos, e orientar as pesquisas
científicas e a coleta de dados, visando checar esta hipótese de trabalho. Desta
forma, se comprovado, podemos extrapolar com grande segurança, inferências
sobre a composição e abundância destes ambientes protegidos, permitindo
uma base sólida para o debate do zoneamento e para a definição de metas de
conservação da natureza, com muito melhor aproveitamento de dados
previamente disponíveis (Figura 11).
UC Valores de conservação
Afloramentos rochosos (PE Guariba)
Afloramentos de calcário (FE Apuí)
Cachoeiras (PE Sucunduri e rio Juruena)
Mosaico Domo do Sucunduri
do Apuí Bacia do rio Bararati (PE Sucunduri e RDS Bararati)
Potencial para manejo sustentável da madeira
Potencial extrativista
Sítio arqueológico no Aripuanã
Campos amazônicos
PN Campos Ocorrência do cervo do Pantanal
Amazônicos Serra
Oportunidade de ampliação ao leste da UC (floresta ombrófila),
Proteção dos bancos de Podostemaceae nos afloramentos expostos no
Salto Augusto
Caverna São Simão e Caverna do Morcego
Podostemaceas (planta das cachoeiras)
Cachoeira Florêncio
Sítios arqueológicos São Simão e Salto Augusto (inclui as cachoeiras)
Campinaranas
PN Juruena Garantir os processos migratórios sazonais de peixes
Proteção de aves endêmicas
Proteção integral do patrimônio florestal
Proteger as formações de tabocais e a biota associada (seis espécies de
aves)
Preservar nascentes dos rios São Tomé, Santa Rosa e afluentes diretos das
margens dos rios Teles Pires, Juruena
Ecótonos de floresta
42
UC Valores de conservação
Proteção da bacia hidrográfica do Tarumã
ReBio Jarú
Montanhas do Jaru (Serra da Providência e Monte Cristo)
PE Igarapés Nascente do Bararati (Serra dos Apiacás)
do Juruena Cachoeira do Salto Augusto (sobreposição com PN Juruena)
Os grandes rios Roosevelt, Guariba e Madeirinha, juntamente com os rios
Pingueiro, Jatuarana e igarapés de menor porte.
A Serra do Pingueiro, na EE Rio Roosevelt, constitui um importante relicto
geológico, alcançando 283 m de altitude e 23º de declividade, destacando-
se no relevo tabuliforme predominante, de superfícies planas.
PE Tucumã O Complexo Jamari, um relicto geológico, assim como a Formação
Palmeiral, que ocorre em 100% das áreas da EE Rio Madeirinha e do PE
Tucumã e 78% da EE Rio Roosevelt em Mato Grosso.
A cobertura vegetal é formada principalmente pela Floresta Ombrófila Aberta
Submontana e Aluvial e suas variações, ocorrendo também a Floresta
Ombrófila Densa.
EE Rio Campo rupestre do Roosevelt
Roosevelt Serra do Tucumã
• Sua importância também está na manutenção de um maciço florestal
EE Rio contínuo e bem preservado, além de outras formações vegetais mais
Madeira restritas, como as Campinaranas, incluindo também importante rede
hidrográfica.
As comunidades de primatas, especialmente as do guariba-labareda,
(Alouatta puruensis), espécie bandeira regional e as novas espécies de
Callicebus (Zogue-zogues), espécies endêmicas dos interflúvios Guariba-
Resex Roosevelt e Guariba-Aripuanã.
Guariba-
A palmeira caranã (Mauritia carana), registrada na Campinarana da Curva
Roosevelt
do Cotovelo, nova ocorrência para o Estado de Mato Grosso. Sítios
arqueológicos
Extração de castanha e copaíba - formas de vida tradicional
43
3.3. Aspectos sociais do Mosaico da Amazônia Meridional
44
Mato Grosso - A colonização em Mato Grosso foi conduzida por empresas
privadas que criaram praticamente todos os núcleos urbanos existentes. A
matriz econômica da colonização baseou-se na exploração da madeira,
seguida de implantação de pastagens para a instalação de pecuária. Desde o
processo inicial, a concentração de terras foi a estratégia de ocupação do
território.
Colniza começou a ser ocupada em 1984 com a chegada de 73 famílias vindas
do sul do país, em busca de terra, apoiadas num projeto de colonização que
não vingou. Outras pessoas, predominantemente do Estado de Rondônia,
começaram a chegar ao local em busca de terras e madeira, invadindo e
criando os loteamentos sem infraestrutura. O Município foi criado em 26 de
novembro de 1998, pela Lei Estadual № 7.604, em território desmembrado do
Município de Aripuanã, até então o maior Município do Estado de Mato Grosso.
Em 2007, segundo dados do IBGE (2007), Colniza possuía uma população de
27.882 habitantes e uma área de 27.948km². A Vila de Três Fronteiras (Guatá)
fica localizada no extremo oeste de Colniza (MT), no entroncamento dos
estados do Amazonas, Rondônia e Mato Grosso. Surgiu em 2004, devido à
expansão da agropecuária e da exploração madeireira. A criação e o rápido
crescimento foram motivados pela extração ilegal de madeira e o garimpo na
Terra Indígena Tenharim Igarapé Preto. Segundo o administrador local existem
1.600 lotes ocupados. A Vila possui cerca de 12.504 habitantes e reivindica
junto à Prefeitura o título de Distrito. Devido à grande distância da sede de
Colniza, as relações econômicas da Vila são mais próximas com Machadinho
D’Óeste. Atualmente, a situação do Distrito é um retrato da política equivocada
de colonização da região, com lotes vendidos, abandonos ou invadidos por
grileiros e pecuaristas. Além disso, há relatos de invasões de terras públicas
por grileiros. Os conflitos pela posse de terras são grandes, o que juntamente
com a ausência do poder público têm causado um grande índice de
criminalidade no local. A falta de regularização fundiária é apontada por
moradores, produtores e lideranças religiosas como o maior entrave ao
desenvolvimento local. O INCRA não faz vistorias e há disputa de terras entre
os pequenos e os grandes posseiros. A ação dos grileiros e madeireiros ilegais
gera clima de insegurança e as famílias convivem com a violência, em todas as
suas formas, diariamente.
O Município de Apiacás, situado no extremo norte de Mato Grosso, com área
de 20.402km² e densidade demográfica de apenas 0,3 hab/km², faz parte da
Microrregião Alta Floresta e da Mesorregião Norte Mato-grossense. A raiz
histórica de Apiacás está ligada à grande “corrida” pelo ouro e contou com a
participação da colonizadora Integração Desenvolvimento e Colonização S/A
(INDECO), fundada em Alta Floresta (MT) e proprietária de grandes áreas de
terras. O loteamento e o início da construção desse Município iniciaram em
novembro de 1983, sendo então projetada para ser uma pequena cidade de
agricultores oriundos do sul do Brasil. Porém, a descoberta de ouro no território
provocou uma corrida de garimpeiros para a região, vindos dos Estados do
Maranhão e do Pará, ocorrendo uma repentina explosão demográfica.
Segundo dados locais, neste período, a população de Apiacás chegou a contar
com aproximadamente 60 mil habitantes, muito mais do que os 7.926
habitantes de hoje (IBGE, 2007). Nos anos 1990, teve início o ciclo da madeira
e da pecuária na região.
45
Em Contriguaçu, na década de 1989, a Cooperativa Central Regional Ltda –
Cotriguaçu adquiriu uma grande área ainda intocada e passou a vender lotes,
principalmente, para os pequenos agricultores do Paraná. Os primeiros
migrantes compradores dessas terras eram atraídos por “terras boas e baratas”
e começaram a chegar em 1984 e, em 1986, teve início a construção da
cidade. O grande território desocupado possibilitou a implantação de vários
projetos de assentamento do INCRA, que atraíram grande número de famílias
oriundas de acampamentos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
Em dezembro de 1991, foi criado oficialmente o Município de Cotriguaçu e sua
instalação datam de janeiro de 1993, com área de 9.149,7km². A população de
Cotriguaçu, em 2007 era de 13.740 habitantes (IBGE, 2007), com densidade
demográfica de 0,9 hab/km².
46
Figura 17. Mapa dos Municípios da região do Mosaico da Amazônia
Meridional. Fonte: Irgang, 2011.
47
Terras Indígenas – São sete Terras Indígenas que estão no entorno do
mosaico e podem compor a iniciativa de gestão integrada na região. As Terras
Indígenas somam cerca de 4,27 milhões de hectares (Tabela 4) e ainda é uma
região que registra a ocorrência de índios isolados (Figura 18).
Figura 18, Mapa das Terras Indígenas e ocorrência de índios isolados na região do
Mosaico da Amazônia Meridional. Fonte: Irgang, 2011.
48
Mapeamento dos atores sociais – Na III Oficina do Mosaico da Amazônia
Meridional foi realizado uma dinâmica, Diagrama de Venn, com objetivo de
identificar os atores sociais envolvidos com a implementação do mosaico,
definir sua importância para o sucesso e objetivos do mosaico, optando pelas
tarjetas grandes ou pequenas. Por último, definir sua localização no painel,
quanto mais próximo do centro, mais envolvido com esta iniciativa (Figura 18),
depois o material foi tabulado Tabela 5. Resultado desta dinâmica levou os
participantes da oficina a entenderem e a dimensionar a quantidade de
parceiros envolvidos na implementação do mosaico e forneceu um rico material
para uma futura definição dos possíveis convidados para participarem do
conselho gestor.
49
Tabela 5. Tabulação do mapeamento dos atores sociais envolvidos com o Mosaico
Amazônia Meridional.
Nível 1 Nível 2
Local Tamanho Local Tamanho
WWF-Brasil 4 2 UFMT MT 2 1
GTZ 4 2 DNPM MT 2 1
CEUC AM 4 2 FUNAI Detp Gestão Ambiental 2 1
ICMBio MT 4 2 CPT 2 1
ICMBio AM 4 2 FEPI AM 1 2
ICMBio RO 4 2 GTA 1 2
CUC MT 4 2 FUNAI Escritórios regionais 1 2
IBAMA MT 3 2 Polícia Federal 1 2
ICV 3 2 ABIM 1 2
INCRA (-) 3 2 MP estadual 1 2
Pref. Apuí 3 2 MP federal 1 2
Pref. Apiacás 3 2 FAZ 1 1
IPAAM AM 3 2 DNPM AM 1 1
CECLIMA AM 3 2 Batalhão Ambiental 1 1
IBAMA AM 3 2 ONG Parceira no EE Jarú 1 1
ITEAM AM 3 2 FUNAI Detp Indios isolados 1 1
MMA Arpa 3 1 Unemat MT 1 1
IDESAM AM 3 1 Pref. Contriguaçu 0 2
Inst. Pacto AM 3 1 Pref. Colniza 0 2
IIEB 3 1 Comunidade Matupi 0 2
Intermat MT 3 1 IDAM AM 0 2
IBAMA RO 3 1 INPA 0 1
UFAM 0 1
UEA 0 1
COIAB 0 1
COIAM 0 1
ADS AM 0 1
MMA SFB 0 1
MMA DAP 0 1
CPRM 0 1
ISA 0 1
Secretaria Desenvolv. Regional 0 1
MT
Reserva Brasil 0 1
Pref. Machadinho D´Ooeste 0 1
Pref. Maues 0 1
Pref. Novo Aripuanã 0 1
50
Potencial de uso sustentável – Atualmente, os lugares de maior valor para
desenvolvimento sustentável estão localizados no entorno dos centros urbanos
e adensamentos, destacado em tons de branco na Figura 20. Reduzindo este
potencial a partir de vários gradientes de cinza, até chegar ao preto, que indica
baixo valor de uso sustentável, voltado para conservação da natureza.
51
Nível de implementação das unidades de conservação - Todos os gestores
e representantes das instituições gestoras responsáveis pelas áreas protegidas
foram convidados a atualizar o panorama da implementação das unidades de
conservação existentes na região, desde novembro de 2008. Cada unidade
também disponibilizou as bases cartográficas digitais para integrar os dados da
analise estratégica regional.
Abaixo se apresenta o estado de implementação de cada área protegida e as
bases e informações disponíveis para o planejamento estratégico do mosaico.
52
UC Plano de Conselho Equipe Infra- Base de
Manejo estrutura informação
atrativos de Tenharim Demandas sociais
uso público Marmelos e do local.
em fevereiro Funai, até o Cadastramento dos
de 2009. final do ano. moradores até
Oficina de novembro de 2009.
pesquisadore Sinalização
s em abril georeferenciada.
2009.
OPP
Realizada
em maio de
2009.
I reunião
técnica de
planejamento
em agosto.
Previsão de
conclusão
em 2009.
PN Diagnóstico Identificação 2 analistas 3 carros, 2 Informação Fundiária
Juruena concluído. de ambientais GPS. – levantamento de
OPP em lideranças (Cristiane Maquina cartório.
dezembro de realizada e e fotográfica,
2008. convidadas Claudinei). computador.
Reunião de para a OPP. 2 vagas Sede em
planejamento Proposta de no Alta Floresta
29 de maio – composição concurso. compartilha
Estruturar o para a da com o
encarte 4. primeira IBAMA.
Previsão de reunião, até
conclusão final de
em julho de 2009.
2009.
ReBio Terminando Já 3 analistas Sede dentro Mapas elaborados
Jarú a revisão do constituído e ambientais da UC pelo SIPAM RO.
PM (na fase em (Simone, Base Revisão do PM com
editoração e funcionamen Luciana e administrativ toda a base
revisão to desde Gilson). a em Ji- espacializada (sendo
ortográfica). 2005. 9 técnicos Paraná (3 disponibilizada/busc
Previsão de nível desktop). ada junto ao SIPAM
conclusão no médio. Frota (5) de – buscar resposta do
final de julho carros, Alexander).
2009. voadeiras Apenas dados brutos
(5) diversos do LBA (buscar
tamanhos. dados mais finos).
barreira
móvel
(plano de
transformaç
ão em posto
de
fiscalização
e
alojamentos
), balsa,
placas de
limites
53
UC Plano de Conselho Equipe Infra- Base de
Manejo estrutura informação
antigas e
novas
chegando.
FN Não. Inicio Não. 2 (Enir e Sede em Sinalização
Jatuarana em junho Identificação Dalva) Humaitá georeferenciada.
2009 (SBF) de Mais um 1 desktop Diagnostico sócio
Plano de lideranças previsto 1 carro econômico do
proteção em junho de no compartilha entorno.
elaborado. 2009 concurso do
PE Plano de Conselho 1 gerente Casa-sede Plano de Proteção
Igarapés manejo instituído e que fica em Colniza. em operação.
do concluído e em em Sinalização Base
Juruena aprovado em funcionamen Aripuanã existente. georeferenciada
dezembro de to Equipament existente dos dados
2008 o do Arpa do plano.
vai chegar
PE Plano de Identificação 1 Gerente Não há Inventário de fauna e
Tucumã conservação de em flora até junho de
integrado lideranças Colniza 2009.
finalizado (Edelson) Plano de Proteção
EE Rio (PCA) para cada UC em
Roosevelt operação.
Sinalização será
EE Rio georeferenciada.
Madeirinh
a
Resex Plano de Processo de 1 gerente Somente Mapeamento das
Guariba- conservação mobilização que fica Aripuanã, colocações.
Roosevelt finalizado concluído. em negociando Sinalização será
(PCA) Primeira Aripuanã com a usina georeferenciada.
Projetos de reunião do (Domingos oleoquimica
geração de conselho Sávio) na
renda em para julho de Comunidade
andamento. 2009. Guariba
RE A SEMA/MT não faz gestão nesta área por haver
Apiacás sobreposição com PN Juruena, mas há plano de manejo.
16 Resex Somente Conselho 1 chefe da Sede em
Machadinh plano de único regional Machadinho
o d´Oeste manejo de .
florestal Machadin 1 carro
ho (Eliseu)
54
3.4. Aspectos institucionais do Mosaico da Amazônia Meridional
55
Art. 11. Os corredores ecológicos, reconhecidos em ato do Ministério do
Meio Ambiente, integram os mosaicos para fins de sua gestão.
Parágrafo único. Na ausência de mosaico, o corredor ecológico que
interliga unidades de conservação terá o mesmo tratamento da sua zona
de amortecimento.”
3) O Plano Nacional de Áreas Protegidas, estabelecido no Decreto 5758, de 13
de abril de 2006, apresenta a visão ampliada das áreas protegidas envolvendo
as unidades de conservação, as terras indígenas e as terras ocupadas por
remanescentes das comunidades dos quilombos. Além disso, o Plano aponta
algumas ações voltadas aos mosaicos, como a necessidade de avaliar a
aplicabilidade de instrumentos de gestão territorial de grandes paisagens e de
aprimorar a regulamentação do SNUC referente ao tema mosaico.
4) A Minuta da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras
Indígenas (PNGATI), que define suas diretrizes, objetivos e instrumentos;
dispõe sobre a sua gestão, mecanismos de financiamento, monitoramento e
avaliação; e estabelece os parâmetros para a elaboração do Programa
Nacional de Gestão Territorial e Ambiental das Terras Indígenas. Apresenta
nos seus objetivos, promover a interface das terras indígenas com outras áreas
legalmente protegidas por meio de instrumentos nacionais e internacionais de
gestão territorial da diversidade biológica e sociocultural tais como: mosaicos,
corredores ecológicos e reservas da biosfera.
5) Os Sistemas Estaduais e Municipais de Unidades de Conservação
existentes no Brasil, na sua maioria, fortalecem o conceito de mosaicos de
áreas protegidas, buscando estabelecer normas e diretrizes para este
instrumento de gestão territorial, segundo as características de cada unidade
política da federação.
56
4. Diagnóstico
57
Proteção das Áreas de Preservação Permanente (APP) – A proteção das
florestas ciliares, ao longo dos corpos d’água, e matas de encosta e topos de
montanhas garante a produção de água e ajudam a conter erosões, a mitigar o
assoreamento e inundações. Na região do mosaico, destacamos as principais
áreas criticas para a manutenção dos serviços ecossistêmicos, preservados
pelas APP (Figura 23).
58
Figura 22. Estoque de carbono florestal na Amazônia Brasileira,
Fonte: Série Técnica No. 10 do Ministério do Meio Ambiente, 2009.
59
4.3. Cenários futuros regionais
60
Figura 24. Modelagem do projeto “Os Cenários para a Amazônia”, que simulou a
dinâmica de uso e cobertura do solo, seus impactos nos ecossistemas amazônicos
previsto em 2050, em destaque a região do Mosaico da Amazônia Meridional.
Fonte: Soares Filho, 2006.
61
Cenários com base no clima (100 anos) - as mudanças climáticas globais,
provocadas pelo aumento da concentração de gases de efeito estufa na
atmosfera após a revolução industrial, afetarão todos os setores das atividades
humanas e os ecossistemas, como a saúde pública, a agricultura, os recursos
florestais, os recursos hídricos e as áreas costeiras, por exemplo. Uma síntese
dos últimos resultados divulgados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças
Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) indica que haverá, no decorrer deste
século, aumento de temperatura por todo o planeta, sendo mais severo sobre
os continentes. Neste período, os oceanos devem fiar mais frescos e os níveis
dos oceanos devem subir. Haverá ainda aumento de chuvas nas regiões que já
são bem providas de chuvas e diminuição nas regiões que hoje sofrem com a
escassez de água, além de aumentar a frequência e a intensidade dos eventos
extremos, como furacões, inundações e secas prolongadas (IPPC, 2007).
Todavia, o quadro geral de mudanças do regime de chuvas nem sempre se
aplica a todas as regiões da Terra. É o caso da Amazônia, onde todos os
modelos projetam aumento de temperatura, mas não concordam entre si com
respeito às alterações no regime de chuvas. Alguns modelos projetam
diminuição, outros aumentos e alguns há pouca alteração no regime de chuvas
(Li, 2006).
A possibilidade da floresta amazônica não resistir à mudança do regime de
chuvas e ser substituída por um ecossistema de vegetação mais esparsa, do
tipo savana, é levantada em vários trabalhos (Cox, 2004; Cox, 2006; Salazar
2006). As projeções de savanização da Amazônia vêm, sobretudo, dos
resultados do modelo climático do Centro Hadley do Reino Unido (Cox, 2004;
Cox, 2006), pelo fato deste projetar no futuro um padrão mais freqüente de
temperatura das águas superficiais do oceano Pacífico equatorial típica do
fenômeno El-Niño, e também projetar aumento da temperatura das águas
superficiais do oceano Atlântico na região tropical do Hemisfério Norte (Collins,
2005). O fenômeno El-Niño está associado a condições mais secas na
Amazônia, especialmente nas regiões norte, central e leste, enquanto que o
aquecimento das águas do oceano Atlântico norte está associado a situações
de estação seca mais severa na região sul e sudoeste da Amazônia (Marengo,
2006, Cane, 2005). Portanto, um cenário futuro de “El-Niños” e águas
relativamente mais quentes no oceano Atlântico tropical norte levará,
certamente, a importantes reduções de chuvas e ao alongamento da duração
da estação seca em grande parte da Amazônia. Nesta linha de estudo, da
“savanização da Amazônia”, o modelo gerou duas analise: Um cenário mais
otimista (B2) e um pessimista (A2). Eles projetam ao final do Século XXI,
respectivamente, concentrações atmosféricas de GEE de 600 e 1250 ppmv
(partes por milhão em volume), equivalentes em concentrações de gás
carbônico (Figura 25).
62
Figura 25. Na linha de estudo, com enfoque na “savanização da Amazônia”, o modelo
gerou duas analise, um cenário mais otimista (B2) e um pessimista (A2). Eles projetam
ao final do Século XXI, respectivamente, concentrações atmosféricas de GEE de 600
e 1250 ppmv (partes por milhão em volume),
equivalentes em concentrações de gás carbônico
Fonte: IPPC, 2007
Porém existe outra linha de analise, que considera que as florestas intactas da
Amazônia podem ser mais resistentes do que muitos modelos de ecossistema
assumem, pelo menos em resposta às anomalias climáticas em curto prazo.
Laurence e sua equipe, 2009, realizaram cinco diferentes inquéritos da floresta
em uma área protegida de 50 quilômetros ao norte de Manaus na Amazônia
central; com medições entre 1981 e 2003. Eles defendem que a biomassa da
floresta também é aumentada ao longo do tempo, com a área basal de árvores
em parcelas as quais se relacionam fortemente com a biomassa das árvores,
com um crescimento de 4% em média. O conjunto de mudanças observadas —
acelerando o crescimento de árvore e o dinamismo da floresta e o aumento da
biomassa — em grande parte está em sintonia com as conclusões de outros
estudos comparativos no longo prazo da dinâmica de floresta em toda a bacia
amazônica. Afirmam ainda que uma das explicações mais freqüentes para tais
conclusões é que a produtividade florestal está crescendo, possivelmente em
resposta ao aumento de fertilização da CO2 ou alguns outros drivers regionais
ou mundiais, como o aumento da variabilidade da irradiancia solar ou a
precipitação.
63
Segundo Lapola 2006, as projeções de cobertura vegetal na América do Sul
Tropical para o final do século diferem consideravelmente dependendo do
cenário de clima e também em processos fisiológicos como são considerados
nos modelos de vegetação. Para investigar o futuro da vegetação da
Amazônia, a equipe criou um modelo numérico potencial de vegetação que
poderia ser acompanhado com modelos climáticos globais. O modelo de
vegetação aparece replicar com precisão a vegetação atual na região. Quando
a mudança climática simulada no futuro e que incluiu o efeito de fertilização de
CO2, a vegetação foi praticamente inalterada. Sem o efeito de fertilização de
CO2, a floresta quase desaparece sob a sua alteração esperada no clima. E se
o clima não muda muito e é realizado o efeito de fertilização de CO2, a floresta
tropical se expande consideravelmente (Figura 26).
64
4.4. Conflitos socioambientais
65
Rondônia, a ReBio Jarú é invadida para extração de diamantes e ouro,
como também seixo e areia para a construção civil.
b) A extração ilegal de árvores também tem ampla distribuição pelo mosaico,
ocorrem principalmente pelas bordas, próximos de áreas adensadas, como
assentamentos, vilas e distritos. A extração das toras é viabilizada por uma
malha de estradas secundárias e ramais que avançam pela floresta, a
maioria vindos do Mato Grosso e Rondônia. No Amazonas o acesso é pela
Rodovia Transamazônica e a produção ilegal é escoada por Humaitá e
Machadinho D’Oeste. A atividade mantém centenas de serrarias e centros
de desmembramento das toras em madeira cortada, de difícil fiscalização.
Além da extração ilegal de madeira, a pesca ilegal também ocorre nas
principais calhas dos rios, apesar das cachoeiras impedirem o acesso ao
centro do mosaico.
c) A fronteira vem se consolidando com a implementação de políticas de
assentamentos realizados pelas diferentes escalas de governo, como
também por iniciativas ilícitas como a grilagem de terras públicas. O
mosaico é alvo destas ameaças, mas espera-se que a regularização
fundiária das Unidades de Conservação dificulte a apropriação de terras
públicas por grileiros, o que as transforma em fazendas privadas.
Destacamos no Mosaico do Apuí a grilagem de terras públicas nos rios
Guariba, Aripuana e Roosevelt e, secundariamente, no Sucunduri (pela
Sempre Verde, Asprojur e Pionera), e a privatização do Pontal de Apiacás,
com uma malha de fazendas compradas para o manejo florestal, como
estoque para o futuro, e florestas para a compensação ambiental de reserva
legal.
d) Com a consolidação da fronteira agropecuária, as fazendas se multiplicam
de forma legal ou ilegal, e parte delas alteram a paisagem com o
desmatamento, para viabilizar a criação bovina, principalmente. Os maiores
desmatamentos que ocorrem no mosaico e seu entorno imediato são
decorrentes de aberturas de florestas em fazendas de gado.
e) Por último, a chegada da grande infraestrutura e o asfaltamento de rodovias
na região estimula ainda mais a expansão da fronteira agrícola e da
exploração madeireira. No caso do mosaico, os maiores projetos de
infraestrutura existente são projetos de hidrelétricas: Tabajara no PN
Campos Amazônicos, Sucunduri no Mosaico do Apuí e cachoeiras do
Juruena no PN Juruena e Mosaico do Apuí, que pretendem barrar os
principais cursos d’água da região, importantes para o fluxo e dinâmica
hidrológica que o mosaico tem como objetivo preservar. O asfaltamento das
principais vias da região pode acarretar uma colossal conversão de
florestas em pastagens e áreas agrícolas, resultando em fragmentação
florestal e profunda perda do patrimônio genético da Amazônia Meridional –
ainda pouco conhecido –, além da redução regional das chuvas, com
possível aumento da flamabilidade de suas paisagens.
66
Figura 27. Mapa dos avanços da fronteira agrícola (em vermelho)
na região do Mosaico da Amazônia Meridional
Fonte: Irgang, 2011.
67
Figura 28. Mapa dos projetos de infraestrutura e manejo florestal, com destaque
na região do Mosaico da Amazônia Meridional
Fonte: Irgang, 2011.
68
Em outubro de 2006, as ameaças aos valores de conservação foram avaliadas e no
decorrer dos anos de planejamento do mosaico, detalhadas durante as oficinas,
enriquecidas com as novas informações provenientes das pesquisas. A tabela a seguir
apresenta estas ameaças organizadas pelas respectivas áreas protegidas.
Tabela 7. As principais ameaças das unidades de conservação do Mosaico da Amazônia
Meridional.
UC Ameaças
Grilagem de terras públicas nos rios Guaribas, Aripuana e
Roosevelt e, secundariamente, no Sucunduri (Sempre Verde,
Asprojur e Pionera)
Mosaico do Garimpo de diamante no PE Sucunduri e FE Apuí
Apuí Estradas sem controle desde Mato Grosso em direção ao
mosaico
Exploração ilegal de madeira
Ocupações sem controle
Desmatamento
Ramal do Pito Aceso
Fogo dos campos
PN Campos Potencial hidrelétrico (rio Tabajara e Cachoeira Inferninho)
Amazônicos Monocultura de grãos
Garimpo na TI
Extração ilegal de madeira
Fragmentação dos campos
Garimpo de ouro ao longo do rio Juruena
Garimpo de diamante em São Tomé
Pesca comercial no norte do PN
PN Juruena Densa ocupação do sul do PN
Extração de fibra no Apiacás (palha de babaçu, óleo da palmeira)
Potencial hidrelétrico (PAC)
Grande desmatamento em Colniza (MT)
Garimpo de ouro e pedras
ReBio Jarú Isolamento (perda de conectividade com PN Campos
Amazônicos)
Extração de madeira
PE Igarapés Garimpo
do Juruena Grilagem
Invasão
Extração de madeira
PE Tucumã Garimpo
Grilagem e Invasão
Extração de madeira
EE Rio Roosevelt Garimpo
Grilagem
69
UC Ameaças
Invasão Estrada MT-206
Extração de madeira
EE Rio Madeira Garimpo
Grilagem e Invasão
Extração de madeira
Resex Guariba-
Garimpo
Roosevelt
Grilagem e Invasão
70
5. Alcance do Plano Estratégico do Mosaico da Amazônia
Meridional
71
OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS:
72
OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS:
7a – termos de cooperação bilaterais estabelecidos em 2010
7. Integração e 7b – 100% equipes das UCs capacitadas em gestão de áreas
fortalecimento das protegidas e em gestão integrada nos próximos 2 anos
instituições gestoras das 7c – ao menos 01 reunião ordinária do conselho/ano
áreas protegidas do
mosaico. 7d – 100% conselheiros capacitados em gestão integrada
7e – 04 produtos de comunicação/ano sobre mosaico
(conhecimento, 7f – 100 % das UCs com conselhos gestores nos próximos 2 anos
operacionalização dos planos 7g – 01 assembleia dos conselhos gestores realizada
de manejo das UCs,
fiscalização) 7h – 01 planejamento integrado operacional/ano, com avaliação
semestral
7i – 01 analise da implementação e da sua efetividade de gestão do
mosaico desenhada e aplicada
73
Figura 29. Mapa do cenário desejável para a região do Mosaico da
Amazônia Meridional. Fonte: Irgang, 2011.
74
5.2.2.Áreas sobrepostas do Mosaico da Amazônia Meridional
75
5.2.3.Integração do zoneamento das unidades de conservação
76
5.2.4.Proposta de corredores ecológicos e de novas unidades
de conservação
A região de alto valor biológico identificados por Irgang (2010), fora das
unidades de conservação, são todas áreas proposta para a criação de novas
unidades de conservação ou corredores ecológicos. Na região do Mosaico da
Amazônia Meridional, a importância destas áreas está relacionada com a
conexão das florestas norte sul, podemos destacar o Amazonas localiza-se a
maior área para promover a conservação da conectividade norte sul e
especialmente na tríplice fronteira entre os estado de RO e MT, a fragmentação
esta em franca expansão, com isto é fundamental que áreas integradas sejam
identificadas e garantidas por instrumentos legais que visem garantir a
perpetuidade destas áreas.
Figura 32. Mapa das propostas de corredores ecológicos e novas áreas protegidas.
77
5.2.5.Proposta de uso do solo para espaços sem cobertura
natural no Mosaico da Amazônia Meridional
De forma geral, o Mosaico da Amazônia Meridional se encontra numa situação
muito privilegiada com suas florestas extensas e preservada, com exceção na
região de Rondônia, onde existe um alto grau de fragmentação entre as
unidades de conservação estaduais e sua integração com o sistema federal de
conservação. Esta região exige intensa atuação de regeneração e construção
de corredores ecológicos para procurar manter alguma conectividade biológica
(Figura 33).
78
6. Sistema de Governança
Representação Governamental:
a) Quatro gestores das Unidades de Conservação Federais integrantes do Mosaico;
79
b) Um gestor das Unidades de Conservação do Estado do Amazonas integrantes do
Mosaico;
c) Um representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e do
Desenvolvimento Sustentável do Amazonas;
d) Um gestor das Unidades de Conservação do Estado do Mato Grosso integrantes
do Mosaico;
e) Um gestor das Unidades de Conservação do Estado do Rondônia integrantes do
Mosaico;
f) Um representante da secretaria de Meio Ambiente dos municípios do Amazonas
integrantes do território do mosaico;
g) Um representante da secretaria de Meio Ambiente dos municípios do Mato Grosso
integrantes do território do mosaico;
h) Um representante da secretaria de Meio Ambiente dos municípios de Rondônia
integrantes do território do mosaico;
• Proteção
• Pesquisa
• Consolidação Territorial
• Geração de Renda
• Fortalecimento das Organizações Comunitárias
• Gestão e Comunicação
80
Tabela 9. Linha Estratégica - Proteção
AÇOES ATIVIDADES QUANDO QUEM R$ METAS
1.1. Sinalizar o rio
Juruena a partir da Objetivo
PARNA Juruena e
cachoeira São jun/jul 2012 25.000,00 geral
Mosaico do Apuí
Simão ate Salto e7hi
Augusta
1. Sinalização e
1.2. Sinalizar e Sem data...
fiscalização ICMBio PNCA Objetivo
fiscalizar os rios A ser definida
conjunta Mosaico do Apuí e 21.000,00 geral
Madeirinha e pelas
BPA e7hi
Roosevelt instituições
Objetivo
1.3. Sinalização do Jaru SEDAM/RO e
jul/12 25.000,00 geral
Rio Machado SEMA Machadinho
e7hi
Sem data...
2. Operação 2.1. Fiscalização ICMBio, REBIO Jaru, Objetivo
A ser definida
conexão da extração ilegal Mosaico do Apuí e 70.000,00 geral
pelas
mosaico de madeira BPA e7hi
instituições
3.1. Operação de Sem data...
ICMBio/Jatuarana Objetivo
3. Operação fiscalização de A ser definida
Mosaico do Apuí, 12.000,00 geral
Rio Aripuanã combate a pesca pelas
SEMA MT e BPA/AM e7hi
ilegal instituições
4.1. Fiscalização
Sem data... ICMBio/PNJU e
no garimpo do Objetivo
4. Operação A ser definida Jatuarana, Mosaico
mucura no 60.000,00 geral
Rio Sucunduri pelas do Apuí, BPA,
PAREST e7hi
instituições IBAMA
Sucunduri
5. Operação 5.1. Fiscalização Objetivo
REBIO Jaru, PNCA,
REBIO Norte I de desmatamento 2012 50.000,00 geral
IBAMA e SEDAM
II III e IV e queimadas e7hi
6.1. Realizar
6. Sinalização Objetivo
atividade de Mosaico do Apuí,
do Rio mar/13 25.000,00 geral
sinalização do Rio PPNJU e Jatuarana
Sucunduri e7hi
Sucunduri
8.1. Viabilizar
recursos para a
elaboração do
Plano de proteção.
8. Elaboração Objetivo
Contratar 2 semestre Comitê gestor do
do Plano de 300.000,00 geral
consultoria. 2012 e 2013 MAM e Ucs
Proteção e7hi
Realizar reunião
com os
representantes do
MAM e SIPAM
9.1. Estabelecer
9. parcerias com SIPAM, MAM, INPE, Objetivo
Monitoramento SIPAM. Capacitar 2012 e 2013 IMAZON, ICMBio 200.000,00 geral
remoto do MAM gestores para usar IBAMA e7hi
as ferramentas.
803.000,00
81
Tabela 10. Linha Estratégica – Educação
AÇOES ATIVIDADES QUANDO QUEM R$ METAS
10.1. Realizar
10. coleta de material
Levantamento em campo.
do estoque, Sistematizar e 75.000,00
potencial e analisar os ICMBio/PNCA, PNCA e
impacto da resultados. 2 semestre de Mosaico do Apuí, 40.000,00
2ABC
pesca esportiva Divulgar os 2012 e 2013 UFAM, Setor Bararati
no Rio resultados. Turístico, UNIR-JIPA 30.000,00 Rio
Roosevelt e Implantar os Machado
Bararati e Rio resultados obtidos
Machado no Plano de Uso
Público das Ucs
11.1.
Mapeamentos das
hidrelétricas
previstas. Criar GT
11. Analise dos para estudos de
estudos das impacto de
viabilidades e implantação das
2012 Consultoria CCMAM 150.000,00 1D,
impactos das hidrelétricas da
hidrelétricas do região do MAM.
MAM Manifestação
formal do CCMAM
junto as
instituições.
Divulgar resultados
12. Criação de
12.1.
novas Ucs em
Levantamento e
Aripuana e Prefeitura Aripuanã,
estudo de 2013 300.000,00 1F,
outras no Parceiros e
viabilidade de
entorno do
criação
MAM
13. Pesquisa de
população de
ICMBio, Secretarias,
zog zog na 13.1. Buscar
2012 Rio Terra, WWF 100.000,00 2ABC
RESEX recursos
universidades
Guariba
Roosevelt
14.
14.1. Buscar
Diagnósticos 100.000,00 4B
recursos
socioambientais
15.
Diagnósticos 15.1. Buscar
100.000,00 4B
etnoambientais recursos
e TI´s
16.1.
16.
Levantamento do
Sistematização
Patrimônio 100.000,00 4E
do Patrimônio
imaterial da região
Imaterial
do MAM
995.000,00
82
Tabela 11. Linha Estratégica – Consolidação Territorial
Ação Atividade Quando Quem R$ Metas
17.1. Contratação
de empresa ou
formalização de 1) PNCA, RB JARU
1.200,00 por
17. convenio com o e UCs RO 2) UCs
2012 em diante km X 500 km 1g
Demarcação Exercito Brasileiro MT, Mosaico do Apuí
= 600.000,00
para realizar a e PNJU
demarcação e
georreferenciado
700,00 por
1) PNCA, RB JARU
18. Sinalização 18.1 Confeccionar placa
julho/2012 (RB e UCs RO 2) UCs
dos limites das e instalar placas de instalada X (1g)
Jaru) em diante MT, Mosaico do Apuí
UCs sinalização 100 =
e PNJU
70.000,00
19.
Manifestação
ao MDA Simone
Ate a próxima
solicitando 19.1. Elaborar (elaboração);
reunião do 0,00 (1a e 1g)
regularização oficia ao MDA Aprovação pela
CCMAM
fundiária no plenária.
entorno do
MAM
20. Simone
20.1. Elaborar
Manifestação (elaboração);
oficio; socializar
ao MMA Aprovação pelos .(1,
pelo email e apos
cobrando junho/2012 chefes de UCs 0,00 exceto 1f
a conclusão,
definição da ZA federais e assinatura e 6)
encaminhar ao
para UCs pelo presidente do
MMA pelo MAM
federais MAM.
21.
Manifestação a
UC`s RO
SEDAM
(elaboração);
solicitando 21.1. Elaborar
ate julho/2012 aprovação e 0,00 (1g).
reavivamento oficia a SEDAM
encaminhamento
das picadas e
pelo MAM.
sinalização das
UC`s RO
22.1. Manifestação
do CCMAM quanto
22. Conflitos a necessidade de
relacionados a resolução dos
questão conflitos
2012/2013 RO - MT - AM 0,00 (1g)
fundiária das relacionados a
UCs RO, AM e ocupações ilegais
MT e roubo de
madeiras das UCs
de RO, AM e MT.
23. Inclusão
23.1 Atividade de
das
ed. Ambiental e
associações e
formação; maior ICMBio, Secretarias,
comunidade
participação nos 2012 ONGs, Associações 500.000,00 (1g,4)
nas discussões
conselhos, de RO, AM e MT.
ref. a
associações e
consolidação
terras indígenas.
territorial
24.1. Firmar
convênios;
24.
contratar
Diagnósticos e
consultoria e ICMBio, Secretarias,
planos de (1g, 4e,
preparar logística 2012 ONGs, Associações 1.000.000,00
manejo para 4d e 7a)
necessária ao de RO, AM e MT.
UCs que não
atendimento de
tem
demandas
conjuntas.
83
Tabela 11. Linha Estratégica – Consolidação Territorial
Ação Atividade Quando Quem R$ Metas
25.1. Firmar
convênios;
25. Revisar os contratar ICMBio,
planos de consultoria e Universidades,
(1g, 4e,
manejos e preparar logística 2012 Secretarias, ONGs, 1.000.000,00
4d e 7a)
diagnósticos necessária ao Associações de RO,
das UCs atendimento de AM e MT.
demandas
conjuntas.
26.1. Firmar
convênios;
26. contratar ICMBio,
Diagnósticos consultoria e Universidades,
etnoambientais preparar logística 2012 Secretarias, ONGs, 1.000.000,00 (4e e 7a)
das Tis do necessária ao Associações de RO,
MAM atendimento de AM e MT.
demandas
conjuntas.
27.1. Identificar os
27. Gestão de conflitos existentes Processo
CCMAM + GT (1d, 1g,
conflitos na região do MAM; contínuo a 500.000,00
especifico. 6a e 6g)
socioambientais Mapear os conflitos partir de 2012
a partir das
reuniões do MAM;
Buscar alternativas
para a resolução
destes conflitos
(recategorização,
desafetação, …);
Fortalecer as
relações
institucionais,
Estabelecer
instrumentos de
gestão compatíveis
(TC, TRC, ...)
4.670.000,00
84
Tabela 12. Linha Estratégica – Geração de Renda
AÇOES ATIVIDADES QUANDO QUEM R$ METAS
28.1. Identificação
dos centros de
beneficiamento já
6 áreas x
em operação e Representantes do
jul/12 2.000 = 5
realizar um mosaico
12.000
diagnóstico do
processo
produtivo.
28.2. Identificação
dos centros
potenciais para 6 áreas x
Representantes do
operação para set/12 2.000 = 5
mosaico
multiplicação das 12.000
experiências
existentes
28.3. Mapeamento
dos castanhais nas
associações Formação de um GT
(centros de de produção para Fazer
jun/13 5
beneficiamento já esta atividade + levantamento
existentes) e em consultor
áreas
desconhecidas;
28.4. Organização
28. Cadeia Formação de um GT
das associações e
Produtiva da de produção para Fazer
capacitação que jun/14 5
Castanha esta atividade + levantamento
trabalham com
consultor
castanha;
28.5.
Equipamentos:
terçado, prensas,
Formação de um GT
descascador de
de produção para Fazer
castanha, jun/14 5
esta atividade + levantamento
esquenta da
consultor
castanha, material
de embalagem,
galpão, etc.
28.6. Identificação Formação de um GT
de mercado / plano de produção para Fazer
jun/14 5
de negócio para a esta atividade + levantamento
castanha consultor
28.7. Aplicação do Formação de um GT
selo do mosaico e de produção e Fazer
dez/12 5
selo de cada comunicação para levantamento
centro do mosaico. esta atividade
Formação de um GT
28.8. Marketing e de produção e Fazer
jun/13 5
mídia comunicação para levantamento
esta atividade
29.1. Padronização
Formação de um GT
e automatização
de produção para Fazer
do processo jun/14 5
esta atividade + levantamento
produtivo da
consultor
farinha
29. Cadeia Formação de um GT
29.2. Controle de
Produtiva da de produção para Fazer
qualidade da Contínuo 5
Farinha esta atividade + levantamento
farinha
consultor
Formação de um GT
29.3. Identificação
de produção para Fazer
de mercado para a jun/14 5
esta atividade + levantamento
farinha
consultor
85
Tabela 12. Linha Estratégica – Geração de Renda
AÇOES ATIVIDADES QUANDO QUEM R$ METAS
30.1. Identificação
dos centros de
beneficiamento já
6 áreas x
em operação e Representantes do
jul/12 2.000 = 5
realizar um mosaico
12.000
diagnóstico do
processo
produtivo.
30.2. Identificação
dos centros
potenciais para 6 áreas x
Representantes do
operação para set/12 2.000 = 5
mosaico
multiplicação das 12.000
experiências
30. Cadeia existentes
produtiva em Formação de um GT
30.3. Organização
Sistemas de produção para Fazer
das associações e jun/14 5
Agroflorestais: esta atividade + levantamento
capacitação;
cupuaçú, açaí, consultor
pupunha, 30.4.
guaraná, côco, Equipamentos:
banana, café, Formação de um GT
despolpaderia,
essencias, de produção para Fazer
câmara fria, jun/14 5
óleos, madeira, esta atividade + levantamento
material de
cacau, etc consultor
embalagem,
galpão, etc
Formação de um GT
30.5. Identificação
de produção para Fazer
de mercado / plano jun/14 5
esta atividade + levantamento
de negócio
consultor
30.6. Aplicação do Formação de um GT
selo do mosaico e de produção e Fazer
dez/12 5
selo de cada comunicação para levantamento
centro do mosaico. esta atividade
Formação de um GT
30.7. Marketing e de produção e fazer
jun/13 5
mídia comunicação para levantamento
esta atividade
31.1. Identificação
dos centros de
beneficiamento já
6 áreas x
em operação e Representantes do
jul/12 2.000 = 5
realizar um mosaico
12.000
diagnóstico de do
processo
produtivo.
31.2. Identificação
dos centros
31. Essências e potenciais para 6 áreas x
Óleos (copaíba, operação para Representantes do
set/12 2.000 = 5
andiroba, buriti, multiplicação das mosaico
12.000
breu, seringa) experiências
existentes
Formação de um GT
31.3. Organização
de produção para Fazer
das associações e jun/14 5
esta atividade + levantamento
capacitação;
consultor
31.4. Diagnostico
das atividades de
5
produção dentro
da área do MAM.
86
Tabela 12. Linha Estratégica – Geração de Renda
AÇOES ATIVIDADES QUANDO QUEM R$ METAS
31.5.
Equipamentos:
Formação de um GT
despolpaderia,
de produção para Fazer
câmara fria, jun/14 5
esta atividade + levantamento
material de
consultor
embalagem,
galpão, etc
Formação de um GT
31.6. Identificação
de produção para Fazer
de mercado / plano jun/14 5
esta atividade + levantamento
de negócio
consultor
31.7. Aplicação do Formação de um GT
selo do mosaico e de produção e Fazer
dez/12 5
selo de cada comunicação para levantamento
centro do mosaico. esta atividade
Formação de um GT
31.8. Marketing e de produção e Fazer
jun/13 5
mídia comunicação para levantamento
esta atividade
32.1. Identificação
6 áreas x
das iniciativas de Representantes do
jul/12 2.000 = 6
turismo já mosaico
12.000
existentes
32.2. Identificação 6 áreas x
Representantes do
dos potenciais set/12 2.000 = 6
mosaico
turísticos 12.000
Formação de um GT
32.3. Organização
de produção para Fazer
das associações e jun/14 6
esta atividade + levantamento
capacitação;
consultor
32. Turismo
(pesca, Formação de um GT
aventura, 32.4. Infraestrutura de produção para Fazer
jun/14 6
ecoturismo, e equipamentos esta atividade + levantamento
cultural, consultor
histórico, Formação de um GT
32.5. Identificação
arqueológico) de produção para Fazer
de mercado / plano jun/14 6
esta atividade + levantamento
de negócio
consultor
32.6. Aplicação do Formação de um GT
selo do mosaico e de produção e Fazer
dez/12 6
selo de cada comunicação para levantamento
centro do mosaico. esta atividade
Formação de um GT
32.7. Marketing e de produção e Fazer
jun/13 6
mídia comunicação para levantamento
esta atividade
33.1. Identificação
6 áreas x
das iniciativas de Representantes do
jul/12 2.000 = 6
piscicultura já mosaico
12.000
existentes
33. Piscicultura 6 áreas x
com peixes 33.2. Identificação Representantes do
set/12 2.000 = 6
endêmicos da dos potenciais mosaico
12.000
região
Formação de um GT
33.3. Organização
de produção para Fazer
das associações e jun/14 6
esta atividade + levantamento
capacitação;
consultor
87
Tabela 12. Linha Estratégica – Geração de Renda
AÇOES ATIVIDADES QUANDO QUEM R$ METAS
Formação de um GT
33.4. Infraestrutura de produção para Fazer
jun/14 6
e equipamentos esta atividade + levantamento
consultor
Formação de um GT
33.5. Identificação
de produção para Fazer
de mercado / plano jun/14 6
esta atividade + levantamento
de negócio
consultor
33.6. Aplicação do Formação de um GT
selo do mosaico e de produção e Fazer
dez/12 6
selo de cada comunicação para levantamento
centro do mosaico. esta atividade
Formação de um GT
33.7. Marketing e de produção e Fazer
jun/13 6
mídia comunicação para levantamento
esta atividade
34.1. Identificação 6 áreas x
Representantes do
de áreas propícias jun/13 2.000 = 5
mosaico
para a atividade 12.000
34.2. Identificação
de associações e
6 áreas x
sindicatos/ para Representantes do
jun/13 2.000 = 5
manejo florestal mosaico
12.000
comunitário e
empresarial
34.3. Verificação
Formação de um GT
da regularidade
de produção para Fazer
dos documentos jun/13 5
esta atividade + levantamento
das áreas para
consultor
manejo
34.4. Capacitação Formação de um GT
e para realizar de produção para Fazer
jun/14 5
manejo de baixo esta atividade + levantamento
impacto consultor
34.5. Divulgação
Formação de um GT
para a sociedade
de produção para Fazer
para facilitar a Contínuo 5
esta atividade + levantamento
aceitabilidade do
consultor
34. Madeira setor
34.6. Articulação
para engajamento
do poder publico Formação de um GT
municipal e de produção para Fazer
Contínuo 5
estadual para esta atividade + levantamento
realização e consultor
aprovação do
projeto de manejo
Formação de um GT
34.7. Articulação de produção para Fazer
Contínuo 5
com os parceiros esta atividade + levantamento
consultor
34.8. Realização
do manejo com
acompanhamento
dos atores Formação de um GT
responsáveis pela 01/06/2016 até de produção para Fazer
5
área (chefe da UC, jun/2018 esta atividade + levantamento
comunitários, consultor
setores públicos,
privados,
sindicatos, etc.)
88
Tabela 12. Linha Estratégica – Geração de Renda
AÇOES ATIVIDADES QUANDO QUEM R$ METAS
Formação de um GT
34.9. Identificação
de produção para Fazer
de mercado / plano jun/14 5
esta atividade + levantamento
de negócio
consultor
34.10. Aplicação Formação de um GT
do selo do mosaico de produção e Fazer
jun/16 5
e selo de cada comunicação para levantamento
centro do mosaico. esta atividade
Formação de um GT
34.11. Marketing e de produção e fazer
Contínuo 5
mídia comunicação para levantamento
esta atividade
35.1. Identificação 6 áreas x
Representantes do
das iniciativas já jul/12 2.000 = 5
mosaico
existentes 12.000
6 áreas x
35.2. Identificação Representantes do
set/12 2.000 = 5
dos potenciais mosaico
12.000
Formação de um GT
35.3. Organização
de produção para Fazer
das associações e jun/14 5
esta atividade + levantamento
capacitação;
35. Movelaria e consultor
Artesanato Formação de um GT
(resíduos de 35.4 Infraestrutura de produção para Fazer
madeira, cipó, jun/14 5
e equipamentos esta atividade + levantamento
sementes, consultor
fibras, palhas,
Formação de um GT
cascas, 35.5. Identificação
de produção para Fazer
ouriços, argila e de mercado / plano jun/14 5
esta atividade + levantamento
barro) de negócio
consultor
35.6. Aplicação do Formação de um GT
selo do mosaico e de produção e Fazer
dez/12 5
selo de cada comunicação para levantamento
centro do mosaico. esta atividade
Formação de um GT
35.7. Marketing e de produção e Fazer
jun/13 5
mídia comunicação para levantamento
esta atividade
36.
36.1. Iniciar
Pagamentos de Reuniões do Fazer
discussão no Conselheiros 1e2
Serviços conselho levantamento
conselho
Ambientais
89
Tabela 13. Linha Estratégica – Fortalecimento da Organização Social
AÇOES ATIVIDADES QUANDO QUEM R$ METAS
4º e 5º
37.1. Elaboração
(reuniões
de Projetos
ordinárias)
37.2. Gestão 4º e 5º
Territorial e (reuniões
37. Ambiental ordinárias)
Custos da
Capacitação 37.3. Legislação 4º e 5º ICMBio/Rioterra/
reunião
do MAM Ambiente (SNUC, (reuniões WWF-BR/IPA 7B E 7D
Lei 9.605, etc.). ordinárias)
37.4. Gestão Ver plano
Integrada e Áreas anual do
Protegidas ICMBIO
38.1. Gestão
Biênio 2013 e
Territorial e
2014
Ambiental
38.2. Biênio 2013 e
38. Comunicação 2014 ICMBio Captação –
Capacitações 38.3. Gestão Biênio 2013 e Secretrias de MA Logística,
Para Adm. e Financeira 2014 ONGS DO materiais,
Associações 38.4. Direito e Biênio 2013 e Conselho MAM equipamento 4B E 7B
o MAM Cidadania 2014 (Rioterra/ s, RH e
38.5. WWF-BR/IPA) mobilização.
Biênio 2013 e
Inclusão/Questão
2014
de Gênero
39.1. Identificar as
Associações de
2012-2013
39. interesse para a
Intercâmbios atividade Associações Captação –
de boas 39.2. Organizar Secretarias Logística e
práticas logística e ONGS do CCMAM mobilização.
2012-2013
mobilizar 4C
instituições
40.1. Levantar as
2012-2013
demandas
40.2. Solicitar ao 4D
2012-2013
40. MCT UCs/Associações e
Telecentros 40.3. Buscar Prefeituras
06 Centros
recursos para 2012-2013
6x 150mil =
infraestrutura
R$
41.1. Capacitação
1 ano 900.000,00
41. Centros de em informática
Multimídias 41.2. Aquisição de 4D
1 ano
computares
42.1. Agentes
A partir de
ambientais ICMBio/SEDAM/DE
2012
voluntários FESA CIVIL/IBAMA
42.
42.3. Brigada de e Prefeituras R$ 5.000,00
Capacitação A partir de 7D
incêndios - por curso
Comunitária 2012
voluntários
43.1. Elaboração Agosto de
43. Programa
do escopo 2012
Educação
43.2. Contratação REBIO
Ambiental +- R$
de consultoria Agosto de JARU/WWF-B/ 2E7
Rebio Jaru/ 30.000,00
para auxiliar na 2012 IPA/SEDAM
Ucs O E Mam
elaboração
90
Tabela 14. Linha Estratégica – Gestão e Comunicação
AÇOES ATIVIDADES QUANDO QUEM R$ METAS
44.1. Aquisição de
equipamentos
44.2. Aquisição de
44.
material de
Funcionament Secretaria
consumo Constante 100.000,00
o da Executiva
44.3. Contratação
Secretaria
de RH
44.4. Custo fixo de
Escritório
45. Discutir as
Bases de 45.1. Definir em
Reunião
Apoio e Base Reunião do Conselheiros
Ordinária
Central do CCMAM
CCMAM 7/ 7c
46.1. Preparação
da Logística:
transporte,
46. Reuniões hospedagem e Secretaria
Semestral 45.000,00
do CCMAM alimentação. Executiva
46.2. Aquisição de
Material de
Consumo
47.1. Desenvolver
mecanismos de
participação
financeira nos
47. Autonomia produtos que
2013 CCMAM
Financeira recebam o selo
2c
MAM
47.2. Criação de GT
para desenvolver os
mecanismos
48.1. Realização de
Eventos,
Seminários, 2013 60.000,00 7g/7h
48. Promoção Oficinas, Encontros CCMAM
de Eventos e outros 2012 a 2013
48.2. Participação e
representação em 2012 a 2014 10.000,00
Eventos
49.1. Contratar
49. Plano de Consultoria para
2012 a 2013 CCMAM 100.000,00
Comunicação elaborar Plano de
Comunicação
50.1. Contratação
50. Produção
de empresa para
de Áudio 2012 a 2013 CCMAM 150.000,00
produção do
visual
material
51.1. Contratação
51. Criar Selo de empresa para
2012 a 2013 CCMAM 30.000,00
MAM criação do Selo 6e
MAM
52. Divulgar as
UC do MAM 52.1. Utilizar sites
utilizando institucionais para
2012 a 2014 CCMAM
mídias e divulgar o MAM e
espaços suas UC
existentes
53. Elaborar
53.1. Cartilhas,
Publicações
panfletos, folders e 22013 a 2014 CCMAM 50.000,00 7e
sobre o MAM
outros
e suas UC
545.000,00
91
6.2.1.Prioridades de intervenção do Mosaico da Amazônia
Meridional
92
7. Mecanismo de apoio para a implementação do Plano
Estratégico do Mosaico da Amazônia Meridional
4. Manutenção das relações 4a – Número de atividades promovidas para o resgate dos valores das
de uso tradicional dos formas de vida tradicionais e Número de atividades para a
93
OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS:
recursos naturais e formação de novas lideranças
conservação dos
4b – Número de intercambio entre comunidades tradicionais
patrimônios materiais e
imateriais relacionados 4c – Porcentagem das populações extrativistas do mosaico da AM
Meridional conectadas a redes já existentes e Número de novas
formas de organização social promovidas
4d – Número de estudos sobre o conhecimento existente sobre o
patrimônio material e imaterial da região, em especial os sítios
arqueológicos
94
7.2. Mecanismo de divulgação e comunicação
Como estratégia de divulgação e comunicação das ações integradas do
Mosaico da Amazônia Meridional podemos adotar três momentos de
implementação (Tabela 17) e, segundo o plano de ação, destacamos as
necessidades de comunicação para o mosaico (Tabela 18).
95
Eixo Temático Necessidades de divulgação e comunicação
96
considerar a integração das novas zonas com as existentes, criando um
planejamento orgânico ao já existente na escala do mosaico.
- no estabelecimento dos programas do novo plano de manejo, considerar os
objetivos geral e específico, além das metas para a consolidação do mosaico.
Elas devem refletir no planejamento da unidade de conservação, buscando sua
especificidade e integrando as ações com as unidades vizinhas.
É desejável que as unidades de conservação que esta se preparando para
elaborar seu plano de manejo seja reportada para o conselho gestor do
mosaico para buscar recomendações das experiências exitosas e lições
aprendidas dos planos elaborados no âmbito deste mosaico, para avançar sem
repetir erros já vividos.
97
Eixo Temático Fontes de financiamento
hidrelétricas podem ser desenvolvidas pelo WWF-Brasil.
• Diagnósticos socioambientais, etnoambientais e do
patrimônio imaterial são difíceis de financiamento por si,
devem estar em contextos como criação de novas áreas
protegidas, ou de mobilização social, ou ainda de
projetos culturais (sendo assim Programa Arpa, GEF
Indígena e editais do Ministério da Cultura,
respectivamente, são fontes de financiamento)
98
Eixo Temático Fontes de financiamento
do mosaico.
• O Ministério da Cultura para apoiar a implantação de
telecentros e centros de multimídia.
99
8. Bibliografia citada
100
Kaimowitz, D.; Mertens, B.; Wunder, S e Pacheco, P. Hamburger Connection Fuels
Amazon Destruction. Bangor, indonesia, Center for International Forest Research,
2004. http://www.cifor.cgiar.org/publications/pdf_files/media/Amazon.pdf
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WWF-Brasil. Estudos da região do Bloco de Conservação Juruena Apuí, relatório
interno. Marcos Roberto Pinheiro. 2006.
102
9. Anexos
103
Anexo 3. O modelo conceitual da região da Amazônia Meridional,
construído em 2006. Fonte: WWF-Brasil, 2006.
104