Planejamento de Experimentos

Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia – UTFPR - PG

Aula 1 – Planejamento de experimentos

“Nada posso lhe dar que já não exista em você mesmo. Não lhe
posso abrir outro mundo de imagens, além daquele que há em sua
própria alma. Nada posso lhe dar a não ser a oportunidade, o
impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio
mundo, isso é tudo”

Herman Hesse

Seja bem-vindo! Espero que tenhamos dias produtivos e divertidos de trabalho e informo que se você traz e
si a curiosidade e a coragem de ousar certamente irá além de onde está!

Esta disciplina, mais que um aglomerado de conhecimentos estatísticos, é um convite à reflexão.

Planejar?! Experimentar?! Planejar experimentos?! E depois?!

Analisar
Pensar Organizar e Analisar os
criticamente
planejar o realizar o resultados
e tomar
experimento experimento estatísticos
decisão

Você já parou para pensar por que estudar planejamento de experimentos pode ser importante na formação
de um engenheiro de bioprocessos?

Os processos produtivos de qualquer natureza estão em constante aprimoramento. Buscar processos mais
produtivos, rentáveis, rápidos, econômicos, com menor impacto ambiental, mais conforto, produtos com mais
qualidade, matérias primas alternativas, produtos diferenciados e muitos outros motivos podem levar à
necessidade de planejar e experimentar novas soluções.

Para alcançar as melhorias necessárias no processo produtivo por muito tempo, e até os dias de hoje em
alguns casos, é possível fazer tentativas de modo aleatório e empírico. O famoso “achismo” = “eu acho que se
mexer nisso vai acontecer aquilo, bora tentar?”.

Bem, você pode imaginar que tão aleatório quanto o método deverá ser também o resultado!

TENTATIVA E ERRO

PLANEJAMENTO CONSCIENTE

Quando uma alteração no processo baseada no método de tentativa e erro gera resultados positivos
certamente é um sucesso. Porém não há como prever a probabilidade de tal resultado ser bem sucedido. E
quando esta tentativa falha os prejuízos financeiros podem ser de grande impacto, resultando em perda de

Professora Sabrina Ávila Rodrigues – sabrinaavila@utfpr.edu.br

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Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia – UTFPR - PG
tempo, material, energia, produto e tudo mais que esteja envolvido. Imagine esta falha em uma proporção
industrial!

Para evitar este risco, um planejamento consciente do experimento a ser realizado, ponderando todas as
variáveis envolvidas, mensurando e comparando estatisticamente os resultados obtidos pode ser usado para
prever o impacto das alterações sugeridas no processo. Estas previsões podem ser usadas para ponderar os
riscos, vantagens e desvantagens de realizar a mudança proposta e assim reduzir a probabilidade de
consequências com impacto negativo!

Algumas pessoas, no entanto, podem acreditar que apenas uma análise estatística dos dados obtidos de forma
aleatória durante testes (não ou mal) planejados é suficiente para minimizar os riscos do resultado
catastrófico. Já no século passado Ronald Fischer alertava que “chamar o especialista em estatística depois
que o experimento foi feito pode ser o mesmo que pedir a ele para fazer um exame post-mortem. Talvez ele
consiga dizer do que o experimento morreu.”

Isto nos leva ao ponto central desta disciplina: planejar um experimento requer conhecimento do processo,
das ferramentas estatísticas adequadas e o uso do bom senso na análise dos resultados e tomada de decisão!

Processo

Estatística Bom Senso

E este é o motivo pelo qual a disciplina está na matriz curricular do seu curso! Você tem a habilidade e os
conhecimentos necessários para entender o processo. Já possui conhecimento das ferramentas básicas de
estatística obtidos em disciplina anterior. E agora vamos unir estes conhecimentos e acrescentar uma pitada
(generosa) de bom senso e análise crítica.

Criar condições para compreender desde a interpretação do problema a ser resolvido, avaliar os fatores
(variáveis) que incidem sobre o problema, fixar condições experimentais que permitam obter respostas
coerentes, realizar o planejamento estatístico, o experimento, a análise estatística e avaliar criticamente o
resultado obtido, chegando à tomada de decisão sobre a melhor ação a ser realizada para obter o melhor
resultado possível com impactos (positivos e negativos) dentro dos limites possíveis e aceitáveis para cada
situação.

Assim como no início deste texto te convido mais uma vez trazer à tona sua curiosidade e a coragem de ousar!

Diferente de tudo que aprenderemos na disciplina me atrevo a dizer que sua atitude é a única variável capaz
de influenciar no seu desempenho neste curso!

Mãos à obra e bom trabalho para todos!

Referências:
OLIVEIRA, de, F.E. M. Estatistica e Probabilidade - Exercicios Resolvidos e Propostos, 3ª edição. [Minha Biblioteca]. Retirado
de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521633846/

Neto, Barros, B., Scarminio, Spacino, I., Bruns, Edward, R. Como Fazer Experimentos: Pesquisa e Desenvolvimento na Ciência e na Indústria. [Minha Biblioteca].
Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788577807130/

Professora Sabrina Ávila Rodrigues – sabrinaavila@utfpr.edu.br

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