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SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL: O ESTADO

Professor Gabriel Dourado Dias


Aula elaborada com a colaboração de Ricardo Neves.
Imagem disponível em:http://www.webartigos.com/artigos/revisitando-as-fontes-do-direito-internacional-publico/125768/.Acesso em 15 agosto 2017.
CONCEITO
A respeito devemos inicialmente destacar que mesmo que não mais se
admita que o ente estatal seja o único sujeito de Direito Internacional, não é
possível ignorar a importância que o Estado ainda mantem no universo
jurídico internacional.

Com o efeito, os entes estatais criam a maior parte das normas de direito
das gentes, especialmente por meio de tratados, formam as organizações
internacionais, exercem papel relevante na condução da cooperação entres
os povos e estabelecem diversos parâmetros dentro dos quais outros
sujeitos de direito internacional atuarão na sociedade internacional.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS: TERITÓRIO,
POVO E GOVERNO SOBERANO.

Sobre a luz do direito internacional, três elementos se destacam cuja a


definição foi fruto de embates doutrinários durante vários séculos.
 Território: É o espaço geográfico dentro do qual o Estado exerce seu poder
soberano
 Povo: É o elemento humano do Estado que é formando por um conjunto de
pessoas naturais
 Governo Soberano: É também chamando de poder soberano, é a autoridade
maior que exerce o poder politico no Estado.
SURGIMENTO DO ESTADO
No que vemos é que o Direito Internacional
pode influenciar o surgimento de um estado.
O princípio da autodeterminação dos povos
contribuiu com a descolonização da África e
da Ásia por exemplo, na metade do século
XX, e as negociações ocorridas dentro da
Organização das Nações Unidas (ONU)
contribuíram para criação do estado de Israel.
Destarte, o direito classifica as formas pelas
quais nascem os entes estatais, que é o foco Imagem disponível em:http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2010/08/o-sistema-

principal deste ponto. westfaliano-e-as-relacoes.html. Acesso em 17 fev 2018.


RECONHECIMENTO DE ESTADO E DE
GOVERNO
Podemos falar que as comunidades humanas antigas com maior ou menor escala,
raramente foram ou são autossuficientes. Sempre houve o intercâmbio de bens
serviços e tecnologias.

Ainda que se possa aceitar que no passado, os entes estatais reuniam condições de
se desenvolverem sozinhos, isso é praticamente inviável na atualidade, mormente,
que a interdependência é uma das principais características das relações
internacionais. Vivemos em um mundo globalizado.

A importância do reconhecimento é permitir ao Estado a participação efetiva na


sociedade internacional, como sujeito de direitos e também como detentor de
obrigações.
DIREITOS E DEVERES DOS ESTADOS
Direito a existir, independentemente de reconhecimento;
Direito a auto organização;
Dever de não intervenção;
Direito a defender a sua integridade, independência e existência;
Direito a conservação;
Dever de solucionar pacificamente as controvérsias;
Direito a autodeterminação;
Direito ao exercício do poder soberano sobre todas as pessoas sobre sua
jurisdição;
Inderrogabilidade dos direitos;
Direito de não sofrer qualquer intervenção externa em assuntos próprios;
Dever de respeitar os direitos dos outros estados.
EXTINÇÃO E SUCESSÃO DE ESTADO

Podemos dizer que os estados podem ser extintos por fusão, unificação,
reunificação ou agregação.

Outra forma de extinção dos Estados é a dissolução ou desintegração


que ocorre quando um ente estatal maior desaparece para dar lugar a
outros, como ocorreu a partir da dissolução da antiga União das
Repúblicas Socialista Soviéticas (URSS).
TERRITÓRIO
O conceito de Território é um espaço físico no qual o Estado exerce seu poder
soberano, nos limites territoriais do exercício de sua jurisdição.

Jurisdição essa que compõe-se de solo e das águas interiores e fronteiriças, até o
limite com o seu ente estatal vizinho.

Desta forma, o Estado exerce jurisdição também sobre o subsolo abaixo da área que
ocupa, o espaço aéreo acima de suas fronteiras, o mar territorial, a zona contígua, a
plataforma continental e a zona econômica.

A exceção são os espaços aéreos e marítimos com missão diplomáticas e


consulares.
IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO
Neste instituto destacamos que a norma em apreço não é absoluta, de fato certas pessoas
e entes podem gozar de um status especial em um território estrangeiro, não podendo,
pelo menos a princípio, ser submetidos a jurisdição das autoridades de outros Estados.

O Instituto da jurisdição diz que certas pessoas sejam julgadas por outros Estados contra
sua vontade e de que sejam submetidos a medidas tomadas por autoridades dos entes
estatais onde se encontram ou atuam. Essas pessoas que gozam de imunidades, são as
que trabalham em consulados residentes em outros Estados, gozando da prerrogativa do
Direito Internacional entre os entes.
REFERÊNCIAS

.
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.

PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado. 4. ed. Salvador: Juspodivm, 2012.

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