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A REVOLUÇÃO FRANCESA

A França antes da revolução Na França do final do século XVIII, assim como em


outras nações da Europa, o Antigo Regime apresentava sinais de desgaste.

Nessa época, o poder estava centralizado nas mãos do rei, que controlava a política e
a economia do Estado. A sociedade francesa, era dividida em três grupos: o primeiro
estado, composto pelo clero; o segundo estado, formado pela nobreza; e o terceiro
estado, formado por burgueses, artesãos e trabalhadores rurais e urbanos,
englobando a maior parte da população.

Os membros do clero e da nobreza tinham uma série de privilégios, como não pagar
impostos, receber pensões do rei e viver com muito luxo. Já os membros do terceiro
estado não tinham privilégios e eram obrigados a pagar pesados impostos e taxas ao
rei, à nobreza e à Igreja.

Nesse período, a França estava endividada. Os gastos públicos para manter o luxo da
Corte, além da participação da França na Guerra dos Sete Anos e nas guerras de
independência dos Estados Unidos, provocaram um déficit econômico que atingiu toda
a sociedade francesa. Essa crise gerou grande insatisfação na população pobre, que
sentia mais fortemente os efeitos da crise. Entre os anos de 1785 e 1789, por
exemplo, o custo de vida dos trabalhadores urbanos aumentou em 62%. Insatisfeitos
com o governo de Luís XVI, os burgueses e os demais membros do terceiro estado se
mobilizaram e passaram a exigir mudanças na organização política, social e
econômica do Estado.

O movimento recebeu grande adesão da população, espalhou-se por toda a França e


acabou dando origem a um período de intensas e profundas transformações,
conhecido como Revolução Francesa. A convocação dos Estados Gerais No final da
década de 1780, a França atravessava uma grave crise financeira. Os anos de
péssimas colheitas agrícolas provocaram a escassez de alimentos, o que atingiu
principalmente os camponeses e a população urbana pobre. Sofrendo forte pressão, o
rei autorizou a convocação dos Estados Gerais, uma assembleia parlamentar que
reunia os representantes dos três estados da França.

Durante as primeiras reuniões dos Estados Gerais, a principal reivindicação dos


representantes do terceiro estado era a mudança na forma de votação. Até então,
cada um dos grupos tinha direito a um voto.

Como o primeiro e o segundo estados geralmente votavam em conjunto, dificilmente o


terceiro estado ganhava alguma votação. Os membros do terceiro estado queriam que
os votos fossem distribuídos individualmente entre os deputados, pois dessa forma a
votação seria mais justa e o terceiro estado teria chances de ganhar algumas
votações, exercendo maior influência política.

O impasse na questão do voto por indivíduo ou por estado durou mais de um mês, até
que, em 17 de junho, o terceiro estado, com a adesão de membros liberais da nobreza
e do clero, declarou-se em Assembleia Nacional, com o objetivo de elaborar uma
Constituição para a França.

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