Você está na página 1de 91
x a ao ao Introdug Condu¢ ae Dw se de que a condugio se refere ao transporte de energia em um meio devide s um gradients fetemperatura eo mecanismo Fisica é a atividade atémica ou molecataraleatéra, No Capitalo 1, apren- ddemos que a rensferéncia de calor por condo é goveenada pela lei de Fourier e que o uso deste lei para determiinar 0 uxo térmico depende do conheeimento da forma na qual a temperstura varia no mio (adisribuigda de temperatura), Inieialmente, restingimos nossa atengio condigoes simpli cradas(conchso unidimensional ¢ em regime estacionsirio em wma parode plana} nas quis adistibui- «tio de temperaturas¢ facilmente deduzida, sendo linear, Contudo, ali de Fourier pode ser aplicada& Condugdo transientee multidimensional em geemetrias cnmplexas, nas quais a nsturezs ds disteibui «lo de temperaturas nto € evidente Os objeivos deste capitulo so dois, Primeiramante, desejamos dessavolver um entendimtento mais rofurue da le de Fourier. Quais so suas origens? Que forma ela tem em diferentes geometries? Coma sua vonstame de proporcionlidade (a condutividade vérica depende da nauuree fisicado meio? Nossa segundo objetivo desenvolver, a partir de prineipis basicos, a equado geral, chamda de eguagao do calor. que goverva.adistiavigdo de temperaturas em um meio. 2 solgio dessa equazao que for rece oconhecimento da distibuigio de temperaturas, que pode ser, ent@o, vsitn com a le de Fourier para detemminar 0 fluxo térmico. 20 A Equagio da Taxa da Condugio [Bimbom a equa da fava da conduydo lei de Fourier, tenia sido apresentada na Segao 1.2, este € 6 momento apropriad para anal Samos sit origem. A lei de Fourier é fenomenataica, ista 6, ela foi desenvolvida a partir de fendmenos observa xo invés de tet sido derivada a pani de prineipios fundamentais. Por esse motivo, ‘vemos a cquayio da taxi como uma generalizagio baseada em uma vastzevidéncia experimental Porexemplo,considere experiment de condugio de calor, can regime estacionivio, mostrado na Figura 2.1. Um basta eilirdrigg de material conhecido tem a sua supert- Cie lateral isolada termicamente, enquanto as duns faces restantes io mantidas «diferentes temperaturas, com T, > 7, A difereaca ce temperaturas causa transferéncia de calor por condugiia no sen- {ido positive do eixo 2. Somos capazes de medir a taxa de transfe- réncia de calor g, e buseames determinar como 7. depende das seguintes variéveis: AT, a diferenga de temperaturas, Ax, 0 com primento do basta; e A, a rea da seco transversal do bastlo, Podemos imaginar que, inicialmeate, os valores de AT © Ax sejom mantidos constantes, enquanto 0 valor de A varia, A fa zermos isso, verficannos que g, &diretamente proporcional & A, Analogamente, mantendo AT eA constantes, obscrvamos. que 4, ‘aris inversamente com Az, Finalmente, muntendo A e Ax cons: tantes, temos que ¢, é diretamente proporcional & AT. O efeito conjunto é,entdo, aad aeAge Ao mudarmos o material {por exemplo, de ns metal pars um pls- ico}, cbservariamos que a proporcionsldade anterior permanece ‘lid. Contudo, também constatartamos que, para valores ida cosde4, Axe AT, 0 valorde g, seria menor para o plistico do que para 0 metal. [30 sugere que a proporcionslidade pode ser eon- ‘vertida em uma igualdade pela introduse de um cosficiente que uma medida do comportamenta dg material. Assim, 2screvernos ar nat mY onde &, 2 condutividade térmica (Wi(e-K)), € uma importante propriedade do material. Levando a expressio anterior go litni- fe quando x 0, obtemos para a taxa de transferéncia de calor @ay 22 Lemire-se de que osinal de menos & neeessério porque o calor «sempre tansferido no seta da diigo das emperataras ‘Ali de Fourier, como eseita ma Exuacio 2, implica oe 0 fluxo térmico € uma grandeza direcional, Em particular, a dire- (fo de of € normal érea da segao transversal On, de oma forma mais gril, adiregio do escoamento de calor sera sempre sora a ums superficie de temperatura constace,chamada de supedicie isrérmica, A Figura 22 ilusira sentido do fluro térmico gem uma parede plana na qual 0 gradiente de tompe raturadTideé nepatvo, A parirda Equgao 22, conclvese que 445 ¢ positive, Note que as supeficies isotérmices sie planos norma & diego do gino x He x ianny 2.2 A relagio entre o sistema de coatdenadas, © sentido de ‘eoxmento cecal” eo gradiene de temperatura em uma dimers, Revonitecemlo que 0 fluxo té-mico 6 uma grandeza vetorial, pademos escrever um enunciudo mais geral para @ equagio da taxa da condusio ieee Fourier) da seguinte forma: 23 a, jaT , ga onde V 60 operados “grad” tridimensional ¢ Tix, ».2) €0.eampo sscalarde temperaturas, Est implicit na Equigio 2.3 queo vetor ‘luxe térmico encontra-se em urna diregtio perpendicular &s st petfcies isotérmicas. Conseqiientemente, uma forma aliernati- vada lei de Fourier & gat 24) ‘onde ¢; 60 Tuxo xérmieo om uma diregio n, que é normal uma isrerma, como mosirado para © cxso bidimensional na Figura 2.4.4 tansfondacia de calor & mantida pelo gradionte de tempe= Tatura g0 longo de. Observe também que o vetor fluxo térmico pode ser decomposto em componentes, de tal forma que, em coordenades cartesianas, a expresso geral para g” & gid ja | ke 5) 22 As Propriedades Térmicas da Matéria Para usar a lei de Fourier, a condutividade térmica do material eve ser conliecida, Bssa propricdade, que ¢ classificads come uma propriedade de transporte, tornece uma indicucio da taxa na qual a energia € transterida pelo processa de difusto. Ela de= pende da estrutara fisica da matéria, atmica © molecular, que estdrelucionals 2 estaca da matéria, Nesta secio, unalisaremos ‘vias formas da matéria, identificendo aspestos importantes dos seus comportamentos ¢ epresentando Valores tipieas desta pro pried, 2.2.1 Cor A partir da lei de Fourier, Equagio 2.6, condutividade térmica associada a eondugso na diregio.« @ definica como a (ations 39 Insrodusio & Condugio 12.8 O setorfuxo térmico normal uma isoteracmam site: ma de eoondenadas bidimensional ‘onde, a partic ds equayao 2.3, em-se que a ae Ey BR a 26 ‘Cauda uma dessas expressdes relaciona 0 fluxo téemicn aeraves de uma superficie 20 gradiente de temperstura em uma direga0 perpendicular superficie, Também ests implicita aa Equagio 2.3 que o meio através do quel a condugdo oeore & isoarspico. En tal meio, 0 valor da eondutividade térmien & independente 4a diregio da coordenada A lei de Fourier & 2 pedra fundamental da transfeséacia de calor por conduggo e suas caructeristicas principais sao resu- micas a seguir, Ela ndo € uma expressdo que possa ser deri- vada a partir de prine(pios fundamnentais; 20 contrario, efa & uma generalizagao baseada em evidencias experimemais, Ela 6 uma expresso que deffne uina importante propriedade dos materia condutividade térmica. Além disso, a Je de Fourier ums expressio vetorial,indicando que o fluxo térmico € nor- ‘mal a uma isoterma e no sentido da diminuigo das tempera- luras. Finalmente, note que a lei de Fourier se aplica a toda ‘matéria, independentemente do seu estado fisico (s6lido. li- quide ou gas. DefinigGes similares so associadus fs condutividades térmicas nas diregtes y e = (Kf), porém para um materia! isotropico & ‘condutiviéade térmica &indopendente da diregio de transferén~ Oak, he Da equagio anterior tem-se que, para um dado graciente de temperatura, 0 uxo térmico por conduc aumenta com 0 au- ‘mento da condutividade térmica, Em geral, acondutividade ter rica de um s6lido é maior do que ade um liquide, que, por sua ver € msior do que a de ur gis. Conforme ilustrado na Figura 2.4,a condutividade térmica de um slide pode ser mais do que {quatro ordens de geandeza superior de ur gis, Essa tendéncia se deve, em giande parte, a dilerenga no espacamento intermo- lecular nos dois estados, © Estado Sélido Na visdo moderna dos materiais, um solide, pode ser eompasto por elétvons livres © étomos lipeds em um arraajo peri6dico chamado de lattice. Consequememente, otrans- BU Capitula Doin Tie tas Mens punos Nigt Aono tucks Pliices oo nis 5611008 NAOMETALCOS, snuras Fes SUSTEMAS IOLANTES ‘los Agus Marcio axe ce Trauioos tatone _ hogéne teases oor T Ts tas ae onde tres isd try 2.1 Paice ds condutividade ttmica de vrivs estos da ma- teria a temperatura presses norms porte de enersia térmica pode ser devide a dois efeitos: migra do de elgirons livres ¢ andas vibracionais no fartice. Quando Visto como um fendmens de particulas, 0s quanta da vibraco dlo Lastice sae chamacdos de Bnons. Eno metais puros, a contri= bbuigo dos elétrons para « transferéneta de calor por condugio predomina, enquanto em nio-condutores ¢ semicondutores a contrituigdo ces tenons & dominate. A teoria cinética tornece a expressiigu seguir para a conduti- vvidade térmica [1]: an Para materiis eondutores como os metais. C = C, é0 eslor es pecitien do elton por unidade de volume, 7€ a velocidade média do clétron ¢ Aja, =A, £0 livee percurso médio do elgtron, que é definido como a distincia média percorrida por um elétran an tesde coliircor uma imperfeicd0 ao material ou com um fon Em silos nfo-condutores. C= C,é ocalorespeciticodo fénon, Fé avelocitiake média dasome Ay. = A€o live percurso médio do fOnon, que novamene é determinado por colisbes eom im perfeigdes ou cutros fnons, Em todos as casas, a cond ade tErmica aumenta na medida emt gue o livre percurso mé- dio dos rransportadores de energia (elétrons ou fnons) € au mentado. (Quando elétrons e fonons transportam energia érmice levando a transferéneia de calor por condugio em um sélido, 2 conduti vvidade Usrmica & pode ser representads por ko kel by e8 mi uma primeira uproximagio, 4, inversamente proporcional A resistvidade elétrica. p..Para metais pures, que possiiem um ‘valor baixo de p, 4, € muito maior do que &, Ao contratio, para ligas. que posstiem um valor de p, substancislmente mais eleva- do, a eontribuigao de ; pata & passa a nao ser mais desprezivel, Para sdlidos ndo-metélicos, fé determinada principalmente por 4, que aumenia na medida em que a freqlgncia das interagies cone os étomos ¢ @lantce diminuem. A regularidade do arranjo do ttice tem um efeito importanic em k, com materia crista- Jinos ¢bem-ordenados). como 0 quartz, possuinéo ume condit- ‘ividede térmica maior do que materia amosfos, como 0 vidro. onde mie 44) ao 300 0a a Tempest kt 0 rot ey 2.3 A dependéncia com a temperatura do conducividadetér ca de slides selecionadas. Na realidade, pare sOlidos crstalinos no-metalica, tas como ‘odiamantee 0 éxido de berflio, podem ser bastante grandes, ‘excedendo valores de & assciados a bons eondutores, como 0 aluminio, ‘A dependéncia de & com s temperatura ¢ mostrada na Figure 2.5 para solidos metdlicos €nio-metilicos representativos. Wa- Jores de materiais selesionads, de: importincia téenica, também siio fornecidos na Tabela A.I (S6lidos metélicos) e nas Tabelas 2 A. (sélidos nfo-metélicos). Andlises mais detalhadas da ‘condutividade térmica estio dispontvets na Bteratura [2] 0 Estado Sélido: Efeitos em Escalas Micro ¢ Nano Na I. valones para 4 ¢k, podem ser estimados com 20% de precistio a partir das seguintes expressiesI Ak 1-Day Bab) 298) Rik = 1 Aye AD) a9) As Equagies 2.93, revelam que os valores defy k se afastam omni aproximadamente 5% da condutividade térmica glo. bal se HIAgy > 7 (Pata 4.) © Lge > 45 {para 4,3. Valores Go livre percurso médio, assim como tia espessura de filme critica, Laq-absixo da qual 05 efeitos de microcscala tém que ser consi: etal, so nclafdos na Tabela 2.1 para alguna materiais» T= 300K, Para filmes com ya 6% Ly ef so determinados ‘partir dos valores globaix como inticade nas Exuagées 2a, Nio ha repras pera para prever valores das condtividades te. iets para 1/3) © 1. Note que, em s6lidos. os valores de My, | Mil(ar“K)) Entretanto, devi- ‘do as suas muito balxas desidades, 0s g88e5 sio muito pouce aulequados para o armazenamento de energia térmica (pc, = 1 Kim), Os valores da densidade e do calor especie’ para tums grande variedade de 6lidos, liquids e gases so Zornes dos nis tabelas do Apéndice A Em anilises da transferéneia de calor azo emre a cond tividade térmica ¢ a capacidade calosica volumetrica 6 uma importante propriedade chamada dfctvidade térmica que possui como unidades de ms as Pe Fla mede «capacidde do material de conduzir energa térmica em relago 8 sua capacidade de armazend- la, Materiais com ele- ‘ads esponderio rapidamente a mudangas nas condlighs é- micas a eles imposias,enquanto materiais com reduzidos a re. ppondetdo mais lentamente, evando mais tempo para atingir wma nova condigo de equiibio, A preciso dos cileulos de engenaria depends da ex com que sv conhecides os valores das propriedade' termofisicas (11-132, Poderiam ser ctudos numerosos exemplos de defsitos em equuipamentos e no projeto de processos. ov enti de nd0- stendimento de especificagtesde perjonaance, que poderiam er stripufdos a informagses eradas associodes&sclegio de valo- ‘ese propriedades-chaves milizados na andlise nicl do sate ladies Relevantes 44 Capit sma. A selegto de dados confidveis pars us propriedades é uma parle importante em qualquer anise eriteriosa em engenharia (© uso ocasional de dado que nic foram bem earacterizados ou avaliados, come podem ser achdos ee algunas iterataras# mt miamuais. deve ser evitila, Valores recomendades para muitas EXEWPLO 2.1 A difusividade térmica oé a propriedade de transporte que con- trofa um processo de transferéneia de calor por condugo em regime transiente, Usanda os valores apropriades de k, p & Co disponiveis no Apendice A. calcule a para os sequintes matert- ais nas ternperaturas indicadas: aluminio puro, 300 700 K: cesrbeto de silicio. 1.000 K; parafina, 300 K Sourgio Durtos: Del ied da oifusividade térmien er. Arhur: Valores numérices de a para materias espevificadas em temperaturas definidas. Prapricdades: Fabel 8.1, shiminio pare 300K): p= 2702 kaha & 287 Wim RD G88 Mikg-k) bem 287 Win Loz7 werk) 2302kgin' x 905 Hike K) 97110 mis jl Tabela A.1, sluminio pure (700 & 430K 8 700 K (por interpol 8 700K (por intexpolagio linear) 702 keg 1090 Hike K) 25 Wit: K) Donde 16X10 8ms “3 PG” 2702 yam? x 1080 Kg: K) propriedades termofisicas podem ser obtidos a partir ds Relexén- in L4, Essu referSncia, disponive) na maieria das bibliowcas Jnsttucionais, foi preparada polo Centro de Pesquisas de Propr: edades Termofisicas (Thermophysical Properties Research Center - TPRC), ua Universidade de Purdue. Tabela A.2, carbeto de silei0 (1000 &}: p 3160kgim’ —-4300K r Gy eaosiing ky 21000K f= ATW) BIO K o saies NM TIISTERG KY | £87 Wik) 23x 10° ms i ‘Tabela A.3. parafina (300 K) i 900 kgf? > 2x90 TKKG O24 Witen Ky > OOGieghm!X 2890 Mkgek) 4 Wiiar-K) = 92X10 Smits Comentirios: A. Observe dependéncia das propriedades tormpfisias do alu- inio e do carbera de silfcio em relago & temperaira, Per exemplo, pata ocarbeto de sitcio, a 000 K)~£0,1 X (300) Kj logo. as propricdades desse material apresertam uma grande dependéncia da temperatura 2. A interpretagio tisica de a 6 que ela fornece uma medida dio transporte de calor (&) em relagio ao armazenamento de energia (pe,). Em geral, os slides metilicos possuem ele valos a, enquanto os ndosmetilicos (por exemplo.2 parafi- 1a) possuem valores de a mais bainos 3. A nterpolagio lineardlos valores eas propriedades éem geral aceitével nos caleulos de engenharia, 4, Oso de densidades obtidas a uma temperniuea baixa (300 K) em edlculos que envelvem temperaturas mais elevadas Jgnora os elvitos da expansio térmica, ms também € eee tvel para edleulos de engenari 2.3 A Equagiiv da Difusio de Calor (Difusio Térmica) [Um clos abjetivos principais da andlise da condugao de calor é dterminar o«wnpo de tenyperaturas em um mela resultante das ccondigdes impostas em suas fronteiras. Ou seja, desejamos co- nbece? « disiribuigdo de femperaturas. que tepresenta como & temperatura varia com a posigao no nicio. Uma vee conkecida Lessa distribuigao, 0 Flexo de calor por condugio (fluxo térmico concutivo) em qualquer ponte do mioou na su superficie pode ser determinado através da Jel de Fourier. Guts impontantes _grandezasde interesse podem também ser determinadas. Para um Sélido, a conhecime nto da distibuigao de temperaturas pade se ussdo para verificar a sua integridsd estrutaral atravis da de- lerminagio de tenses, expansbes v deflesdes térmica. A dis tribuigdo de temperaturas tamisém pode ser usada para otimizar sv espessura de um material isolante ov para detertainar a com HEU 2.11 Vo paliilidade entve vevestimentos especiais ou adesivos usados om 0 material Agora consideramos a forms pela qual a distribaiggo de tem- prtturas pode ser determinada. © procediment segue a meto- Jologia descrita na Sogo 1.3.3, de aplicagio da exigéneta de eonservagio da energin. Neste case, define-se um volume de conirole diferoncial, aentifiew-se os processes de transtenén- cie de energia relevantes ¢ substitmemse as equagies das taxas ncia de calor aproprindas. O resultado ¢ uma equa- siociferencial cufa solugio, para concligies de eontorno especi- Foadas. fomnece s distribuigao de temperaturas no meio, Considere um meio Romoysnee ne interior do qual no hi mosimento mucrosedpicn Cadve0ga0) & 8 Gstribuigao de tempe- rauuras T.y.2) estd representada om coordenadas caresiaaas, Seguinclo metodologia de aplicar a exigéncia de conservagao eenergia (Segto 1.3.3) inicialmente detinimos um volume de conmoleinfinitesimaimente pequenc (diferenvial). dare, con- forme moxtrado a Figura 21. Optande por Formula @ primei ‘ale para un dado instante do tempo. « segunda etapa consiste em ideatificar os proce sos eneryéticos que say relevantes para ssse volume de controle. Se hé gradientes de temperatura. itd seaertransferEncia de calor por condugi araves de ceda oma sésssuperticies de controle. Astaxas de transleréncia de calor por condu{o perpendiculures a cade uma das superticies de eontro- Jens posigho de courdenadas xyes sao indivadas pelos termos G4, € q. Tespectizamente, AS taxas de teanstereneia de ealor por condugio nas supesficies oposias pxxlem. enti, Ser expres- ‘8 cOniO wna epannsdo em série de Taylor na qual. desarezan- dovse 0s tormos cle ortlens superiones,tomn-se “ay 21h toa Ede ato Boon 8 ay 2.1) can re) Em pulaveas, Equagii 2.1 la afirma simplesmente que 0 eom- ponente » da taxa de transferéneia ce calor ns posigha x-+ dé Insredusio it Comtugio 45, oe aid me de contole diferencia, dx dy d, para andlise da cond era coordeneds catesones igual ao valor desse componente em + somade a quantidade pela ‘Qual ele varia com x multipliceds por ds. ‘No interior do meio pode haver, também, um term Ge fone de encrgia ussociado & taxa de goracéo de energis térmica. Esse termo & representado come 219 onde j & taxa na qual a energia ¢ gerada por unidade de volu- rie do meio (Wim’). Alm disso, também podem ocorrer vari- agbes naqunatidade de energis interna vérmica armazensdla pela Imatéria no interior do volume de controle. Na suséncia ce mu a a2 so os componentes de fluxo térmicw nas dieses radial, circun- ferencial ¢ axtal, espectivamente. Apiicando um balango de cenergia no volume dle controle diferencial da Figunt 2.12, se- pinte forma geral da equagio do calor é ubtida: 12 (x3) 19 (,ar" leat) h(a) 224) Caorienndas Esfi'rieas Em coordenadas esférieas, «forms pera do vetor fluxo térmica e da lei de Fourier é ge -a0P siio 05 componentes do fluxo térmico nas diregdes radial, polar «© azimutal, respectivamente, Aplicando um balango de energia ‘no volume de controle diferencial da Figura 2.13,9 seguinte for- ima geral ds equacae do calor € oblida: aya (2) (2.27) Uma vez que € importante que voet seja capaz de aplicar 05 prinefpios de conservagio em volumes de controle diferenciais, vyooe deve tenlar deduzir a Equac0 2.24 ou 2.27 (uci 08 Pro- blemas 2.35 © 2.36). Note que o gradiente de temperatura nt lei de Fourier deve ter unidades de Kien. Por esse motivo, so deter Iminar 0 gradiente para uma coordenals angular, cle deve estar expresso em Letmos de una vaviagdo diferencial de camprimen 10 do urco. Por exeraplo, componente do fluxo térmico na dite glo citcunferencial no sistema de coordenadas cilindricas € y= ~(KPKATIAD) © NO dy = MATA), Exéupio 2.3 A distribuigdo de temperaturas a6 longo de uma parece com es- pessura de 1 m, em um certo instaake de tempo, & dda por Ta) = a+ byt er 1m qual Testé em grauy Celsius ¢ x em metros, enquanto «t= B00'C, b = ~31K0°Cim. ec = ~50°C)m}. Uma geracé de calor uniforme, d= 1000 Wim’. esté presente na putede, cuja rea & de 10m. O seu material possui as seguintes propriedaes: p = 1604 Kgl = 40 Weim Ky ec, = 4 BtKe K). 1. Determine a ava de iransfersicia de calor que entra ne pa rede ¢ = 0) e que deixa « parede (x = | m), 2 Determine a taxa de variagio da energix acumulada na pa- reve 3. Determine a taxa de variagto da temperntura em relagio a0 compo nas posigdes x = 0: 0,25 € 0,5 m Socio addon: Disteibuigio de temperaturas Teo em um dada instan- te de tempo rem uma parede unidimensional com yoragiio de caer unitorme, Aehur 1. As taxas de trunsferéncia de calor entranda, gad = 0), € sainde, q(x = Lm), la parede, 2. Atawn de variagao da energia acumulada na parade, B.. 3. A taxa de variaga da temperature em relagio ao tempo em £0,0.25e05 m Esquema: 4 1200 Wnt tm 600 tae eg nos ashever i ets Consideragies: 1. Condugio unidimensional na dicegde 2, Meio isouipico com propriedades constantes, 3. GeracSo de calor interns uniforme, 4¢W/) wilise: 1, Lembte-se de que, uma vez conheeide a distribuicao de tem Peraruias no meio, a determinasdo da taxa de transferéncia 2CLIKA Yon 400 HAD 12,2 Sex ka ‘ha AAG + ore 300°C ym 4+2(-S0°Cuem) x Tm] <4 Wm KD 10m? 16d kW <4 2. A taxade variagio da energia acumslada na parede £, pode ser de:errinada aplicanclo-se um balango de energia global rnaparede, Usando a Equago |.1 1c para um volume de con- tole no entorno da purede, Engg + By — Ens = Es no qual £, = yAl. Tem-se, entio, vet Faget Bem Foy = on + GAL ~ day wae” F2OKW + 1000 Win! X 10am? > Tm — 160 KW Egy 30KW < 3. A taxade variagio da tempermura em relago ao tempo,em, ‘aualquer ponto do meio, pode set determinada pela equa- alr, Ot PS ay PG A partir da distribu de temperatura dads, ems que er 2 -3(1) = £6 + 2c = 2 (—S0°Chm’) 100°C? Note que essa devivada éindependente da posigo no melo ‘Assim. a taxa de variago da temperatura em renga a0 tem po € também indepenente da posigao € dada por z Fak x Bute) %{ 100°CAm*) 4 1000 Win? ‘1600 Kgien® x 4K (ky K) OF = 6.25 x WO + 1,56 10-*C's =-4,69 x 10 “Cis dl Comentirios: 1. A partir do resultado anterior. fica evidente que a tempere- tea em todes os pontos no interior da parede esté ciminu- inde com o tempo. 2. Allei de Fourier pode sempre ser usada para calcular a taxa de transferénci de calor por condhigao 8 partir do conheci rrento da distribuigdo de temperaturas, mesmo em condiges Sin do calor. Equagan 219, reserita na forma transentes com geragto interna de calor Efeitos em Mievoescala Para 2 maioria das situagdes préti- Age 2.28) cas, as cquagies da Uifusdio térmica geradas neste texto podem Tar 228) ser usadas com contianca. Comtudo, essas cquayiies esto base> ‘das n0 uso da lei Ge Fourier na descrigto dos efeitas condativas, {gue nie leva cm conts a velocidade finita na qual a informacéo ‘éimica é propagada no meio pelos varios transpurtadores de ener- sia. As eonseuigneias da velocidad de propagagdo finits podem ser desprezads se os eventos de transferéncia de calor de inte- esse ocorrerem em uma escala de tempo suficientemente lon- Bn, Ar, como 2 Condigées de Contorno ¢ Inicial Para determinar a distribuigia de temperaturas em um meio, & necessirio resolver a forma apropriada da equagZo do calor. No entanto tal selugio depende das condigtes fisicas existenies nas Prontciras do meio, ¢, sa sitaigéo varir como tempo. a s0luga0 tumixéen depensle das condigdes existentes no meio em algum ins- ante incia. Comm relatos condicies nus fromeeiras. on conali- «este comarno. ha vari possibilidades comms que Sio expres- sas us manecira simples em forma maternitica, Como & equacto do calor é de seyunda ordem em relac20 is coordenadas espaci- ais, Juas condigGes de contorno devom ser fornecidss para cada ‘coerdenada especie] necessérin para desexovero sistema, Comoa As equagbes da difusio térmica deste texto so igualmente in- vidas para problemas nos quais o espalhamento nas fronteiras deve ser consideraco explicitamente. Por exemplo, a distribu fo de temperaturas no interior do filme delgado da Figura 2.65 nil pode ser determinada pelo uso das equacies da difusdo do calor anteriores. Discussde adicionais de aplicagdes de transfe~ réncia de calor e métodos de andlise, em micro e nanocscalas, esto disponiveis na literatura [1,)51- ‘cquagio é de primeira ordem em relago no tempo, apenas uma ccondigio, chamada de condigdo inicial, deve ser especificada (Os tts tipos de condigdes de conor freqientemente encon- ‘radas na teansferéncia de calor esto resumidos ne Tabela 2,2 As condigSes estio especificados na superficie + = 0, para um sistema uoidimensional. A transferéncia de calor se dso senti- do positivo da directo x com a distrbuigio de temperatares. ce poxle ser fungi do ternpo, designada por 7(x,). A primeira con- digo corresponde a um situacao na qual a superficie € mantida ums temperatura fixa 7, Bla é comumente chamada de urna condicao de Dirickle: ou de uma condigao de comorno de pr De Tennis calor nia superficie (x= 0) “Temperaure mont superficie eonstane 2. Plime ermicn ms soperficie eonsante (a) Fluxo seni cifeemte de 2200 El ona oy 3. Condigio de combecste na superficie 1) gon. Roo) incina especie. Bla &aproximada de perto, por exemplo. quando asupeticie esd em contato com um sSlidoem fusioou com um liguido em ebutiglo. Fmambos os casos ha transferéncia de ca Iorne superficie. enquanio » superficie permanece na tempers ‘ura do processo de mudanga de fase. A segunda eondigio cor responde & exisiéavia de ium fluxo térmico fixo ou constante d, ru superficie, Bsse fluxo térmico esta relacionade ao gradiente temperatura na supertcie pela lei de Fourier. Equagio?.6, que pode ser eserita na forma Bxewno 2.3 ‘Uma longa barra de eobre com sexo transversal retangular, caja lergura w é muito maior do que a sua espessura L, é mantida em confato com um sumidouro de calor em sua superlicie inferior, ¢-atemperatura 30 longo da barra é spreximadamente igual Ado sumidouro, 7, De repente, uma corrente elétrica € passads ata vésda barra € una corrente de az, com temperatura T., 6 pass ddasobre a sua superficie superior. enquanto a superficie inferior continua mantida & T,, Obtena a equago diferencial eas cond (Besinicial ede contorno que podem ser usadas paradeterminar ‘temperatura emt Fungo cla posido e do tempo na barr, Souucho ‘Dadluss Umm barra cle cobre inicialmente em equiltoriotérmi- cogom um sumidouro de calor é subitamente aguecid pela pas- sagem cle uma corrente elérica Intron 49 Condugio 2 Condigies de contorne para a equagie da difusio de 229) me 2.30) (b) Supetici sola termicamente ow adiabéties ean Te ber Elaéconhecida por condigtio de Newmannou como uma cont gio de contorno de segueda especie. e pode ser obtida através Ga Fixngio de um aquecedor elétrica na forms de uma fina pet culaa superficie. Um caso particular dessa condigde correspon ddeauma superficie perfeitamente isoluda, ow adlabatica, siper- ficie na qual A77@X y= 0. condigio de contomo de terceira especie corresponde a existéncia, na superficie, de urn aquec- mento (ou resfriamento} por coaveceéo e é obtida a partic de tum balango de energia na superficie, conforme discutido na Segto 1.3.2 Achar: A equagio diterencial ¢ as eondighes inicial ¢ de con- forno necessirias para determinar a temperatura no interior barra em fungio da posicio ¢ do tempo. Esquema: ava de abe wo “pms TF im ry a

Você também pode gostar