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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
fantasia com os objetos com o mundo das possibilidades lúdicas que as cores
proporcionam.
No tópico intitulado como: A explosão de cores e a infância, Schérer (2009)
fala a respeito desta relação que a criança estabelece com as cores, nos desenhos,
inclusive nas imagens em preto e branco, e também no modo como elas preenchem
este espaço de falta de cores.
No tópico intitulado como: E aí, o que é ser criança?, a
discussão/problematização a respeito da construção do que é ser criança, desta
como um ser único, essencial que a pedagogização do iluminismo tratou de
construir, assim, existiria uma relação muito clara entre ensino para um modelo
infantil, um ensino e uma visão de mundo na qual todas as crianças estariam no
mesmo patamar de possibilidades. Na verdade, existem vários tipos de infância e
este tópico vem no sentido de desmistificar esta verdade histórica a respeito da
infância, pois, não há uma infância no singular, mas sim, infâncias, multiplicidades
infantis.
A unidade 5 intitulada como: Crianças, filmes e processo de subjetivação, o
objetivo é falar a respeito das produções cinematográficas como potencializadoras
de reflexão para pensarmos a relação nossa com as diferentes infâncias existentes
no mundo. No tópico intitulado: Pensando as diferentes infâncias a partir de filmes, a
ideia é exatamente fazer uma reflexão sobre esta relação a partir de dois filmes um
italiano – A vida é bela e um iraniano – Filhos do Paraíso.
Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha como
premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um
pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados
cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar,
deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores,
incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma
redação original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas
opiniões pessoais.
Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se
outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo modo,
podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo dos
estudos.
Embora a escola seja uma exigência hoje, e a todos ela deve pertencer
enquanto projeto de vida, o autor apresenta cinco características, argumentos que
nos faz pensar a respeito do que está por trás desta instituição social.
a) A escola é utópica relativamente à sociedade em que funciona. Além
de promulgar regras para o uso das crianças, ela enaltece valores
inaplicáveis e, até mesmo, perigosos na sociedade real (até mesmo, na
sociedade escolar enquanto tal): menosprezo pelo dinheiro, proibição
da cola e da mentira, primazia do espírito, etc., ou seja, tudo o que,
para Fourier, corresponde a “futilidades liberais”.
ser consideradas também utopias, neste caso, utopia no sentido positivo da palavra,
um tipo de utopia que foge da utopia modelo. Portanto, há saída para escapar do
modelo utópico de educação para a infância. Esta saída seria as utopias errantes,
possibilidades que são produzidas no cotidiano.
São utopias errantes que segundo Schérer (2009, p. 37),
eles são locais de intensidades, de paixões e que marcam a memória das infâncias
que ali exploram.
Os cantos são territórios preferidos na infância, e, eles são mapas de nossas
curiosidades, locais onde podemos ser o que quisermos, locais isentos de distantes
de olhares controladores, locais de silêncio, mas que podem ser de festa também.
Como aponta Scherer (2009, p. 215):
A lógica que está por trás desses entretenimentos eletrônicos, não é outra,
senão o controle que se pode exercer da criança, jovens. Ora, além de submeter o
aluno, filho em um espaço vigilado, controlado, ele perde totalmente a possibilidade
de se mover, onde está o movimento tão importante para o corpo, para o
desenvolvimento motor?
Como aponta Gallo (2008, p. 88) falando de Deleuze:
Demonstra o filósofo que a característica básica dessas sociedades é dar a
ilusão de uma maior autonomia, mas, mesmo por isso, serem muito mais
totalitárias que as anteriores. Por exemplo, hoje não preciso ir à agência
bancária, pois controlo minha conta corrente por telefone, por fax ou pelo
microcomputador, via Internet, pareço, por isso, ter uma autonomia muito
maior. Porém, a facilidade do acesso informatizado permite aos governos –
e mesmo aos próprios bancos – que eu seja vigiado muito mais de perto, e
o que é pior, na maioria das vezes sem nem ao menos suspeitar disso! Na
medida em que o controle escapa das instituições e é feito fora delas, ele se
torna mais tênue, mais fluído, mas mesmo por isso mais poderoso, uma vez
que se infiltra melhor e mais sorrateiramente por todas as frestas.
coisas que pode ser utilizado pelas crianças, àquilo que está ao alcance dela, mas
principalmente aquilo que ela própria se esforça para conseguir, manusear e
transformar a matéria-prima em brinquedo ou suporte para seu brinquedo.
Aliás, diga-se de passagem, este ambiente de natureza, de grama, de barro,
pouco se encontra na escola moderna da cidade, pois, o que se vê é um grande
tapete de cimento cobrindo tudo, pátios inteiros de concreto, ou seja, um chão que
esquenta no verão e que alaga com as chuvas. Não há nenhuma árvore na escola
para que a criança sente debaixo dela para fruir a sombra de sua copa, ou mesmo
arrisque escalá-la junto com outras crianças.
É muito raro encontrarmos uma árvore, que dirá uma árvore com frutas, um
pomar, que, além de fornecer alimento, frutas saudáveis poderiam servir de um
ótimo lugar para a imaginação. Imaginar que aquele bosque é uma floresta
encantada, um caminho até um castelo, até um reino mágico. As crianças se
divertem com as condições naturais que a vida oferece para o ser humano,
infelizmente tais condições são ceifadas pelo sonho grandioso de uma escola
compacta, moderna, bem estruturada, confunde-se a palavra bem estruturada com
excesso de concreto e tecnologia.
Como aponta Tiriba (2010, p. 10),
o que se aprende com a natureza, em contato direto com o mundo, não se
resume ao que se pode organizar racionalmente, de modo anteriormente
planejado. Trata-se, então, de considerar as intervenções criativas das
crianças, seus interesses presentes, pois é possível definir o que se ensina,
mas jamais o que se aprende. Assim, as vivências ao ar livre, os passeios
no entorno podem ser entendidos como possibilidades de aprendizagens de
corpo inteiro, em que são incluídas a atenção curiosa, a contemplação, as
sensações, as emoções, as alegrias! São Aprendizagens que se realizam
aqui e agora, não servem apenas para confirmar o que foi trabalhado de
forma sistemática antes ou depois.
uma conscientização por parte dos profissionais que trabalham na escola para este
fator.
Neste quesito, a tecnologia não supera a inventividade de buscar, pensar,
criar, coletar materiais, sentir o cheiro da natureza, do cotidiano, ouvir os não de
adultos como conquistar a simpatia deles em conseguir materiais, pois, existe tanto
o vizinho solidário que ajuda guardando matérias, caixas de papelão, pneus, entre
outras coisas como aquele que briga, xinga, e proíbe as invasões em seu quintal,
em suas árvores.
Enfim, a brincadeira serve como descarga de energia para a criança e esta
está sempre disposta a descarregar sua energia seja em casa, no quintal do vizinho
ou na escola, a brincadeira é o pano de fundo para a arte, para a alegria, e a
inventividade do ser humano é quase uma simbiose entre corpo e natureza, ela
aflora com toda a energia na fase da infância e em contato com o mundo da
natureza.
O cotidiano das escolas com suas salas de aula não favorece um ambiente
de alegria e de disposição dos corpos de modo a estarem relaxados para as
brincadeiras. Carteiras condicionam, cadeiras condicionam e a sala de aula mais
parece uma prisão. Se pararmos para refletir sobre os momentos que os sujeitos
estão em movimento na escola, chegaremos à conclusão que o recreio é o único
espaço de uma possível criação, invenção das crianças.
Infelizmente, mesmo no recreio, as atividades são controladas e vigiadas por
adultos que estão ali sempre presentes nos cantos, circulando entre as crianças, na
maioria das vezes controlando ao invés de misturar as crianças potencializando as
brincadeiras.
O brincar ajuda a desenvolver na criança não apenas a oralidade, mas a
expressão artística e diversos outros benefícios que elas podem alcançar com o
envolvimento das brincadeiras, tudo que envolve o ato de brincar se torna mais
gostoso, prazeroso em seu desenvolvimento.
Os objetos se tornam nas brincadeiras infantis alvos da imaginação e
criatividade das crianças como, por exemplo, o cabo de vassoura se torna um
cavalo, barro se transforma em material de modelar, pequenas manguinhas se
tornam pequenos bois que após espetar as pequenas frutinhas com palitinhos, elas
quer, mais geralmente e mais de bom grado, porque vê aí a condição para uma
atitude normal, justa, equitativa, benéfica, respeitável, para com os inocentes que lhe
são confiados.
A escola cristalizou a ideia de que deixar que os afetos transbordem em seu
cotidiano, é deixar que a ameaça de que isto leve a uma iniciação da sexualidade
infantil, como se as crianças não tivessem desejos, vontades. A ideia de que não se
deve deixar a perversão tomar conta do espaço puro e inocente infantil é uma visão
equivocada do mundo infantil.
De acordo com Lapassade e Schérer (1982, p. 94), o professor deve ser de
todos, e como poderia fazê-lo senão barrando em si o acesso a todos os afetos; os
próprios alunos, prisioneiros do sistema, o exigem. Por isso, uma tal exigência
parece lógica, natural.
Entretanto, o discurso que se percebe quando se trata de falar da
sexualidade e dos desejos infantis é que a escola deve se colocar em uma posição
neutra para que não haja um perigo de que estaria incentivando a promiscuidade, a
perversão, etc.
Mas, sabemos que a neutralidade é simplesmente a forma pedagógica da
ideologia burguesa, logo, a escola é um espaço de classe e esta busca se isentar,
de tocar em temas que a coloquem em dúvida enquanto uma instituição que serve a
uma determinada classe e reproduz seus interesses.
É, por este motivo que Lapassade e Schérer (1982, p. 94) dizem:
Neutralidade, eis algo que tem à primeira vista, um sentido abertamente
político - não fazer política - e um arzinho de recusa de constituir brigadas
que faz as delícias dos professores liberais. A neutralidade política é já um
logro numa instituição completamente submetida ao Estado, que impede
que toda a análise seria dos problemas políticos sociais. A história da
escola destes últimos anos dá-nos a prova disso: esta escola é realmente
uma escola de classe, e a neutralidade é simplesmente a forma pedagógica
da ideologia burguesa.
Assim, parece que a escola lida com os problemas tabus de modo a jogá-los
por debaixo do tapete e silencia os estudantes logo cedo a não ousarem fomentar
conversas a respeito, obviamente que tal estratégia não funciona ou tende a ser
trincada logo pelos próprios estudantes que encontram as brechas para falar, para
tocar, para experimentar.
O saber nunca abandona este interdito pela falta de contato, ele está sempre
apostos para reafirmar este local da criança intocável e ao mesmo tempo perigosa
por seus movimentos e desejos deliberados, que toma de surpresa os pedagogos e
espanta a família.
O desejo dos adultos para construírem uma criança escolarizada através de
uma codificação pedagógica de corpo infantil se expressa de forma nítida no vazio
inerte da massa de crianças dessexualizadas e desinvestidas de desejos de
curiosidades e vozes. Neste sentido, os autores tem razão quando dizem que: “À
domesticação das pulsões corresponde o saber domesticado pela escola, para o
uso interno, cujo fim é a aprovação pelo professor e a famosa seleção” (SCHÉRER,
1982, p.107).
O autor ainda diz que:
Apesar da influência de Freud e do freudismo, no que diz respeito à
ressexualização do corpo e da sensibilidade, não se verificou qualquer
mudança relativamente ao princípio dessa estrutura evolutiva e à sua
orientação disciplinar. Muito pelo contrário, o sexo organiza ainda melhor as
hierarquias e as incapacidades, uma vez que ele é apreciado em função da
genitalidade, da imaturidade e da estrita separação das idades. Confinada
em sua impotência, a infância protegida acaba consolidando seu estado de
submissão. Saibamos decifrar, nesse mito de redução e de dissimulação, o
véu de ilusões sob o qual o adulto impõe sua única lei e seu único poder, e,
sob o engodo de um pretenso direto da criança, as estratégias de um
adestramento, cuja única finalidade é a interação e a preparação para o
exercício da função procriadora. (p.160-161).
infecção, machucado, enfim, outros motivos que leve a criança a ter este
comportamento.
É importante também que os preceitos sociais que regem os
comportamentos, o manual de boas condutas neste momento deve ser deixado de
lado, já que é por conta dos preceitos disciplinares escolares que muitas vezes os
detalhes passam despercebidos pelos professores.
Os protocolos cotidianos que nos cercam são cruéis, e são ainda mais para
com os pequenos que estão aprendendo a se condicionar a regras e normas,
entretanto, cabe ao professor conversar com as crianças e dizerem que existem
horas e lugares para a prática do autoerotismo que fazendo isso na frente dos outros
é perigoso que os colegas possam rir, zombar, fazer chacota, etc.
Neste sentido, zelar pela privacidade da criança na medida em que ela
possa sentir este prazer em seu cantinho é importante.
Outro grande medo no mundo sensível da escola é o da homossexualidade,
tema tabu, pouco falado, ou quase nunca reportado, este é um tema que suscita
pensarmos primeiramente que há uma confusão por parte dos professores em
identificar precocemente a identidade sexual da criança perante algum
comportamento que logo é julgado como sendo um desvio.
Quem nunca viu, ouviu algum julgamento precipitado na escola a respeito da
homossexualidade? A professora que sacode o menino de 6 anos pelo motivo deste
ter gritado e sua voz ter saído fininha, ouvimos então: “fala como homem menino”.
Além disso, as brincadeiras são fundamentais para as crianças se desenvolverem e
estas se interessam por cores, tamanhos, formas e texturas, independente do
brinquedo ser socialmente/culturalmente construído para menino ou para menina.
Ora, o interdito dos brinquedos parte dos adultos e não das crianças, estas
não se excluem, não se colocam em posição de crueldade em dividir grupos de
meninas e meninos para brincar, dividindo os esportes na educação física entre
gêneros.
De acordo com Felipe (2012, p. 54),
Barbies, uma marca que assola o mundo das meninas que se inspiram no modelo
magro e perfeito de corpo.
Tal comparação entre o real e o cultural torna-se violenta na medida em que
tal ação ocorre na escola na forma do bullying, pois, as crianças que não possuem
corpo tido como “normal”, são logo rotulados como botijões, baleias, entre outros
apelidos pejorativos, esta é uma questão que cada vez mais tende a excluir as
diferenças na escola e leva ao abandono escolar, isto quando não fica as marcas
traumáticas da vergonha e humilhação.
Neste documentário há uma definição clara entre o que é produto para
menino e o que é produto para menina, inclusive reforçando as cores azul e rosa
como uma dialética binária que funciona como demarcador de gênero e de casinhas
de consumo bem definidas.
Logo, o corpo é uma construção cultural. E, como aponta Goellner (2012, p.
107-107), compra-se, por exemplo, roupa azul, decora-se o quarto do mesmo modo
e escolhem-se os brinquedos de forma muito diferente se a criança for uma menina
ou um menino. A ela serão, também, dirigidas expressões adjetivos e expressões
distintas tais como: a princesinha da mamãe/papai; o garotão da mamãe/papai.
Sobre seu futuro, serão projetadas perspectivas distintas: vai ser bailarina,
professora, enfermeira ou vai ser cantor de rap, bombeiro, advogado. Também
serão inferidos lugares de maior circulação e vivência para ela e para ele: se for uma
menina pressupõe-se que vá ajudar a mãe a cuidar da casa e dos irmãos; se for
menino, aprenderá um ofício, irá trabalhar ou fazer bicos para ganhar dinheiro.
Percebam o quanto esses exemplos estão definindo atributos, funções, papéis
relacionados aos homens e às mulheres???
Quando é que as crianças podem e conseguem falar a respeito de
sexualidade com os pais? Esta dificuldade vem de muito tempo e consta, por
exemplo, no diário de uma garota conhecida mundialmente por sua luta, Anne
Frank, diz o seguinte a respeito da relação entre pais e filhos e o sexo:
Será que mudou alguma coisa do contexto que Anne expõe de sua
realidade? Este distanciamento entre os pais e filhos sobre o sexo, sexualidade até
os dias de hoje permanece, as crianças/adolescentes não são os mesmos, hoje
existe várias fontes de informações como internet, porém, por vezes são fontes não
confiáveis e com conteúdos deturpados.
E neste momento que os pais se tornam chaves nesta conversa, nestes
assuntos, porém, estes costumam largar de lado com medo, receio do que pode
desdobrar a conversa, de que o filho/filha irá querer fazer sexo, etc. Isso, quando
não relegam para a escola este papel.
uma escola existem as resistências que colocam este currículo em cheque, embora
sejam poucos, e os poucos logo são calados de alguma forma, seja por uma sanção
disciplinar, seja pela invisibilidade que a escola os relega, são os pequenos focos de
contradição escolar que pode rachar a de um instrumento funcional para o Estado
econômico liberal/capitalista.
A escola com o apoio do currículo engessa um cotidiano escolar no qual
pouco ocorre o contato entre professor, gestão pedagógica e aluno sem que haja
uma intenção disciplinar entre estes sujeitos. Ora, a escola não é um quartel, muito
menos um tribunal, porém, esta faz lembrar muito as raízes panóptica com esta
postura de vigilância.
Reafirmando o que já foi apontado por Schérer (1982, p. 80-81), a vigilância
e a proteção da infância, irrisão fundamental dos direitos reais da criança, são uma
tendência irreversível das sociedades modernas porque satisfazem. Satisfazem ao
constituírem o próprio objeto da satisfação designada como “a criança”, e isso é
inestimável. Por isso não nos contentamos em dizer que dão boa consciência.
Satisfazem, em cada um e socialmente, o desejo de ver e de saber aplicado a um
ser desde a sua origem, desejo que nenhuma sociedade global, na sua separação
entre o público e o privado, pode realizar. A criança não deve ter vida ou esferas
privadas, deve ser vista inteiramente. Como é que isso funciona: já o dissemos, pela
proteção, pela vigilância, pela colocação em reserva. O que é que isto quer dizer, é
mais complexo, porque na infância, não é só o outro, mas o próprio quem está
implicado, e o olhar inquisidor lançado sobre a criança é também, e em primeiro
lugar, o impossível olhar lançado sobre si.
Aliás, as pessoas que estão envolvidas em uma escola parecem se
esquecer um pouco das teorias educacionais a respeito da construção do sujeito,
pois, após entrar no ambiente escolar, elas passam a ser tarefeiros desta instituição
e lidam com os alunos como se eles fossem seus subordinados.
Onde está a escola de sonhos, de subjetividades? Será que ela ficou apenas
nas aulas de pedagogia? Será que as boas teorias que desconstroem as realidades
cristalizadas pelos instrumentos estatais como currículos, regimentos e entre outros
que mais punem do que realmente organizam a escola em prol de um melhor
ensino?
3 Nomes fictícios.
Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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– cereja, o amarelo – sol – a luz que ele irradia também pode ser amarela, o azul –
céu, o branco de sorvete de limão, etc.
O imaginário infantil produz possibilidades infinitas com o contato e
manuseio das cores e a fantasia derrama em diversas construções imaginárias
infantis, por isso, é muito importante que a escola veja a criança como criança e não
como um ser problemático, indisciplinado que tenha de ser corrigido a duras penas.
A fantasia parece ter as rédeas soltas apenas no rosto da lua e em seu gorro
de dormir, na respiração das casas. Mas, em sua precisão, a cor pura não é simples
aproximação da cor das coisas por uma criança, cuja paleta seria insuficientemente
variada. Ela lhes impõe sua lei, abre o campo do impossível: um mundo “preciso e
impossível”, nota Jeffrey. A pureza cromática do desenho animado é, com efeito, de
uma ordem de irrealidade semelhante à de suas formas, conferindo-lhe, ao mesmo
tempo, o que lhes falta para aliciar completamente o imaginário, a plenitude sensual
de uma presença (SCHÉRER, 2009 p.112).
A cor por mais simples confere a criança o poder da ficção, do imaginário, as
cores quando estão imbuídas em objetos, em símbolos como selos, como pequenos
objetos antigos tendem a despertar na criança um mundo de possibilidades
exploratórias, ela passa a ir à busca de um tesouro colorido, de mais e mais selos,
mais e mais antiguidades.
Schérer (2009, p. 112) lembra que a sedução e o fascínio exercidos sobre a
criança pelas coleções de selos estão intimamente ligados à proliferação de suas
cores cujo arbitrário, obedecendo a uma lei desconhecida, sugere uma necessária
afinidade com seus longínquos países de origem.
A possibilidade de criação na infância é o que possibilita ela a organizar,
reorganizar elementos plásticos à sua volta, o ser humano possui uma gama enorme
de possibilidades, mas a criança em toda a sua potência consegue até mesmo
quando as cores estão ausentes nos desenhos, estando estes em preto e branco ela
consegue fazer um apelo à coloração, a influência das cores tem nas crianças uma
parceria fiel.
Para a criança, o signo é arrastado pela cor, ou a convoca. Compreendendo-
os no mesmo registro, a criança permite que o signo se colore a si mesmo ou que,
de maneira mais geral, escape da obrigação e da ameaça de significação precisa. O
terreno pelo qual o signo se sente atraído acaba por reservar-lhe esconderijos
(SCHÉRER, 2009, p.115).
As infâncias nutrem-se de cores e um ambiente que permita a elas se
conectarem com o mundo imaginativo de colorações, tonalidades e invenções são
sempre ambientes gostosos, prazerosos e que fornecem os simbólico e
concretamente, possibilidades de vida de ser criança.
Como aponta Schérer (2009, p. 117), por disporem apenas de folhas
plastificadas das quais as vinhetas se descolam muito facilmente, as crianças de
nossos dias têm muito dificuldade para compreender o ritual e a agitada expectativa
do menino de 1900. Mas, diante da aparição das cores que chamavam a atenção
apenas pelo brilho, a atração permanece a mesma e a imaginação corre solta em
torno das figuras a serem dispostas em cenários: as mil aventuras do Mickey,
Branca de Neve e os Sete Anões, além das novas fantasmagorias da Guerra dos
Planetas, substituíram os portais ingênuos, minuciosamente miniaturizados, pelos
velhos coloristas.
As crianças se deixam banhar pelas cores que saem da TV, elas mergulham
no mundo de cores e sons que as fazem navegar, fazem sorrir, ela se entrega em
sua verdade infantil e gratuidade a uma explosão de imaginação que a toma em seu
mundo dos desenhos animados.
A relação entre as cores e as crianças, este preenchimento entre sujeito e
signo, entre eles se forma força atrativa inimaginável que somente as crianças
podem mensurar, mas, por vezes nem elas conseguem.
O fato de que a cor seja um meio provém precisamente de sua
imponderabilidade integral. Mas ela não é um meio amorfo e vazio. Ao contrário,
nela existe uma permanente tensão interna e uma força atrativa: graças a ela e por
seu intermédio, a criança avança em direção às imagens que, por sua vez, veem ao
seu encontro. A criança tem a sensação de ser da mesma natureza das imagens,
imitando-as e dissolvendo-se nelas. Eis o campo aberto para o “poder de imitação”
que libera a criança das identificações obrigatórias e prosaicas, reservando-lhe –
fora das normas e do bom senso dos adultos que a reconduzem, incessantemente,
à identificação das coisas ou à sua própria identificação – uma fantástica conivência
com um mundo ao qual a cor empresta, não tanto uma linguagem, mas sobretudo
um rosto (SCHERER, 2009, p.118-119).
A verdade é esta, que o mundo da imaginação que as cores e imagens
produzem pode trazer caminhos para todas as infâncias, pois, as cores são
universais e estas se multiplicam nos rostos das crianças traduzindo-se em ações de
liberdade e emancipação numa fruição sem fim.
Assim, nos parece que o material pedagógico (filme) pode ser um bom
instrumento para problematizar o passado e o presente da infância, daquilo que
constituiu a infância, ou seja, as relações sociais com a família e a escola.
O cinema tem o poder de contribuir para um processo de subjetivação do
sujeito, pois, como aponta Deleuze (2010, p. 128), um processo de subjetivação, isto
é, uma produção de modo de existência, não pode se confundir com um sujeito, a
menos que se destitua este de toda interioridade e mesmo de toda identidade. A
subjetivação sequer tem a ver com a “pessoa”: é uma individuação, particular ou
coletiva, que caracteriza um acontecimento (uma hora do dia, um rio, um vento, uma
vida...). É um modo intensivo e não um sujeito pessoal. É uma dimensão específica
sem a qual não se poderia ultrapassar o saber nem resistir ao poder.
Aqui também se pode pensar nos processos de (dês) subjetivação, pois, é
através da telona que nos identificamos ou não, questionamos nosso modo de viver,
conseguimos observar o mundo de modo diferente do que estávamos acostumados.
A infância não é diferente, como a infância se constituiu, os filmes com a temática da
infância pode nos revelar como este sujeito se constituiu enquanto tal em diferentes
épocas e se constitui em diferentes culturas diferentes da nossa.
O cinema com a infância ajuda a pensarmos como lidamos com a infância
atual, como lidávamos e como se lida em outros contextos. Por isso, como aponta
Deleuze (2010, p. 136):
(...) é nossa relação com a subjetividade, nossas maneiras de nos
constituirmos como sujeitos. Pensar é sempre experimentar, não interpretar,
mas experimentar, e a experimentação é sempre o atual, o nascente, o
novo, o que está em vias de se fazer. A história não é experimentação; é
apenas o conjunto das condições quase negativas que possibilitam a
experimentação de algo que escapa à história. Sem à história, a
experimentação permaneceria indeterminada, incondicionada, mas a
experimentação não é histórica, é filosófica.
piores, a pior parte vivida pela humanidade, tendo em vista a difusão da ditadura
nazista, o extermínio de milhares de crianças em prol da xenofobia, hierarquia,
homofobia, eugenia, etc.
Por falar em guerra, por falar em infância, outra criança também viveu os
horrores do holocausto e deixou como legado seu diário para que toda a
humanidade soubesse um pouco mais de como é a dor as angústias e necessidades
das crianças que viviam sob o regime nazista de Hitler na Europa.
Esta criança é Anne Frank, que em seu diário diz:
Não acredito que a guerra seja apenas obra de políticos capitalistas. Ah,
não, o homem comum é igualmente culpado; caso contrário, os povos e as
nações teriam se rebelado há muito tempo! Há uma necessidade destrutiva
nas pessoas, a necessidade de demonstrar fúria, de assassinar e matar. E
até que toda a humanidade, sem exceção, passe por uma metamorfose, as
guerras continuarão a ser declaradas, e tudo o que foi cuidadosamente
construído, cultivado e criado será cortado e destruído, só para começar
outra vez! (p.311).
O filme retrata a saga de Ali, filho de 9 anos uma família pobre de Teerã que
ao fazer compras para a família no mercado local, perde os sapatos de sua irmã
mais nova Zahra. Com medo de apanhar do pai ele convence a irmã que irá
encontrar os sapatos, daí começa uma saga de revezamento entre ele e a irmã
usando o tênis dele para ambos conseguirem ir à escola.
O plano é desconfortável, Ali volta às pressas correndo da escola para
deixar em um beco os sapatos para a irmã, esta por sua vez sente vergonha dos
sapatos na escola, diante desta situação ocorre um fato que chama atenção de Ali,
ele se inscreve em uma corrida de garotos da escola e, o final do filme que
Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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obviamente não iremos contar para que o leitor se puder, possa se deliciar com o
final desta obra prima iraniana que se chama Filhos do Paraíso.
O filme retrata o companheirismo entre duas crianças que mesmo nas
adversidades que a vida lhes impõe, conseguem estar unidos e não se delatam
como seria talvez o mais comum de acontecer numa relação competitiva entre as
crianças causada pelo consumismo e competitividade. A delação poderia ocorrer, e
consequentemente a perda de valores fraternais, do sentimento de proteção e a
beleza da cumplicidade que marca este filme iraniano.
O sentimento de cumplicidade hoje é sentido como um bálsamo por nós
leigos telespectador que sente o mundo totalmente desprovido deste sentimento. A
disputa causada pela perda de valores tão necessários ausentes nesses tempos de
tecnologias avançadas e relações humanas tidas como ultrapassadas.
Neste filme, a irmã protege o irmão e ele vice-versa, ambas as crianças
mesmo pobres conseguem vivenciar uma felicidade enquanto crianças. Bons filhos,
eles ajudam a cuidar da mãe doente e obedece ao pai, um homem trabalhador e
honesto com seus valores religiosos.
Os valores morais de fraternidade e amizade são extremamente fortes neste
filme. Além disso, Ali se encanta com um lado de Teerã que ele não conhecia, o lado
rico cheio de mansões quando o pai o leva junto para tentarem trabalhar como
jardineiros. O pai não apenas consegue o emprego graças à esperteza e obstinação
de Ali como estreita uma relação de amizade com o neto de um senhor dono da
mansão.
Este momento do filme é muito interessante, primeiro pelo fato de que nos
mostra literalmente as diferenças concepções de infância que existem, de um lado
da cidade um garoto pobre que luta com um par de tênis rasgado para não
preocupar o pai quanto ao fato dele ter que gastar dinheiro que não tem, criando
uma situação extremamente dificultosa para ele e a irmã num segredo guardado
com as dores e bolhas nos pequeninos pés.
Por outro lado, ele conhece uma criança que tem tudo, vive em um
condomínio de luxo, porém, não tem irmãos nem amigos para brincar. Os dois logo
começam a brincar enquanto o pai consegue cuidar do jardim do avô do menino
rico, o que representa nesta parte uma desigualdade presente em vários cantos do
como esta realidade está permeada por desigualdades, poderes, guerras, asperezas
e também fraternidade, confiança, resistências, inventividades e felicidade.
São vários os ingredientes que nos permitem através de um filme,
problematizarmos a realidade da infância em seus diferentes modos de ser. O
cinema passa a ser uma ferramenta para a experiência ética e estética na medida
em que nos possibilita colocar nossa vida como obra de arte. Pensar a si mesmo a
partir de um filme é um jogo no qual o sujeito é levado a ocupar-se de si mesmo
para através desse movimento de construção e reconstrução de imagens, memórias
e acontecimentos poder produzir e inventar a si mesmo (FERRARI, 2012 p.51).
Deste modo, o ato de assistirmos um filme não é algo inocente, é um
movimento que nos joga contra as rochas, contra um paredão de emoções, que nos
revive fatos de nossas vidas, pois, de algum modo, em alguma cena nós nos
identificamos com os personagens de um filme.
O cinema nos faz pensar, e, como aponta Deleuze (2010), e pensar torna-
se, como diz Foucault, um “ato arriscado”, uma violência que se exerce primeiro
sobre si mesmo. (p.132). Não há nada mais potente que sermos puxados para uma
alteridade através da tela do cinema.
Os estudos do cinema tem envolvimento com a comunicação e educação no
sentido de discutir as práticas culturais que existem na nossa sociedade e que são
resultado de processos históricos. Através das imagens é que percebemos como se
constroem os discursos, esses aspectos políticos das produções audiovisuais, mas,
principalmente percebemos como a nossa sociedade se comporta, como ela existe
em sua complexidade.
Pensar a respeito desta “realidade” infantil através do cinema, da cultura
visual nos ajuda a pensar nas relações que temos com as infâncias que são muitas,
desde superprotetoras até mesmo de uso delas para benefício próprio, bem como
exploração de algumas infâncias.
Pensar as diferentes infâncias produzidas na sociedade, diferentes infâncias
que o cinema trás inclusive como uma vertente forte e atual do cinema mundial, é
pensar na ação do homem enquanto sujeito inventado através das condições sociais
que este enfrenta, resiste e sobrevivem entre mazelas, sonhos, ilusões e poéticas.
Dessas crianças palpáveis, de carne e osso que sonham e vivem as mazelas com
esperança por dias melhores, com a resistência que muitos adultos não enxergam
em obter.
Crianças que são muitas, múltiplas e não unas, que possuem esperteza,
inteligência, que muitas vezes a racionalidade fria e engessante não as alcança em
seu modo múltiplo de ser, ela tenta, mas a resistência infantil é muito mais esperta e
criativa, a criança é muito mais sujeito potente, muito mais sujeito curioso, muito
mais sujeito cores, muito mais sujeito sexualidades e afetividades.
Como aponta Ferrari e Castro (2012, p. 15), as produções que constituem a
Cultura Visual em que estamos imersos nos possibilitam pensar o mundo que nos
cerca e pensar em nós mesmos em nossas posições de sujeito. É o aspecto poético
das imagens. Na construção de um discurso, os filmes trabalham com os cortes,
com as ausências e com espaços que nos chamam a lidar com as imagens. Vamos
preenchendo esses cortes, ausências e espaços e, quando fazemos isso, não são
mais os filmes que estão falando, mas somos nós mesmos que, a partir das nossas
histórias e experiências, vamos agindo sobre o que nos é mostrado.
Por outro lado, esta relação entre o filme e o telespectador nos permita que
refutemos às imagens, o que nos foi colocado, inventaremos verdades que não
aquela que o filme nos mostra, sendo assim, haverá relações de forças
estabelecidas entre o telespectador e o filme, e isto é bom, pois, quanto mais o filme
conseguir mexer com o telespectador mais ele tem a chance de estabelecer a
relação com o filme e consigo mesmo.
As imagens causam um deslocamento fundamental que não cessa apenas
naquele instante, na sala do cinema, ou em nossa casa, através da imagem da TV,
o deslocamento nos segue nos persegue sempre iremos nos lembrar daquele filme,
daquela cena, daquela fala e quando o filme é uma obra-prima, como ambos os
filmes que lemos brevemente nesta apostila, somos levados a nos apropriarmos
enquanto educadores estes poderosos instrumentos potentes em nossas salas de
aula, com nossos alunos que por sua vez se sentirão deslocados em suas verdades
sobre as infâncias, os filmes apresentados são excelentes produtos
cinematográficos para serem trabalhados com a pedagogia ou com qualquer outra
turma/curso que lide com a educação diretamente.
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
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Antunes, João Wanderley Geraldi. – 1º Ed, Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.
SCHÉRER, René. Infantis: Charles Fourier e a infância para além das crianças.
Tradução: Guilherme João de Freitas Teixeira – Belo Horizonte: Autêntica Editora,
2009. (Educação: Experiência e Sentido).
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do espaço escolar. In. RODRIGUES, Alexandro e BARRETO; Maria Aparecida
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34, 2010.
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FELIPE, Jane. Sexualidade na infância: dilemas da formação docente. In. FILHA,
XAVIER Constantina (Org). Sexualidades, gênero e diferenças na educação das
infâncias. Ed. UFMS: 2012, p. 47-58.
FERRARI, Anderson. “Poeticamente silenciosa”: Cinema e a formação ética-estética
dos sujeitos. In. FERRARI, Anderson e CASTRO Polato Roney (Org).Política e
poética das imagens. Ed. UFJF: 2012, p. 37-55.
FILHA XAVIER, Constantina. Violência sexual contra crianças: ações e omissões
nas/das instituições educativas. In. FILHA, XAVIER Constantina (Org).
Sexualidades, gênero e diferenças na educação das infâncias. Ed. UFMS: 2012, p.
131-166.
FRANK, Anne. O diário de Anne Frank. Edição integral; tradução de Ivanir Alves
Calado – 17º edição – Rio de Janeiro: Bestbolso, 2012.
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Ramalhete. 40ª. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
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necessárias para pensar a educação da infância. In. FILHA, XAVIER Constantina
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Rocha, Brito Marques. – São Paulo: Ciranda cultural, 2009 (Coleção filosofia para
leigos).
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Rocha, Brito Marques. – São Paulo: Ciranda cultural, 2009 (Coleção filosofia para
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