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ESCOLA SECUNDÁRIA DA BAIXA DA BANHEIRA

ANO LECTIVO 2010/2011 - Novembro


BIOLOGIA E GEOLOGIA - 10º ANO
Teste de Avaliação

Bom trabalho!
GRUPO I
A cadeia montanhosa dos Himalaias resulta da colisão entre a placa Indiana e a
placa Euroasiática. Actualmente, a placa Indiana continua a deslocar-se para Norte à
velocidade aproximada de 2 cm por ano, o que faz com que a altitude dos Himalaias
continue a aumentar à razão aproximada de 5 mm por ano. A geóloga Yani Najman,
recorrendo à análise de isótopos de Árgon presentes em minerais constituintes de rochas
da região, reavaliou a idade da cordilheira dos Himalaias, e considerou que esta formação
seria 15 milhões de anos mais jovem do que inicialmente se pensava. A análise de
isótopos incidiu sobre pequenos grãos de mica branca (moscovite), recolhidos na mais
antiga bacia sedimentar continental encontrada na área.
Na cordilheira dos Himalaias, encontram-se mármores com cristais de rubi, tendo o
movimento das placas litosféricas contribuído para a sua formação. Há cerca de 50
milhões de anos, entre a placa indiana e a placa euroasiática existia um mar, o Mar de
Tétis. À medida que a placa indiana se movimentou em direcção à placa euroasiática, o
Mar de Tétis foi-se fechando e, devido a intrusões magmáticas, ocorreu metamorfismo
das rochas carbonatadas do fundo marinho. A presença de numerosos fósseis de animais
marinhos nos estratos superiores dos Himalaias constitui uma prova da existência do Mar
de Tétis. Os Himalaias poderão ter-se formado como sugere a sequência constituída pela
figura da página seguinte.
Adaptado de Teste Intermédio de Fevereiro de 2008 e Exame Nacional de Julho de 2010

1
6
5

III
I

1.

1. Estabelece a correspondência entre os números 1, 2, 3, 4, 5 e 6 do esquema


A da figura acima e a respectiva designação da lista seguinte: (10 pontos)

- Astenosfera - Dorsal oceânica


- Litosfera - Zona de subducção
- Manto superior litosférico - Crosta terrestre
- Planície abissal - Talude continental
- Correntes de convecção - Rift

2. Indica o número de placas representado no esquema A da figura acima. (4 pontos)

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3. Com base no texto e por consulta da tua escala do tempo geológico, indica
em que período ocorreu o fecho do mar de Tetis e o início da elevação dos
Himalaias. (6 pontos)

4. Refere três características do processo de formação de montanhas, que não são


compatíveis com a clássica visão catastrofista da Natureza. (9 pontos)

5. Compara quanto à idade, as rochas dos locais assinalados pos I e II


(esquema B). Menciona a razão que justifica a tua resposta.(12 pontos)

6. Apresenta dois tipos de evidências que foram usadas por Wegener, para
fundamentar a mobilidade e a separação da Índia da Gondwana há cerca de 135
Milhões de anos. (6 pontos)

7. Selecciona a alternativa que completa correctamente a frase seguinte. (8


pontos)

A formação da cadeia montanhosa dos Himalaias resultou da colisão entre duas


placas litosféricas, que apresentam entre si limites ___ associados a ___.

A. convergentes (...) aumento da espessura da crosta continental


B. conservativos (...) manutenção da litosfera oceânica
C. conservativos (...) manutenção da espessura da crosta continental
D. convergentes (...) formação de litosfera oceânica

8. Selecciona a alternativa que completa correctamente a frase seguinte. (8


pontos)

Os estratos superiores do monte Evereste, na cordilheira dos Himalaias, fizeram


parte de um fundo marinho ___ , o que é evidenciado pelas falhas em que o tecto ___
relativamente ao muro.

A. soerguido durante a acção de forças distensivas (...) subiu


B. subductado durante a acção de forças compressivas (...) desceu
C. soerguido durante a acção de forças compressivas (...) subiu
C. subductado durante a acção de forças distensivas (...) desceu

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9. Selecciona a alternativa que completa correctamente a frase seguinte. (8
pontos)

O mármore com cristais de rubi da cordilheira dos Himalaias é uma rocha ___ que
___ .
A. metamórfica (...) resulta da acção de uma intrusão magmática em rochas
calcárias
B. metamórfica (...) provém da consolidação de um magma em profundidade.
C. sedimentar (...) se formou por sedimentogénese e diagénese no fundo do mar
de Tetis
D. sedimentar (...) possui alternância de bandas mineralogicamente distintas.

10. Selecciona a alternativa que completa correctamente a frase seguinte. (8


pontos)

Alguns dos fósseis referidos no texto permitem determinar a idade _______ dos
estratos em que se encontram, dada a _______ longevidade das respectivas espécies.

A. absoluta (...) grande


B. absoluta (...) pequena
C. relativa (...) grande
D. relativa (...) pequena

11. Supõe que os cientistas determinaram que numa determinada rocha havia 10
gramas de Potássio-40 radioactivo quando se formou e que actualmente contém 2,5
gramas desse mesmo elemento, que se desintegra originando Árgon-40. Observa os
gráficos:

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11.1. Estabelece a correspondência entre os elementos radioactivos apresentados e os
gráficos A e B da seguinte. (6 pontos)

11.2. Determina a idade da rocha magmática em causa, sabendo que o tempo de semi-
vida do Potássio-40 é de 1300 Milhões de anos. Apresenta o raciocínio que fizeste. (10
pontos)

GRUPO II
A Astrogeologia, aplicando princípios e métodos geológicos a um plano muito vasto
que inclui o Sistema Solar no seu conjunto, tem fornecido muitas informações que põem à
prova os modelos sobre a estrutura do nosso planeta. Para os astrónomos, a fronteira do
nosso Sistema Solar situa-se a cerca de 150 000 unidades astronómicas (U.A. = 149
598000Km) do Sol. É o limite de influencia gravitacional da nossa estrela. Até 1,5 U.A.
situam-se os planetas telúricos e entre as 5,2 U.A. e as 30 U.A. situiam-se os planetas
gigantes. Entre as 100 e as 150 U.A. encontra-se a Nuvem de Oort e os seus núcleos de
cometas.
A tabela seguinte inclui dados sobre a temperatura, o período de
translacção, a densidade e a massa dos planetas do Sistema Solar bem como de Plutão.

Mercúrio Vénus Terra Marte Júpiter Saturno Úrano Neptuno Plutão


Temperatura 330 465 22 - 50 - 150 - 180 - 210 - 220 - 230
(ºC)
Período de
Translacção 88 225 365 687 4329 10759 30685 60685 90485
(dias terrestres)
Densidade 5,4 5,2 5,5 3,9 1,3 0,6 1,1 1,7 2,0
3
(g/cm )
Massa 0.055 0.815 1 0.108 318 95,2 14,6 17,2 0,003
(Terra=1)

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1. A figura representa diferentes etapas da formação do Sistema Solar, segundo a
teoria actualmente mais aceite.

1 2 4

1.1. Estabelece a correspondência entre cada uma das imagens e as seguintes


afirmações: (8 pontos)

A) Formação de uma nuvem primordial enriquecida com elementos pesados,


fria, de dimensões gigantescas e constituída por gases e matéria interestelar.
B) Achatamento da nuvem por aumento da velocidade de rotação; aglutinação
de partículas na parte central, constituindo o proto-sol.
C) Nas regiões mais frias e menos densas que rodeiam o sol primitivo produzem-se
condensações de pequenas quantidades de materiais que, sob influência da
gravidade, originam os planetas.
D) Contracção da nébula, aquecimento e início da rotação.

1.2. Selecciona a alternativa que completa correctamente a frase seguinte. (8 pontos)

A Teoria Nebular Reformulada é coerente com ____ apesar de ainda não estar clarificado
____.

A. a idade idêntica para todos os corpos do sistema solar (…) a composição química
dos meteoritos e dos cometas
B. a existência de cometas e asteróides (…) a idade idêntica de todos os corpos do
Sistema Solar
C. os movimentos dos planetas nas suas órbitas serem todos no mesmo sentido (…)
o plano da órbita de Plutão
D. as órbitas dos planetas serem quase coplanares (…) o sentido do movimento de
rotação de Vénus

6
2. Explica o facto de Vénus ter uma temperatura média superior à de Mercúrio. (8
pontos)

3. De acordo com os dados da tabela, apresenta a razão para a classificação de


Plutão da categoria de Planeta Anão, especificando esta nova definição adoptada pela
União Astronómica Internacional. (10 pontos)

4. Os gráficos da figura representam, respectivamente, a densidade e o diâmetro de


alguns planetas do Sistema Solar.

A B C D A B C D

Em que medida os dados dos gráficos apoiam a Teoria Nebular Reformulada? (12
pontos)

5. Explica o facto de na Nuvem de Oort haver “núcleos de cometas”. (9 pontos)

6. Ordena as letras de A a G, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos


acontecimentos relacionados com a origem e a evolução da Terra. Inicia pela letra A. (10
pontos)

A. Aglutinação de materiais da nébula solar, devida à força gravítica.


B. Individualização das unidades estruturais crosta, manto e núcleo.
C. Diferenciação interna, de acordo com as densidades dos materiais.
D. Aumento da massa e das dimensões da Terra primitiva, com consequente aumento da
compressão gravítica.
E. Fusão parcial dos materiais, devido a impactos meteoríticos e à desintegração
radioactiva.
F. Acreção de planetesimais e formação de um planeta homogéneo de ferro e de silicatos.
G. Formação de uma atmosfera rica em ozono.

7. Observa com atenção a figura que é uma fotografia da superfície lunar.


7
7.1. Classifica como V (verdadeira) ou F (falsa) cada uma das afirmações, relativas a
características da Lua. (8 pontos)

A. Há mais de 3000 Milhões de anos a Lua era geologicamente activa.


B. Maria (os mares lunares) são zonas escuras, ricas em minerais
ferromagnesianos.
C. A erosão tem reduzido muito o número de crateras de impacto na superfície
lunar.
D. A tem uma superfície plana enquanto C tem uma superfície escarpada.

7.2. Apresenta duas características da Lua que justifiquem a maior concentração de


crateras de impacto meteorítico na sua superfície, comparativamente à superfície
terrestre. (8 pontos)

8. Observa com atenção o quadro:


Composição Meteoritos Rochas da crosta terrestre
Liga Fe-Ni Muito abundante (»90%) Praticamente inexistente
Minerais mais abundantes Ferromagnesianos Quartzo e outros silicatos
Presença de água Anidros Hidratadas

8.1. Identifica o tipo de meteoritos cuja composição está descrita no quadro. (4


pontos)

8.2. Tendo em conta a origem comum dos meteoritos e dos planetas do Sistema
Solar, formula uma hipótese que explique o facto da quase inexistência de ferro e níquel
nas rochas da superfície terrestre. (20 pontos)

FIM
CORRECÇÃO:
Teste Novembro 2010 BG 10º A

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GRUPO I
1. 1- dorsal oceânica, 2- litosfera, 3- zona de subducção, 4- astenosfera, 5- planície abissal,
6- talude continental (10 pontos)
2. 3 placas tectónicas (uma vez que há 2 limites de placas: um rift à esquerda e uma zona de
subducção à direita) (4 pontos)
3. Período Paleogénico (no texto refere que foi há 50 milhões de anos) (6 pontos)
4. O processo de formação de montanhas é cíclico, gradual e lento, contrariamente ao
postulado pela visão catastrofista da Natureza. (9 pontos)
5. As rochas do local I são mais recentes do que as do local II, porque as do local I estão
mais próximas do rift e é neste que há ascenção e consolidação do magma que origina as rochas
do fundo oceânico, sendo que as mais antigas vão sendo empurradas para lados opostos a partie
do rift. (12 pontos)
6. Evidências paleontológicas (mesmos fósseis em continentes actualmente afastados) e
evidências paleoclimáticas (vestígios de climas muito diferentes dos que existem na Índia actual).
(6 pontos)
7. A (8 pontos)
8. C (8 pontos)
9. A (8 pontos)
10. D (8 pontos)
11. 1. Potássio 40 está representado no gráfico A (é o isótopo pai), Argon 4 está representado
no gráfico B (é o isótopo filho). (6 pontos)
11.2. Se actualmente a rocha só contém 2,5 gramas das 10 gramas iniciais do isótopo pai,
significa que já se desintegraram 75% da quantidade inicial de isótopo pai. Ora, 75% corresponde
a decair metade da quantidade inicial (ficam 50%) e depois decair mais metade desta quantidade
(ficam 25%). Deste modo passaram 2 tempos de meia-vida. Como cada T1/2 é 1300 Ma, então já
passaram 2600 Ma desde que a rocha se formou. A rocha tem assim 2600 Milhões de anos. (8
pontos)
GRUPO II
1.1. 1- A, 2- D, 3- B, 4- C (8 pontos)
1.2. D (8 pontos)
2. Vénus tem uma temperatura média superior à de Mercúrio, porque Vénus tem uma densa
atmosfera, constituída maioritariamente por dióxido de carbono, e consequentemente tem um
elevado efeito de estufa, que lhe permite manter a temperatura sem grandes oscilações,
contrariamente a Mercúrio. (8 pontos)
3. O dado da tabela que se relaciona com o facto de Plutão ter sido considerado Planeta
Anão é a sua pequena massa. Este facto fez com que durante a formação do Sistema Solar não
tenha tido força da gravidade suficiente para atrair para si todos os corpos próximos, levando a
que actualmente tenha uma órbita em que há muitos outros corpos na sua vizinhaça. (10 pontos)
4. Os dados do gráfico evidenciam que há planetas (A e B) que são mais densos e
menores e outros planetas (C e D) que são menos densos e maiores. Este facto apoia
a Teoria Nebular Reformulada na medida em que comprova que os materiais da
nébula solar inicial se dispuseram de acordo com as densidades: junto ao Sol
dispuseram-se os mais densos por terem ponto de fusão mais alto, enquanto que os
mais afastados se constituiram a partir de elementos pouco densos que foram
repelidos pela radiação solar para longe, onde puderam aglomerar muito mais massa.
(12 pontos)
5. Na Nuvem de Oort há os núcleos dos cometas, porque nesta região periférica do
Sistema Solar, o afastamento do Sol é grande e assim não sofrem a acção do calor
deste que faz com que se formem a cabeleira e as caudas por descongelamento e
fragmentação do núcleo de gases e poeiras do cometa. (9 pontos)

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6. AFDECBG (10 pontos)
7.1. A- V, B- V, C- F, D- V (8 pontos)
7.2. A Lua tem menor massa do que a Terra, consequentemente tem menor força gravítica
que não lhe permitiu reter atmosfera. Deste modo, não tem factores climáticos e
consequentemente não há erosão à superfície que actue nos relevos formados pelas
crateras de impacto, destruindo-as (aplanando-as). (8 pontos)
8.1. Sideritos (4 pontos)
8.2. A resposta deve contemplar as seguintes ideias e relações: (o sublinhado é essencial)
• Durante a formação da Terra, a acreção de planetesimais criou primeiramente uma massa
homogénea constituida por Ferro e Níquel, mas o aumento de tamanho levou ao aumento da
compressão e por conseguinte ao aumento da temperatura interna, também causado pelo impacto
meteorítico directamente e pela desintegração radioactiva.
• Com o calor da terra primitiva, a fusão destes elementos (Fe e Ni) levou à deslocação dos
mesmos para o centro do planeta, vindo a constituir o núcleo, enquanto que os materiais menos
densos de todos (silicatos) vieram a dispor-se mais superficialmente formando a camada externa
do planeta: a crosta terrestre.
• Como os meteoritos não têm massa suficiente para aumentar tanto de tamanho como os
planetas, também não aumentou a sua temperatura interna não ocorrendo assim a sua
diferenciação, não obstante a origem inicial comum a partir dos materiais mais densos da nébula
solar.

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