decomposição dos corpos é extremante recorrente. Portanto a solução encontrada foi baseada na já utilizada em Curitiba na necrópole ecumênica. No cemitério vertical, o defunto não tem contato com o solo e neste caso o processo de sepultamento é diferente dos convencionais. O caixão é deposto sob uma espécie de bandeja impermeabilizante e o líquido é retido ali até que se evapore por completo. Os gases resultantes do processo de evaporação passam por um filtro com moléculas de carvão que age por adsorção (quando uma molécula gruda em outra, anulando o efeito que teria na atmosfera). Do total da decomposição do corpo humano, 70% é líquido e o produto resultante do processo de coaliquação desse líquido se transforma em chorume que pode ou não ser contaminante. Quando em contato com o solo o líquido percorre com o risco de atingir os lençóis freáticos. Neste procedimento de decomposição, o chorume não fica agrupado aos ossos, impedindo a contaminação.
Figura 1: Ilustração do fenômeno da adsorção sobre o carvão: As
bolinhas coloridas representam moléculas de gases hipotéticos recorrentes do necrochorume e que são adsorvidas na superfície do carvão (bolinhas pretas) após certo tempo.
Figura 1: Ilustração do fenômeno da adsorção sobre carvão: as bolinhas coloridas
representam moléculas de gases hipotéticos A e B que circulam no interior da geladeira e que são adsorvidas na superfície do carvão (bolinhas pretas) após certo tempo.