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LICENCIATURA EM FILOSOFIA
AVALIAÇÃO DE ESTÉTICA 1
PROFESSOR: Pedro Hussak
10/11/2021
ALUNO: Arthur Vinícius de Faria Ferreira
MATRÍCULA: 20210019881
Mímesis em Platão
Ademais, Platão concebe outros tipos de ofício como uma mera “arte de imitar [...]
longe de alcançar a verdade” (PLATÃO, 2001, p. 455) ou o belo. Sendo assim, coloca todo o
artefato como um simulacro ou cópia deficitária da forma ou ideia acessada pelo homem
através da reminiscência. Para Platão, tudo o que existe na forma física, material, seria o
produto de uma rememoração daquilo que um dia a alma contemplou no Hades, que através
do exercício cognitivo do pensamento o homem gradativamente pode acessar, mas sem
alcançar diretamente o belo, ou o igual em si. A mimesis, portanto, se assemelha ao ato de
reproduzir, como uma criança órfã que ao olhar o retrato (eidólon) do pai ausente, apesar de
não ter dele um acesso absoluto e não poder contemplar sua imagem perfeita, o desenha a
partir das dimensões que uma fotografia lhe propõem. Por consequência, apesar de ter uma
noção da arte (techne) de desenhar, traça as linhas em um papel de modo que seu desenho,
embora imperfeito, remeta-o à ideia daquilo que o pai era.
REFERÊNCIAS
Souza, J. C. PLATÃO: banquete, Fédon, Sofista, Político. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
Platão. A República. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. 9 ed. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 2001.