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BLOG TUDO SALA DE AULA

LÍNGUA PORTUGUESA – 8° ANO

ALUNO (A):

ESCOLA:

Transfira com bastante cuidado suas respostas para o quadro abaixo:


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Leia o texto e responda as questões 1 e 2: todos saibam que chegou o outono. Chegou
às 13:48 horas, na Rua Marquês de
CHEGOU O OUTONO Abrantes, e continua em vigor. Em vista do
Não consigo me lembrar exatamente o que, ponhamo-nos melancólicos.
dia em que o outono começou no Rio de
Janeiro neste 1935. Antes de começar na BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas.
folhinha ele começou na Rua Marquês de Rio de Janeiro: Record, 2004.
Abrantes. Talvez no dia 12 de março. Sei que
estava com Miguel em um reboque do bonde (Habilidade: Reconhecer o gênero
Praia Vermelha. [...] discursivo.)
Eu havia tomado o bonde na Praça
José de Alencar; e quando entramos na Rua 1ª) O gênero do texto é
Marquês de Abrantes, rumo de Botafogo, o (A) editorial.
outono invadiu o reboque. Invadiu e bateu no (B) artigo de opinião.
lado esquerdo de minha cara sob a forma de (C) reportagem.
uma folha seca. Atrás dessa folha veio um (D) crônica.
vento, e era o vento do outono. Muitos
(Habilidade: Distinguir um fato da opinião
passageiros do bonde suavam.
relativa a esse fato)
No Rio de Janeiro faz tanto calor que
depois que acaba o calor a população
2ª) O trecho que expressa uma opinião do
continua a suar gratuitamente e por força do
narrador é
hábito durante quatro ou cinco semanas
(A) “Muitos passageiros do bonde suavam.” –
ainda.
2.º parágrafo
Percebi com uma rapidez espantosa
(B) “ ... penso que o resto da viagem não
que o outono havia chegado. Mas eu não
interessa ao público. “ – último parágrafo.
tinha relógio, nem Miguel. Tentei espiar as
(C) “Sei que estava com Miguel em um
horas no interior de um botequim, nada
reboque do bonde Praia Vermelha.” – 1.º
conseguindo. Olhei para o lado. Ao lado
parágrafo
estava um homem decentemente vestido,
(D) “Tentei espiar as horas no interior de um
com cara de possuidor de relógio.
botequim, nada conseguindo.” – 4.º
– O senhor pode ter a gentileza de me
parágrafo
dar as horas?
Ele espantou-se um pouco e, embora
Leia o texto e responda a questão:
sem nenhum ar gentil, me deu as horas:
13:48. Agradeci e murmurei: chegou o CAIXA
outono. Carregamos pela vida afora
Chegara o outono. Vinha talvez do os cheiros dos encontros raros,
mar e, passando pelo nosso reboque, dos acontecimentos,
dirigia-se apressadamente ao centro da da nossa primeira casa,
do quintal, se houve quintal,
cidade, ainda ocupado pelo verão.
da mãe na cozinha,
As folhas secas davam pulinhos ao dos sonhos quando acordamos.
longo da sarjeta; e o vento era quase frio, Se houvesse uma caixa
quase morno, na Rua Marquês de Abrantes. para guardá-los, seriam
E as folhas eram amarelas, e meu coração nosso tesouro.
soluçava, e o bonde roncava.
[...] Era iminente a entrada em E então, em dias de saudade,
abriríamos nossa caixa
Botafogo; penso que o resto da viagem não
e mergulharíamos
interessa ao público. [...] O necessário é que como num túnel do tempo.
que de tão ruim nem para goleiro servia.
MURRAY, Roseana. Cinco sentidos e outros. BH,
Quando os dois craques do colégio tiravam a
(Habilidade: Estabelecer relações
sorte, este menino já sabia que, sem dúvida,
lógico-discursivas presentes no texto, iria para o time de quem perdesse no par ou
marcadas por conjunções, advérbios etc.) ímpar, com a seguinte observação: “fica na
zaga e, quando vier a bola, chuta com força em
3ª) No verso: “Se houvesse uma caixa para
qualquer direção”. Um outro sempre
guardá-los, seriam nosso tesouro”, o termo
comentava rindo: “cuidado com o calcanhar
sublinhado dá ideia de:
(A) causa. para não fazer gol contra”. Era humilhante.
(B) tempo. Apesar disso, o menino adorava jogar bola.
(C) condição. Humilde, ficava ali na defesa, quieto e atento.
(D) explicação. Quando vinha a bola em sua direção, sacudia o
Leia o texto para responder a próxima corpo em direção a ela e chutava... as pernas
questão: do atacante, o chão, muitas vezes o ar e, muito
raramente, a bola. O objetivo maior era se
AS ROSAS NÃO FALAM
desvencilhar o mais rápido possível da pelota
Bate outra vez
para evitar o refrão: “Pereba!”. Ainda assim, ele
Com esperanças o meu coração
gostava de futebol.
Pois já vai terminando o verão
Um dia, estava o menino na zaga,
Enfim, volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
chutando vento, pernas de atacantes, o chão.
Pois bem sei que não queres voltar O jogo estava empatado em zero a zero. Era o
Para mim último minuto da última partida de uma melhor
Queixo-me às rosas de três, que também estava empatada. O
Mas que bobagem, menino errou as pernas do adversário e
As rosas não falam acertou (quem diria?) a bola. Tudo naquele
Simplesmente as rosas exalam momento foi paralisado. Tudo paralisado, até o
O perfume que roubam de ti, ai tempo. A bola atravessou o campo, num
Devias vir gigante lençol em curva, encobriu os dois times
Para ver os meus olhos tristonhos inteiros, o goleiro adversário não acreditou e,
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos quando viu... no ângulo superior esquerdo da
Por fim trave, caía a bola, sem possibilidades de
Composição de Cartola defesa. Um a zero e fim de jogo.
COELHO, Eduardo (organizador). Donos da Bola.
(Habilidade: Localizar informação explícita)
(Habilidade: Diferenciar as partes principais
4ª) A certa altura da letra da canção, o eu das secundárias em um texto)
poético, na certeza de ter sido abandonado
por sua amada, revela que faz queixas 5ª) O assunto principal do texto é
amorosas (A) a humilhação de ser derrotado em um
(A) às rosas do jardim. momento de decisão.
(B) ao verão que termina. (B) a infância de um menino pobre no Rio de
(C) aos olhos de sua amada. Janeiro de hoje.
(D) às esperanças do seu coração. (C) o Rio de Janeiro, na década de 80 do
século passado.
Leia o texto e responda as questões 5 e 6: (D) a paixão pelo futebol de um menino ruim
de bola.
LENÇOL EM CURVA
Mauricio Matos (Habilidade: Identificar as marcas linguísticas
Rio de Janeiro, década de 80. Menino que evidenciam o locutor e o interlocutor de
brasileiro que não sabe jogar bola tem uma um texto)
parte da infância mutilada. Lembro-me de um,
6ª) O trecho em que se percebe o uso de (A) “Mas imagino o alvoroçado cacarejo de
uma marca linguística bem própria da fala uma franguinha nova ao botar o primeiro
informal é ovo[...].”
(A) “(quem diria?)” – 2.º parágrafo (B ) “E na verdade não há nada mais infeliz
(B) “Pereba!”– final do 1.º parágrafo que um ovo quando o coitado, ainda por
(C) “Era humilhante.” – 1.º parágrafo cima, está choco...”
(D) “Um a zero e fim de jogo.” – final do 2.º (C) “[...] que nesse ponto foi uma infância
parágrafo infeliz porque naqueles tempos os livros de
histórias vinham todos de Portugal [...].”
(D) ”[...] o ovo é o que mais importa, não
Leia e responda: passando a galinha de um mero pretexto da
O OVO Natureza para produzir outro ovo.”
Quem olha um ovo, que parece um
rosto sem olhos, sem boca, sem nariz, tem Leia o texto e depois responda:
vontade de pintar-lhe tudo isso que lhe falta.
Mas quem vê cara não vê coração! E na Se tudo pode acontecer
verdade não há nada mais infeliz que um ovo Arnaldo Antunes
quando o coitado, ainda por cima, está Se tudo pode acontecer
choco... Vive num constante medo que o Se pode acontecer qualquer coisa
derrubem... Pior ainda: que o ponham numa Um deserto florescer
omelete... e adeus, lindo pintinho das suas Uma nuvem cheia não chover
entranhas! Pode alguém aparecer
Já afirmava certo sábio que o ovo é o E acontecer de ser você
que mais importa, não passando a galinha de Um cometa vir ao chão
um mero pretexto da Natureza para produzir Um relâmpago na escuridão
outro ovo. O tal sábio que, pelo visto, nada E a gente caminhando de mão dada
tinha de galináceo, também não tinha nada De qualquer maneira
de humano. Eu talvez tenha a tendência de Eu quero que esse momento
humanizar as coisas. Mas imagino o Dure a vida inteira
alvoroçado cacarejo de uma franguinha nova E além da vida ainda de manhã no outro dia
ao botar o primeiro ovo: “Enfim! Já sou Se for eu e você
mulher!” Se assim acontecer. . .
Mas esse assunto do ovo não termina (Habilidade: Inferir informação em texto
verbal)
aqui, está emocionalmente ligado à minha
infância, que nesse ponto foi uma infância
8ª) O eu lírico do texto tem como
infeliz porque naqueles tempos os livros de
característica
histórias vinham todos de Portugal e os
(A) o desgosto com a passagem do tempo.
pintinhos (nem queiram saber!), esses
(B) a preocupação com a natureza.
frementes novelos de vida que são os
(C) a desconfiança.
pintinhos, chegavam aqui com o nome de
(D) o otimismo.
“pintainhos”!
QUINTANA, Mario. Da preguiça

(Estabelecer relação causa/consequência Leia o texto abaixo:


entre partes e elementos do texto)

7ª) O trecho em que se estabelece uma


relação de causa e consequência é
Um asno carregado de sal
atravessava um rio. Um passo em falso e
ei-lo dentro da água. O sal então derreteu e o
asno se levantou mais leve. Ficou todo feliz.
Um pouco depois, estando carregado de
esponja às margens do mesmo rio, pensou
que se caísse de novo ficaria mais leve e
caiu de propósito nas águas. O que
aconteceu? As esponjas ficaram
encharcadas e, impossibilitado de se erguer,
o asno morreu afogado.
Algumas pessoas são vítimas de suas
próprias artimanhas.
Fonte: Esopo. Fábulas.

(Habilidade: Inferir o sentido de uma palavra


ou expressão)

10ª) Na expressão retirada do texto, “...


pensou que se caísse de novo ficaria mais
leve e caiu de propósito nas águas...”, a
expressão grifada significa:
(A) Casualmente
(B) Intencionalmente.
(C) Coincidentemente.
http://municipiosbaianos.com.br (D) Proporcionalmente.

(Habilidade: Interpretar texto com o auxílio de


material gráfico diverso - propagandas,
quadrinhos, foto etc.)

9ª) Percebe-se que o texto trata,


principalmente,
(A) do uso inadequado do guarda-chuva,
antigamente.
(B) da necessidade de aproveitamento da
água, atualmente.
(C) da atitude de pessoas diferentes diante
do mesmo problema.
(D) do problema causado pela dificuldade de
previsão do tempo.

Leia o texto abaixo e depois responda a


questão:

O asno e a carga de sal

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