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MANUAL DE INSTRUÇÕES E

OPERAÇÃO

RPZ 3 335 E
O.S. 48.01351-1354 – AÇÚCAR GUARANI
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

Rod. Armando de Salles Oliveira, Km 4.9

Distrito Industrial

CEP. 14175-000 – Sertãozinho – SP

Fone.: (0xx16) 2105 - 2600

Fax: (0xx16) 2105 - 2692

E-mail: vendas@tgmtransmissoes.com.br

Projeto 100% Nacional Tecnologia 100% Alemã

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REDUTOR
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ÍNDICE

1. CARACTERÍSTICAS GERAIS ................................................................................................ 5


2. PRINCIPAIS RESULTADOS DA APLICAÇÃO DO REDUTOR PLANETÁRIO EM MOENDAS
6
3. VANTAGENS DE INSTALAÇÃO ............................................................................................ 6
4. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS .......................................................................................... 6
5. GARANTIA .............................................................................................................................. 6
6. DADOS TÉCNICOS................................................................................................................. 7
7. APLICAÇÕES ......................................................................................................................... 7
7.1. EXEMPLO DE APLICAÇÃO: ROLO INFERIOR DA MOENDA 35” X 54” ........................................... 7
7.2. CÁLCULO DA POTÊNCIA DO MOTOR ...................................................................................... 7
7.3. EXEMPLOS DE APLICAÇÕES DOS REDUTORES PLANETÁRIOS EM MOENDA ............................... 9
7.4. EXEMPLOS DE CONJUNTOS DE BRAÇOS DE TORQUE ............................................................ 11
8. INSTRUÇÕES DE OPERAÇÃO E MONTAGEM ................................................................... 12
8.1. CAMPOS DE APLICAÇÃO .................................................................................................... 12
8.2. CONDIÇÕES DE FORNECIMENTO ........................................................................................ 12
8.3. TRANSPORTE / MOVIMENTAÇÃO ......................................................................................... 13
8.4. CONSERVAÇÃO E ARMAZENAMENTO................................................................................... 14
8.5. INSTALAÇÃO / OPERAÇÃO .................................................................................................. 14
9. LUBRIFICAÇÃO .................................................................................................................... 15
9.1. ABASTECIMENTO DE ÓLEO ................................................................................................. 16
9.2. TROCA DE ÓLEO ............................................................................................................... 17
9.2.1 Análises de óleo ....................................................................................................................... 18
9.2.2 Índice admissível de água ........................................................................................................ 21
9.3. RETIRADA DA AMOSTRA .................................................................................................... 22
10. CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO .............................................................................................. 23
10.1. TEMPERATURA ................................................................................................................. 23
10.2. PRESSÃO DE ÓLEO ........................................................................................................... 24
10.3. VIBRAÇÃO ........................................................................................................................ 24
10.4. RESUMO DAS CONDIÇÕES OPERACIONAIS........................................................................... 25
11. FILTRO DE ÓLEO ................................................................................................................. 25
12. LIMITADOR DE TORQUE ..................................................................................................... 25
12.1. CALIBRAÇÃO DO LIMITADOR DE TORQUE ............................................................................. 26
13. DISCO DE CONTRAÇÃO...................................................................................................... 27
13.1. MONTAGEM DO DISCO DE CONTRAÇÃO ............................................................................... 27
13.2. DESMONTAGEM DO DISCO DE CONTRAÇÃO ......................................................................... 28
14. EIXO CARDAN ...................................................................................................................... 29
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15. MANUTENÇÃO ..................................................................................................................... 29


15.1. INSPEÇÃO E DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS............................................................................. 29
15.2. DEFEITOS, CAUSAS E SOLUÇÕES ....................................................................................... 30
16. TORQUE DE APERTO DE PARAFUSOS ............................................................................. 33
17. TABELA DE LUBRIFICANTES PARA REDUTORES ........................................................... 34
17.1. ÓLEO DE BASE MINERAL ................................................................................................... 34
17.2. ÓLEO SINTÉTICO COM BASE POLIALFAOLEFINA .................................................................. 34
17.3. ÓLEO SINTÉTICO COM BASE POLIGLICOL (CLP PG)............................................................ 34
17.4. VANTAGENS DO ÓLEO SINTÉTICO EM RELAÇÃO AO ÓLEO MINERAL ........................................ 35
17.5. OUTROS LUBRIFICANTES ................................................................................................... 35
18. MILITEC-1 – CONDICIONADOR DE METAIS....................................................................... 36

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1. CARACTERÍSTICAS GERAIS

Os Redutores Planetários TGM da linha RPZ ou RPS são desenvolvidos


conforme Normas Internacionais. Seu projeto envolve a utilização dos mais avançados
programas de cálculo disponíveis atualmente, garantindo total controle dos parâmetros de
engrenamento, lubrificação, dissipação de calor, refrigeração, controle de rotação, etc.
No seu processamento são utilizados materiais de ligas especiais que garantem
alta resistência ao desgaste e a choques. Os dentes das engrenagens são endurecidos
superficialmente através de tratamentos termoquímicos de cementação e nitretação. As
engrenagens são retificadas em máquinas de última geração pelo processo de retificação
por perfil que assegura alto grau de qualidade.
Cada estágio do Redutor Planetário é constituído por uma coroa com dentes
internos, na qual estão engrenados 3, 4 ou 5 engrenagens planetas que engrenam
também com o pinhão solar. A coroa é parte integrante da carcaça, sendo o acionamento
feito pelo pinhão solar e transmitido pelo porta-planeta conservando o mesmo sentido de
rotação. A construção prevê o pinhão solar flutuante entre as engrenagens planetas,
obtendo-se uma subdivisão de cargas uniforme.
As engrenagens planetas giram sobre rolamentos que se encontram montados
nos pinos do porta-planeta, e o eixo de saída "oco" é parte integrante do porta planeta do
último estágio.
O redutor é acionado por Motor Elétrico com Inversor de Frequência ou Turbina e
equipado com sistema Limitador de Torque de forma a proteger todo o conjunto mecânico
contra sobrecargas.
A transmissão do torque para a máquina acionada pode ser de maneiras distintas,
ou seja:
• Redutor montado diretamente no eixo da máquina acionada com fixação
através de flanges ou de disco de contração.

• Redutor com base de fixação (pés) acionado através de acoplamentos tipo


conversor de torque oscilante e eixo de saída com ponta quadrada.

Redutores com base de fixação são recomendados para modelos acima do


tamanho 410 devido ao peso dos equipamentos, embora haja casos de aplicações com pé
em modelos menores, para atender a necessidade do cliente.

A fixação do meio acoplamento ou flanges do lado redutor pode ser feita através
de disco de contração com ponta oca lisa, ou eixo estriado com ponta oca estriada.

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2. PRINCIPAIS RESULTADOS DA APLICAÇÃO DO REDUTOR PLANETÁRIO EM


MOENDAS
 Possibilidades de diferentes rotações em cada rolo;
 Facilidade de reversão;
 Possibilidade de melhor controle da extração;
 Possibilidade de redução de umidade no último terno;
 Melhor alternativa para eliminar sobrecargas;
 Menor investimento para aumento da capacidade de moagem.

3. VANTAGENS DE INSTALAÇÃO
 Dispensa aberturas e desmontagens periódicas;
 Lubrificação por banho de óleo com circulação forçada para filtragem e
resfriamento;
 Montagens sem chavetas, pinos e sem necessidade de ajustes;
 Ausência de volandeiras, rodetes, palitos, etc.;
 Sistema fechado e isento de contaminações externas;
 Dispensa sistema hidráulico complexo de alta pressão;
 Controle totalmente eletrônico via motor elétrico e inversor de frequência.

4. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
 Alta capacidade de transmissão de torque;
 Grandes relações de redução;
 Construção compacta;
 Alta capacidade de sobrecarga;
 Permite combinações com outros redutores.

5. GARANTIA

A garantia não cobre danos decorrentes do desgaste normal. Aplica-se


exclusivamente em função de defeitos de materiais, fabricação, montagem e
instalação, desde que realizadas pela TGM Transmissões.

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Atenção
Perde-se a garantia quando a instalação ou operação não estiver de
acordo com as recomendações ou dados técnicos existentes neste
manual.

6. DADOS TÉCNICOS

TORQUE
RPZ RELAÇÃO DE FATOR DE SERVIÇO PESO VOLUME DE
MÁXIMO DE VISCOSIDADE DO ÓLEO ACIONAMENTO
RPS TRANSMISSÃO RECOMENDADO [Kg] ÓLEO [Litros]
SAÍDA [Kn.m]
150 85 900 50
180 170 1900 100
215 240 2200 140

TURBINA OU MOTOR ELÉTRICO


240 370 3200 160
255 440 3650 200

ISO VG 460 (cts/40°C)


com aditivo EP
280 520 4900 240
300 170:1 700 maior ou igual a 5300 260
335 205:1 880 2 7100 320
360 1100 8500 380
385 1300 10000 440
410 1800 13700 500
445 2400 17500 560
470 2800 24000 720
515 4000 32000 1060
Tabela 1 – Dados técnicos

7. APLICAÇÕES

7.1. Exemplo de aplicação: Rolo inferior da moenda 35” x 54”


Moenda 35” x 54”: Torque Total Requerido = 650 kN.m
Redutor RPZ 3 385: Torque máximo = 1300 kN.m
Relação de transmissão [ i ] = 170 : 1
Rotação do Acionamento (Motor) [ nl ] = 1185 RPM
Fator de Serviço aplicado:

Torque Máximo do Redutor (kN.m)


____________________________ = Fator de Serviço aplicado (FS)
Torque Total Requerido (kN.m)

1300
_______ = 2,0
650

7.2. Cálculo da potência do motor


Potência de entrada requerida: Pot1 [kW]
Torque de saída: Mt2 [kN.m]
Rotação do Acionamento (Motor): nl [RPM]
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Relação de transmissão do Redutor: i


Fator de Conversão: 9,55
Rendimento do Redutor: η

Portanto,...
Torque de saída (kN.m) * Rotação do Acionamento (RPM)
____________________________________________________ = Potência de entrada requerida (kW)
Relação de transmissão do Redutor (i) * Fator de Conversão (9,55) * Rendimento do Redutor η)
(

650 * 1185
______________ = 494 kW ou 662 HP
170 * 9,55 * 0,96

Potência do Motor = 1,4 * Potência de entrada requerida

1,4 * 662 = 927 HP

... adotar potência do Motor ≥ 950 HP.

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7.3. Exemplos de aplicações dos redutores planetários em moenda


• Acionamento por motor com pé;
• Fixação direta no eixo da moenda;
• Ponteira do redutor com disco de contração;
• Acoplamento MOTOR/REDUTOR tipo eixo cardan.

1 – Motor elétrico
2 – Eixo cardan
3 – Redutor
Planetário
4 – Disco de
Figura 1. A: (Vista lateral) contração
5 – Conjunto de
lingas
6 – Moenda
7 – Unidade
Hidráulica
8 – Conjunto braço de
torque vertical
9 – Conjunto braço de
torque horizontal

Figura 1. B: (Vista superior)

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• Acionamento por motor flangeado;


• Fixação direta no eixo da moenda;
• Ponteira do redutor com flange;
• Acoplamento MOTOR/REDUTOR tipo elástico.

1 – Motor elétrico flangeado


2 – Acoplamento elástico
3 – Suporte do motor flangeado
4 – Redutor Planetário
5 – Disco de contração
Figura 2. A: (Vista lateral) 6 – Moenda
7 – Unidade Hidráulica
8 – Conjunto de lingas
9 – Conjunto braço de torque horizontal
10 – Conjunto braço de torque vertical

Figura 2. B: (Vista superior)

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7.4. Exemplos de conjuntos de braços de torque


1 – Olhal de suspensão
2 – Braço de torque
3 – Suporte do braço de torque

Figura 4: Conjunto braço de torque (montagem vertical – geralmente aplicado nos


redutores dos rolos inferiores)

1 – Olhal de suspensão
2 – Braço de torque
3 – Suporte do braço de torque
(coluna)

Figura 5: Conjunto braço de torque (montagem horizontal – geralmente aplicado no


redutor do rolo superior e de pressão)

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8. INSTRUÇÕES DE OPERAÇÃO E MONTAGEM

8.1. Campos de aplicação

O redutor deve ser utilizado para transmissão mecânica conforme os dados


operacionais citados na plaqueta de identificação (Figura 6).

Figura 6 – Exemplo de placa de identificação

8.2. Condições de fornecimento

Todos os Redutores TGM® são submetidos a um teste de funcionamento em


bancada antes da expedição. Após execução de “flushing”, para garantir a limpeza interna
do redutor, é realizado um teste de funcionamento. O nível de sujidade do óleo de teste é
igual ou menor do que classe 8 da norma NAS 1638, e sem presença de água. Os
redutores são entregues para o transporte em condições de operação, porém, sem óleo.

As pontas dos eixos e os furos dos eixos ocos são providos de uma proteção
anticorrosiva. Ela é resistente à maresia e ao ambiente tropical por um período 6 meses. A
retirada dessa proteção deverá ser feita exclusivamente com um solvente apropriado, e
não se deve utilizar lixa.

Os redutores planetários são expedidos com respiro, quando não, no local do


respiro é montado um bujão após o teste de funcionamento, neste caso o respiro deverá
ser instalado por ocasião da instalação do redutor para início de operação. O respiro é
dotado de filtro de ar absoluto (Figura 7).

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Figura 7 – Detalhe do respiro

O respiro é um filtro coalescente que dificulta a entrada de umidade e de


partículas.

Importante:
O respiro deverá ser substituído quando ocorrer um sinal eletrônico
pulsante. Isto é devido à saturação que se dá pela deposição de
partículas.

8.3. Transporte / movimentação

Durante o transporte do equipamento deve-se proceder de forma especialmente


cuidadosa, para que sejam evitados danos pessoais ou ao próprio equipamento.

O içamento para movimentação do Redutor Planetário é realizado através de


cabos presos em 2 anilhas, colocadas nos pontos de içamento do redutor (ver Figuras 8.1
e 8.2). A capacidade dos cabos utilizados deve ser superior ao peso do redutor (indicado
na placa de identificação). Os cabos devem ser escolhidos de tal forma que o seu
comprimento seja pelo menos 2 vezes a distância entre as 2 alças de transporte. O ângulo
entre os cabos não devem ser superior a 60°.

Durante o içamento e o assentamento do equipamento devem ser evitados


choques, pois os componentes podem ser danificados. O redutor não poderá ser içado
pelas pontas dos eixos, para evitar danos nos mancais.

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Figura 8.1 – Forma correta de transporte Figura 8.2 – Forma incorreta de transporte

8.4. Conservação e armazenamento

A conservação dos elementos internos é apropriada para um período de


estocagem de 4 meses em ambiente sob proteção.

Redutores Planetários que permanecerem armazenados por períodos longos -


entressafra, por exemplo - devem ser preenchidos por completo com o próprio óleo de
operação até eliminar a presença de ar em seu interior. Recomenda-se movimentá-lo ao
final do preenchimento para eliminar o máximo de ar possível. Um acionamento semanal
manual é recomendado para evitar cargas concentradas nos rolamentos.

Atenção
O não atendimento às recomendações supracitadas, não será reconhecido
para reposição em garantia.

A pintura externa é resistente a ácidos fracos e álcalis, óleos e solventes. Além de


resistência à maresia e ao ambiente tropical ela suporta uma temperatura de até 140°C.

8.5. Instalação / operação

Durante a instalação, o equipamento deverá ser movimentado evitando-se


pancadas.

Redutores com dispositivos de contra recuo só permitem rotação num único


sentido. Durante a instalação, verificar o sentido de rotação do redutor, do equipamento
acionado e do acionador antes de proceder com o acoplamento dos mesmos, de modo a
evitar danos ao equipamento e acidentes.
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Tubulações de interligação Redutor / Unidade Hidráulica deverão ser submetidas


ao processo de limpeza, mediante a circulação de óleo (FLUSHING) antes da partida do
equipamento.

9. LUBRIFICAÇÃO

A lubrificação adequada é responsável pelo bom desempenho e vida útil do


redutor.
Os redutores Planetários TGM® são lubrificados por imersão e dotados de uma
unidade hidráulica contendo bomba, trocador de calor, filtro de óleo duplo, manômetro,
termômetro, termorresistência, pressostato de linha e pressostato diferencial (ver esquema
Figura 9), garantindo todo o monitoramento do Sistema Hidráulico.

1 – Válvula de esfera
2 – Termorresistência (PT
100 Ohm)
3 – Motor elétrico
4 – Bomba de deslocamento
positivo
5 – Válvula de alívio
6 – Indicador de sujidade do
filtro (pressostato
diferencial)
7 – Filtro duplo comutável
(filtragem absoluta)
8 – Trocador de calor
9 – Pressostato
10 – Manômetro
11 – Termômetro
12 – Orifício de restrição
13 – Redutor planetário

Figura 9 – Exemplo de uma representação do sistema de óleo

Para seleção do lubrificante, vide “Tabela de Lubrificantes para Redutores” (anexa


ao manual). Os lubrificantes mencionados na tabela são óleos de extrema pressão (EP),
de boa qualidade, não corrosivos às engrenagens e com boas propriedades
antiespumantes. A escolha do óleo lubrificante não se limita a tabela, porém, o usuário
deve, obrigatoriamente, utilizar óleo com a viscosidade indicada na plaqueta do redutor e
ter a garantia de que o óleo seja apropriado para equipamentos submetidos a severas
cargas, contendo aditivos extrema pressão (EP), para proteger as engrenagens e
rolamentos contra desgaste e formação de micropitting. Em caso de utilizar óleos
sintéticos, deve-se questionar o fabricante ou fornecedor do óleo com relação a sua
agressividade a materiais não metálicos, como por exemplo: retentores e juntas. Os
redutores são fornecidos, usualmente, com retentores de borracha nitrílica e/ou viton.

Nos redutores Planetários TGM submetidos a temperaturas ambientes entre 0°C


e 40°C deve-se utilizar somente óleo com viscosidade ISO VG 460 e com aditivo EP.

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Atenção
Recomenda-se a utilização de óleo sintético com aditivo EP quando o
redutor operar com rotações de saída inferiores a 7 rpm.

9.1. Abastecimento de óleo

Ao abastecer ou reabastecer o equipamento com óleo deve-se tomar os


seguintes cuidados:

• Utilizar apenas recipientes pré-limpos no abastecimento do óleo.

• Usar containers de óleo apropriados com bicos que fechem. (FIG. 10)

Figura 10 – Recipiente apropriado para abastecimento de óleo

• Limpar totalmente a área ao redor, antes de abrir o tampão de abastecimento de


óleo.

• Evitar o uso de funis quando possível. Mas caso tenha que utilizá-los, procurar
usar funis descartáveis ou protegidos com tampas rosqueáveis e hermeticamente
fechados na base (FIG. 11). Limpar e secar o funil com toalha sem fiapos e
guardá-lo em um saco plástico até que seja utilizado novamente (FIG. 12).

Figura 11 – Funis hermeticamente fechados Figura 12 - Armazenamento


na base correto do funil após o uso

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É de extrema importância que o óleo lubrificante não esteja contaminado, ou seja,


o nível de sujidade nunca deverá ultrapassar a classe 11, conforme norma NAS 1638.
Recomenda-se que óleo novo seja filtrado e atenda pelo menos a classe 8.

Atenção
Recomenda-se o uso de Unidades Hidráulicas (U.H.) de abastecimento
com filtragem absoluta de 10 µm.

As figuras abaixo (Figuras 13A, 13B e 13C) exemplificam modelos de U.H. de


abastecimento:

Figura 13A – Exemplo de Figura 13B - Exemplo de Figura 13C - Exemplo de


U.H. de abastecimento U.H. de abastecimento U.H. de abastecimento

Importante:
Caso a U.H. de abastecimento com filtragem absoluta não seja utilizada,
recomenda-se que ao abastecer o redutor com nova carga de óleo, deve-
se realizar o flushing utilizando a U.H. do próprio redutor, durante pelo
menos 24 horas. Somente após realizado o flushing, o redutor deverá ser
colocado em operação.

O nível de óleo deverá ser verificado durante a parada do redutor e com o óleo
preferencialmente frio, devendo o nível estar posicionado acima da marcação de nível
mínimo. O volume de óleo requerido é indicado na plaqueta de identificação.

No reabastecimento de óleo, especialmente em redutores de múltiplos estágios


com compartimentos de óleo interligados, deve-se aguardar até que o óleo se distribua
uniformemente e que se possa identificar corretamente o nível final, pois se corre o risco
de utilizar uma quantidade insuficiente de óleo.

9.2. Troca de óleo

Com o acompanhamento do óleo através de análises periódicas, é possível


avaliar os contaminantes, qualitativa e quantitativamente, verificar o seu nível de
deterioração, possibilitando-se assim um controle sobre a vida útil do lubrificante, e
efetuando a troca na ocasião correta. Recomenda-se que após 500 horas inicias de
operação seja realizada uma análise do óleo lubrificante e uma filtragem caso seja
necessário (ver níveis de contaminantes admissíveis – tabela 3).

O gráfico a seguir mostra a vida útil média do óleo mineral e sintético em função
da temperatura de trabalho.

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Nota-se que, em condições normais, o óleo sintético possui um intervalo de troca


bem superior ao mineral, além de proporcionar menor temperatura de operação do
equipamento, aumentando sua vida útil. Isso justifica o melhor custo benefício dos óleos
sintéticos em relação ao óleo mineral.

Gráfico 1 – Vida útil do óleo mineral x temperatura de trabalho

IMPORTANTE! – Não utilizar óleos sintéticos com base de Polifenóis que “ataquem” componentes
de borracha nitrílica do redutor, como retentores, pois podem acarretar vazamentos de óleo e,
conseqüentemente, danos ao equipamento.

9.2.1 Análises de óleo

Mensais – Análise de contaminantes para identificar o nível de limpeza do óleo,


viscosidade, umidade e número de acidez total – índice TAN.

O óleo deve estar enquadrado no nível máximo de sujidade NAS 1638 classe 11
(conforme tabela 2) e praticamente isento de água (máximo de 250 ppm). Se o óleo atingir
a classe NAS 1638 maior que 11, ou apresentar água, providenciar imediatamente a
filtragem ou substituição do óleo.

A viscosidade do óleo deverá obrigatoriamente se manter no limite de mais ou


menos 10% do valor nominal, ou seja, um óleo de viscosidade ISO VG 460 não pode
ultrapassar os limites entre 414 cSt/40ºC e 506 cSt/40ºC.

Caso o índice TAN (número total de acidez) atingir o máximo recomendado pelo
fabricante do óleo, providenciar a troca imediata do óleo. O índice TAN máximo,
admissível varia de acordo com o fabricante, por isso é importante solicitar esta
informação já na aquisição do óleo.

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Trimestrais – realizar análise de “espectrometria com concentração ferrosa”, e


em caso de ferro elevado, realizar “ferrografia analítica”.

Atenção
A operação do equipamento com óleo que apresentar classe de sujidade
superior a 11, conforme norma NAS 1638, ou contendo água, ou
viscosidade fora dos limites, ou índice TAN acima do recomendado pelo
fabricante acarretará a perda de garantia do equipamento.

Tabela de Correlação de Níveis de Limpeza


Partículas / ml (Qtd. Máx.)
ISO 4406:1987/1999 NAS 1638
≥4 μm ≥6 μm ≥14 μm
23/21/18 80.000 20.000 2.500 12
22/20/18 40.000 10.000 2.500 -
22/20/17 40.000 10.000 1.300 11
22/20/16 40.000 10.000 640 -
21/19/16 20.000 5.000 640 10
20/18/15 10.000 2.500 320 9
19/17/14 5.000 1.300 160 8
18/16/13 2.500 640 80 7
17/15/12 1.300 320 40 6
13/14/12 640 160 40 -
16/14/11 640 160 20 5
15/13/10 320 80 10 4
14/12/9 160 40 5 3
13/11/8 80 20 2.5 2
12/10/8 40 10 2.5 -
12/10/7 40 10 1.3 1
12/10/6 40 10 0.64 -
Tabela 2 – Níveis de limpeza: ISO 4406/NAS 1638

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Valores limites para análise de óleo

Parâmetro Normal Alerta Alarme


Condição do óleo
Aparência Claro Escuro Muito Escuro
Oxidação <3 <6 <8
Viscosidade a 40 Especificado pelo 460 ± 8 % 460 ± 10 %
°C (CST) fabricante
Desgaste
Fe (ppm) 80 120 200
Cr (ppm) 2 3 4
Sn (ppm) 2 5 12
Al (ppm) 5 9 13
Ni (ppm) 2 3 6
Cu (ppm) 20 35 55
Pb (ppm) 4 9 13
Mo (ppm) 10 50 100
Contaminação externa (poluentes)
Si (ppm) 40 50 55
K (ppm) 7 12 15
Na (ppm) 10 20 25
Li (ppm) 5 10 15
H2O (ppm) < 250
Aditivos para classe CLP com Enxofre / Fósforo
Ca, B, Mg, Zn, Ba
20 40 60
(ppm)
P, S (ppm) 350-465 320-480 250-510
Testes Adicionais
Número de acidez /
Ver nota 1
TAN (mg KOH/g)
Classe de pureza
(ISO 4406),
17/15/12/20/17/14 22/20/16 23/21/17
Número de
partículas
NAS 8 10 11
Tabela 3 – Índice de contaminantes

Nota 1: Consultar informações do fabricante. O valor varia conforme o tipo de óleo.

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9.2.2 Índice admissível de água

O gráfico a seguir indica a influência da quantidade de água presente no óleo na


vida do rolamento:

Gráfico 2 – Fator de vida relativa do rolamento x % água

0,01% de água  Fvr = 1,0


Quantidades inferiores a 0,01% de água no óleo não exercem influência na vida
útil do rolamento. Acima deste valor, o rolamento terá sua vida útil reduzida.

0,03% de água  Fvr ~ 0,50


A vida útil do rolamento será reduzida pela metade se houver 0,03% de água no
óleo.

Importante:
A TGM admite percentual de água no óleo até 0,025%.

Atenção
O não atendimento desta condição não será reconhecido para reposição
em garantia.

21
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

Na lateral do redutor encontra-se instalada uma válvula (Fig. 14) que permite a
coleta de óleo para análise laboratorial.

Figura 14 - Válvula para coleta de óleo

9.3. Retirada da amostra

Figura 15 Figura 16
Forma correta de se coletar óleo para análise Forma incorreta de se coletar óleo para
análise

• Deve-se primeiramente limpar a saída, mesmo com o bico aparentemente limpo.


Evite o uso de estopas ou trapos que soltem fibras.

• Deve-se realizar três sangrias de porção de óleo e descartá-las. Somente


procedendo desta forma teremos a garantia de que o óleo a ser enviado para o

22
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

laboratório não foi contaminado por partículas depositadas no bico da válvula de


coleta.

• Com as mãos limpas, remover o lacre de proteção do frasco de coleta e


posicioná-lo na direção da válvula de coleta, sem permitir que o mesmo entre em
contato com o bico da válvula. Deve-se preencher totalmente o frasco com o óleo
coletado e tampá-lo imediatamente.

• Utilizar somente recipientes adequados para armazenamento da amostra. (FIG.


17)

Figura 17 - Recipiente Figura 18 - Recipientes incorretos


correto

10. CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO

10.1. Temperatura

A temperatura máxima do óleo lubrificante para os Redutores Planetários TGM®


em operação deve ser de 70ºC.

Unidades Hidráulicas de redutores planetários providas de termorresistência (PT-


100) instalada na entrada da bomba hidráulica deverão ter o seguinte intertravamento:

• Ao atingir 65 ºC => alarmar


• Ao atingir 70 ºC => desligar o equipamento.

Obs.: a temperatura de estabilização dos redutores operando com óleo sintético é


em torno de 10°C a menos em relação aos redutores que operam com óleo mineral, para
as mesmas condições de trabalho.

23
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

10.2. Pressão de óleo

Na entrada de óleo do redutor planetário há uma placa de orifício com diâmetro


calibrado, que restringe a passagem de óleo. A finalidade desta placa é exercer uma
pressão em torno de 1,50 a 2,5 bar no manômetro localizado na saída da Unidade
Hidráulica, apenas para certificar que a vazão de óleo esteja compatível com a vazão
mínima necessária em projeto.

Quanto maior a pressão, maior será a vazão que está circulando no sistema
(benéfico para propiciar melhor troca térmica).

O motor elétrico da bomba hidráulica está dimensionado para uma pressão


máxima de até 4,0 bar (indicado no manômetro localizado na saída da Unidade
Hidráulica).

Unidades Hidráulicas de redutores planetários providas de “Pressostato” deverão


ter o seguinte intertravamento:

• Ao atingir 1,0 bar => alarmar (pressão baixa)


• Ao atingir 0,80 bar => desligar o equipamento

OBS.: a pressão do sistema altera-se com a variação de temperatura, devido a


mudança na viscosidade do óleo.

10.3. Vibração

Os índices de vibração aceitáveis em redutores planetários TGM é de até 11


mm/s, sendo necessário a parada do equipamento acima desse valor.

Mesmo com níveis inferiores ao limite de 11 mm/s, deve-se observar sempre a


evolução do nível de vibração do redutor, através de análises periódicas.

Importante:
Recomenda-se realizar pelo menos 1 análise por mês.

24
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

10.4. Resumo das condições operacionais

A tabela abaixo lista os limites admissíveis para os principais dados


operacionais do redutor:

Temperatura de óleo (máxima) 70 °C


(item 10.1)
Pressão de óleo máxima 4,0 bar
(item 10.2)
Índice de vibração (máximo) 11 mm/s
(item 10.3)
Índice de sujidade NAS 11
(item 9.1.1)
Análise de óleo

Contaminantes
(tabela 3)
% Fe 200 ppm
Água 250 ppm
Viscosidade 460 ± 10 %
Tabela 4 – Limites admissíveis dos principais dados operacionais

11. FILTRO DE ÓLEO

A unidade hidráulica possui um Filtro de Óleo Duplo com grau de filtragem


absoluta de 10 µm. Este tipo de Filtro permite que seja efetuada a troca do elemento
filtrante mesmo quando o sistema estiver em operação (vide manual de operação do
Filtro).

Deve-se efetuar a troca do elemento filtrante sempre que o indicador ou alarme


do sistema indicar que o nível de sujidade deste chegou ao seu limite.

Em caso de presença de limalha metálica deve-se comunicar imediatamente a


Assistência Técnica da TGM Transmissões®, SOB PENA DE PERDA DE GARANTIA.

12. LIMITADOR DE TORQUE

Os Redutores Planetários TGM® são providos de um "Limitador de Torque" na


entrada do Redutor. Este é calibrado para suportar um Momento Torçor de 100% da
capacidade máxima do Redutor, garantindo desta forma a segurança e integridade da
transmissão.

O Limitador de Torque é regulado através de um ajuste hidráulico de pressão do


óleo (Ver Figura 19). Quando o Torque pré-ajustado é excedido, há a ruptura da válvula de
segurança, permitindo a saída do óleo do Limitador de Torque, acarretando um movimento
relativo entre o eixo motor e o eixo acionado, interrompendo a transmissão (Ver Figura
20).
Para a calibração do Limitador de Torque, necessita-se de um kit hidráulico
constituído de uma bomba, torquímetro e óleo hidráulico especial.

25
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REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

1 - Eixo
2 – Cubo
3 - Camisa Oca
4 – Rolamentos
(um de cada
lado)
5 – Retentor
(uma de
cada lado)
6 - Anel de
Ruptura
7 - Válvula de
Segurança
8 - Válvula de
Carga

Figura 19 – Calibração do Safeset® Figura 20 – Acionamento do Sistema de proteção

12.1. Calibração do limitador de torque

O Limitador de Torque dos Redutores Planetários TGM® já saem calibrados de


fábrica de acordo com as condições de trabalho.

Caso ocorra uma eventual sobrecarga no sistema, a válvula de segurança, que


funciona como um fusível se rompe (Ver Figura 20). Para reiniciar a operação do sistema,
a válvula de segurança deverá ser substituída para permitir a recalibragem do Limitador de
Torque. Para reativação do Safeset®, vide instrução técnica IT-TR- 303 em anexo.

O Safeset® é montado entre o eixo de acionamento do redutor e o meio


acoplamento acionado como mostra a figura abaixo.

Para informações adicionais sobre o Limitador de Torque, recomenda-se


consultar o Manual do Fabricante que acompanha o equipamento.

1 – Disco de contração
2 – Redutor planetário
3 – Limitador de torque Safeset®
4 – Meio acoplamento acionado

Figura 21 – Montagem do limitador de torque Safeset® no redutor


26
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PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

13. DISCO DE CONTRAÇÃO


(Não aplicável no caso de redutores com ponteira estriada)

Alguns modelos de Redutores Planetários TGM® possuem eixo de saída oco,


montado diretamente no eixo acionado através de "Disco de Contração" (Ver Figura 22).
Este dispositivo elimina a utilização de acoplamentos e chavetas, facilitando a montagem e
desmontagem do Redutor.

Figura 22 – Disco de contração TAS 3181

13.1. Montagem do disco de contração

Para efetuar a montagem do Disco de Contração deve-se seguir as


recomendações abaixo:

• Introduzir lubrificante sólido a base de MoS2 (Molykote® pasta G Rapid Plus®) em


toda extensão externa do anel interno e interna do anel externo do Disco de
Contração. Deve-se também lubrificar as roscas e o encosto da cabeça dos
parafusos para conseguir uma melhor eficiência de montagem;

• Parafusar gradativamente qualquer um dos 3 parafusos de fixação do Disco de


Contração que formam os vértices de um triângulo eqüilátero, provocando um
pequeno movimento relativo entre o anel externo e o anel interno do Disco de
Contração;

• Medir a distância de face a face entre os anéis externo e interno do Disco de


Contração em várias posições a fim de assegurar um espaçamento igual entre
eles;

27
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

• Colocar o Disco de Contração no eixo do Redutor cuja superfície externa pode ser
lubrificada;

Importante:
Não se devem apertar os parafusos de fixação antes que o eixo do
Redutor esteja completamente conectado ao eixo da máquina.

• Eliminar toda lubrificação existente na superfície interna do eixo "oco" do Redutor


e do eixo da Máquina acionada;

• Introduzir completamente o eixo oco do Redutor no eixo da Máquina acionada;

• Parafusar todos os parafusos de fixação gradativamente, no máximo meia volta,


no sentido circular (nunca no sentido diametral oposto), até alcançar o torque de
aperto recomendado pelo fabricante do Disco de Contração.

13.2. Desmontagem do disco de contração

Os procedimentos de desmontagem devem seguir os itens descritos abaixo:

• Desbloquear gradativamente os parafusos de fixação no sentido circular (nunca


no sentido diametral oposto). Inicialmente deve-se desparafusar em torno de 1/4
de volta, para evitar inclinações e bloqueios dos elementos de fixação;

• Retirar os parafusos próximos aos furos roscados para a instalação dos parafusos
sacadores;

• Remover todos os traços de sujeira presentes nas proximidades do Disco de


Contração;

• Iniciar o aperto dos parafusos sacadores. Deve-se instalar um relógio


comparador para verificação e controle do deslocamento do anel externo do Disco
de Contração;

• Soltar os parafusos do Disco de Contração, de meia em meia volta, obedecendo


ao sentido circular. A cada passo, reapertar os parafusos sacadores e observar se
o relógio comparador acusa o deslocamento do anel;

• Desmontar o Braço de Torque;

• Com o auxílio de cilindros hidráulicos, sacar o Redutor suavemente.

Importante:
Para efetuar a desmontagem do Braço de Torque e Redutor,
devem-se utilizar Pontes Rolantes, Talhas, cintas e cabos
apropriados, de forma a garantir a integridade e segurança dos
operadores e do sistema de transmissão.

28
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

Exemplo de especificação dimensional para Disco de Contração:


Mt
Disco de Mt Aperto
Eixo [mm] transmissível Parafusos
Contração parafusos [N.m]
[N.m]
TAS 3181 M24 x 80
270 610000 980
(270x360) (24x)

Nesse tipo de instalação, o dimensional (geometria) da ponta do eixo da máquina


acionada, bem como seu acabamento, deve, rigorosamente, atender às recomendações
da TGM®. O não atendimento de tais recomendações pode causar sérios problemas na
montagem e desmontagem do redutor à máquina acionada, acarretando danos ao eixo
oco do redutor bem como ao eixo da máquina acionada.

Atenção
A necessidade de substituição do suporte planeta com eixo oco, quando
comprovado o não atendimento às recomendações supracitadas, não é
reconhecido como reposição em garantia.

14. EIXO CARDAN


(se aplicável)

O eixo cardan normalmente é utilizado para acionamento de redutores planetários


para alívio de peso atuante na ponta do eixo acionado.

O uso do eixo cardan elimina a necessidade de precisão de alinhamento entre os


equipamentos.

Atenção
Quando houver a aplicação de eixo cardan é importante que o mesmo
seja lubrificado em períodos não superiores a 20 dias, conforme
instruções do fabricante.

O manual de instruções do fabricante segue em anexo neste manual.

15. MANUTENÇÃO

15.1. Inspeção e diagnóstico de defeitos

Para redutores em operação contínua deve-se fazer uma inspeção visual externa
regularmente durante a operação, observando-se o surgimento de ruídos anormais,
aumento de temperatura de operação e eventuais vazamentos de óleo do redutor. Deve-
se verificar o nível de óleo durante as paradas do Redutor, preferencialmente com o óleo
frio.

Caso seja identificada alguma irregularidade, a transmissão deverá ser desligada


imediatamente. Para identificar a causa da falha, pode-se utilizar como referência a Tabela
de Defeitos a seguir. Nesta tabela estão contidas as possíveis falhas, suas causas e

29
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

formas de eliminá-las. Caso a causa não possa ser identificada, ou não exista a
possibilidade de reparar com seus próprios recursos, deve-se solicitar a visita de um
técnico da TGM Transmissões®.

15.2. Defeitos, causas e soluções

Defeitos que surgirem durante o período de garantia, nos quais seja necessário
algum reparo na transmissão, o mesmo só deverá ser realizado pelo serviço de
Assistência Técnica da TGM Transmissões®.

É recomendado aos nossos clientes, mesmo após o encerramento da garantia,


entrar em contato com o Departamento de Assistência Técnica da TGM® para registrar
qualquer tipo de problema que venha eventualmente ocorrer.

Atenção
Em caso de utilização incorreta da transmissão ou modificações não
autorizadas pela TGM Transmissões®, a TGM® não assumirá qualquer
garantia ou responsabilidade pelo mau funcionamento da transmissão
ou danos ao equipamento.

Para a eliminação de defeitos, a transmissão deverá ser sempre paralisada e


bloquear o acionamento contra ligação acidental.

30
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

Quadro de Defeitos / Causas / Soluções

Defeitos Causas Soluções


Contatar a Assistência Técnica
Ruídos estranhos no Danos nos dentes e/ou nos
TGM, para substituição ou reparo
Redutor rolamentos
dos componentes danificados
Vazão de água do sistema
Aumentar a vazão de água.
de refrigeração insuficiente
Temperatura de entrada da Aumentar a vazão ou diminuir a
água alta. temperatura de entrada da água.
Aumento da temperatura Efetuar a limpeza do trocador de
de Operação Trocador de Calor sujo
calor eliminando incrustações

Óleo envelhecido Verificar controle de troca de óleo

Verificar posicionamento da tampa


Tampa traseira do trocador
traseira do trocador de calor em
de calor de 4 passes
relação a tampa de entrada / saída
invertida
de água (ver figura 23 )

Contatar a Assistência Técnica


Má vedação nas tampas
Saída de óleo da para substituição dos retentores
ou nas junções dos flanges
transmissão danificados ou das vedações e
intermediárias
junções dos flanges intermediários
Verificar circuito do Sistema de
Defeito no Sistema de
Diversas Alimentação de Óleo e efetuar
Alimentação do Óleo
reparos necessários.
Realizar teste de pressão
Vazamento interno no hidrostática no Trocador de Calor e
Trocador de Calor repará-lo caso necessário.
Água no óleo Substituir o óleo contaminado.
Óleo contaminado por
água durante o Realizar substituição do mesmo
abastecimento.
Ruído excessivo na área Fixação do Sistema de Apertar parafusos/porcas ou
de fixação da transmissão transmissão solta substituí-los caso necessário
Tabela 5 – Causas / defeitos / soluções

Figura 23A – Posição da tampa traseira do Figura 23B – Posição da tampa de entrada /
trocador de calor saída de água do trocador de calor

31
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

INSPEÇÃO DIÁRIA
• Inspecionar vazamentos de óleo, ruídos e vibrações anormais;

• Verificar a temperatura (máxima de 70°C) a partir de 1 hora de operação e a


pressão de óleo (1,5 a 2,5 bar).

INSPEÇÃO SEMANAL
• Recomenda-se verificar o nível de óleo e completar se necessário.

INSPEÇÃO MENSAL
• Verificar os elementos de transmissão e os parafusos de fixação. Aperte-os caso
necessário;

• Coletar óleo para análise conforme instruções do item 9.2.1.

INSPEÇÃO TRIMESTRAL
• Realizar análise de “espectometria com concentração ferrosa”, conforme item
9.2.1.

Importante:
Toda manutenção do Redutor Planetário que requeira substituições
de peças, a mesma deverá ser solicitada junto à Assistência Técnica
da TGM Transmissões®, a qual será realizada por um técnico
autorizado.

Atenção
O não atendimento às recomendações supracitadas, não será
reconhecido para reposição em garantia.

32
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

16. TORQUE DE APERTO DE PARAFUSOS

CLASSE 8.8 CLASSE 10.9 CLASSE 12.9


Rosca Fv [N] Ma [N.m] Fv [N] Ma [N.m] Fv [N] Ma [N.m]
M12 38.300 70 54.000 96 64.500 116
M16 73.000 168 102.000 236 123.000 284
M18 88.000 232 124.000 324 148.000 388
M20 114.000 328 160.000 464 192.000 552
M22 141.000 440 199.000 624 239.000 744
M24 164.000 568 230.000 800 276.000 960
M27 215.000 840 302.000 1.200 363.000 1.440
M30 262.000 1.160 368.000 1.600 442.000 1.920
M33 326.000 1.520 458.000 2.160 550.000 2.600
M36 382.000 1.960 537.000 2.760 645.000 3.320
M39 460.000 2.560 646.000 3.600 775.000 4.320
M42 526.000 3.160 740.000 4.440 888.000 5.320
M45 616.000 3.960 867.000 5.560 1.050.000 6.680
M48 693.000 4.760 974.000 6.720 1.150.000 8080
M52 832.000 6.120 1.169.000 8.640 1.403.000 10.320
M56 959.000 7.640 1.349.000 10.720 1.618.000 12.880
M60 1.121.000 9.520 1.576.000 13.360 1.892.000 16.000
M64 1.268.000 11.440 1.784.000 16.080 2.140.000 19.280
M68 1.453.000 13.840 2.044.000 19.440 2.453.000 23.280
M72 1.558.000 16.156 2.226.000 23.080 2.671.000 27.680

Fv [N]: Força de Pré-Tensão


Ma [N.m]: Torque de aperto

OBS.: Torque de aperto para parafusos lubrificados com óleo ou Molykote®. Para aperto em
parafusos sem lubrificação multiplicar o valor do Torque de aperto por 1,25.

33
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
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PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

17. TABELA DE LUBRIFICANTES PARA REDUTORES

Atenção
Todos os óleos utilizados em redutores planetários deverão possuir
obrigatoriamente aditivo “EP” (Extrema Pressão).

17.1. Óleo de Base Mineral

MOBIL* TEXACO SHELL FUCHS CASTROL* KLÜBER

MOBILGEAR RENOLIN KLÜBEROIL


ISO VG 460 MEROPA OPTIGEAR
CLP OMALA 460 COMPOUND
600 XP 460 460 BM 460 GEM 1 - 460
460

(*) Óleos com recomendações preferenciais.

17.2. Óleo Sintético com Base Polialfaolefina

1 CHEMLUB
MOBIL* FUCHS KLÜBER MOLYGRAFIT
MOBILGEAR RENOLIN DURALUB
ISO VG 460 KLÜBERSYNTH
SHC XMP UNISYN HF 460/SEP RPS
CLP HC GEM 4 460
460 CLPHC 460 460

(*) Óleos com recomendações preferenciais.


(1)
– Óleo sintético com base poli-isobuteno, totalmente miscível em óleos
minerais, evitando problemas de contaminação em caso de substituição do produto.

Atendem a grande gama de aplicações e são compatíveis com a maioria dos


materiais utilizados nos redutores. Possuem baixo coeficiente de tração, proporcionando
menor temperatura de funcionamento do redutor e uma potencial economia de
energia. Aplicados corretamente, de acordo com a viscosidade exigida, podem
proporcionar benefícios contribuindo para um alto grau de confiabilidade e durabilidade ao
equipamento, além de possibilitar um intervalo de troca bem maior que o óleo de base
mineral.

17.3. Óleo Sintético com Base Poliglicol (CLP PG)

MOBIL FUCHS SHELL CASTROL

MOBIL
ISO VG 460 RENOLIN PG TRIBOL 800 -
GLYGOYLE TIVELA S 460
CLP PG 460 460
460

São recomendados para aplicações especiais que envolvem altas cargas e


temperaturas em operações de serviço severo. Possuem baixo coeficiente de tração,
proporcionando menor temperatura de funcionamento do redutor, além de possibilitar um
intervalo de troca bem maior que o óleo de base mineral. Aplicados corretamente, de
34
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

acordo com a viscosidade exigida, podem proporcionar benefícios contribuindo para um


alto grau de confiabilidade e durabilidade ao equipamento. Cuidados especiais são
necessários quando da aplicação de óleos de base Poliglicol, por exemplo, evitar a
contaminação por água.

17.4. Vantagens do óleo sintético em relação ao óleo mineral

- Redução da temperatura de operação do equipamento - devido à estrutura


molecular homogênea e uniforme, o uso do óleo sintético reduz comprovadamente a
temperatura de operação dos redutores, influenciando positivamente na vida dos
componentes (rolamentos e engrenagens). Também, devido a esta característica, existe o
potencial para economia de energia quando se utiliza os óleos sintéticos.

- Maior capacidade de resistência à oxidação – isto significa vida mais longa para
o lubrificante sintético visto que este se oxida em uma taxa muito menor do que os óleos
minerais. Desta forma, existe o potencial para períodos de trocas maiores quando se
compara com os óleos minerais.

- Maior capacidade de operar a altas temperaturas - a temperatura elevada


acelera o processo de oxidação do óleo, assim o óleo sintético pode operar em altas
temperaturas por mais tempo, mantendo as suas propriedades originais.

- Maior índice de viscosidade - isso confere propriedade de maior viscosidade a


altas temperaturas, garantindo a proteção das engrenagens e rolamentos. Portanto, os
óleos sintéticos garantem uma faixa mais ampla de temperatura de operação.

- Menor tendência à formação de borras e depósitos - devido a maior resistência


dos óleos sintéticos à oxidação e degradação, há uma menor possibilidade de se formar
borras e depósitos internamente. Estas borras e depósitos prejudicam a troca térmica,
aumentando a temperatura em um ciclo de maior oxidação.

- Os óleos sintéticos apresentam maior fluidez a baixas temperaturas.

- O uso de óleos sintéticos pode ajudar a reduzir os custos de manutenção.

17.5. Outros lubrificantes

K2K – 20* HLP 32** GP00K – 20***

MOBIL DTE 24 MOBILUX EP 004


MOBIL MOBILUX EP-2
NUTO H32 MOBILITH SHC 007

* Graxa a Base de Lítio para Rolamentos.


** Óleo para Anti-retorno.
*** Graxa Fluída para Redutores Lubrificados c/ Graxas.

35
MANUAL DE INSTRUÇÕES E
REDUTOR
PLANETÁRIO
OPERAÇÃO

18. MILITEC-1 – CONDICIONADOR DE METAIS

Militec-1 é um líquido sintético de coloração dourada, similar aos óleos SAE-10


em viscosidade. Mesmo que, na maioria dos casos, Militec-1 seja adicionado ao óleo, não
é um aditivo de óleo, pois não contém melhoradores do índice de viscosidade, não altera a
composição físico-química, nem o intervalo de troca do óleo.

Militec-1 é um condicionador de metais!

O Militec-1 usa o lubrificante como um meio para chegar às superfícies metálicas


em atrito e aos pontos críticos de calor dentro do equipamento. Chegando a esses
locais, Militec-1 sai completamente do lubrificante, e as moléculas de Militec-1 fixam-se na
superfície metálica por adsorção. Isso ocorre em entre 38°C e 66°C, dependendo das
condições de atrito e carga.

O efeito dessa reação enrijece a superfície metálica (não a endurece), tornando-a


aproximadamente 17 vezes mais resistente quando a reação se completa. Além do
aumento da resistência da superfície metálica, Militec-1 reduz drasticamente o atrito e o
arrasto parasítico entre os metais.

É comprovado que o uso do Militec-1 reduz a temperatura de operação do


equipamento, diminui o nível de vibração e ruído, e aumenta sua vida útil.

Atenção
A TGM recomenda a cada 2 trocas de óleo, a utilização de MILITEC-1
nos redutores planetários, na proporção de 5% do volume total de óleo.

A TGM Transmissões ® reserva-se o direito de revisar as informações


contidas neste manual sem prévio aviso.

36
MANUAL DE INSTRUÇÕES REDUTOR
PLANETÁRIO
E OPERAÇÃO

DESENHOS COMPLEMENTARES

- Desenho de instalação – 8.08.0197.00.1


- Desenho de instalação e montagem – 8.05.0172.00.1
- Desenho de montagem do redutor – 8.05.0780.00.1
- Conjunto suporte do mancal – 8.20.0131.00.3
- Conjunto suporte do motor – 8.20.0249.00.2
- Placa de identificação – 8.09.1155.00.3
- Esquema de óleo – 8.06.0334.00.1
o Lista de tubulação e equipamentos
o Lista de válvulas
o Lista de instrumentos e aparelhos elétricos
- Desenho de interligação redutor-UH – 8.06.0281.00.1
- Conjunto braço de torque :
o 8.28.0147.00.2 (montagem horizontal-OSs 4801351/1352)
o 8.28.0151.00.2 (montagem vertical-OSs 4801353/1354)

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