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TIPOS DE ECONOMIA

Economia Normativa e Economia Positiva


Economia Normativa é o tipo de economia que se subordina à ética ou à moral e está
preocupada com as questões do dever ser.

Ex: Deve-se plantar mais árvores ou não na cidade de Luanda?

Tipo de economia que não lida com termos científicos mas sim com a ética e a moral

Economia Positiva é o ramo da economia que se preocupa com a decisão e explicação dos
fenómenos económicos (microeconomia e macroeconomia).

Ela foca-se nas questões ou factos observáveis e nas relações de causa e efeito e inclui o
desenvolvimento e testes de teorias económicas. Uma das expressões mais antigas é
economia-de-valor (economia livre-de-valor).

Ex: A economia positiva estuda temas como o PIB, Taxa e emprego, crescimento económico,
Taxa de câmbio, Procura, oferta…

Divisão do Estudo da Economia


Microeconomia e Macroeconomia

Microeconomia

É o ramo da ciência económica que estuda o comportamento das unidades de consumo


representadas pelos indivíduos e pelas famílias; as empresas e suas produções e custos; a
produção e o preço dos diversos bens e serviços e dos factores de produção.

Dito em outras palavra, a Microeconomia ocupa-se da forma como as comunidades individuais


que compõem a economia, isto é os consumidores privados, empresas, trabalhadores,
produtores de bens e serviços, particulares, etc, agem e reagem umas sobre as outras.

Famílias são unidades de consumo


Empresas são unidades de produção AGENTES ECONÓMICOS
Estado
Bancos

Macroeconomia

É o ramo da ciência económica que estuda o funcionamento da economia de um país. De uma


forma mais abrangente este estudo abrange o nível geral do preço, emprego e desemprego,
renda, produto nacional, PIB, investimento, taxa de câmbio, balança de pagamento, inflação,
poupança e consumo, estoque de moeda, políticas fiscais e monetárias.

Deste modo, podemos concluir que a diferença entre Microeconomia e Macroeconomia é que
a primeira preocupa-se com o particular ou individual, enquanto que a segunda preocupa-se
com o todo ou o geral.

Sistemas ou Modelos de Organização Económica

1. Economia de Mercado
2. Economia de Direcção Central ou Planificada
3. Economia Mista

Quais as diferentes formas de organização económica que uma sociedade precisa para
responder as questões de:
 O quê, Como e Para quem produzir?

As diferentes sociedades estão organizadas em sistemas ou modelos económicos alternativos


e a economia estuda os diferentes mecanismos que uma sociedade pode usar para aplicar os
seus recursos escassos. Em geral distinguimos duas formas fundamentais de organizar uma
economia.

A) Num extremo, o Governo toma a maioria das decisões económicas, com os indivíduos
no topo da hierarquia a dirigir os que lhes servem na escala.
B) No outro extremo as decisões são ditadas no mercado, onde os indivíduos e as
empresas acordam voluntariamente em trocar mercadorias e serviços geralmente
através de pagamento de dinheiro.

Examinamos brevemente cada uma dessas formas de organização.

Nos EUA e na maioria dos países democráticos, a maior parte das questões económicas é
resolvida pelo mercado, por isso os sistemas económicos destes países são designados por
Economia de Mercado1.

Uma economia de mercado é aquela em que os indivíduos e as empresas privadas tomas as


decisões mais importantes acerca da produção e do consumo. Um sistema de preços, de
mercado, de lucros e prejuízos, de incentivos e recompensas determina o quê, como e para
quem produzir.

As empresas produzem as mercadorias que geram os maiores lucros (o quê) com técnicas de
produção que são as menos dispendiosas (como). O consumo é determinado pelas decisões
individuais sobre como despender ou gastar os salários e os rendimentos dos patrimónios
gerados pelo trabalho e pela propriedade desse património (para quem).

1
A economia de mercado é o sistema económico fundamentado na propriedade privada, ou
seja, com a menor participação possível das entidades governamentais. Em outras palavras, é
o padrão no qual as trocas, negócios e comércios são realizados com a mínima interferência do
Estado.
O caso extremo de uma economia de mercado em que o Governo se exime ou isenta de tomar
decisões económicas é designado por economia Laissez Faire (deixa andar).

Pelo contrário uma economia de Direcção Central, dirigida ou planificada2 é aquela em que os
Governos tomam todas as decisões importantes acerca da produção e distribuição dos bens.

Numa economia de direcção central, tal como aquela que funcionou na ex União Soviética
durante o século XX, o Governo possui a maior parte dos meios de produção (terra e capital).
Também possui e dirige a actividade das empresas na maior parte dos ramos da actividade, é o
empregador da maioria dos trabalhadores, é quem dirige a sua actividade, decidindo também
como a produção da sociedade deve ser dividida pelos diversos bens e serviços.

Em resumo, numa economia de direcção central é o Governo quem dá resposta à maioria das
questões económicas através da posse de recursos e do seu poder de impor as decisões.

Nenhuma sociedade contemporânea se encaixa completamente numa dessas categorias


extremas, em vez disto, todas as sociedades são economias mistas, isto é com elementos de
economia de mercado e elementos de economia de direcção central.

Nunca houve uma economia 100% de mercado (embora a Inglaterra no sec. XIX se
aproximasse disso).

Actuamente, nos EUA a maioria das decisões é tomada no mercado, mas o Governo
desempenha um papel importante na supervisão do funcionamento do mercado. O Governo
legisla a regulamentação da actividade económica, proporciona serviço de educação e de
policiamento e controla a poluição.

Actualmente a maior parte das sociedades funciona numa economia mista3.

Factores de Produção

Para responder as 3 questões económicas fundamentais qualquer sociedade tem de escolher


os factores de produção (inputs) e as produções (outputs).

Factores de produção são bens ou serviços utilizados para produzir outros bens e serviços.
Podemos considerar que os factores de produção são os insumos 4, ou seja, todos os elementos
necessários para a produção de um bem ou serviço.

Uma economia usa a tecnologia existente para conjugar factores de produção afim de gerar as
produções.

2
Economia planificada, também chamada de economia centralizada, é um modelo económico
que defende o controle do Estado sobre a economia. Esse modelo ficou conhecido após sua
aplicação durante mais de 70 anos na extinta União Soviética. Caracteriza-se pela
predominância de empresas estatais; inexistência de concorrência empresarial;
desfavorecimento da dinamização das empresas e, logo, falta de inovação; opõe-se ao modelo
económico de economia de mercado.
3
Uma sociedade de economia mista é uma empresa que resulta da união entre o Estado e
entes privados.
4
Insumo é todo e qualquer elemento directamente necessário em um processo de produção.
Nesse grupo estão os produtos usados na fabricação, o maquinário, a energia e a própria mão
de obra empregada, por exemplo.
As produções são vários bens e serviços úteis que resultam o processo de produção e que
tanto podem ser consumidos como utilizados na produção posterior.

Ex: Conceber a produção de uma pizza. Dizemos que a farinha, o sal, o calor, o forno, o
trabalho qualificado do cozinheiro, são os factores de produção. A pizza é a produção (output).

Na educação, os factores produtivos são o tempo de aula, laboratórios e as salas de aulas, os


livros, o professor, os estudantes etc, enquanto que as produções são cidadãos educados e
formados.

Os factores de produção podem ser classificados em 3 grandes categorias:

 Terra
 Trabalho e
 Capital

A Terra, em geral, apresenta os recursos naturais provenientes da natureza. Este facto


produtivo é utilizado na agricultura, ou na implantação de habitações, fábricas e estradas bem
como representa os recursos energéticos para os nossos automóveis e para aquecer as nossas
habitações.

O Trabalho consiste no tempo de trabalho humano despendido na produção, ou seja, refere-


se às faculdades físicas e intelectuais dos seres humanos que intervêm no processo de
produção.

O Capital é formado pelos bens duráveis de uma economia, produzidos com vista a
produzirem outros bens. Os bens de capital incluem máquinas, estradas, edifícios,
computadores, camiões, martelos, fornos, automóveis, etc… Fala-se também do dinheiro
como capital financeiro.

Actualmente tem-se debatido sobre uma nova categoria de factor de produção que é a
tecnologia que corresponde à tecnologia utilizada tais como software, aplicativos,
equipamentos informáticos, dentre outros.

Fronteiras de possibilidades de produção – FPP

Cada espingarda que é fabricada, cada barco de guerra que é lançado ao mar, cada míssil que
é disparado, significam em última instância um roubo a quem tem fome e não é alimentado.

As sociedades não podem ter tudo que desejam, estão limitadas pelos recursos e pela
tecnologia disponíveis.

Ex: Conceber a despesa na defesa

Os países são sempre obrigados a decidir que parte dos seus recursos limitados vai para o
exército e que parte vai para outras actividades (como novas fábricas e educação).

Alguns países como o Japão aplicam 1% do seu PIB nos seus militares. Por outro lado, países
como EUA gastam cerca de 5% do seu PIB na defesa, enquanto que uma economia militarizada
como a Correia do Norte gasta mais de 20% do seu PIB nas forças armadas.
Quanto maior quantidade de produtos for para a defesa, menor será o que resta disponível
para consumo e investimento.

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