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CAIO ANTUNES GONÇALVES, MATHEUS PEREIRA VENÂNCIO DE SOUZA,

GUSTAVO SANTOS DE SOUZA, SARA KETLYN DE SOUZA ALVES, TIAGO DIAS


QUEIROZ, MATHEUS AUGUSTO FERREIRA SILVA, MARLON RAMOS MOREIRA,
FILIPE RODRIGUES CÂNDIDO

REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
PROJETO DE ELABORAÇÃO DE PROTÓTIPO

GOVERNADOR VALADARES
2021
CAIO ANTUNES GONÇALVES, MATHEUS PEREIRA VENÂNCIO DE SOUZA,
GUSTAVO SANTOS DE SOUZA, SARA KETLYN DE SOUZA ALVES, TIAGO DIAS
QUEIROZ, MATHEUS AUGUSTO FERREIRA SILVA, MARLON RAMOS MOREIRA,
FILIPE RODRIGUES CÂNDIDO

REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
PROJETO DE ELABORAÇÃO DE PROTÓTIPO

Projeto apresentado à Instituição Pitágoras


como requisito parcial para a disciplina
Refrigeração, Ar Condicionado e Ventilação do
curso de Engenharia Mecânica.

Professor: Guilherme de Paula Ribeiro.

GOVERNADOR VALADARES
2021
RESUMO

O grande crescimento populacional e o consumo energético têm forçado a


humanidade a buscar a produção de energia limpa e iniciativas que reduzam o
consumo de eletricidade. Há uma demanda cada vez maior por resfriamento e
estabilização de temperatura, além de sistemas de refrigeração que permitem uma
maior independência em diversas atividades. Baseado neste contexto, o presente
trabalho objetivou apresentar o protótipo de um sistema de estabilização térmica
utilizando materiais de baixo custo. Diante deste desafio, será apresentado o
funcionamento de uma placa de efeito Peltier afim de demonstrar este fenômeno
físico de gradiente de temperatura.

Palavras-Chave: Transferência de calor; Placas de Peltier; Refrigeração.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 1
1.1 OBJETIVOS 2
1.2 JUSTIFICATIVA 3
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4
3. REFRIGERAÇÃO 5
3.1 DEFINIÇÃO DE REFRIGERAÇÃO 5
3.2 REFRIGERAÇÃO TERMOELÉTRICA 6
3.2.1 Efeitos Termoelétricos 8
3.2.2 Módulos Termoelétricos 9
4. MATERIAIS E MÉTODOS 12
4.1 MATERIAIS ULTILIZADOS 12
4.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 12
4.2.1 Modelo Experimental 12
4.2 DIMENSIONAMENTO DA CÉLULA DE PELTIER 19
4.2.1 Cargas Térmicas Ativas 19
4.2.2 Cargas Térmicas Passivas 20
4.2.2.1 Condução 20
4.2.2.2 Convecção 23
4.2.2.3 Radiação 26
5. RESULTADOS 27
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 28
REFERÊNCIAS 29
ANEXOS 31
1. INTRODUÇÃO

Os avanços nas ciências dos materiais, trazidos pela revolução dos


semicondutores, permitiu que efeitos térmicos conhecidos desde século XIX se
tornassem viáveis tecnologicamente. Uma dessas revoluções foi a transformação do
Efeito Peltier em dispositivos para uso cotidiano.
A necessidade de tecnologias economicamente viáveis e ambientalmente
amigáveis levou pesquisadores e empresas a investir no desenvolvimento de
sistemas alternativos de refrigeração. Com técnicas modernas, a indústria produz
módulos termoelétricos capazes de bombear calor de modo eficiente para
proporcionar um resfriamento com um dispositivo 100% estado sólido.
Refrigeradores termoelétricos são aparelhos que utilizam dispositivos
eletrônicos de estado sólido como princípio de refrigeração. Estes dispositivos são
módulos Peltier, células compostas por termopares ligados eletronicamente em série
e termicamente em paralelo imprensados entre duas placas de cerâmica (ZHAO;
TAN, 2014). Esses termopares, ao serem submetidos a uma diferença de potencial,
geram uma diferença de temperatura entre suas duas faces, proporcional à corrente
que passa por eles (HUANG et al., 2010)
No caso particular da refrigeração termoelétrica, a utilização de dispositivos
termoelétricos possui grandes prospectos para o futuro, especialmente quando há
demanda de alta precisão de controle de temperatura, como nos desumificadores,
equipamentos de ar condicionado e refrigeradores (VIÁN; ULIBARRENA;
DOMINGUEZ, 2002).
O grande desafio que vem sendo encontrado para a escalabilidade destes
dispositivos tem sido o desenvolvimento de materiais apropriados e tecnologia para
conseguir melhor coeficiente de desempenho. Como o princípio para geração de
diferenças de temperatura é a corrente que passa pelo dispositivo, esse é sujeito à
ação do Efeito Joule, o que faz com que, à potência máxima, a temperatura do
próprio dispositivo aumente, diminuindo a eficiência da face fria.
Este trabalho discute a teoria por trás do refrigerador termoelétrico juntamente
com os parâmetros térmicos e elétricos envolvidos e discute o dimensionamento dos
módulos Peltier para a aplicação em refrigeração. É oportuno destacar que, no atual
estado da arte, a viabilidade econômica para utilização dos módulos Peltier ainda é
limitada.
1.1 OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é desenvolver e analisar um refrigerador termoelétrico,


por meio da utilização de módulos termoelétricos comercialmente disponíveis. Para
tanto, o presente trabalho apresenta a realização de um estudo metodológico
baseado na tecnologia Peltier em sistemas de refrigeração e condicionamento de ar
e o desenvolvimento de um protótipo de um resfriador evaporativo. Espera-se obter
dados práticos por meio da montagem de um modelo experimental para validar as
estimativas teóricas.
A fim de que a premissa acima seja testada, uma série de outros objetivos foi
necessária, dando suporte à evolução da pesquisa, conforme a seguir:

● Estabelecer as condições do projeto do equipamento;


● Estudar e avaliar as diferentes possibilidades de construção do equipamento;
● Definir os materiais usados na montagem de acordo com a arquitetura e
construção escolhidas;
● Avaliar os resultados experimentais;
● Aprimorar conhecimentos sobre a utilização dos efeitos termoelétricos para
refrigeração e condicionamento de ar;
● Fornecer informações úteis para trabalhos futuros.
1.2 JUSTIFICATIVA

Os processos de refrigeração e condicionamento de ar são usados em grande


escala diariamente em diversas áreas. Devido a preocupações ambientais com o
aquecimento global, destruição da camada de ozônio e baixa eficiência energética,
torna-se necessário investigar tecnologias alternativas de refrigeração mais
eficientes e com baixo custo de manutenção e operação. Neste contexto, a
refrigeração proveniente dos fenômenos termoelétricos, por meio do efeito Peltier,
surgiu como uma alternativa.
Ao se pesquisar sobre esse assunto especificamente, foi observado que
existem poucos relatos científicos sobre o tema. Assim, os principais atributos que
motivaram a pesquisa foram a necessidade de abordagem do assunto para um
melhor entendimento, o aspecto inovador da proposta e sua utilidade prática.
Com uma vasta gama de aplicações possíveis, os sistemas de refrigeração
termoelétrica baseados no fenômeno descoberto por Peltier, em 1834, possuem um
grande potencial tecnológico, uma vez que com investimentos em pesquisas de
novos materiais é esperado um ganho em eficiência.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente trabalho aborda conceitos envolvidos na fabricação e


funcionamento de um equipamento de refrigeração baseado na tecnologia Peltier. A
seguir, será apresentada uma revisão da literatura abordando os aspectos técnicos
e científicos de forma a possibilitar o entendimento do contexto de desenvolvimento
da termoeletricidade.
No Capítulo 1 são apresentados tópicos a respeito do efeito Peltier e do
funcionamento das pastilhas termoelétricas. Nesta etapa foi feita a pesquisa acerca
das trocas térmicas necessárias para o bom funcionamento do equipamento, bem
como a viabilidade da utilização dos materiais escolhidos.
O Capítulo 2 foca nas etapas a serem realizadas para construção da câmara
térmica. O sistema de refrigeração foi fabricado e testado usando pastilhas
termoelétricas e um dissipador de calor convencional. No caso particular deste
estudo experimental espera-se que a base de dados levantada permita a realização
de trabalhos futuros envolvendo refrigeradores termoelétricos.
Finalmente, no Capítulo 3 é feita a validação do modelo e determinada a
viabilidade da aplicação da placa Peltier em sistemas de refrigeração, levando em
consideração o tipo de pasta térmica usada, o material usado entre os mesmos, e as
temperaturas atingidas pela pastilha.
Estes tópicos foram retirados de livros, artigos acadêmicos ou encontrados
em sites da internet, sendo considerados os mais importantes para a fundamentação
teórica. Cabe ressaltar que não é o objetivo deste estudo fazer uma análise profunda
do fenômeno ou dos materiais utilizados para esse fim, embora uma breve análise e
descrição dos fenômenos físicos envolvidos seja feita.
3. REFRIGERAÇÃO

O emprego dos meios de refrigeração já era do conhecimento humano


mesmo na época das mais antigas civilizações. Há indícios de que a civilização
chinesa, muitos séculos antes da Era Cristã, usava o gelo natural (colhido nas
superfícies dos rios e lagos congelados e conservado com grandes cuidados, em
poços cobertos com palha e cavados na terra) com a finalidade de preservar as
folhas de chá que consumiam. As civilizações gregas e romanas também
aproveitavam o gelo colhido no alto das montanhas, a custo do braço escravo, para
o preparo de bebidas e alimentos gelados.
O uso do gelo natural, entretanto, trazia consigo uma série de inconvenientes
que prejudicavam seriamente o desenvolvimento da refrigeração, devido à
dependência direta para a obtenção do gelo. Por este motivo, engenheiros e
pesquisadores voltaram-se para a busca de meios e processos que permitissem a
obtenção artificial de gelo, liberando o homem da dependência da natureza.
A utilização do gelo natural levou a criação, no princípio do século XIX, dos
primeiros refrigeradores. Tais aparelhos eram constituídos simplesmente por um
recipiente, quase sempre isolado por meio de placas de cortiça, dentro do qual eram
colocadas pedras de gelo e os alimentos a conservar. No início do século XX, e com
o surgimento da eletricidade, pequenas máquinas e motores passaram a ser
movimentadas por essa forma de energia. A partir de 1920, a evolução foi tremenda,
com uma produção sempre crescente de refrigeradores mecânicos, cada vez mais
modernos e funcionais, e com controles mais apurados (CAMPOS, 2009).
Em 1834, o físico francês Jean Charles Athanase Peltier observou que uma
junção de dois metais, bismuto e cobre (Bi e Cu) se tornava mais quente quando era
percorrida por uma corrente elétrica no sentido do bismuto para o cobre e esfriava,
quando esse sentido era invertido, constituindo-se, portanto, em um efeito
eletrotérmico denominado mais tarde de efeito Peltier (DREBUSHCHAK, 2008).

3.1 DEFINIÇÃO DE REFRIGERAÇÃO

Para melhor compreender um sistema de refrigeração é importante entender


seus principais conceitos. Em uma simples definição, pode-se dizer que a
refrigeração é a redução e/ou manutenção da temperatura de corpos ou
substâncias, abaixo da existente na sua vizinhança, e pode ser obtida por meios
naturais ou artificiais.
A área de refrigeração cresceu de tal maneira no último século que acabou por
ocupar os mais diversos campos. Para conveniência de estudos, as aplicações da
refrigeração podem ser classificadas dentro das seguintes categorias: doméstica,
comercial, industrial, para transporte e para condicionamento de ar. Como pode-se
observar, as aplicações da refrigeração são as mais variadas, sendo de certa forma
bastante difícil estabelecer de forma precisa a fronteira de cada divisão.
A aplicação mais disseminada da refrigeração é o condicionamento de ar, que
é o foco central do trabalho, embora outras áreas possam ser citadas. O processo
de condicionamento do ar objetiva o controle de sua temperatura, umidade, pureza e
distribuição no sentido de proporcionar conforto aos ocupantes do recinto
condicionado.
Assim, condicionamento de ar inclui processos, tais como aquecimento,
radiação térmica e regulagem de velocidade e qualidade do ar, incluindo a remoção
de partículas e vapores. A maioria de das unidades de condicionamento de ar estão
associadas a aplicações de conforto.

3.2 REFRIGERAÇÃO TERMOELÉTRICA

Sabe-se que a termoeletricidade estuda as relações entre as propriedades


elétricas e térmicas dos materiais, visando, além do puro entendimento de diversos
fenômenos, também criar dispositivos capazes de medir temperaturas com maior
precisão e desenvolver fontes de calor, que permitam aquecer ou resfriar
equipamentos diversos (WAINTRAUB; MOURÃO, 2013)

A primeira descoberta importante relacionada à termelétrica ocorreu em


1821, quando o alemão cientista Thomas Seebeck descobriu que uma
corrente elétrica fluirá continuamente em uma posição fechada de um
circuito composto por dois metais diferentes, desde que as junções dos
metais fossem mantidas em duas temperaturas diferentes (JARMAN;
KHALIL; KHALAF, 2013, pág. 2).

Os efeitos termoelétricos são aqueles em que energia térmica e elétrica são


convertidas de uma forma para outra (KAKIMOTO, 2013). Os princípios ou teorias
fundamentais dos efeitos termoelétricos não foram estabelecidos por um único
cientista e nem em uma única época. Dentre os cientistas que estudaram os efeitos
termoelétricos pode-se destacar Jean Peltier. Peltier descobriu efeitos termoelétricos
peculiares quando introduziu pequenas correntes elétricas externas em um termopar
(FERNANDES et al, 2010).
A aplicação da termoeletricidade se restringiu, durante muito tempo, quase
que exclusivamente à mensuração de temperaturas através dos chamados
termopares. As primeiras considerações objetivas a respeito da aplicação do efeito
Peltier à refrigeração foram feitas pelo cientista alemão Alternkirch, que demostrou
que o material termoelétrico é qualitativamente bom quando apresenta um alto
coeficiente Seebeck (ou poder termoelétrico), alta condutividade elétrica e uma baixa
condutividade térmica.

Na década de 1930, cientistas russos começaram a estudar alguns dos


trabalhos termoelétricos anteriores em um esforço para construir geradores
de energia para uso em locais remotos em todo o país. Este interesse russo
pela termelétrica acabou chamando a atenção do resto do mundo e inspirou
o desenvolvimento de módulos termoelétricos práticos (JARMAN; KHALIL;
KHALAF, 2013, pág. 2).

Infelizmente, até 1949, não existiam materiais termoelétricos adequados.


Somente a partir de então, com o desenvolvimento da técnica dos semicondutores,
que apresentam um coeficiente Seebeck bastante superior ao dos metais, é que a
refrigeração termoelétrica tomou um grande impulso, permitindo criar maiores
gradientes de temperaturas entre a fonte quente e a fonte fria.
Os resfriadores termelétricos atuais usam a tecnologia moderna de
semicondutores em que o material semicondutor dopado substitui os metais
dissimilares usados em experimentos termelétricos precoce.
Este trabalho apresenta o desenvolvimento do protótipo em escala reduzida
de um sistema de refrigeração utilizando módulos termoelétricos baseados no efeito
Peltier, para aplicação análoga aos condicionadores de ar comercializados.
Motivado pela possibilidade de concepção de um equipamento de refrigeração para
obtenção de conforto térmico, buscou-se compreender o fenômeno térmico
conhecido como efeito Peltier afim de desenvolver um protótipo de sistema de
refrigeração que será submetido a testes de validação que demonstrem a sua real
funcionalidade.
3.2.1 Efeitos Termoelétricos

Os efeitos termoelétricos foram primeiramente observados no início do século


XIX, embora tenham se tornado viáveis tecnologicamente somente a partir do século
XX. Os cientistas Thomas Seebeck e Jean Peltier, ainda no Século XIX, descobriram
que um fluxo de corrente pode ter outras consequências térmicas além do
aquecimento ôhmico do condutor.
Em meados de 1820, Thomas Johann Seebeck (1770-1831) descobriu que,
quando dois condutores diferentes são combinados em um circuito fechado produz
uma e as junções mantidas a diferentes temperaturas, faz aparecer uma corrente
através dos condutores cujo valor depende dos materiais constituintes e da
temperatura a que se encontra (efeito termoelétrico) (SEEBECK, 1895). Esta é a
base do termopar e este é o chamado Efeito Seebeck. A Figura ilustra este efeito.

Figura 1 - Efeito Seebeck

Fonte: MOURA (2010)

Na década seguinte, Jean Charles Athanase Peltier (1785-1845) observou


que a passagem de uma corrente elétrica através da interface formada por dois
condutores diferentes gera um gradiente de temperatura na junção. Uma das
junções apresenta um aquecimento e a outra junção um resfriamento proporcional à
corrente e à constante de Peltier, definida por propriedades características de cada
material [7]. Um esquema básico do Efeito Peltier pode ser visto na Figura.

Figura 2 - Efeito Peltier

Fonte: MOURA (2010)

Os sistemas termoelétricos baseiam-se na produção de um gradiente de


temperatura entre dois condutores ou semicondutores, sendo este de materiais
diferentes, quando submetidos a uma ddp (Diferença de potencial), em um circuito
fechado (FEITOSA; 2019). Este efeito foi ignorado pela comunidade científica e
voltou a ser estudado após 1950.

3.2.2 Módulos Termoelétricos

Placas de efeito Peltier, também conhecidas como pastilhas termoelétricas,


utilizam o efeito refrigerador ou aquecedor ao se fazer passar uma corrente direta
por uma ou mais junções de materiais semicondutores do tipo-n e do tipo-p (KITTEL,
2005). Com uma tensão aplicada entre os polos, cria-se um diferencial de
temperatura entre as faces opostas da placa.
O mercado possui uma grande variedade de dispositivos termoelétricos,
porém todos são definidos segundo seu principal modo de operação. As células que
operam pelo efeito Peltier são conhecidos pela sigla TEC, do inglês thermoelectric
cooler, e são utilizados para aplicações de refrigeração ou aquecimento.
O módulo é a maneira mais prática de se utilizar o efeito Peltier como
refrigerador em larga escala, e consiste em um arranjo de pequenos blocos de
telureto de bismuto (Bi2Te3) dopados tipo N e tipo P montados alternadamente e
eletricamente em série entre duas placas cerâmicas de boa condutividade térmica.
Este arranjo faz com que todos os termoelementos bombeiem o calor na mesma
direção - termicamente em paralelo.

Figura 3: Modulo TEC: (a) Rede de resistência térmica de um sistema de


resfriamento utilizando módulos TEC. (b) Vista explodida de um modulo TEC.

Fonte: Russel, Ewing e Ching (2013)

Além do módulo, um sistema termoelétrico utiliza dois trocadores de calor e


uma fonte de alimentação de corrente contínua ou um conversor CA/CC. Os
sistemas Termoelétricos podem ser do tipo ar-ar, líquido-líquido ou ar-líquido,
dependendo da forma de transferência de calor nas faces quente e fria do módulo.
Figura 4. Tipos de sistemas termoelétricos

Fonte: Astrain; Rodríguez (2012)

O protótipo foi desenvolvido com intuito de testar a viabilidade técnica de


refrigeração utilizando as Pastilhas Peltier. A eficiência dos módulos peltier varia de
acordo com a dissipação do calor do lado quente do modulo, quanto maior a
remoção de calor do lado quente mais energia na forma de calor será removida do
lado frio do modulo, e é com base nesta teoria que o Protótipo foi desenvolvido.
4. MATERIAIS E MÉTODOS

Neste trabalho, para o desenvolvimento do tema proposto, optou se pela pesquisa


exploratória e experimental. Realizou se uma revisão bibliográfica e foram realizados
experimentos com a finalidade de verificar o funcionamento da célula de Peltier.

4.1 MATERIAIS ULTILIZADOS

Foram utilizados os seguintes materiais:


a) Módulo de Peltier TEC-12706;
b) Dissipador de calor modelo Cooler Box Intel® Delta LGA 775
c) Fonte de alimentação 12V 5A;
d) Termopares;
e) Graxa de térmica de prata de 7,5 W/m∙K;
f) Caixa de isopor.

4.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Uma das aplicações da tecnologia termoelétrica é o condicionamento de ar,


usando como fundamento básico o efeito Peltier. Para o projeto de um
condicionador de ar por efeito termoelétrico, vários parâmetros devem ser
considerados para se obter um melhor aproveitamento do sistema. Os mais
importantes deles são o coeficiente de desempenho, a taxa de calor transferido (ou
bombeado) e a máxima diferença de temperatura produzida entre as faces quente e
fria do módulo termoelétrico.
Pretende-se investigar a aplicação de Células Peltier funcionando como
método ativo de refrigeração em uma Câmara Térmica. Para tanto, pretende-se
utilizar um protótipo de baixo custo, construído e operado em ambiente controlado
para melhor avaliação das respostas do experimento.

4.2.1 Modelo Experimental

O modelo de pastilha termoelétrica escolhido para o projeto foi a TEC1-12706,


devido ao seu baixo custo, tamanho reduzido e por ser um elemento de fácil
aquisição no mercado. Segue abaixo uma tabela contendo os dados técnicos da
pastilha em questão.

Tabela 1 - Especificações do Módulo de Refrigeração Termoelétrica


PRODUCT SPECIFICATION OF THERMOELECTRIC COOLING MODULE
MODEL: RO6.0-51.4 (TEC1-12706)
PRODUCT SPEC. DATA
Temp. of Hot Surface (°C) 30
ΔTmax (°C) ≥ 65
Qmax (W) ≥ 51
Imax (A) 6
Vmax (VDC) 15,4
AC resistance (room temp.: 25°) (ohm) 2.07 ±0.1
width and tolerance (mm) 40 ±0.5
length and tolerance (mm) 40 ±0.5
thickness and tolerance (mm) 3.7 ±0.1
maximum vertical static pressure (kg/cm2) 10.8 (=150psi)
Fonte: Roßmann Electronic GmbH

O funcionamento prático dos módulos se baseia nos dados de ensaio


fornecidos pelo fabricante através da folha de dados do componente. A operação
das pastilhas dependerá dos dados iniciais estipulados para o projeto a ser
executado. As Figuras a seguir representam gráficos de ensaio dos módulos Peltier,
especificamente os que foram utilizados para o desenvolvimento do equipamento de
refrigeração.

Figura 5 - Gráfico de ensaio Peltier V x I para diferentes faixas de temperatura


Fonte: Roßmann Electronic GmbH

Figura 6 - Gráfico de ensaio Peltier Qc x I para diferentes faixas de temperatura

Fonte: Roßmann Electronic GmbH


Figura 7 - Gráfico de ensaio Peltier Qh x I para diferentes faixas de temperatura
Fonte: Roßmann Electronic GmbH

Figura 8 - Gráfico de ensaio Peltier COP x I para diferentes faixas de temperatura

Fonte: Roßmann Electronic GmbH


Como os dissipadores de calor têm papel fundamental no bom desempenho
de sistemas termoelétricos, foi montado um sistema experimental para teste de
diversos tipos de dissipadores de calor disponíveis comercialmente, a fim de
escolher dissipadores que possam otimizar a transferência de calor nos lados
quente e frio dos módulos termoelétricos empregados neste estudo.
O Cooler Box Intel® Delta LGA 775 foi escolhido para utilização no modelo
experimental do condicionador de ar, a fim de otimizar a transferência de calor entre os lados
quente e frio do módulo termoelétrico.

Figura 9 - Características geométricas do dissipador de calor utilizado

Fonte: E97379 - Foxconn Datasheet


Tabela 2 - Especificações e Folha de dados

Fonte: E97379 - Foxconn Datasheet

O protótipo consiste em um conjunto de módulos termoelétricos acoplados


fisicamente a dissipadores de calor e a um duto de ar, que deverá ser resfriado. O
dissipador de calor do lado é feito de alumínio, com dimensões de 86,2 x 86,2 x 18,9
mm, correspondendo às características do dissipador escolhido anteriormente. O
sistema módulo-dissipador é montado conforme a Figura a seguir:

Figura 10 – Configuração típica para montagem da pastilha termoelétrica.

Fonte: Astrain; Rodríguez (2012)


Para construção do protótipo, foi utilizada uma caixa térmica para restringir a
área de estudo. Para o cálculo da área interna da caixa, consideram se as
dimensões x, y e z da Figura.

Figura 11 – Dimensões da caixa térmica utilizada no projeto

Fonte: Autores (2021)

A medição da temperatura das placas é feita com dois Termômetros Digitais


Lcd de uso geral com sensor externo. Todo o experimento foi executado com as
placas ligadas eletricamente em corrente contínua de 12V, fornecida por uma Fonte
Chaveada 12v 5A.

Tabela 3 - Características Técnicas da Fonte de Alimentação


Fonte AC/DC 12V
Potência 60W
Tensão de entrada 100V-240V AC
Frequência 50/60Hz
Amperagem 5A
Tensão de saída 12V DC
Dimensão 9cm x 6,5cm x 4cm
Voltagem Bivolt Automático (110v - 220v)
Chave Seletora Não possui (Automática)
Fonte: Autores (2021)
4.2 DIMENSIONAMENTO DA CÉLULA DE PELTIER

A determinação da quantidade de calor presente em um sistema é de suma


importância para quantificar a transferência de calor. O correto dimensionamento da
célula de Peltier para um projeto deve passar pela definição das necessidades de
resfriamento, bem como a carga térmica de todo o sistema e a quantidade de calor a
ser absorvida do sistema (ALMEIDA, 2013).
Um modo sistemático para o dimensionamento de sistemas de refrigeração
será desenvolvido a partir da determinação da carga térmica a ser retirada ou
fornecida para determinado meio. A carga térmica pode ser ativa, passiva ou uma
combinação das duas.

4.2.1 Cargas Térmicas Ativas

A carga ativa é o calor dissipado pela aplicação sendo resfriada, geralmente


equivalendo à potência de entrada do sistema. A equação geral para a dissipação
de potência de uma carga ativa é:

V2 2
Q ativo = =VI =R I
R

Onde:
Q ativo : Carga térmica ativa em watts;
V: Tensão aplicada ao sistema em volts;
R: Resistência da aplicação em ohms;
I: Corrente da aplicação em ampères.

Por exemplo, um típico dissipador de calor é operado a uma tensão de 12


VDC e uma corrente de 0.17 ±0.03 A. Neste caso, a carga térmica ativa é:

Q ativo =12 (V ) x 0.2 ( A ) → Qativo=2.4 Watts


4.2.2 Cargas Térmicas Passivas

Cargas térmicas passivas são aquelas presentes no sistema de acordo com


sua variação de temperatura, por exemplo, e podem consistir de radiação,
convecção e/ou condução.

4.2.2.1 Condução

A condução é um processo de transferência de energia através das moléculas


de um material solido quando se tem diferença de temperatura no mesmo material.
(INCROPERA et al., 2003). A equação fundamental para descrever este fenômeno
é:

k ∙ A ∙(T e −T i )
Qcondu ção =
L

Onde:
Qcondu ção : Carga térmica condutiva em watts
k: Condutividade térmica do material (W/m°K)
A: Área de seção transversal material em m2
L: Comprimento do trajeto de calor em m
Te: Temperatura externa do ambiente a ser refrigerado (K)
Ti: Temperatura interna do ambiente a ser refrigerado (K)

Esse efeito ocorrerá entre as pastilhas Peltier e os dissipadores, no qual será


demonstrado abaixo. Os parâmetros conhecidos são:
Tabela 4 - Propriedades térmicas para uma variedade de materiais

Fonte: Incropera; De Witt (2003)

Do ponto de vista microscópio, o contato físico entre a pastilha de Peltier e o


dissipador de calor não é perfeito. Devido aos efeitos da rugosidade da superfície,
minúsculas lacunas de ar são formadas na hora da junção (INCROPERA; DE WITT,
2003). Como o ar é um péssimo condutor de calor (com coeficiente de
condutibilidade de 0,026 W/m°K), o calor passará com maior dificuldade.

Figura 12 - Módulo de refrigeração: Pastilha de Peltier, Dissipador e Cooler


Fonte: Dossat (2004)

Para resolver o problema e melhorar a transferência de calor entre o


processador e o cooler, é necessário aplicar pasta térmica entre eles de modo a
preencher as minúsculas lacunas de ar. Com isso, a transferência de calor é feita de
forma mais eficiente
A pasta térmica utilizada será da marca Rise Mode® modelo RM-TG-01-CLD
com as seguintes características:

• Condutividade térmica: 7,5 W/mK (Camada de 0,001pol)


• Resistencia à Temperatura: -50 °C a 220 °C
• Composição: Silicone e Prata

Com sua composição a base de prata, a pasta térmica oferece uma


condutividade térmica bastante alta e aperfeiçoa o processo de transferência de
calor.
O fluxo de calor que atravessa a parede composta pode ser obtido em cada
uma das paredes planas individualmente.

Figura 13 - Condução Unidimensional em Regime Estacionário


Fonte: Adaptado de Incropera; De Witt (2003)

Em um sistema unidimensional, os gradientes de temperatura existem ao


longo de apenas uma direção e a transferência de calor ocorre exclusivamente
nessa direção (INCROPERA; DE WITT, 2003). Os modelos unidimensionais em
regime estacionário podem ser utilizados com precisão em diversos sistemas de
engenharia, determinando expressões para a distribuição de temperatura e a taxa
de transferência de calor.

L1
R 1= → R1=¿¿
K1∙ A

L2 (18,9 ∙10−3)m
R 2= → R2 = → R 2=0.1913 K /W
K2 ∙ A 2
247 (W /mK ) ∙ ( ( 20 ∙ 10−3 ) ) m2
1 1
R 3= → R 2= → R 2=10 K /W
h∙ A 2
250(W /m2 K ) ∙ ( ( 20 ∙10−3 ) ) m2

Considerando as equações do item anterior, o cálculo da variação de


temperatura para o sistema proposto é dado por:

q} = {R} rsub {T} ∙ ΔT → ΔT = {60 W} over {10,19 ( K / W )} → ΔT = 5,88 ¿

Onde:
RT : Resistência térmica específica ou resistividade térmica específica.
ΔT : variação de temperatura entre o emissor e a vizinhança.

4.2.2.2 Convecção

A convecção térmica é a propagação de energia térmica por um determinado


material devido a ação da gravidade e diferença de densidade, ocorrendo com
gases e líquidos (INCROPERA; DE WITT, 2003).
A carga térmica de convecção é uma função da área exposta e a diferença
em temperatura entre esta área e o gás no ambiente. Este tipo de carga térmica é
mais significante em sistemas operando em ambientes gasosos com pequenas
cargas ativas ou altas diferenças de temperatura. A equação fundamental para
convecção é:

Qconvec çã o=h ∙ A ∙ ∆ T

Onde:
Qconvec çã o = Energia de convecção em watts
h = Coeficiente convectivo (w/m2°C)
A = Área total do dissipador em m2
∆ T = Diferença de temperatura entre a face do dissipador e a temperatura ambiente.
Cargas térmicas de convecção podem ser evidenciadas no equipamento na
troca de calor entre o ar ambiente e os dissipadores. A carga passiva de convecção
para os módulos de Peltier normalmente é o resultado de convecção natural da
célula, ou da convecção forçada através do acoplamento de uma ventoinha junto à
célula.
Com base na literatura (INCROPERA; DE WITT, 2003) o coeficiente de
transferência de calor por convecção (h) pode ser considerado:

Figura 14 - Coeficiente de Transferência de Calor por Convecção.

Fonte: Incropera; De Witt (2003)

Os valores mensais da estação principal do município de Governador


Valadares, média de 30 anos, das temperaturas mínima, média e máxima; da
precipitação e da umidade relativa estão apresentados no quadro abaixo.
Quadro 1 – Médias dos Dados Meteorológicos de Governador Valadares.
Fonte: INMET (2013)

Promulgada em janeiro de 2003, a Resolução nº 9 da Agência Nacional de


Vigilância Sanitária (ANVISA) fornece orientação técnica referente aos padrões de
qualidade de ar interior em ambientes de uso público e coletivo, climatizados
artificialmente. De acordo com o documento:

A faixa recomendável de operação das Temperaturas de Bulbo Seco, nas


condições internas para verão, deverá variar de 23°C a 26°C, com exceção
de ambientes de arte que deverão operar entre 21°C e 23°C. A faixa
máxima de operação deverá variar de 26°C a 27°C, com exceção das áreas
de acesso que poderão operar até 28°C. A seleção da faixa depende da
finalidade e do local da instalação. Para condições internas para inverno, a
faixa recomendável de operação deverá variar de 20°C a 22°C (ANVISA,
2003).

Tabela 5 - Faixa recomendável de operação das Temperaturas de Bulbo Seco

Fonte: Adaptado de ANVISA (2003)


Utilizando a Equação para o cálculo da carga de convecção, obtém se:

W 2
Qconvec çã o=250
( m 2 )
° C ∙ ( ( 20 ∙10−3 ) ) m2 ∙ (30−23 ) ° C →Qconvec çã o=13 Watts

4.2.2.3 Radiação

Quando dois objetos em temperaturas diferentes estão próximos, há uma


troca de calor entre eles. Isto ocorre via radiação eletromagnética. A radiação é uma
forma de transferência de calor que ocorre por ondas eletromagnéticas, não
necessitando de nenhum meio material (INCROPERA; DE WITT, 2003). Cargas de
radiação são consideradas insignificantes quando o sistema é operado em um
ambiente gasoso, uma vez que a magnitude das outras cargas passivas tende a ser
bem maior. Cargas de radiação são importantes em sistemas com pequenas cargas
ativas e altas diferenças de temperaturas, especialmente quando operados em um
vácuo.
Sabe-se que o calor ganho por radiação pode ser modelado segundo:

Q radia çã o=ε ∙ σ ∙ A s ∙(T vizinh a4 −T superf í cie e xtena 4 )

Onde:
Q radia çã o: Carga térmica de radiação em watts.
ε:Emissividade do material (capacidade de um objeto emitir radiação
eletromagnética)
σ : Constante de Stefan-Boltzmann (5,67 ∙ 10-8 W/(m²K4)).
A s: Área superficial exposta à radiação, em m².
T vizinh a: Temperatura da vizinhança, em K.
T superf í cie extena: Temperatura da superfície externa, em K.
5. RESULTADOS

Modelos preliminares do projeto construído foram obtidos para possibilitar a


escolha de uma estrutura adequada para o modelo e controlador. Os modelos
preliminares serviram também para validar a hipótese de que o sistema realmente
exige uma estrutura mais complexa do que o convencional.
Após início dos testes verificou-se o aumento da temperatura do lado quente
e o resfriamento do lado frio, porém as pastilhas entraram em superaquecimento.
Foi verificado que o funcionamento não condizia com o desejado. Devido aos
resultados anteriores, foi analisado a possibilidade de falha na instalação do
protótipo. Pode-se supor que as condições climáticas tenham tido alguma influência
nos modelos. É razoável ainda supor que possam ter surgido pequenas alterações
no próprio protótipo diminuindo o efeito de isolamento térmico.
Ainda sobre o protótipo, é importante citar que ficou evidente a necessidade
de dissipadores de calor suficientemente acoplados ao módulo para o correto
funcionamento destes. Uma das principais dificuldades na construção da câmara,
por causa disso, foi a fixação dos módulos entre os dissipadores na face da caixa.
Esta deveria ser feita de forma a não haver transferência de calor para o ambiente e
existir contato suficiente entre os módulos e dissipadores para otimizar a
transferência de energia.
Por estas razões, sugere-se que sejam feitas algumas alterações como o
aumento da área de contato para refrigerar o Módulo de Peltier, o uso de um um air
cooler que tenha uma boa área de contato e mudança para o uso de uma pasta
térmica de melhor qualidade e melhor condutividade térmica.
Os resultados obtidos para os testes não se apresentaram conforme
esperado, mas pode-se dizer que, como estudo, foram levantados dados
experimentais e discussões interessantes. É importante enfatizar que os dados e
experimento obtidos neste trabalho podem ser de grande valia para futuros
desenvolvimentos e melhorias no que diz respeito a tecnologia com pastilha Peltier.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante as pesquisas para desenvolvimento do trabalho muito se encontrou


sobre a utilização das células Peltier com a finalidade de resfriamento. A realização
deste projeto, mostrou que é possível desenvolver trabalhos muito mais elaborados
utilizando tal componente e não se limitar apenas à modos básicos de operação.
Para pastilhas de pequena eficiência, elas funcionam adequadamente, porém
quando se trata de eficiência elevada, ainda se tem muitos problemas relacionados
a quantidade de potência a ser dissipada. Os testes apresentados demonstram que
o projeto não foi muito bem sucedido e pode ser utilizado em gerações futuras para
desenvolvimento de outros projetos. Apesar das dificuldades encontradas na
realização do trabalho foi possível comprovar que as principais ideias para operação
do equipamento e das células Peltier realmente funcionam
Acredita-se que uma maior eficiência dos materiais termoelétricos seja
suficiente para aplicações tanto domésticas como industriais. Portanto, os módulos
Peliter tem potencial para crescer no mercado, podendo ser utilizados em várias
situações dependendo da sua necessidade.
Devido aos resultados conquistados, pode-se afirmar que existem muitos
estudos a serem realizados para aprimorar o conceito apresentado no trabalho e
assim garantir uma eficácia no funcionamento e melhorar a eficiência e viabilidade
das pastilhas Peltier que ainda não estão consolidadas para resfriamento em grande
escala.
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Modeling and Applications. 2014.
ANEXOS

As figuras a seguir apresentam o arquivo fotográfico do experimento realizado,


mostrando os materiais utilizados, a montagem do Módulo Termoelétrico com
Dissipador de Calor e graxa térmicas nas interfaces e o experimento em operação.
PRODUCT SPECIFICATION OF THERMOELECTRIC COOLING MODULE
MODEL: RO6.0-51.4 (TEC1-12706)
COOLER SPECIFICATIONS
E97379 - Foxconn Datasheet

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