TÉCNICO ISO/TR
14121-2
Primeira edição
13.12.2018
Número de referência
ABNT ISO/TR 14121-2:2018
42 páginas
© ISO 2012
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Sumário Página
Prefácio Nacional................................................................................................................................vi
Introdução...........................................................................................................................................vii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referência normativa..........................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Preparação para a apreciação de riscos...........................................................................1
4.1 Considerações gerais.........................................................................................................1
4.2 Usando a abordagem de equipe para a apreciação de riscos........................................2
4.2.1 Generalidades......................................................................................................................2
4.2.2 Composição e papel dos membros da equipe.................................................................2
4.2.3 Seleção de métodos e ferramentas...................................................................................2
4.2.4 Fonte de informação para a apreciação de riscos...........................................................3
5 Processo de apreciação de riscos....................................................................................3
5.1 Generalidades......................................................................................................................3
5.2 Determinação dos limites da máquina..............................................................................3
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5.2.1 Generalidades......................................................................................................................3
5.2.2 Funções da máquina (com base em máquina).................................................................3
5.2.3 Uso da máquina (baseado em tarefas)..............................................................................4
5.3 Identificação de perigo.......................................................................................................4
5.3.1 Generalidades......................................................................................................................4
5.3.2 Métodos de identificação de perigo..................................................................................5
5.3.3 Registro de informações....................................................................................................6
5.3.4 Exemplo de ferramenta para a identificação do perigo...................................................6
5.4 Estimativa de riscos............................................................................................................7
5.4.1 Generalidades......................................................................................................................7
5.4.2 Gravidade do dano..............................................................................................................7
5.4.3 Probabilidade de ocorrência de dano...............................................................................8
6 Ferramentas de estimativa de riscos................................................................................9
6.1 Generalidades......................................................................................................................9
6.2 Matriz de riscos.................................................................................................................10
6.2.1 Generalidades....................................................................................................................10
6.2.2 Exemplo de uma ferramenta ou método de matriz de riscos.......................................10
6.3 Gráfico de riscos...............................................................................................................13
6.3.1 Generalidade......................................................................................................................13
6.3.2 Exemplo de uma ferramenta de gráfico ou método de riscos......................................13
6.3.3 Discussão .........................................................................................................................15
6.4 Pontuação numérica.........................................................................................................15
6.4.1 Generalidades ...................................................................................................................15
6.4.2 Exemplo de uma ferramenta de pontuação numérica de risco ou método ................16
6.4.3 Discussão .........................................................................................................................17
6.5 Ferramenta híbrida............................................................................................................17
6.5.1 Generalidade......................................................................................................................17
A.1 Generalidades....................................................................................................................27
A.2 Informação para a apreciação de riscos.........................................................................27
A.2.1 Especificações iniciais da máquina................................................................................27
A.2.1.1 Geral...................................................................................................................................27
A.2.1.2 Especificações básicas ...................................................................................................27
A.2.1.3 Trabalhos a serem realizados com a máquina ..............................................................27
A.2.1.4 Descrição do conceito da máquina.................................................................................28
A.2.2 Experiência de uso............................................................................................................29
A.2.3 Regulamentos, referências normativas e fichas técnicas............................................29
A.2.4 Projeto preliminar da máquina.........................................................................................30
A.3 Determinação dos limites da máquina............................................................................32
A.3.1 Descrição das diversas fases de todo o ciclo de vida da máquina.............................32
A.3.2 Limites de uso...................................................................................................................33
A.3.2.1 Aplicação prevista.............................................................................................................33
A.3.2.2 Mau uso razoavelmente previsível..................................................................................34
A.3.3 Limites de espaço.............................................................................................................34
A.3.4 Limites de tempo...............................................................................................................34
A.4 Identificação de perigos...................................................................................................34
A.4.1 Extensão do sistema analisado.......................................................................................34
A.4.2 Tarefas a serem realizadas...............................................................................................35
A.4.3 Perigos relevantes e cenários de acidentes...................................................................35
A.5 Estimativa de riscos, avaliação e redução dos riscos..................................................36
A.5.1 Método de estimativa de riscos ......................................................................................36
A.5.2 Estimativa, avaliação e redução dos riscos...................................................................36
A.6 Formulários em branco....................................................................................................40
Bibliografia..........................................................................................................................................42
Figuras
Figura 1 – Abordagem de cima para baixo e de baixo para cima....................................................5
Figura 2 – Condições de ocorrência de danos..................................................................................8
Figura 3 – Exemplo de um gráfico para estimativa de riscos........................................................14
Figura 4 – Matriz de riscos equivalente ao gráfico de riscos da Figura 3....................................15
Figura A.1 – Conceito da máquina....................................................................................................29
Figura A.2 – Desenhos preliminares de projeto..............................................................................31
Figura A.3 – Projeto preliminar do circuito elétrico........................................................................32
Figura A.4 – Zonas de perigo............................................................................................................35
Figura A.5 – Projeto final da máquina .............................................................................................39
Figura A.6 – Circuito elétrico final....................................................................................................40
Tabelas
Tabela 1 – Matriz de estimativa de riscos (exemplo)...................................................................... 11
Tabela 2 – Categorias usadas da pontuação dos riscos................................................................16
Tabela A.1 – Identificação de perigos (apenas para ilustração)....................................................37
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Prefácio Nacional
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.
O ABNT ISO/TR 14121-2 foi elaborado no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
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Este Relatório Técnico é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, ao
ISO/TR 14121-2:2012, que foi elaborada pelo Technical Committee Safety of Machinery (ISO/TC 199),
conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.
Scope
This Technical Report gives practical guidance on conducting risk assessment for machinery in
accordance with ISO 12100 and describes various methods and tools for each step in the process.
It gives examples of different measures that can be used to reduce risk and is intended to be used
for risk assessment on a wide variety of machinery in terms of complexity and potential for harm. Its
intended users are those involved in the design, installation or modification of machinery (for example,
designers, technicians or safety specialists).
Annex A provides a specific example for a risk assessment and a risk reduction process.
Introdução
O objetivo da apreciação de riscos é identificar os perigos e estimar e avaliar os riscos para que
possam ser reduzidos. Há muitos métodos e ferramentas acessíveis para este objetivo e vários são
descritos neste Documento. A ferramenta ou o método escolhido(a) será em grande parte uma questão
da indústria, da empresa ou preferências pessoais. A escolha do método ou ferramenta específica
é menos importante que o processo em si. O benefício da apreciação de riscos vem mais da disciplina
do processo do que da precisão dos resultados, desde que seja realizada uma abordagem sistemática
na identificação do perigo para reduzir os riscos e todos os elementos de risco sejam considerados.
Pode ser útil rever a apreciação de riscos quando o projeto for finalizado, quando existir um protótipo
e após a utilização da máquina.
(entrega técnica), os princípios e os métodos apresentados neste Documento também podem ser
aplicados às máquinas existentes durante a revisão ou modificação destas ou a qualquer momento,
para efeitos de avaliação dos mecanismos existentes, por exemplo, no caso de acidentes ou mau
funcionamento.
1 Escopo
Este documento fornece orientação prática sobre a realização de apreciação de riscos para máquinas
de acordo com a ABNT NBR ISO 12100 e descreve vários métodos e ferramentas para cada etapa
do processo. Ele fornece exemplos de diferentes medidas que podem ser usadas para reduzir os
riscos e é destinado a ser utilizado para a apreciação de riscos em uma ampla variedade de máquinas
em termos de complexidade e potencial de dano. Seus usuários pretendidos são os envolvidos no
projeto, instalação ou modificação de máquinas (por exemplo, projetistas, técnicos ou especialistas
de segurança).
O Anexo A fornece um exemplo específico para uma apreciação de riscos e um processo de redução
de riscos.
2 Referência normativa
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O documento a seguir é citado no texto de tal forma que seu conteúdo, total ou parcial, constitue
requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas.
Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo
emendas).
ABNT NBR ISO 12100:2013, Segurança de máquinas – Princípios gerais de projeto ‒ Apreciação
e redução de riscos
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR ISO 12100 e
o seguinte.
3.1
fabricante
fornecedor
entidade (por exemplo, projetistas, empreiteiros, fabricantes, instalador, integrador) que fornece equi-
pamentos ou serviços associados a máquinas ou peças de máquinas.
Nota de entrada 1: Um usuário também pode se capacitar para ser o seu próprio fornecedor.
A apreciação de riscos baseada na ABNT NBR ISO 12100 abrange toda a máquina, incluindo o seu
sistema de controle, e recomenda-se que seja levada em consideração pelo fabricante.
NOTA Ver Seção 1 para usos sugeridos/usuários de apreciação de riscos.
4.2.1 Generalidades
A apreciação de riscos é geralmente mais completa e eficaz quando realizada por uma equipe. O tama-
nho de uma equipe varia de acordo com
Convém que a equipe reúna conhecimento em diferentes disciplinas e uma variedade de experiências
e conhecimentos. No entanto, uma equipe que é muito grande pode ter dificuldades para permanecer
focada ou para chegar a um consenso. A composição da equipe pode variar durante o processo de
apreciação de riscos, de acordo com os conhecimentos necessários para um problema específico.
Recomenda-se que haja um líder de equipe, claramente identificado e dedicado ao projeto, uma vez
que o sucesso da apreciação de riscos depende de suas habilidades.
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Convém que uma estimativa de riscos seja feita por uma equipe para gerar consenso, não se esperando
que o resultado detalhado seja sempre o mesmo com diferentes equipes que analisem situações
semelhantes. No entanto, nem sempre é prático montar uma equipe de apreciação de riscos e pode
não ser necessário para as máquinas onde os riscos são bem compreendidos.
NOTA A confiança nos resultados de uma apreciação de riscos pode ser melhorada pela consulta aos
outros com conhecimento e experiência, como a mencionada em 4.2.2, e por outra pessoa competente,
revisando a apreciação dos riscos.
Recomenda-se que a equipe tenha um líder. Convém que o líder da equipe seja totalmente respon-
sável por assegurar que todas as tarefas envolvidas no planejamento, execução e documentação
(de acordo com a ABNT NBR ISO 12100:2013, Seção 7) da apreciação de riscos sejam realizadas
e os resultados/recomendações sejam relatados à(s) pessoa(s) adequada(s).
Recomenda-se que os membros da equipe sejam selecionados de acordo com as habilidades e com-
petências necessárias para a apreciação dos riscos. A equipe pode incluir pessoas que
b) tenham experiência real de como a máquina é operada, montada, mantida, atendida etc.,
e) compreendam os fatores humanos (ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.5.3.4).
Este documento é destinado a ser utilizado para a apreciação de riscos em uma ampla variedade de
máquinas, em termos de complexidade e potencial de dano. Há também uma variedade de métodos
A informação necessária para a apreciação de riscos está listada na ABNT NBR ISO 12100:2013,
5.2. Esta informação pode apresentar numa variedade de formas, incluindo desenhos técnicos,
diagramas, fotos, imagens de vídeo, informações para uso [incluindo informações de manutenção e
procedimentos operacionais padrão (POP)], se disponível. Acesso a máquinas semelhantes ou a um
protótipo do projeto, quando disponível, é frequentemente útil.
As subseções seguintes explicam o que tem de ser considerado em cada etapa do processo de
apreciação de riscos, como mostrado na ABNT NBR ISO 12100:2013, Figura 1.
5.2.1 Generalidades
NOTA Esta subseção engloba alguns dos requisitos da ABNT NBR ISO 2010:2013, 5.3.
O objetivo desta etapa é ter uma clara descrição das propriedades mecânicas e físicas, da capacidade
funcional da máquina, da sua intenção de uso e mau uso razoavelmente previsível, e do tipo de
ambiente em que ela provavelmente será utilizada e mantida.
Isto é facilitado por um exame das funções da máquina e das tarefas associadas à forma como a
máquina é utilizada.
Uma máquina pode ser descrita em termos de partes distintas, mecanismos ou funções, com base na
sua construção e operação, como
—— fonte de energia;
—— controle;
—— modos de operação;
—— alimentação;
—— movimento/curso;
—— elevação;
—— anexos.
Quando são introduzidas medidas de proteção e redução de riscos no projeto, convém que sejam
descritas as suas funções e suas interações com outras funções da máquina.
Convém que uma apreciação de riscos inclua uma observação de cada parte funcional, por vez,
certificando-se de que cada modo de operação e todas as fases de uso sejam devidamente considera-
dos, incluindo a interação homem-máquina em relação às funções identificadas ou partes funcionais.
Considerando todas as pessoas que interagem com a máquina em um determinado ambiente (por
exemplo, fábrica, uso doméstico), o uso da máquina pode ser descrito em termos das tarefas associa-
das à utilização prevista e ao mau uso razoavelmente previsível da máquina.
NOTA Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabela B.3, para uma lista de tarefas típicas e genéricas da máquina.
previsíveis, sejam identificados. Convém que a análise de tarefas e de situações de trabalho, envolva
o pessoal de operação e manutenção. Convém também que seja considerado o seguinte:
b) a maneira mais fácil ou mais rápida para realizar uma tarefa pode ser diferente das funções
referidas nos manuais, procedimentos e instruções;
c) o reflexo comportamental de uma pessoa, quando confrontado com um mau funcionamento,
incidente ou falha ao utilizar a máquina, e
5.3.1 Generalidades
O objetivo da identificação de perigo é produzir uma lista de perigos, situações perigosas e/ou eventos
perigosos que permitam a descrição dos possíveis cenários de acidentes, em termos de como e
quando uma situação perigosa pode levar a danos. Um ponto de partida útil para perigos pertinentes
está na ABNT NBR ISO 12100:2013, Anexo B, que pode ser usada como uma lista de verificação
genérica. Outras fontes para a identificação de perigos podem ser baseadas na informação indicada na
ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.4.
Fazer referência a quaisquer normas internacionais que são pertinentes para um determinado perigo
ou a segurança de um tipo específico de máquina, é útil tanto para a identificação de perigos quanto
para a antecipação de medidas de proteção e redução dos riscos.
NOTA 3 Um exemplo de norma relevante para riscos específicos é a IEC 60204-1, que trata de perigos
elétricos.
NOTA 4 Exemplos de normas de segurança específicas de máquinas são: ISO 10218, referente a robôs;
ISO 11111, referente a máquinas têxteis; e ISO 3691, referente a caminhões industriais.
Os métodos ou ferramentas mais eficazes são aqueles estruturados para assegurar que todas as
fases do ciclo de vida de máquinas, modos de operação, funções e tarefas associadas à máquina
sejam minuciosamente examinadas.
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Vários métodos estruturados para a identificação de perigos estão disponíveis. Em geral, a maioria
segue uma das duas abordagens descritas abaixo (ver Figura 1).
Danos
de cima para baixo
Perigo
A abordagem de cima para baixo é aquela que toma como ponto de partida uma lista de verificação de
possíveis consequências (por exemplo, o corte, o esmagamento, a perda auditiva – ver consequências
em potenciais na ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabelas B.1 e B.2) e estabelece o que poderia causar
dano (voltando a analisar o evento perigoso e a situação perigosa, e daí o próprio perigo). Cada item
na lista de verificação é aplicado a todas as fases de utilização da máquina e em toda parte/função
e/ou tarefa por vez. Um dos inconvenientes de uma abordagem de cima para baixo é o excesso de
confiança da equipe na lista de verificação, que pode estar incompleta. Uma equipe inexperiente não
necessariamente irá perceber isto. Portanto, não convém que a lista de verificação seja interpretada
como exaustiva, mas recomenda-se incentivar o pensamento criativo para além da lista.
Uma abordagem de baixo para cima começa examinando todos os perigos e considerando todas as
formas possíveis de que algo pode dar errado em uma determinada situação de risco (por exemplo,
falha de componente, erro humano, mau funcionamento ou ação inesperada da máquina) e como
esta pode levar a danos. Ver ABNT ISO 12100:2013, Tabelas B.1 e B.2. A abordagem de baixo para
cima pode ser mais abrangente e profunda do que a de cima para baixo, mas pode ser também
excessivamente demorada.
NOTA A Figura 1 explica a estrutura das abordagens de identificação de perigo, mas não é destinada a
estabelecer a relação entre a situação perigosa, evento perigoso e danos na forma de um fluxograma.
Recomenda-se que a identificação do perigo seja registrada à medida que progride. Convém que
qualquer sistema de registro das informações seja organizado de tal forma que assegure que elas
estejam claramente descritas, como apropriada:
b) a situação perigosa, indicando os diferentes tipos de pessoas (como pessoal de manutenção,
operadores, transeuntes) e as tarefas ou atividades que eles pretendem que possa ser exposta
a um perigo,
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c) como a situação de perigo pode levar a danos como resultado de um evento perigoso ou
exposição prolongada, em que fase do processo de apreciação de riscos, às vezes, as seguintes
informações também podem ser antecipadas e utilmente registradas:
1) a natureza e a gravidade dos danos (consequências) em determinadas máquinas (por exem-
plo, dedos esmagados pela descida do martelo de uma prensa, quando do ajuste da peça de
trabalho) e não (por exemplo, esmagamento) como termos genéricos, e
2) medidas de proteção existentes para redução de riscos existente e sua eficácia.
5.3.4.1.1 Generalidades
Recomenda-se que estas listas de verificações sejam usadas para dar início dos pontos de identificação
de perigos relevantes. Em seguida, a fim de assegurar uma completa identificação do perigo, convém
que outras fontes, como, legislações, normas técnicas e experiência em engenharia, sejam levadas
em conta.
Este método pode ser complementado com outros métodos baseados em, por exemplo, discussão de
ideias (brainstorming), comparações com máquinas similares, consulta dos dados sobre os acidentes
e/ou incidentes de máquinas similares.
Este método será mais eficaz quanto mais completas e detalhadas forem as informações disponíveis
para a apreciação de riscos (ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.2) e para a determinação dos limites
da máquina (ver 5.2 e ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.3).
O segundo passo é estabelecer as tarefas a serem executadas por pessoas que interajam com
ou perto da máquina, ou as operações a serem realizadas pela máquina, em cada uma das fases
selecionadas. Nesta etapa a lista de tarefas detalhadas na ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabela B.3,
pode ser utilizada.
O terceiro passo é examinar, para cada tarefa ou operação, em cada zona de perigo específica, os
perigos pertinentes e as possíveis situações perigosas. Isto pode ser realizado utilizando tanto uma
abordagem de cima para baixo, se o ponto de partida for a consequência potencial (dano), quanto
uma abordagem de baixo para cima, se o ponto de partida for a origem do perigo. Nesta etapa,
podem ser usadas a ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabela B.1, para descrição das origens de perigos,
a ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabela B.3, para a descrição de situações perigosas, e a
ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabela B.4, para a descrição de eventos perigosos, pode ser usada.
5.3.4.1.3 Documentação
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O formulário em branco apresentado na Tabela A.3 pode ser usado para documentar os resultados da
identificação de perigos.
5.4.1 Generalidades
Por definição, os dois principais elementos de risco são a gravidade do dano e a probabilidade
de ocorrência deste dano. O propósito da estimativa de riscos (ver ABNT NBR ISO 12100:2013,
Figura 3) é determinar o risco mais elevado decorrente de cada situação perigosa. O risco estimado
é geralmente expresso como um nível, índice ou pontuação, mas também pode ser descritivo
Existem muitas abordagens diferentes para estimativa de riscos, que vão desde o mais simples
qualitativo ao mais detalhado quantitativo. As características essenciais destas diferentes abordagens
encontram-se descritas a seguir.
Cada perigo tem o potencial para resultar em várias gravidades diferentes de dano. Pode ser útil para
estimar o risco de uma série de gravidades representativa e considerar o dano mais grave que pode
ocorrer de forma realista (na pior das hipóteses).
No entanto, a gravidade do dano a ser considerada nem sempre é fácil. A mais grave pode ser muito
improvável e a gravidade mais provável pode ser insignificante, de modo que o uso de uma ou outra
pode conduzir a uma estimativa de riscos inadequada. Por exemplo, é quase sempre possível que
a morte seja a gravidade do dano: um corte pode matar se ele se tornar séptico ou rompa uma
artéria. Todavia, embora a probabilidade de receber um corte seja alta, a morte é, geralmente uma
probabilidade remota. Pode, portanto, ser útil para estimar os riscos de uma variedade de gravidades
representativas e usar o que fornece/oferece o maior risco.
NOTA 2 Em geral, quanto menor for a possibilidade do perigo, menor a gravidade dos danos potenciais
relacionados. A gravidade do dano potencial pode também estar relacionada à parte do corpo que esta
exposta, por exemplo, um perigo que pode causar lesões por esmagamento é geralmente fatal se todo o
corpo ou a cabeça for exposto(a).
5.4.3.1 Generalidades
Convém que todas as abordagens para a estimativa de riscos requeiram a estimativa da probabili-
dade de uma ocorrência de dano, considerando:
a) a exposição de pessoa(s) ao perigo (ver ABNT NBR ISO 12100: 2013, 5.5.2.3.1),
b) a probabilidade de ocorrência de um evento perigoso (ver ABNT NBR ISO 12100: 2013, 5.5.2.3.2), e
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Existe uma situação perigosa quando uma ou mais pessoas estão expostas a um perigo. Danos
ocorrem como resultado de um evento perigoso, como ilustrado na Figura 2.
Situações
Pessoas Perigo Exposição Perigo
perigosas
(origem técnica
ou humana)
perigosos
Eventos
Tempo
Dano Dano
(lesão) (perda da saúde)
Situações de perigo que levam ao dano devido a uma exposição acumulativa ao longo de um período
de tempo (como dermatite, asma ocupacional, perda auditiva ou lesão por esforço repetitivo) precisam
ser tratadas de forma diferente das que levaram a graves danos (como cortes, ossos quebrados,
amputações, problemas respiratórios em curto prazo).
Uma condição crônica de saúde (por exemplo, perda auditiva) pode ocorrer devido à exposição acima
de um nível prejudicial. A probabilidade de danos é dependente da dose total ao longo do tempo.
A dose total pode ser constituída por um número de diferentes exposições de diferentes durações
e níveis de várias fontes.
EXEMPLO Para danos respiratórios, a perda é dependente da dose e/ou da concentração da substância.
Para a perda auditiva, o dano é dependente dos níveis de ruído e da duração da exposição, e para lesões por
esforços repetitivos, o dano ocorre pelo esforço envolvido e pela repetição da ação.
A diferença entre dano causado repentinamente e dano causado pela exposição prolongada pode ser
ilustrada por duas causas diferentes de lesão lombar. O primeiro pode ser causado imediatamente ao
pegar uma carga que é muito pesada. O último pode ser causado por manipulação repetidamente de
cargas relativamente leves.
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A fim de auxiliar um processo de estimativa de riscos, uma das várias ferramentas de estimativa
de riscos pode ser selecionada e usada. A maior parte das ferramentas de estimativa de riscos à
disposição usa uma das três seguintes ferramentas ou métodos:
Há também ferramentas híbridas que utilizam uma combinação de métodos (ver 6.5).
Convém que qualquer ferramenta de estimativa de riscos utilize pelo menos dois parâmetros que
representem os elementos de risco. Um parâmetro é a gravidade do dano (ver 5.4.2), o outro parâmetro
é a probabilidade de ocorrência deste dano (ver 5.4.3).
Para uma ferramenta específica de estimativa de riscos, é escolhida uma classe para cada parâmetro,
que melhor corresponda à situação/evento perigoso (isto é, cenário de acidente). As classes escolhidas
são então combinadas, usando aritmética simples, tabelas, gráficos ou diagramas, a fim de estimar
os riscos.
6.2.1 Generalidades
A matriz de riscos é uma tabela multidimensional que permite a combinação de qualquer classe
de gravidade do dano (ver 5.4.2) com qualquer classe de probabilidade de ocorrência deste dano
(ver 5.4.3). As matrizes mais comuns são bidimensionais, mas elas podem ter até quatro dimensões.
A utilização de uma matriz de riscos é simples. Para cada situação perigosa que tenha sido
identificada, uma classe para cada parâmetro é selecionada, com base nas definições dadas.
O conteúdo da célula onde as colunas e linhas correspondentes a cada categoria selecionada inter-
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sectam fornece o nível de risco estimado para a situação de risco identificada. Isto pode ser expresso
como um índice (por exemplo, de 1 a 6, ou de A a D) ou um termo qualitativo, como “baixo”, “médio”,
“alto” ou similar.
O número de células pode variar largamente, desde muito pequenas (por exemplo, quatro células) a
muito grande (por exemplo, 36 células). As células podem ser agrupadas de modo a reduzir o número
de classificações de risco. Muito poucas classificações podem não fornecer informações suficientes
sobre se as medidas de proteção e de redução de riscos proporcionam redução de riscos adequada.
Muitas células podem tornar a matriz confusa de ser utilizada.
Embora existam muitas matrizes diferentes para estimar o risco, é dado um exemplo de uma ferra-
menta de matriz de riscos ou método em 6.2.2.
6.2.2.1 Generalidades
Existem quatro passos para a abordagem de matriz de riscos de acordo com 6.2.2.2 a 6.2.2.5.
Matrizes de riscos têm sido utilizadas por muitos anos, e existem muitas variações diferentes. Um
exemplo é mostrado na Tabela 1.
Como mostrado na Tabela 1, as diferentes matrizes de riscos usam diferentes níveis para cada fator de
risco – por exemplo, a Tabela 1 apresenta quatro níveis de probabilidade. Os níveis variam geralmente
entre três e até dez, sendo quatro ou cinco, o mais comum.
Para cada perigo ou situação perigosa (tarefa), convém que a gravidade dos danos ou consequências
que podem resultar seja estimada. Os dados históricos podem ser de grande valor, como uma linha
de base. A gravidade é muitas vezes estimada como lesão ou danos à saúde.
A estimativa da gravidade pode ser realizada utilizando a matriz de riscos selecionada. Como um
exemplo, os níveis de gravidade da Tabela 1 são:
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—— grave – lesão grave debilitante ou doença (capaz de retornar ao trabalho em algum tempo);
—— moderada – lesão significativa ou doença que requeira mais do que primeiros socorros (capaz
de retornar ao mesmo posto de trabalho);
—— baixa – nenhuma lesão ou ligeira lesão que requer não mais do que os primeiros socorros (pouco
ou sem tempo algum de trabalho perdido).
A estimativa da gravidade geralmente incide sobre o pior dano grave que pode ocorrer de forma rea-
lista (pior possível), em vez de a pior consequência concebível.
Para cada perigo ou situação perigosa (tarefa), convém que seja estimada a probabilidade de
ocorrência de danos. Exceto quando estiverem disponíveis os dados empíricos, o que seria raro, o
processo de seleção da probabilidade de um incidente ocorrido volta a ser subjetivo. Por esta razão,
é vantajoso o debate exaustivo com pessoas conhecedoras do processo.
A estimativa da probabilidade de ocorrência de danos pode incluir (ver ABNT NBR ISO 12100:2013,
5.5.2.3)
Alguns métodos estabelecem uma distinção entre probabilidade e possibilidade, onde a probabilidade
é um valor numérico entre 0 e 1, e a possibilidade é uma descrição qualitativa da probabilidade. No,
entanto, muitos métodos não distinguem entre os termos de probabilidade e possibilidade e os usam
como sinônimos.
Convém que a probabilidade seja relacionada com uma base de intervalo de algum tipo, como uma
unidade de tempo ou atividade, eventos, unidades produzidas ou ciclo de vida de uma instalação,
equipamento, processo ou produto. A unidade de tempo pode ser o tempo de vida pretendido da
máquina.
Uma vez que a probabilidade e a gravidade sejam estimadas, um nível de risco inicial pode ser
derivado a partir da matriz de riscos selecionado. A matriz de riscos mapeia os fatores de risco para
os níveis de risco, como mostrado na Tabela 1.
Utilizando a Tabela 1 como exemplo, uma gravidade “grave” e uma probabilidade “provável”, eles
produzem um “alto” grau de risco. Como os fatores de risco de gravidade e probabilidade são combi-
nados varia de acordo com diferentes matrizes de riscos. O resultado desta combinação normalmente
irá produzir uma matriz de baixo para alto risco. Uma vez que a estimativa dos riscos é geralmente
subjetiva, os níveis de risco também serão subjetivos
6.2.2.6 Discussão
6.3.1 Generalidade
Um gráfico de riscos é baseado em uma árvore de decisão. Cada nó no gráfico representa um elemento
de risco (gravidade, exposição, probabilidade de ocorrência de um evento perigoso, possibilidade de
evitar) e cada ramo a partir de um nó representa uma classe do elemento (por exemplo, gravidade
leve ou gravidade grave).
Para cada situação perigosa, convém que uma classe seja alocada para cada elemento. O caminho no
gráfico de riscos é então seguido a partir do ponto de partida. Em cada junção, o caminho prossegue
no ramo apropriado, de acordo com a classe selecionada. Os pontos de ramificação finais do nível
ou do índice de risco estão relacionados com a combinação de classes (ramos) que tenham sido
escolhidas. O resultado final é uma estimativa de riscos qualificada com termos como “alto”, “médio”,
“baixo”, um número, por exemplo, de 1 a 6, ou uma letra, por exemplo, de A a F.
Os gráficos de riscos são úteis para ilustrar a quantidade de redução de riscos proporcionada por uma
medida de proteção, redução dos riscos e qual elemento de risco ela influencia.
Os gráficos de riscos tornam-se muito complicados e desordenados, se houver mais do que dois
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ramos para mais do que um dos elementos de risco. Por esta razão, métodos híbridos tendem a
combinar um gráfico de riscos com uma matriz para um dos elementos; ver 6.5.
Antes que o risco seja estimado usando o gráfico de riscos, o perigo relacionado, convém que a
situação perigosa, o evento perigoso e os possíveis danos sejam descritos em conformidade com a
ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.4 (ver formulário em branco dado pela Tabela A.4). Um índice de
riscos é então calculado usando o gráfico de riscos dado na Figura 3, com base nos seguintes quatro
elementos de risco, como estabelecido na ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.5.2.1, cada um tendo as
suas limitações particulares:
Gravidade do dano: S
—— S1: ferimento leve (normalmente reversível; exemplos: arranhão, laceração, contusão, ferida
exposta requerendo primeiros socorros etc.); não mais do que dois dias incapaz de executar a
mesma tarefa;
—— S2: ferimento grave (normalmente irreversível, requerendo fatalidade; exemplos: membros fratu-
rados, ou amputados ou esmagados, lesões graves, exigindo sutura, maior trauma musculoes-
quelético (MST) etc.). Mais de dois dias incapaz de executar a mesma tarefa.
NOTA BRASILEIRA A sigla MST refere-se ao termo em inglês Musculoskeletal trauma, não havendo sigla
específica no Brasil.
Duas vezes ou menos por turno de trabalho ou menos de 15 min de exposição acumulada por
turno de trabalho;
Mais do que duas vezes por turno de trabalho ou mais de 15 min acumulados de exposição por
turno de trabalho.
—— O1: baixa (tão remota que pode ser assumido que a ocorrência pode não ser experimentada)
Falha técnica observada nos dois últimos anos. Ação humana inadequada por uma pessoa bem
treinada, ciente dos riscos e com mais de seis meses de experiência na estação de trabalho.
Falha técnica observada regularmente (a cada seis meses ou menos). Ação humana inadequada
por uma pessoa inexperiente por ter menos de seis meses de experiência na estação de
trabalho.
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—— Se as peças se moverem a uma velocidade inferior a 0,25 m/s e o trabalhador exposto estiver
familiarizado com o risco e com a indicação de uma situação perigosa ou de um evento
iminente; o trabalhador tem também de ser capaz de observar a situação perigosa e de reagir.
—— A2: impossível.
Probabilidade de
Gravidade Exposição ocorrência de um Possibilidade Índice de
evento perigoso de evitar risco
Um formulário é preenchido com o resultado desta primeira estimativa dos riscos; para cada situação
perigosa, é atribuído um índice de risco. Neste exemplo, a estimativa de cada situação perigosa é feita
considerando que
Depois de uma análise dos possíveis meios para reduzir o risco, ele é estimado novamente para o
projeto final, utilizando o mesmo gráfico de riscos da mesma forma que para o projeto inicial.
NOTA O formulário em branco dado como Tabela A.4 pode ser usado para documentar os resultados
desta primeira estimativa dos riscos.
6.3.3 Discussão
Este gráfico de riscos pode ser utilizado para estimar um índice de riscos principalmente para situações
perigosas que podem induzir danos agudos (mecânicos, elétricos ou, em certa medida, perigos
térmicos). O gráfico de riscos proposto não é muito apropriado para estimar os riscos relacionados a
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alguns perigos para a saúde, como o ruído ou a ergonomia. Nestes casos, convém que os resultados
obtidos com esta ferramenta gráfica de riscos sejam comparados com o resultado obtido com
ferramentas específicas dedicadas ao ruído ou à ergonomia.
Foi considerado conveniente por algumas indústrias adequar ligeiramente os parâmetros e os limites
do gráfico de riscos; estas mudanças podem induzir a resultados diferentes.
O gráfico de riscos utilizado neste exemplo é equivalente à matriz de riscos dada na Figura 4.
Cálculo do índice de risco
O1 O2 O3
A1 A2 A1 A2 A1 A2
F1
S1 1 2
F2
F1 2 3 4
S2
F2 3 4 5 6
6.4.1 Generalidades
Ferramentas de pontuação numéricas têm dois ou mais parâmetros que são divididos em várias classes
da mesma maneira que as matrizes de riscos e gráficos de riscos. No entanto, diferentes valores
numéricos estão associados às classes, em vez de um termo qualitativo. Uma classe é escolhida
para cada um dos parâmetros e os valores associados (ou pontuações) são, então, combinados (por
exemplo, por adição e/ou multiplicação) para dar uma pontuação numérica para o risco estimado. Em
alguns casos, estes valores atribuídos são representados em tabela(s), então sua utilização é muito
semelhante à de uma matriz (ver 6.2).
Existem muitas ferramentas de pontuação numéricas diferentes usadas para estimar os riscos. Um
exemplo de uma ferramenta de pontuação numérica de risco ou método é dado em 6.4.2.
Neste exemplo, existem dois parâmetros (gravidade e probabilidade de ocorrência de danos) e cada
um destes parâmetros é dividido em quatro classes mostradas.
—— catastrófica SS = 100,
—— grave 90 ≤ SS ≤ 99,
—— moderada 30 ≤ SS ≤ 89,
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—— baixa 0 ≤ SS ≤ 29.
PS + SS = RS
A pontuação dos riscos pode, então, ser interpretada de acordo com a Tabela 2.
EXEMPLO Uma tarefa perigosa que está associada com lesão muito grave pode ter SS = 95, e sua
probabilidade pode estar na faixa provável de PS = 80. A pontuação dos riscos para esta tarefa perigosa é
então elevada (95 + 80 = 175 > 160).
6.4.3 Discussão
Algumas pessoas acham que é mais fácil pensar sobre o risco e como ele é derivado em termos de
números. Isso não é de todo incomum na era digital. Ser capaz de ver risco representado por um
número de alguma forma adiciona especificidade para o processo de redução dos riscos. A capacidade
de selecionar um número dentro do intervalo inteiro dentro das classes pode permitir escolhas mais
refinadas do que o permitido por termos qualitativos, mas pode dar uma falsa impressão de precisão
numérica.
6.5.1 Generalidade
Ferramentas híbridas ou métodos para a estimativa dos riscos existem para combinar duas das
abordagens descritas acima. Comumente, estes são gráficos de riscos que contêm dentro deles
matrizes ou sistemas de pontuação para um dos elementos de riscos. Uma certa quantidade de
quantificação pode também ser incorporada em qualquer uma das abordagens qualitativas, como
dando faixas de frequências de probabilidades ou exposições. Por exemplo, algo que é “provável”
pode ser expresso como sendo uma vez por ano, uma exposição “alta” pode ser especificada como
sendo a cada hora.
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Um exemplo de uma ferramenta híbrida ou método para a estimativa dos riscos é dado em 6.5.2.
Convém que a forma reproduzida na página 23 seja utilizada em conjunto com a seguinte informação
de orientação.
Estimativa de pré-riscos
Marcar esta caixa indica que esta é a primeira estimativa dos riscos. Isso é feito na fase de conceitos
onde apenas especificação e esboços estão disponíveis. Não há desenhos de detalhe feitos nesta
fase. É usada para decidir sobre os principais sistemas de uma máquina, por exemplo, acionador
mecânico em linha ou servo acionador, aquecedor de ar ou de selagem ultrassônica, proteções móveis
ou cortina de luz.
A caixa de estimativa de riscos intermediária é marcada para todas as estimativas de risco interme-
diário realizadas durante o desenvolvimento de uma máquina. Dois conjuntos de perigos são tratados
nesta fase. Onde na fase de pré-estimativa de riscos foram indicadas medidas de proteção e redução
de riscos, estas são implementadas e avaliadas novamente nesta fase. O projeto da máquina muda
durante o desenvolvimento. As apreciações de riscos têm de acompanhar com a revisão ao longo do
projeto. Novos perigos são tratados nesta fase.
e redução de riscos, este novo perigo, nesta fase, é também estimado e avaliado nesta fase. Se
for requerida uma medida de proteção e redução de riscos, um acompanhamento tem que ser feito
novamente nesta medida de proteção e redução de riscos.
O número de referência, ou número de série, é utilizado para dar a cada perigo identificado um número
para fins de referência.
Nº de tipo, tipo de perigo ou número do grupo é usado para classificar os perigos. Os números referem-se
à aqueles dados para o tipo ou o grupo de acordo com a ABNT NBR ISO 12100:2013, Tabela B.1.
Perigo
Descrever o perigo. O nº de tipo identifica o tipo ou o grupo de perigo. Indica a origem do tipo de perigo
ou o grupo. Por exemplo, se o perigo for de esmagamento, ele é indicado por “1” na coluna do nº de
tipo e por “esmagamento” na coluna de perigo.
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O mesmo perigo pode requerer várias estimativas, devido às diferentes situações de perigo e eventos
perigosos.
Gravidade, Se
2 arranhões mais graves, contusões, cortes, que requerem atenção dos profissionais médicos;
3 lesão normalmente irreversível; vai ser um pouco difícil de continuar o trabalho após a cura;
4 lesão irreversível, de forma que será muito difícil continuar o trabalho após a cura, se a cura for
possível.
Frequência, Fr
3 o intervalo entre a exposição é maior do que duas semanas, mas menor ou igual a um ano;
4 o intervalo entre a exposição é superior a um dia, mas menor ou igual a duas semanas;
5 o intervalo entre a exposição é superior a uma hora mas menor ou igual a um dia;
Onde a duração for menor do que 10 min, os valores acima podem ser diminuídos para o próximo nível;
5 o intervalo menor ou igual a uma hora - este valor não pode ser diminuído a qualquer momento.
Probabilidade, Pr
1 Desprezível: por exemplo, este tipo de componente nunca falha quando da ocorrência de um
evento perigoso. Não há possibilidade de erro humano.
2 Raramente: por exemplo, é improvável que este tipo de componente falhe de modo que ocorram
eventos perigosos. O erro humano é improvável.
3 Possível: por exemplo, este tipo de componente pode falhar, de modo que eventos perigosos
ocorram. O erro humano é possível.
4 Provável: por exemplo, este tipo de componente irá provavelmente falhar, de modo que eventos
perigosos ocorram. O erro humano é provável.
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5 Muito alta: por exemplo, este tipo de componente não é feito para esta aplicação. Ele irá falhar,
de modo que eventos perigosos ocorram. O comportamento humano é de tal forma que a
possibilidade de erro é muito alta.
Possibilidade de evitar, Av
Av é a possibilidade de evitar ou limitar o dano. Considerar, por exemplo, que a máquina seja operada
por pessoas qualificadas ou não qualificadas, a rapidez com que situações perigosas podem levar a
danos, e a consciência de risco, por meio de informações gerais, observação direta ou por meio de
sinais de alerta, de modo a determinar o nível de prevenção. A possibilidade de prevenir é pontuada
conforme a seguir:
1 Provável: por exemplo, é provável que o contato com partes móveis atrás de uma proteção com
intertravamento seja evitado, na maioria dos casos, mesmo que o intertravamento falhe e os
movimentos continuem.
3 Possível: por exemplo, é possível evitar o perigo de enroscar onde a velocidade é lenta e há
espaço suficiente, ou qualquer alternativa semelhante que permita facilmente evitar as partes
móveis da máquina.
5 Impossível: por exemplo, é impossível evitar um súbito aparecimento de um potente feixe laser,
ou no caso de uma explosão.
Classe, Cl
Estimativa de riscos
O risco é calculado utilizando a matriz no meio da parte superior da forma reproduzida na página
seguinte.
Quando a gravidade, Se, atravessa a classe, Cl, na área preta, o risco é alto.
Quando a gravidade, Se, atravessa a classe, Cl, na zona cinzenta, o risco é médio.
Quando a gravidade, Se, atravessa a classe, Cl, na área restante, o risco é baixo.
Detalhes
Recomenda-se que o cenário de acidente seja descrito aqui. Colocar o número de referência do
perigo para o perigo específico na coluna da esquerda e descrever o cenário do acidente na coluna da
direita. Quando forem utilizadas fotos, a referência a estas pode ser feita aqui.
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Produto Documento nº
Estimativa de risco Parte do documento nº
21
ABNT ISO/TR 14121-2:2018
7 Avaliação de riscos
NOTA Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.6.
—— determinar se a redução de riscos requerida foi alcançada sem a introdução de novos perigos ou
acrescentar outros riscos.
Quando as medidas de proteção e redução de riscos são aplicadas, como resultado da avaliação
de riscos, uma nova iteração da apreciação de riscos pode ser feita para verificar a sua eficácia na
redução dos riscos.
Algumas situações perigosas podem ser registradas como sendo excluídas da análise mais aprofundada
por ter um risco extremamente baixo (insignificante). Convém que aqueles que representam um risco
significativo sejam reduzidos de acordo com a ABNT NBR ISO 12100. Para as situações perigosas
que apresentam um risco elevado, uma estimativa de riscos mais detalhada pode ser útil.
A avaliação de riscos pode garantir que os requisitos das normas pertinentes (por exemplo, normas de
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produtos ou de normas específicas de segurança, como a IEC 60204-1) sejam considerados, levando
em conta quaisquer limitações das normas em relação às medidas de proteção e redução dos riscos
da máquina que está sendo avaliada.
Como regra geral, o risco estimado é apenas uma entrada para a decisão de interromper o
processo iterativo de redução de riscos. Esta decisão recomenda incluir outras considerações,
como regulamentos, leis, organização do trabalho e práticas, limites técnicos e econômicos. Ver
ABNT NBR ISO 12100:2013, Figura 1 e 5.6.2.
Recomenda-se cuidado para que as medidas simples e eficazes, para reduzir os riscos relativamente
baixos, não sejam negligenciadas devido a um foco exclusivo sobre os riscos mais altos.
8 Redução de riscos
NOTA Ver ABNT NBR ISO 12100:2013, Seção 6.
A redução dos riscos é obtida pela implementação de medidas de proteção e redução dos riscos em
conformidade com a ABNT NBR ISO 12100, que é desenvolvida no processo de apreciação de riscos.
Durante a redução de riscos, as decisões são tomadas levando em consideração o que precisa ser
feito, por quem, quando e a que custo.
Diferentes tipos de medidas de proteção e redução dos riscos, por ordem de preferência, são dados
a seguir. As explicações são fornecidas como a sua influência sobre a redução de um elemento de
risco particular.
NOTA Esta informação é fornecida apenas para fins ilustrativos. Não é abrangente. Para mais informações,
ver ABNT NBR ISO 12100.
—— modificação de características físicas (por exemplo, a eliminação de arestas vivas e pontos de corte);
Se não houver possibilidade de eliminar os perigos pelo projeto, então outras medidas de projeto
inerentemente seguras podem ser aplicadas, a fim de reduzir os riscos. Estas medidas são baseadas
em uma escolha adequada das características de projeto da própria máquina e/ou na interação entre
as pessoas expostas e a máquina. Estas podem ser considerados em termos dos componentes de
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Os exemplos de métodos para a redução dos riscos pelo projeto, cujo maior efeito é a gravidade do
dano, são:
—— utilizar equipamentos técnicos de segurança para evitar ou reduzir um perigo (por exemplo, um
sistema de ventilação que evita explosões ou reduz vapores perigosos)
Os exemplos de métodos para a redução dos riscos no projeto, cujo maior efeito é sobre a exposição
ao perigo, são:
—— reduzir a necessidade de estar em uma situação perigosa (limitar a exposição a perigos pela
mecanização e automação de carga/descarga ou operações de alimentação/remoção; localização
dos pontos de ajuste e manutenção fora das zonas de perigo);
Os exemplos de métodos para a redução dos riscos no projeto, cujo maior efeito é na ocorrência de
evento(s) perigoso(s), são:
—— aplicar medidas de projeto seguras para partes de sistema de comando relacionadas à segurança
(princípios básicos de segurança, com princípios de segurança comprovados e/ou componentes,
redundância, monitoração), cuja falha pode resultar em dano.
Quando uma medida de proteção para redução de riscos é implementada por meio de uma função
de segurança do sistema de controle, convém esta que seja executada de acordo com as normas
pertinentes, por exemplo, ISO 13849-1 e ISO 13849-2.
Se não houver possibilidade de eliminar os perigos ou reduzir os riscos de forma adequada por
medidas de projeto, recomenda-se a aplicação de medidas de segurança (medidas de proteção e
de redução de riscos/usando protetores e dispositivos de proteção) para resultar em restrição da
exposição a perigos, diminuindo a probabilidade do evento perigoso, ou melhorar a possibilidade de
evitar ou limitar o dano.
Quando o risco é reduzido com o uso de medidas de segurança como os listados em a) e b), existe
pouco, se nenhum, impacto na gravidade dos danos. O maior impacto é sobre a exposição (contanto
que a proteção esteja sendo usada como pretendido e esteja funcionando corretamente), ver
ABNT NBR ISO 12100:2013, 6.3.2 a 6.3.4:
a) proteções fixas, barreiras ou enclausuramento para a prevenção do acesso a zonas de perigo;
b) proteções intertravadas que impeçam o acesso às áreas de perigo (por exemplo, travas com ou
sem travamento, chaves de bloqueio).
Quando o risco é reduzido com o uso de medidas de segurança, como os listados em c) a e), há
pouco, se nenhum, impacto na gravidade dos danos. O maior impacto é sobre a ocorrência de um
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c) equipamento de proteção sensitivo (“SPE – Sensitive Protective Equipment”) para a detecção
de pessoas que entram, ou presentes na zona de perigo (por exemplo, cortinas de luz, tapetes
sensíveis à pressão);
e) limitando dispositivos (por exemplo, dispositivos limitadores de sobrecarga e momento, dispositivos
para limitar a pressão ou temperatura, sensores de excesso de velocidade, dispositivos de
monitorização das emissões).
Quando uma medida de proteção para redução de riscos é implementada por meio de uma função
de segurança do sistema de controle, convém que esta seja executada de acordo com as normas
pertinentes, por exemplo, as ISO 13849-1 e ISO 13849-2
Medidas complementares de proteção e redução de riscos podem ter de ser implementadas conforme
requerido pela utilização prevista e a má utilização razoavelmente previsível da máquina para alcançar
uma maior redução de riscos. Exemplos de medidas complementares de proteção e redução de riscos,
cujo efeito maior é sobre a capacidade de evitar ou limitar danos, são:
—— medidas para fuga e resgate de pessoas presas (ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 6.3.5.3);
—— medidas para acesso seguro a máquinas (ver ABNT NBR ISO 12100:2013, 6.3.5.6);
Um exemplo de medidas de proteção e redução de riscos complementar, cujo maior efeito é sobre a
exposição, são medidas de isolamento e dissipação de energia (por exemplo, válvulas de isolamento
ou interruptores, dispositivos de travamento, blocos mecânicos para evitar o movimento).
As informações para uso fornecem orientações para o uso correto e seguro de máquinas, informa
e, se necessário, alertam o usuário sobre os riscos que permanecem após a redução dos riscos do
projeto e medidas de segurança.
Informações para o uso impactam, principalmente na capacidade de evitar o dano e sua eficácia
depende da habilidade das pessoas em compreender as informações e responder de forma adequada.
A documentação fornecida pode incluir também informações sobre o treinamento necessário e uso de
equipamento de proteção individual.
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O manual de instruções pode conter qualquer treinamento necessário para garantir que as pessoas
saibam como usar corretamente as máquinas e aplicar qualquer medida de proteção e redução dos
riscos. Este treinamento e competência se tornam ainda mais importante quando a eficácia da medida
de proteção e redução dos riscos depende do comportamento humano.
A revisão regular e a verificação da eficácia do treinamento podem ser necessárias para garantir a
sua eficácia em longo prazo. O treinamento tem principalmente um impacto sobre a capacidade das
pessoas de evitar danos e também pode reduzir a exposição e a probabilidade de ocorrência de um
evento perigoso.
As informações para uso podem fornecer orientação se qualquer equipamento de proteção individual
puder ser utilizado para proteger pessoas dos perigos associados aos riscos residuais.
—— supervisão;
—— procedimentos de bloqueios;
NOTA Quando a redução dos riscos residuais for provida por medidas organizacionais, é importante
garantir, na medida do possível, que estas sejam seguidas e que não haja possibilidade de serem contornadas.
Uma vez que as medidas de proteção para redução dos riscos foram incorporadas, de forma a reduzir
os riscos, convém que todas as fases de apreciação dos riscos sejam repetidas para verificar se:
e) são necessárias quaisquer medidas adicionais de proteção para redução dos riscos;
Recomenda-se que a iteração da apreciação de riscos seja realizada tendo em conta a confiabilidade,
facilidade de uso, possibilidade de eliminar ou contornar as medidas de proteção para a redução dos
riscos, e a capacidade de mantê-los em conformidade com a ABNT NBR ISO 12100:2013, 5.5.3.5,
5.5.3.6 e 5.5.3.7.
Convém que os registros escritos sobre a apreciação de riscos sejam feitos e mantidos. Não convém
que sejam confundidos com as informações para uso da máquina disponibilizada pelo fornecedor
para o usuário. No entanto, a documentação da apreciação de riscos pode ser uma referência útil ao
escrever as informações para uso.
É importante que o processo seja devidamente documentado, a fim de permitir o exame de decisões
em uma próxima data. Recomenda-se que esta documentação registre os resultados da apreciação
em conformidade com a ABNT NBR ISO 12100:2013, Seção 7. Recomenda-se incluir uma descrição
do(s) método(s) e da(s) ferramenta(s) que foram utilizados para realizar a apreciação e os resultados.
Figuras (fotografias, diagramas, desenhos etc.) da máquina, incluindo as zonas de perigo, perigos e
medidas de proteção e redução de riscos aplicado são essenciais.
Ao documentar as medidas de proteção e redução de riscos que têm sido implementadas, convém
que seja incluída uma descrição dessas medidas que são necessárias para garantir que permaneçam
eficazes (por exemplo, manutenção, inspeção periódica do usuário).
Anexo A
(informativo)
O objetivo deste exemplo é mostrar, de uma forma não exaustiva, uma aplicação do processo
de apreciação e redução de riscos durante o projeto de uma máquina de moldagem por um eixo
rotativo de montagem vertical (tupia), de acordo com os princípios gerais estabelecidos na
ABNT NBR ISO 12100.
Este exemplo não pretende abraçar o projeto completo deste tipo de máquina nem ser um modelo
para seguir. Ele representa apenas uma tentativa de apresentar informações suficientes para que
o leitor tenha uma ideia geral de uma possível forma de aplicar os princípios estabelecidos na
ABNT NBR ISO 12100.
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A.2 e A.3 foram aplicados considerando todo o ciclo de vida da máquina. No entanto, o exemplo de A.4
está limitado exclusivamente à fase de utilização e, em particular, à configuração e ao funcionamento
da máquina.
A.2.1.1 Geral
A máquina se destina a ser projetada de acordo com as especificações iniciais dadas em A.2.1.2
a A.2.1.4.
A máquina abrangida por este exemplo é do tipo moldureira estacionária de eixo rotativo simples de
montagem vertical (tupia):
O uso pretendido para a máquina é para modificar o perfil da seção de peças quadradas ou retangulares
de madeira e materiais similares (cortiça, placa de aglomerados, de fibras e de plástico duro) por
moldagem, rebaixo e entalhamento.
É o desbaste de uma peça com uma face em contato com a mesa e uma segunda com a guia,
onde o trabalho começa em uma extremidade da peça e continua até a outra extremidade.
—— Trabalho curvo
É a usinagem em curva de uma peça, tendo uma superfície em contato com a mesa (ou, se
realizado em um gabarito, com o dispositivo de montagem em contato com a mesa) e a outra em
contato com a referência vertical de uma guia reta ou circular quando é usado um gabarito.
Apenas os produtos de madeira livre de objetos estranhos (por exemplo, pregos) destinam-se a ser
processados.
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O trabalho pode ser realizado com ferramentas de corte convencionais que estejam disponíveis no
mercado.
A máquina é fornecida com diferentes velocidades do eixo, a fim de usar uma ampla gama de ferra-
mentas e para atender a maioria dos materiais.
Todas as peças ajustáveis da máquina (por exemplo, troca de ferramenta, mudança de velocidade)
são operadas manualmente.
O processo de fresamento é realizado por uma ferramenta de corte montada sobre um eixo vertical.
O eixo gira em apenas uma direção e pode ser levantado e abaixado por meio de um volante manual
(unidade de fuso). O eixo pode girar em quatro velocidades diferentes (ver rotações em A.2.4),
acionado por um motor elétrico e um conjunto de polias (unidade motora).
A unidade do eixo e a unidade motora são fixadas a uma mesa de ferro fundido que se apoia sobre
um gabinete de aço. A mesa e o gabinete fornecem um bom suporte para a peça e são de uma altura
que assegura uma postura ergonomicamente ereta.
A rotação do fuso é selecionada manualmente por alteração de uma correia de transmissão a partir
de uma polia para a outra.
De acordo com informações estatísticas, a maioria dos acidentes relatados acontece por contato com
a ferramenta. Este contato é devido ao súbito retrocesso da peça e ao agarramento da ferramenta,
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principalmente durante o trabalho em linha reta. As causas mais comuns de acidentes neste tipo de
máquina incluem:
—— não usar guias paralelas (falsas barreiras), empurrador, dispositivos, moldes ou batentes.
Outros acidentes menos frequentes são impactos devido ao recuo da peça, a ejeção de cavacos ou
partes das ferramentas ou da máquina, ou a geração de princípio de incêndio por poeira ou fragmentos
de madeira.
—— pó de madeira;
As seguintes normas foram inicialmente consideradas: ABNT NBR ISO 12100, ISO 13849-1,
ISO 13849-2, ABNT NBR NM ISO 13852, ISO 14118, ISO 14119, ISO 14120, IEC 60204-1, bem como
EN 614-1 na ergonomia e ISO/TR 11688-1 da acústica etc.
NOTA BRASILEIRA A referência a ISO 14119 e ISO 14120 para o mercado brasileiro, são relacionadas
as ABNT NBR NM 273 e a ABNT NBR NM 272, respectivamente.
Além disso, fichas técnicas sobre este tipo de máquina emitidas por instituições internacionais de
saúde e segurança INRS, HSE, BG e OSHA 1 foram consultadas.
NOTA BRASILEIRA Para o mercado brasileiro são aplicadas as fichas técnicas de acordo com a Agencia
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAA), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC) e a legislação vigente nacional de vigilância.
NOTA Outros documentos que convém que sejam considerados são os regulamentos aplicáveis regionais
ou nacionais e padrões de máquina específicos, como a EN 847-1 e EN 848-1; no entanto, para os objetivos
deste exemplo, eles não são usados.
—— características do fuso: diâmetro: 50 mm; comprimento útil: 180 mm; curso de ajuste vertical
(manualmente ajustável): 200 mm;
—— rotações do eixo (mudança manual da posição da correia sobre as polias): 3000 min-1, 4500 min-1,
6000 min-1 e 7500 min-1; a rotação selecionada depende do material, do diâmetro e da altura da
ferramenta;
NOTA Outras especificações não relevantes para o exemplo (acabamento de superfície da mesa,
nivelamento, correr para fora do eixo, etc) foram omitidas.
Consequentemente, um projeto preliminar da máquina foi elaborado conforme a seguir (Figuras A.2
e A.3).
A máquina consiste em uma base de aço e uma mesa de ferro fundido que repousa sobre o gabinete.
No interior do gabinete há um atuador (motor elétrico), o sistema de transmissão e o de movimentação
do eixo porta ferramenta (mecanismo para o movimento vertical e a rotação do eixo).
O gabinete é provido de uma abertura para acesso ao sistema de transmissão durante uma mudança
de rotação. Esta abertura está fechada com uma porta.
1 Institut national de recherche et de sécurité (França), Health and Safety Executive (UK), Berufsgenossenschaften
(Alemanha), Occupational Safety and Health Administration (EUA).
A mesa é usada como uma referência horizontal para a peça de madeira a ser processada e tem
um furo através do qual passa o eixo. A máquina é equipada com guias para executar as diferentes
operações
O eixo foi dimensionado para permitir o uso da maioria das ferramentas de corte padronizadas
disponíveis no mercado.
O atuador é um motor assíncrono elétrico trifásico, de 400 V e com uma potência de 4 kW. O motor
incorpora um freio que atua cada vez que um comando de parada é acionado para parar rapidamente
o movimento do eixo. O freio pode ser liberado quando algumas operações são realizadas (por
exemplo, mudança de rotação). Este motor transmite a energia para o eixo por meio das polias e uma
correia trapezoidal.
Dimensões em milímetros
800
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1 250
700
a) b)
Legenda
No motor e no eixo existem dois conjuntos de quatro polias, que fornecem quatro rotações de trabalho
diferentes. A rotação de trabalho é selecionada manualmente alterando-se a correia de uma polia para
outra. As polias associadas ao motor podem ser facilmente movidas por meio de uma alavanca (sem
a necessidade de utilizar uma ferramenta), de modo a alterar a posição da correia. Um mecanismo
detecta a posição da correia e indica a velocidade selecionada por meio de um conjunto de lâmpadas.
O ajuste vertical do eixo é conseguido por um mecanismo de cremalheira e pinhão. Não há elementos
móveis acessíveis.
Q1
Q2 T1
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Desligar
KM1 Ligar
KM1 KM2 KM3 Desl.
freio
KT1 KT1
KB
KM3 KM2
KB KM1 KT1 KM2 KM3 H1 H2 H3 H4 H5
Motor
As fases do ciclo de vida desta máquina consideradas significativas neste exemplo são as seguintes.
—— Transporte
Todas as tarefas de transporte que possam ser executadas pelo usuário da máquina, neste caso,
o transporte interno, remoção etc.
—— Ajustes
Troca de ferramenta no eixo; montagem e ajuste de guias; alterar a rotação do fuso e ensaios.
—— Operação
—— Limpeza, manutenção
Engraxamento dos elementos de rotação e transmissão, mudança de correias, limpeza das partes
internas da máquina.
—— Desativação, desmontagem
A máquina se destina a modificar o perfil das seções quadradas ou retangulares das peças de madeira
e materiais similares (cortiça, placa de aglomerado e de plástico duro) por moldagem, rebaixo e
entalhamento.
—— trabalho curvo.
A máquina destina-se a ser utilizada por uma pessoa com conhecimento e experiência na utilização
deste tipo de equipamento, sem limitações nas habilidades físicas dos membros superiores e sem
comprometimento visual não corrigido.
A máquina destina-se a ser operada com o operador em pé. O operador segura e movimenta a peça
durante o processo de fresamento.
O eixo pode girar em quatro rotações diferentes. A rotação é selecionada manualmente, alterando a
posição da correia.
—— o processamento de materiais não especificados pelo projetista da máquina (ver A.2.1.3), como
borracha, pedra, metais ou produtos de madeira contendo objetos estranhos;
—— substituição de componentes ou peças sobressalentes por outras que não sejam as especificadas;
Para instalação e utilização, é necessária uma área plana de pelo menos 3000 mm × 3000 mm, livre
de obstáculos, colunas etc.
A máquina não foi projetada para ser utilizada em locais que possam ter perigo de explosão ou incêndio.
A máquina foi projetada para ser ligada a uma fonte de alimentação elétrica de 400 V, trifásica + terra.
A máquina possui algumas peças que se desgastam com o uso e precisam ser examinadas e ou
substituídas, como as seguintes:
Uma limpeza geral da máquina pode ser realizada a cada seis meses.
Como indicado em A.1, a identificação do perigo é limitada a este exemplo, para a fase de utilização
e, em particular, para a configuração e o funcionamento da máquina.
—— da rotação do eixo;
NOTA Todas as tarefas de ajuste foram consideradas sob a configuração da máquina, de modo que a
operação só se relaciona com o processo de fresagem (alimentação manual da peça de trabalho e manuseio
durante o processo de usinagem).
1 4
3 2
Legenda
Para a estimativa dos riscos, foi usado o método gráfico de riscos, como descrito em 6.3.
Como este método não é muito apropriado para estimar os riscos relacionados com perigos à saúde
ou ergonômicos, ou os perigos de incêndio, as seguintes premissas foram aplicadas para estes riscos:
Assim, para estes tipos de risco, parece que a estimativa da probabilidade da ocorrência de um
evento perigoso e a possibilidade de evitar tem pouco sentido.
Por esta razão, a partir do método anterior, apenas a gravidade e a exposição foram consideradas,
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—— Perigos de incêndio
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e redução de riscos (apenas para ilustração)
18 2 2 2 2 5 Fornecer uma unidade de alimentação de avanço desmontável para o trabalho em linha 2 1 1 1 2 Sim 18
reta (para maior clareza, não é representado na Figura A.5 ou A.6). (Ver nota)
Fornecer blocos de empurrar, empurrador e instrulções para usá-los. Também fornecer
Instruções para usar gabaritos e modelos.
Instruções para a verificação da qualidade da peça.
Instruções para evitar fresamento concordante (climb cutting).
Instruções para evitar a velocidade de alimentação inadequada
28 1 2 2 1 2 Equipamento elético, de acordo com a IEC 60204-1 (grau mínimo de proteção IP 54, 1 2 1 1 1 Não 28
dimendionamento dos componentes, refrigeração suficiente etc.) Instrulções para utilizar
o sistema de extração de pó
NOTA No número de referência 18 uma unidade de alimentação de avanço desmontável é proposto como uma medida de proteção e redução de risco. O processo iterativo de apreciação
de riscos requer, tendo em conta as instruções dadas pelo fabricante, uma análise mais aprofundada dos perigos potenciais gerados por esta unidade durante todo o ciclo de vida da
máquina e, se necessário, a tomada de novas medidas de redução de riscos (por exemplo, intertravamento adequado entre as funçõos de controle da unidade de eixo e a unidade de
alimentação de energia provisão de um comando de parada de emergência, ajuste apropriado).
800
1 250
700
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L1, L2, L3
Q1
Q2 T1
F1
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Q2
S1
Desligar S3
Circuito de controle
Máquina Método/ferramenta
Fonte (por exemplo, documentação de Analista
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8
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10
Bibliografia
[1] ISO 3691 (all parts), Industrial trucks ‒ Safety requirements and verification
[4] ISO/TR 11688-1, Acoustics ‒ Recommended practice for the design of low-noise machinery and
equipment ‒ Part 1: Planning
[5] ISO 13732-1, Ergonomics of the thermal environment ‒ Methods for the assessment of human
responses to contact with surfaces ‒ Part 1: Hot surfaces
[6] ISO 13849-1, Safety of machinery ‒ Safety related parts of control systems ‒ Part 1: General
principles for design
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[7] ISO 13849-2, Safety of machinery ‒ Safety related parts of control systems ‒ Part 2: Validation
[8] ISO 13852, Safety of machinery ‒ Safety distances to prevent danger zones being reached by
the upper limbs
[10] ISO 14119, Safety of machinery ‒ Interlocking devices associated with guards ‒ Principles. for the
design and selection
[11] ISO 14120, Safety of machinery ‒ Guards ‒ General requirements for the design and construction
of fixed and movable guards
[12] IEC 60204-1, Electrical equipment of industrial machines ‒ Part 1: General requirements
[13] IEC 62061, Safety of machinery ‒ Functional safety of safety-related electrical, electronic and
programmable electronic control systems
[14] EN 614-1, Safety of machinery-s-Ergonomic design principles ‒ Part 1: Terminology and general
principles
[15] EN 847-1, Tools for woodworking ‒ Safety requirements - Part 1: Milling tools, circular saw blades
[16] EN 848-1, Safety of wood working machines ‒ One side moulding machines with rotating tool ‒
Part 1: Single spindle vertical moulding machines
[17] ANSI 811.0:2010, Safety of machinery ‒ General requirements and risk assessment