A palavra insalubre tem origem no latim (insalubris) e significa “o que faz mal à saúde”. O
trabalho insalubre, portanto, é aquele que expõe o trabalhador a agentes que podem causar danos à
sua saúde.
A insalubridade não se confunde com a periculosidade: enquanto esta coloca em risco a vida do
trabalhador, aquela coloca em risco a saúde do trabalhador.
O objetivo da NR 15 é determinar quais atividades deverão ser consideradas insalubres e
indicar como essa caracterização deve ser feita: se por meio de avaliação qualitativa ou quantitativa.
Nos casos em que a avaliação quantitativa deva ser realizada, a norma determina os limites de
exposição ou remete expressamente à adoção dos limites constantes em outras normas, como é o caso
do Anexo 5 (Radiações Ionizantes).
Atualmente, a NR 15 possui treze anexos em vigor. Cada anexo trata da exposição a
determinado agente químico, físico ou biológico. O Anexo 10 compreende atividades que expõem o
trabalhador à umidade — a umidade não é agente ambiental, e, sim, uma condição presente no
ambiente de trabalho. O Anexo 4 que tratava de Iluminação Deficiente foi revogado em 1990.
Atualmente, iluminação deficiente é considerada risco ergonômico, e não situação motivadora para
caracterizar a atividade como insalubre.
CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE:
• AVALIAÇÃO QUALITATIVA:
A avaliação qualitativa é objetiva, ou seja, basta a constatação da exposição a determinado
agente ou condição de trabalho (por exemplo, umidade) para que a atividade seja caracterizada como
insalubre. Em alguns casos, faz-se necessária a elaboração de laudo de inspeção. A realização da
avaliação qualitativa está prevista nos itens 15.1 e 15.1.3:
• 15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:
• 15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14.
• AVALIAÇÃO QUANTITATIVA:
A avaliação quantitativa implica a determinação do valor da intensidade, no caso de agentes
físicos e biológicos, e da concentração, no caso dos agentes químicos, aos quais o trabalhador está
exposto.
A previsão normativa de realização dessa avaliação encontra-se nos itens 15.1 e 15.1.1, e
considera como insalubre as atividades ou operações dos Anexos 1, 2, 3, 5, 11 e 12, que se desenvolvem
acima do limite de tolerância:
• 15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:
• 15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1,2,3,5, 11 e 12.
Devem ser realizadas avaliações quantitativas sempre que houver exposição do trabalhador a
ruído continuo e intermitente (Anexo 1), ruído de impacto (Anexo 2), calor (Anexo 3). radiações
ionizantes (Anexo 5), agentes químicos (Anexo 11) e poeiras minerais (Anexo 12).
• LIMITES DE TOLERÂNCIA:
O resultado obtido a partir das avaliações quantitativas deve ser comparado com valores de
referência aceitos. Esses valores de referência correspondem aos limites de tolerância (ou limites de
exposição) que constam na NR 15.
Caso o resultado encontrado esteja acima do Limite de Tolerância, a empresa deverá adotar
medidas de controle para eliminação ou redução do resultado para valores abaixo desse limite,
conforme determina o item 15.4.1.
• Item 15.4.1: À eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:
• com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho
dentro dos limites de tolerância;
• com a utilização de equipamento de proteção individual.
Caso os resultados permaneçam acima desses limites, restará caracterizada a insalubridade,
sendo devido o respectivo adicional. Uma vez eliminada ou neutralizada a insalubridade (para valores
abaixo do limite de tolerância), o adicional respectivo não será mais devido.
• Segundo o item 15.1.5: Entende-se por “Limite de Tolerância”, para os fins dessa Norma, a
concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de
exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
Ou seja, a insalubridade só será caracterizada quando determinado agente estiver no ambiente
de trabalho, acima dos limites de tolerância estabelecidos, relacionado também ao tempo de exposição
do trabalhador.
GRAUS DE INSALUBRIDADE:
O art. 192 da CLT, regulamentado pela NR15, define os graus de insalubridade a serem
observados quando do pagamento do adicional de insalubridade, que também é validado no item 15.2
da referida NR:
“O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo
Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por
cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se
classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.”
(tabela elaborada pela autora, favor refazer o design)
Ainda que a atividade insalubre seja realizada de forma intermitente, será devido o adicional
correspondente, conforme redação da Súmula 47 do TST:
SÚM. 47 INSALUBRIDADE - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
“O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa
circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional”
DESCARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE:
O simples manuseio de cimento e cal não é considerado como uma atividade insalubre na
construção civil. No entanto, o anexo 13 da NR 15 estipula que a fabricação e transporte desses agentes
químicos nas fases em que expõe o trabalhador a grandes quantidades de poeira deve ser remunerado
como insalubridade no grau mínimo.
Exposição à sílica
Exposição ao ruído
Os trabalhadores da construção civil geralmente estão expostos a máquinas que fazem ruídos
muito altos, como betoneiras ou britadeiras.
Portanto, se os EPI´s fornecidos pelo empregador não forem suficientes para neutralizar o ruído
que as máquinas, como britadeiras ou o bate-estaca fazem, o trabalhador tem direito ao adicional de
insalubridade que deve ser medido no local do trabalho.
Deve-se salientar ainda que o art. 191 da CLT estabelece que a insalubridade pode ser
eliminada com a adoção de medidas coletivas, ou neutralizada com o uso de EPI.
No que se refere à Periculosidade, mesmo adotadas todas as medidas de segurança, por
exemplo, num posto de abastecimento de combustível, a ela será caracterizada, uma vez que é
inerente à atividade, além de ser considerada de risco acentuado pelos quadros da NR 16.
Nem a CLT nem a NR 16 definiram o que vem a ser “exposição permanente”. Com relação a
essa expressão, a jurisprudência sumulada do TST traz o seguinte entendimento ampliado:
Diferente das Atividades e Operações Insalubres, que de certo modo, cabe interpretação de
quem irá caracterizar a insalubridade, quando esta necessitar apenas de avaliações qualitativas, e em
outros casos se faz necessário avaliações quantitativas, a Periculosidade não abre margem para tal, visto
que os anexos da NR 16 são bastante didáticos nesse sentido, sendo pontuais quais atividades e
operações deverão receber o adicional.
OBJETIVO DO EPI:
O objetivo do EPI é proteger o trabalhador, individualmente, contra riscos que ameacem sua
segurança, saúde e integridade física durante sua atividade laboral.
ATENÇÃO!!!O EPI protege o trabalhador contra riscos existentes no ambiente de trabalho, mas
o EPI não evita acidentes.
O EPI deve oferecer proteção contra riscos oriundos de agentes ambientais existentes no local
de trabalho (químicos, físicos e biológicos). Deve proteger também contra riscos de acidentes ou riscos
de origem mecânica, por exemplo, queda de altura, choque elétrico, queda de objetos, entre outros.
É possível que um EPI ofereça proteção contra um ou mais riscos, ele é chamado de
Equipamento Conjugado de Proteção Individual, que é considerado todo aquele composto por vários
dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer
simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
(Fonte: https://plepis.com.br)
CA – CERTIFICADO DE APROVAÇÃO:
(Fonte: www.researchgate.net)
De acordo com o item 6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, GRATUITAMENTE,
EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes
circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos
de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.
A proteção coletiva é um sistema passivo, que cumpre sua função protetiva independente da
ação ou vontade do trabalhador e por este motivo deve ter prioridade de implementação. Por outro
lado, o EPI está associado ao fator comportamental, pois seu uso depende de uma ação do
empregado.
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR:
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO:
(Fonte: www.superepi.com.br)
» Cinturão de Segurança: O cinto é um EPI para construção civil recomendado para profissionais
que trabalham em altura e, segundo a NR 35, é considerado obrigatório para alturas superiores
a 2 metros do piso, como atividades em andaimes, escadas e plataformas suspensas.
• Riscos da não utilização
• riscos de morte proveniente de quedas;
• lesões irreversíveis decorrentes de impactos;
• choques com outros objetos e/ou estruturas.
(Fonte: www.superepi.com.br; montagem feita pela autora)
» Protetores Auditivos: Como as obras envolvem trabalhos com equipamentos que emitem
ruídos elevados acima de 85 dB, a NR 15 determina o uso obrigatório de protetores auriculares
para preservar o sistema auditivo dos funcionários.
» Calçados: São utilizados para dar maior aderência e conforto aos pés, além de protegê-los
contra diversos riscos e situações durante as atividades laborais.
• Riscos da não utilização
• abrasões;
• cortes;
• choques elétricos;
• escoriações;
• escorregões;
• quedas de materiais sobre os pés;
• respingos de produtos químicos;
• perfurações;
• Umidade;
• agentes térmicos provenientes de altas ou baixas temperaturas.
(Fonte: http://www.forumdaconstrucao.com.br)
No que se refere à duração do choque, quanto maior o tempo de exposição à corrente elétrica,
mais graves os danos ao corpo humano. Por isso, geralmente os acidentes de maior gravidade são
aqueles em que o trabalhador fica inevitavelmente preso ao circuito elétrico.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS:
MEDIDAS DE CONTROLE:
(Fonte: www.mundodaeletrica.com.br)
(Fonte: www.eletrojr.com.br)
O item 18.6.3 fala que os serviços em instalações elétricas devem ser realizados por
trabalhadores autorizados conforme NR-0. O item 10.8. e subitens contêm as definições de habilitação,
qualificação, capacitação e autorização.
– Trabalhador qualificado: O trabalhador QUALIFICADO é aquele que completou curso
de específico na área elétrica, reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.
– Trabalhador habilitado: Assim que o trabalhador qualificado se registrar em seu
conselho de classe, por exemplo, o engenheiro que se formou em Engenharia Civil
deverá se registrar no Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia
(CREA), nesse momento ele se tornará profissional HABILITADO.
– Trabalhador capacitado: É considerado CAPACITADO o profissional que:
• tenha sido treinado por profissional HABILITADO ou AUTORIZADO;
• trabalha sob a responsabilidade de profissional HABILITADO ou AUTORIZADO.
Essas duas condições devem ser atendidas simultaneamente, e essa capacitação só
tem valor na empresa que o capacitou e nas condições estabelecidas pelo
profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação.
– Trabalhador autorizado: Serão considerados AUTORIZADOS os trabalhadores
QUALIFICADOS e CAPACITADOS, e profissionais HABILITADOS, que receberem a
anuência formal da empresa em que trabalham (ou seja, uma AUTORIZAÇÃO) para
exercerem atividades em instalações elétricas. Os trabalhadores autorizados a
trabalhar em instalações elétricas devem ter essa condição consignada no sistema de
registro de empregado da empresa, ou seja, no livro ou fichas de registro dos
empregados.
Resumindo:
– A qualificação refere-se à instituição oficial de ensino;
– A habilitação é dada pelo registro no conselho de classe;
– A capacitação é obtida com participação em treinamento de segurança de acordo com
o disposto na NR 10;
– A autorização é dada pela empresa pela anuência formal para realizar intervenções em
instalações elétricas.
OBSERVAÇÕES:
É interesante porntuarmo aqui mais alguns itns contantes na NR 18 acerca de trablalhos com
eletricidade:
18.6.14 Máquinas e equipamentos móveis e ferramentas elétricas portáteis devem ser conectadas à
rede de alimentação elétrica, por intermédio de conjunto de plugue e tomada, em conformidade com as
normas técnicas nacional vigentes.
18.6.18 Os canteiros de obras devem estar protegidos por Sistema de Proteção contra Descargas
Atmosféricas - SPDA, projetado, construído e mantido conforme normas técnicas nacionais vigentes.
c. NR11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS
ELEVADORES:
Nos equipamentos de transporte com força motriz própria, o operador deverá receber
treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função.
Ao dirigir tais equipamentos, os operadores devem portar um cartão de identificação, com o
nome e fotografia, em lugar visível. O cartão terá a validade de um ano, salvo imprevisto, e, para a
revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador.
Precisamos salientar também que os equipamentos de transporte motorizados deverão
possuir sinal de advertência sonora (buzina).
EQUIPAMENTOS DE GUINDAR:
O item 18.10.1.15 fala que para fins de aplicação dos subitens 18.10.1.16 a 18.10.1.44,
consideram-se equipamentos de guindar as gruas, inclusive as de pequeno porte, os guindastes, os
pórticos, as pontes rolantes e equipamentos similares. Os equipamentos de guindar devem ser
utilizados de acordo com as recomendações do fabricante e com o plano de carga, elaborado por
profissional legalmente habilitado e contemplado no PGR.
Para gruas, deve ser indicada a altura inicial e final, o comprimento da lança, a capacidade de
carga na ponta, a capacidade máxima de carga, se provida ou não de coletor elétrico e a planilha de
esforços sobre a base e sobre os locais de ancoragens do equipamento.
Deve ser elaborada análise de risco para movimentação de cargas, sendo que, quando a
movimentação for rotineira, a análise pode estar descrita em procedimento operacional. Para cargas
não rotineiras deve ser elaborada análise de risco específica, com a respectiva permissão de trabalho.
Um ponto de suma importância é o isolamento e a sinalização da área sob carga suspensa.
(Fonte: www.wandersonmonteiro.wordpress.com)
(Fonte: www.enfoquevisual.com.br )
De acordo com o item 18.16.9 da NR 18, o canteiro de obras deve ser dotado de
medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas
técnicas nacionais vigentes. Atualmente, as medidas de prevenção e combate a incêndios estão
dispostas nas legislações estaduais, que abrangem leis, decretos, portarias, instruções técnicas,
entre outras ferramentas jurídicas.
A NR 23 traz a seguinte recomendação:
O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:
a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
c) dispositivos de alarme existentes.
Assim como a NR 23 a NR 18 fala em seus itens sobre as saídas de emergência:
• 18.16.10 Os locais de trabalho devem dispor de saídas em número suficiente e dispostas de
modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e
segurança, em caso de emergência.
• 18.16.11 As saídas e vias de passagem devem ser claramente sinalizadas por meio de
placas ou sinais luminosos indicando a direção da saída.
• 18.16.12 Nenhuma saída de emergência deve ser fechada à chave ou trancada durante a
jornada de trabalho.
• 18.16.13 As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento
que permitam fácil abertura pelo interior do estabelecimento.
Outro tema importante abordado na NR 18 acerca de prevenção e combate a incêndio
é fato de o empregador dever informar todos os trabalhadores sobre utilização dos
equipamentos de combate ao incêndio, dispositivos de alarme existentes e procedimentos para
abandono dos locais de trabalho com segurança, ou seja, é obrigatório um treinamento em
prevenção e combate a incêndio.
ANÁLISE DE RISCOS:
(Fonte: Guia Prático para Cálculo de Linha de Vida e Restrição para a Indústria da Construção)
Tanto a NR 35 quanto a NR 18 discorrem sobre esse assunto. Tais medidas de proteção
coletiva têm o objetivo de eliminar o risco de queda de altura e o risco de projeção de
materiais nas diversas edificações em construção, em especial nas aberturas dos pisos, nos
vãos de acesso às caixas (ou poço) dos elevadores e na periferia da edificação.
As aberturas no piso devem ter fechamento provisório constituído de material
resistente travado ou fixado na estrutura, ou ser dotada de sistema de proteção contra quedas.
Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de toda
a abertura, constituído de material resistente, travado ou fixado à estrutura, até a colocação
definitiva das portas.
A NR 18 fala claramente sobre proteção na periferia da edificação, com a instalação
de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos
serviços necessários à concretagem da primeira laje. A proteção, quando constituída de
anteparos rígidos com fechamento total do vão, deve ter altura mínima de 1,2 m (um metro e
vinte centímetros).
(Fonte: www.protecaoperiferica.com.br)
(Fonte: www.bandejadeprotecao.ind.br)
Quando da utilização de redes de segurança, essas devem ser confeccionadas e
instaladas de acordo com os requisitos de segurança e ensaios previstos nas normas EN 1263-1
e EN 1263-2 ou em normas técnicas nacionais vigentes. O projeto de redes de segurança deve
conter o procedimento das fases de montagem, ascensão e desmontagem, elas devem
apresentar malha uniforme em toda a sua extensão.
O sistema de redes deve ser submetido a uma inspeção semanal para verificação das
condições de todos os seus elementos e pontos de fixação.
As redes, quando utilizadas para proteção de periferia, devem estar associadas a um
sistema, com altura mínima de 1,2 m (um metro e vinte centímetros), que impeça a queda de
materiais e objetos.
(Fonte: www.feticom.com.br)
SISTEMAS DE ANGORAGEM:
Um sistema de ancoragem é um conjunto de componentes, integrante de um sistema
de proteção individual contra quedas – SPIQ, que incorpora um ou mais pontos de ancoragem,
aos quais podem ser conectados Equipamentos de Proteção Individual (EPI) contra quedas,
diretamente ou por meio de outro componente, projetado para suportar as forças aplicáveis.
O sistema de ancoragem é destinado à conexão de EPI contra quedas e por isso
necessita ter pelo menos um ponto de ancoragem, onde o EPI pode ser conectado.
Os sistemas de ancoragem tratados no Anexo II da NR 35 podem atender às seguintes
finalidades:
a) retenção de queda;
b) restrição de movimentação;
c) posicionamento no trabalho;
d) acesso por corda.
A NR 18 determina que nas edificações com no mínimo quatro pavimentos ou altura
de 12 metros partir do nível do térreo, devem ser instalados dispositivos destinados à
ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o
uso de proteção individual a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e
restauração de fachadas.
Os pontos de ancoragem devem ser fixados de forma segura e fazer parte do projeto
estrutural da edificação
» Responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem, após
determinada a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do
estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização de máquina ou
equipamento, ou o prosseguimento de obra, se, em consequência, resultarem
danos a terceiros.
ABNT NBR 8403 Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das linhas:
CALIGRAFIA TÉCNICA
Um dos mais importantes requisitos dos desenhos técnicos é a caligrafia técnica, que busca
sempre uma escrita simples, perfeitamente legível e facilmente desenhável. Esta padronização serve
para evitar que os projetos desenvolvidos em localidades diferentes sejam interpretados de formas
distintas. A NBR 8402 trata da execução de caracteres para a escrita em desenhos técnicos.
TIPOS DE LINHAS
Os projetos utilizam uma variedade de tipos de linhas para representar objetos em várias
situações.
Escala é toda representação de um objeto numa determinada proporção. É a relação que existe
entre os comprimentos de um desenho e seus correspondentes no objeto, portanto escala nada mais é
do que uma razão de semelhança.
Existem três tipos de escalas:
1) Escala Natural: Quando o objeto que está sendo representado no desenho, apresenta a mesma
medida do real.
» A escala natural está na razão 1 para 1 (1:1).
2) Escala de Redução: Quando o objeto a ser representado é de grandes dimensões, utilizamos a
escala de redução para possibilitar sua representação no papel.
» EX: Quando projetamos uma residência, um prédio ou uma cidade.
3) Escala de Ampliação: Quando o objeto que está sendo representado é muito pequeno
necessitando ser ampliado para melhor interpretação do projeto. Esta escala é empregada nas
áreas de mecânica, eletrônica, desenho de joias, entre outras.
(Fonte: Pinterest)
Cotagem é a indicação das medidas da peça em seu desenho. O desenho técnico deve
apresentar informações sobre as dimensões da peça representada.
• Símbolos indicativos:
• Cotas de Nível:
PROJEÇÃO ORTOGONAL
» PLANO DE VISTA LATERAL OU DE PERFIL: Nesta projeção tem-se a “vista lateral” do objeto. O
observador se posiciona ao lado do objeto (à direita ou à esquerda) e tem também a visão das
alturas.
Planta de locação (ou implantação): Planta que compreende o projeto como um todo,
contendo, além do projeto de arquitetura, as informações necessárias dos projetos complementares,
tais como movimento de terra, arruamento, redes hidráulica, elétrica e de drenagem, entre outros.
Planta de edificação (planta baixa): Vista superior do plano secante horizontal, localizado a,
aproximadamente, 1,50 m do piso em referência. A altura desse plano pode ser variável para cada
projeto de maneira a representar todos os elementos considerados necessários.
Corte: Plano secante vertical que divide a edificação em duas partes, seja no sentido
longitudinal, seja no transversal
MAPA DE RISCOS:
Mapa de riscos é uma representação gráfica que, por meio de círculos de diferentes cores e
tamanhos, representam diferentes riscos existentes na empresa e em cada ambiente de trabalho.
Obrigatoriedade:
A realização de mapeamento de riscos tornou-se obrigatória para todas as empresas que
tenham CIPA, através da Portaria Nº 05 de 17/08/92 do Departamento Nacional de Segurança e Saúde
do Trabalhador do Ministério do Trabalho (DNSST). De acordo com o artigo 1º da referida portaria, cabe
às CIPA a construção dos mapas de risco dos locais de trabalho.
Através de seus membros, a CIPA deverá ouvir os trabalhadores de todos os setores e poderá
contar com a colaboração do serviço especializado de medicina e segurança do trabalho.
Como já citado, o Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores
presentes nos locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial),
capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.
Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais,
equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho
(arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos
de trabalho, treinamento etc).
Objetivos:
• Conhecer o processo de trabalho no local analisando os trabalhadores: número, sexo, idade,
treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada; os instrumentos e materiais de
trabalho; as atividades exercidas; o ambiente.
• Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação específica dos riscos
ambientais.
• Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção coletiva;
medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e
conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.
• Identificar os indicadores de saúde, queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores
expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais diagnosticadas,
causas mais frequentes de ausência ao trabalho.
• Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
Etapas da Elaboração:
Para identificar os riscos existentes no local de trabalho, a classificação dos principais riscos
ocupacionais se dá em Grupos, de acordo com sua natureza.
Existe um padrão de cores correspondentes, conforme a Tabela I da Portaria Nº 25 de
25/12/94, veja a seguir:
(Fonte: Portaria Nº 25 de 25/12/94; faavor refazer design)
• Conhecer o processo produtivo e identificar os riscos existentes no local de trabalho;
• Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;
• Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia por meio da análise dos
indicadores de saúde e histórico de doenças e acidentes (controle médico – ASO,
fornecimento de EPI,treinamentos, inspeções regulares, etc).
Depois de levantados todas essas informaçoes é preciso passá-las para o leiaute da empresa:
(Fonte: https://viverdeseguranca.com.br/o-que-e-mapa-de-risco/)
REFERÊNCIAS:
Consolidação das Leis do Trabalho - Decreto-Lei nº5.452, de 1º de maio de 1943 / supervisão editorial
Jais Lot Vieira – 5. ed. – São Paulo: Edipro, 2020.
MIRANDA, Willian Freitas. APR nas NR: Um estudo sobre imposição da Análise Preliminar de Riscos pelas
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho – 1. ed. Jaboatão dos Guararapes: Edição do
autor, 2017.
MONTEIRO, Antônio Lopes; BERTAGNI, Roberto. Acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. 5. Ed.
São Paulo: Saraiva, 2008.
Santos Junior, Joubert Rodrigues dos – Gestão e Indicadores em segurança do trabalho: uma abordagem
prática – 1. ed. – São Paulo: Érica: 2019.
Serviço Social da Indústria. Departamento Nacional. Guia prático para cálculo de linha de vida e restrição
para a indústria da construção / José Carlos de Arruda Sampaio, Wilson Roberto Simon, Serviço Social da
Indústria. – Brasília: SESI, 2017.
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs
https://www.abnt.org.br/normalizacao
https://certificacaoiso.com.br/iso-45001/
https://www.gov.br/fundacentro/pt-br
https://www.sienge.com.br/blog/acidentes-na-construcao-civil/
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-
2020.pdf
https://www.plepis.com.br
https://www.researchgate.net
https://www.superepi.com.br
http://www.allplacas.com.br
http://www.mundodaeletrica.com.br
www.wandersonmonteiro.wordpress.com
www.eletrojr.com.br
www.enfoquevisual.com.br
www.protecaoperiferica.com.br
www.feticom.com.br
https://www.corsan.com.br
http://www2.ifam.edu.br