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U.E.

B Antônia Sampaio Ribeiro


Miranda do Norte 17/11/2021
Alunos: Lana, Mateus, Tássia
Professor: Josildo Montelo

Infecções Sexualmente Transmissíveis

O que são ISTs?


As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são infecções causadas
por mais de 30 vírus, bactérias ou outros micro-organismos que se transmitem,
principalmente, através das relações sexuais (oral, vaginal, anal) sem o uso de
preservativo com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam
por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. Além do grande impacto
para a saúde, algumas ISTs podem aumentar o risco de aquisição do HIV em
três vezes ou mais e encontram-se entre os cinco principais motivos de consulta
médica. Algumas ISTs podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto
na mulher. E isso requer que, se fizerem sexo sem camisinha, procurem o
serviço de saúde para consultas com um profissional de saúde periodicamente.
Essas infecções quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir
para complicações graves, como infertilidades, câncer e até a morte. Usar
preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal) é o método
mais eficaz para a redução do risco de transmissão das IST, em especial do
vírus da Aids, o HIV. Outra forma de infecção pode ocorrer pela transfusão de
sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e agulhas,
principalmente no uso de drogas injetáveis. A Aids e a sífilis também podem ser
transmitidas da mãe infectada, sem tratamento, para o bebê durante a gravidez,
o parto. E, no caso da Aids, também na amamentação. O tratamento das
pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de
transmissão dessas infecções. O atendimento e o tratamento são gratuitos nos
serviços de saúde do SUS.
A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passa a ser
adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma
infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

Para saber mais: mais de um milhão de casos diários de


ISTs, segundo dados da OMS

Mais de um milhão de novos casos de quatro infecções sexualmente


transmissíveis (ISTs) são contraídos todos os dias. Isso equivale a mais de 376
milhões de novos casos anuais de quatro enfermidades: clamídia, gonorreia,
tricomoníase e sífilis. Em média, uma em cada 25 pessoas no mundo tem, pelo
menos, uma dessas ISTs. “Essas infecções indicam que as pessoas estão
correndo riscos com sua saúde, sexualidade e saúde reprodutiva”, disse Melanie
Taylor, autora principal do relatório e epidemiologista médica do departamento
de Saúde Reprodutiva e Pesquisa da OMS. A OMS disse que há mais de 376
milhões de novos casos anualmente, com os números representando casos, não
indivíduos, uma vez que as pessoas podem ser infectadas com várias ISTs ou
podem ser reinfectadas em um ano com uma ou mais ISTs.

Pesquisa brasileira

Pensando na importância de conscientizar a população sobre os riscos e


fomentar a prevenção das ISTs, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)
realizou duas pesquisas para avaliar os impactos da pandemia na saúde dos
adultos e adolescentes. De acordo com os dados da pesquisa com os adultos,
80% dos entrevistados afirmaram saber sobre as ISTs, porém não se
consideravam em risco. Somente 11% afirmaram ter consciência sobre as
doenças e o real risco que correm caso mantenham relações sexuais
desprotegidas.
A pesquisa on-line contou com 479 respondentes, sendo 78%
homenns22% mulheres, de 22 estados brasileiros.
Já a segunda pesquisa mostrou que dos adolescentes entre 12 a 18 anos
ouvidos, 15% já tiveram uma iniciação sexual, sendo que 44% não usaram
preservativo na primeira relação sexual e 35% não usam ou usam raramente o
preservativo nas relações sexuais. Além disso, 38,57% dos meninos revelaram
não saber sequer colocar o preservativo.

Sexo ainda é um tabu

Para os jovens, sexo ainda é um tabu, pois 41,67% deles afirmaram não
conversar com ninguém sobre sexo, sendo a família e a escola pouco acessadas
para a busca de informações, o que os torna mais vulneráveis a conteúdos falsos
ou sem qualidade na internet. Os dados se referem a 267 participantes, sendo
170 meninos e 87 meninas de 12 estados brasileiros, estudantes de escolas
públicas e privadas.
Segundo o presidente da SBU, professor Antonio Carlos Pompeo, a
melhor forma de prevenção é através do diálogo e disseminação de informações
de qualidade. “A sexualidade não deve ser encarada como um tabu para
podermos discutir com os jovens e os adultos sobre potenciais riscos,
consequências da relação sexual desprotegida, bem como as melhores formas
de prevenção às ISTs”, afirma.
Para o diretor do Departamento de Infecção da SBU, José Carlos
Trindade Filho, as pesquisas da SBU com os adolescentes evidenciaram um
dado importante. “Os jovens brasileiros se colocam em comportamento sexual
de risco ou por desconhecimento ou por despreocupação. É importante lembrar
que proteger a si e ao seu parceiro ou parceira é uma demonstração inequívoca
de amor ao próximo”, frisa.

Educação sexual em casa e nas escolas

“As infecções sexualmente transmissíveis estão por toda parte, são mais comuns
do que pensamos, mas as ISTs não recebem atenção suficiente”, disse. Teodora
Wi, médica responsável por ISTs no departamento de Saúde Reprodutiva e
Pesquisa da OMS.
Ela sugere que todos os setores devem se unir para combater essas infecções,
por exemplo, encorajando mais educação sexual de pais e professores,
formuladores de políticas que apoiam os serviços de ISTs e pesquisadores que
trabalham para desenvolver melhores maneiras de prevenir, diagnosticar, tratar
e rastrear as ISTs.
Pesquisa de 10 meses atrás. Há possibilidade de alguns dados estarem
desatualizados.
Quais são as principais infecções sexualmente
transmissíveis?

As principais ISTs são:

Vírus do papiloma humano;

Herpes genital;

Clamídia;

Gonorreia;

AIDS;

Sífilis.

Para uma visão mais ampla relacionada as infecções sexualmente


transmissíveis, aqui estão as informações sobre cada de forma mais detalhada:

Vírus do papiloma humano - O papiloma humano, que também é conhecido


como HPV, é um vírus comum que se instala na pele e mucosas de homens e
mulheres. É transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada,
principalmente em relações sexuais.
Normalmente muitas pessoas não apresentam sintomas do HPV, sendo
assim, não sabem que contém o vírus, mas continuam transmitindo.
Como forma de prevenção estão o uso da camisinha durante as relações
sexuais e a vacinação contra HPV, tal vacina é distribuída pelo Sistema Único
de Saúde (SUS).

Herpes genital - Causada pelo vírus do herpes simples (HSV), provocando


lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos.

São existentes dois tipos de HSV:

O tipo 1: responsável pelo herpes facial, manifesta-se principalmente na região


da boca, nariz e olhos;

O tipo 2: que acomete principalmente a região genital, ânus e nádegas.


As lesões costumam regredir espontaneamente, mesmo sem tratamento,
nos indivíduos imunocompetentes. Nos imunossuprimidos, porém, elas
adquirem dimensões extraordinárias. Seu tratamento consiste no uso de uma
medicação, aciclovir. No entanto, quando o vírus está recolhido no gânglio
neural, esse remédio não faz efeito.
Essa infecção pode causar sintomas como ardor, coceira, formigamento,
gânglios inflamados e bolhas características da herpes.
A melhor maneira de prevenir a doença é usar preservativo nas relações
sexuais e evitar múltiplos parceiros.

Clamídia - A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada


pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode afetar tanto homens como
mulheres. Na maioria dos casos a infecção é assintomática, no entanto é
possível também notar alguns sintomas em alguns casos, como corrimento
vaginal alterado ou queimação ao urinar, por exemplo.
A infecção pode aparecer após se ter contato sexual desprotegido e, por
esse motivo, nos homens, é mais frequente que a infecção surja na uretra, no
reto ou na garganta, enquanto na mulher os locais mais afetados são o colo do
útero ou o reto.
A doença pode ser identificada apenas com a avaliação dos
sintomas apresentados, mas também existem exames que ajudam a confirmar
o diagnóstico. Assim, sempre que existir suspeita de ter contraído clamídia é
muito importante ir no clínico geral ou em um infectologista, para confirmar o
diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, que normalmente é feito com
antibióticos.

Sintomas de clamídia

Os sintomas de clamídia podem surgir 1 a 3 semanas após a relação


sexual desprotegida, no entanto mesmo que não existam sinais e sintomas
aparentes, a pessoa pode transmitir a bactéria. Os principais sinais e sintomas
de clamídia na mulher são:

1. Dor ou ardor ao urinar;

2. Corrimento vaginal, semelhante a pus;

3. Dor ou sangramento durante o contato íntimo;

4. Dor pélvica;

5. Sangramento fora do período menstrual.

No caso de a infecção por clamídia na mulher não ser identificada, é


possível que a bactéria se espalhe pelo útero e cause a Doença Inflamatória
Pélvica (DIP), que é uma das principais causas de infertilidade e aborto na
mulher.
Os sintomas de infecção no homem são semelhantes, podendo haver dor
ou ardor ao urinar, saída de corrimento pelo pênis, dor e inchaço nos testículos
e inflamação da uretra. Além disso, caso não seja tratada, a bactéria pode
provocar orquite, que é a inflamação dos testículos, podendo interferir na
produção de espermatozoides.

Causa de clamídia

A clamídia é uma doença infecciosa causada pela bactéria Chlamydia


trachomatis, que pode ser transmitida através da relação sexual sem camisinha,
seja ela oral, vaginal ou retal. Dessa forma, pessoas que têm vários parceiros
sexuais, apresentam maior risco de ter a doença.
Além disso, a clamídia também pode passar de mãe para filho durante o
parto, quando a grávida tem a infecção e não fez o tratamento adequado.

Riscos da clamídia na gravidez


A infecção por clamídia durante a gravidez pode levar ao parto
prematuro, baixo peso ao nascer, morte do feto e endometrite. Como esta
doença pode passar para o bebê durante o parto normal é importante realizar
exames que possam diagnosticar essa doença durante o pré-natal e seguir o
tratamento indicado pelo obstetra.
O bebê afetado durante o parto pode ter complicações como conjuntivite
ou pneumonia por clamídia e estas doenças também podem ser tratadas com
antibióticos indicados pelo pediatra.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da clamídia é feito pelo urologista ou ginecologista a partir


da observação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa. No entanto,
para confirmar a infecção, são normalmente solicitados exames laboratoriais,
principalmente a análise da secreção vaginal ou peniana e o exame de urina,
para identificar a presença da bactéria.
Uma vez que a clamídia não causa sintomas em alguns casos, é
aconselhado que pessoas com mais de 25 anos, com uma vida sexual ativa e
com mais de 1 parceiro façam exame para IST regularmente e que as mulheres
façam o exame preventivo pelo menos 1 vez ao ano ou de acordo com a
orientação do ginecologista.
Após engravidar, também é aconselhado fazer o exame para a clamídia
e outras infecções, para verificar se há alguma infecção no momento e, assim,
ser possível iniciar o tratamento logo em seguida para diminuir a chance de
transmitir para o bebê durante a gestação ou parto.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a clamídia é feito com o uso de antibióticos receitados


pelo médico, como a Azitromicina em dose única ou Doxiciclina durante 7 dias,
ou conforme indicado pelo médico. É recomendado manter o tratamento mesmo
que não existam mais sinais e sintomas aparentes, pois assim é possível garantir
que houve a eliminação da bactéria.
É importante que o tratamento seja feito tanto pela pessoa portadora da
bactéria quanto pelo parceiro sexual, mesmo que o contato sexual tenha sido
feito com preservativo. Além disso, é recomendado que não se tenha relação
sexual durante o tratamento para evitar reincidência da infecção.
Com o tratamento adequado é possível erradicar completamente a
bactéria, mas se surgirem outras complicações como a doença inflamatória
pélvica ou infertilidade, elas podem ser permanentes.

Clamídia tem cura?

A clamídia pode ser facilmente curada com o uso de antibióticos por 7


dias. No entanto, para garantir a cura, durante esse período é aconselhado que
se evite o contato íntimo desprotegido.
Mesmo em pessoas com HIV, a infecção pode ser curada da mesma
forma, não existindo necessidade de outro tipo de tratamento ou internamento.

Gonorreia - Infecção sexualmente transmissível, a gonorreia afeta homens e


mulheres e causa complicações como infertilidade.

O que é gonorreia?

Gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela


bactéria Neisseria gonorrhoeae, popularmente chamada de gonococo. Ela
também pode passar da mãe para o bebê durante o parto.
O problema, frequente em homens e mulheres, costuma afetar a uretra e
o colo do útero — bem como o reto e a garganta quando se pratica sexo anal e
oral, respectivamente. Dor e ardência são sinais comuns. Nas crianças recém-
nascidas, atinge principalmente os olhos, com potencial de deflagrar a perda de
visão.
O período de incubação da Neisseria gonorrhoeae é de até uma semana.
Ou seja, ela pode permanecer sete dias no organismo antes de disparar
sintomas.
Estima-se que entre 1% e 2% da população mundial carregue essa
bactéria no corpo. Como não é uma doença de notificação compulsória no Brasil,
desconhecemos sua incidência exata por aqui.
Ainda existe um estigma que liga a gonorreia a um comportamento,
digamos, devasso. Mas qualquer pessoa sexualmente ativa que não use
camisinha está vulnerável a ela.

Gonorreia masculina x gonorreia feminina

O ginecologista Regis Kreitchmann, vice-presidente da Comissão


Nacional Especializada em Doenças Infecto-Contagiosas da Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), conta que
essa IST se manifesta de formas diferentes em homens e mulheres.
A começar pelo fato de que a infecção em geral não provoca sintomas no
sexo feminino, mas no masculino, sim. “Nos homens, pode vir acompanhada de
pus e ardência para urinar”, informa o especialista. Dor ou inchaço nos testículos
também ocorrem.
Quando os sinais da gonorreia aparecem na ala feminina, tendem a
envolver secreção vaginal e dor ao ter relações sexuais e fazer xixi. Dor pélvica
e sangramento fora do período menstrual eventualmente dão as caras.

Sintomas de gonorreia

Dependendo da porta de entrada, a gonorreia causa diferentes encrencas


em ambos os sexos. Entre elas, temos:

Coceira, secreção e sangramento no ânus;

Dor de garganta;
Dificuldade para engolir.

Quais são as complicações

Cabe destacar que elas costumam decorrer da falta de diagnóstico ou de


um tratamento inadequado. E, aqui, as mulheres são mais atingidas: no sexo
feminino, as complicações incluem doença inflamatória pélvica e infertilidade.
Elas acontecem devido à invasão da bactéria em outras partes do corpo; nos
homens, há o risco de ocorrer uma prostatite. Trata-se de uma inflamação na
próstata que desencadeia dores, incontinência ou retenção urinária, febre, mal-
estar.
E tanto em mulheres como homens, há a possibilidade de surgir a
chamada artrite infecciosa. Sim, estamos falando de perda de mobilidade e
incômodos nas articulações.
Kreitchmann vai além. “Quando uma mulher infectada está grávida e faz
um parto vaginal, o bebê pode desenvolver conjuntivite neonatal”, avisa. Sem
tratamento, o quadro leva à cegueira. Para evitar esse problema, as
maternidades brasileiras aplicam um colírio de nitrato de prata assim que as
crianças nascem. Mas há profissionais que recomendam adotar o tratamento
apenas nos filhos das mães com casos confirmados de gonorreia.
“Além disso, durante a gestação, a enfermidade provoca infecção do
líquido amniótico, rompimento da bolsa antes do tempo e parto prematuro”,
complementa Kreitchmann.

Tratamento para gonorreia


Não tem segredo: para evitar essa chateação, aposte na camisinha.
“Também é importante realizar o diagnóstico precoce e tratar, mesmo quando
não há sintomas”, diz o membro da Febrasgo. Com isso, o risco de transmissão
da gonorreia para outras pessoas cai consideravelmente.

Como é feito o diagnóstico

Em geral, a detecção na população masculina é mais simples. O médico


descobre a doença a partir dos sintomas e de uma conversa sobre as últimas
relações sexuais do paciente; “quem foram os parceiros?” “Houve sexo oral e
anal?” “Você usou preservativos?”
“Com as mulheres, o ideal é sempre fazer um exame de biologia molecular
com coleta de secreção ou urina”, orienta Kreitchmann. Essa é uma tecnologia
similar ao teste de PCR usado para detectar o coronavírus — e pode ser
indicada de tempos em tempos ou se surgir alguma suspeita, a depender
também dos hábitos da mulher e de uma análise do profissional de saúde.
O problema com esse método é que ele nem sempre está disponível na
rede pública por ser caro. Nessas situações, o Sistema Único de Saúde (SUS)
oferece uma análise do material coletado no colo do útero ou da uretra.

Gonorreia tem cura?

O tratamento da gonorreia consiste no manejo dos sintomas e das


complicações e, principalmente, na utilização de antibióticos. Atualmente, há
uma tendência de injetar um desses remédios na veia do paciente, em dose
única. A droga está disponível gratuitamente no SUS e também deve ser
administrada nos parceiros sexuais recentes.
No entanto, o tipo de antibiótico e a forma de aplicação mudam
constantemente. Isso porque a Neisseria gonorrhoeae possui alta capacidade
de mutação. “Ela tem se tornado resistente a certos antibióticos. Já sabemos de
casos na Ásia que não respondem aos medicamentos convencionais”, alerta
Kreitchmann.
Nessas situações, ela é chamada de super-gonorreia ou gonorreia
multirresistente. E já é considerado um problema de saúde pública.
Fora isso, o contágio por gonococo frequentemente vem associado
à clamídia, outra IST que é até mais prevalente. “A gente costuma fazer o
tratamento para às duas em conjunto”, aponta Kreitchmann.
Se tudo der certo, o tempo de cura da gonorreia pode ser em menos de
uma semana. Mas você pode voltar a se infectar. Mais uma razão para fazer
sexo protegido.

AIDS - A AIDS é causada pelo vírus HIV, que interfere na capacidade do


organismo de combater infecções. O vírus pode ser transmitido pelo contato com
sangue, sêmen ou fluidos vaginais infectados.
Semanas depois da infecção pelo HIV, podem ocorrer sintomas
semelhantes aos da gripe, como febre, dor de garganta e fadiga. A doença
costuma ser assintomática até evoluir para AIDS. Os sintomas da AIDS incluem
perda de peso, febre ou sudorese noturna, fadiga e infecções recorrentes.
O preservativo, é o método mais conhecido, acessível e eficaz para
se prevenir da infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis
e seu tratamento é feito por meio do uso de antivirais contra o HIV.

Não existe cura para a AIDS, mas uma adesão estrita aos regimes
antirretrovirais (ARVs) pode retardar significativamente o progresso da doença,
bem como prevenir infecções secundárias e complicações.
Sífilis - Infecção bacteriana geralmente transmitida pelo contato sexual que
começa como uma ferida indolor. Desenvolve-se em estágios, e os sintomas
variam conforme cada estágio.
Durante a primeira etapa, envolve uma ferida indolor na genitália, no reto
ou na boca. Após a cura da ferida inicial, a segunda fase é caracterizada por
uma irritação na pele. Depois, não há sintomas até a fase final, que pode ocorrer
anos mais tarde. Essa fase final pode resultar em danos para cérebro, nervos,
olhos ou coração.

Sua prevenção se baseia no uso correto e regular do preservativo


feminino /ou masculino, por se tratar de uma Infecção Sexualmente
Transmissível. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o
pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita.
A sífilis é tratada com penicilina. Os parceiros sexuais também devem ser
tratados.
Quais são os sintomas das infecções sexualmente
transmissíveis?

Os principais sintomas de ISTs

Nas mulheres são:

1. Ardência ou coceira na vagina

A sensação de ardor, coceira ou dor na vagina podem surgir tanto pela


irritação na pele devido à infecção, como pela formação de feridas, e podem ser
acompanhadas de vermelhidão na região íntima. Estes sintomas podem ser
constantes ou piorar ao urinar ou durante o contato íntimo.
Causas: algumas IST's responsáveis por este sintoma são Clamídia,
Gonorreia, HPV, Tricomoníase ou Herpes genital, por exemplo.
Nem sempre estes sintomas indicam IST, podendo ser, também,
situações como alergias ou dermatites, por exemplo, portanto, sempre que estes
sintomas surgirem é importante passar pela avaliação do ginecologista que
poderá fazer o exame clínico e coletar exames para confirmar a causa.
2. Corrimento vaginal

A secreção vaginal da IST costuma ter coloração amarelada,


esverdeada ou marrom, geralmente, acompanhada por outros sintomas como
um mau odor, ardência ou vermelhidão. Ela deve ser diferenciada da secreção
fisiológica, comum em toda mulher, que é clara e sem cheiro, e surge até cerca
de 1 semana antes da menstruação.
Causas: as IST's que costumam causar corrimento são Tricomoníase,
Vaginose Bacteriana, Clamídia, Gonorreia ou Candidíase.
Cada tipo de infecção pode apresentar corrimentos com características
próprias, podendo ser amarelo-esverdeado na Tricomoníase, ou marrom na
Gonorreia, por exemplo.
Além disso, deve-se lembrar que a candidíase, apesar de poder ser
transmitida sexualmente, é uma infecção que está mais associada a mudanças
no pH e da flora bacteriana da mulher, principalmente quando surge
frequentemente, devendo-se conversas com o ginecologista sobre as formas
de se evitar.
3. Dor durante o contato íntimo

A dor durante a relação íntima pode indicar uma infecção, já que as IST's
podem causar ferimentos ou inflamações da mucosa da vagina. Apesar de
existirem outras causas para este sintoma, ele costuma surgir por alterações da
região íntima, por isso, deve-se procurar atendimento médico assim que
possível. Na infecção, este sintoma pode vir acompanhado de corrimento e odor,
mas não é uma regra.
Causas: algumas possíveis causas incluem lesões causadas por
Clamídia, Gonorreia, Candidíase e ferimentos causados por Sífilis, Cancro Mole,
Herpes genital ou Donovanose, por exemplo.
Além da infecção, outras possíveis causas de dor no contato íntimo são
falta de lubrificação, alterações hormonais ou vaginismo.

4. Mau cheiro

O mau odor na região vaginal costuma surgir durante infecções, e também


estão associadas a uma má higiene íntima.
Causas: as IST's que podem causar mau cheiro costumam ser causadas
por bactérias, como acontece na Vaginose bacteriana, provocada
pela Gardnerella vaginalis ou outras bactérias. Esta infecção causa um odor
característico de peixe podre
5. Feridas no órgão genital

Feridas, úlceras ou verrugas genitais também são características de


certas IST's, que podem ser visíveis na região da vulva ou podem estar
escondidas na parte interna da vagina ou colo do útero. Essas lesões nem
sempre causas sintomas, podem piorar com o tempo, e em alguns casos até
aumentar o risco de câncer do colo do útero, por isso a avaliação periódica com
o ginecologista é recomendado para se detectar esta alteração de forma
precoce.
Causas: As úlceras genitais costumam ser causadas por Sífilis, Cancro
Mole, Donovanose ou Herpes genital, já as verrugas são causadas, geralmente,
pelo vírus HPV.

6. Dor no baixo ventre

A dor na região inferior da barriga também pode indicar uma IST, pois a
infecção pode atingir não só a vagina e o colo do útero, mas se espalhar pela
parte interna do útero, trompas e, até, ovário, causando uma endometrite ou
doença inflamatória pélvica.
Causas: Esses tipos de sintoma podem ser causados nas infecções por
Clamídia, Gonorreia, Mycoplasma, Tricomoníase, Herpes genital, Vaginose
bacteriana ou infecções por bactérias que podem afetar a região.

Outros tipos de sintomas

É importante lembrar que existem outras IST's, como a infecção pelo HIV,
que não causam sintomas genitais, podendo cursar com sintomas variados,
como febre, mal estar e dor de cabeça, ou a hepatite, que causa febre, mal-estar,
cansaço, dor abdominal, dor nas articulações e erupções na pele.
Como estas doenças podem piorar de forma silenciosa, até atingir
quadros graves e que colocam em risco a vida da pessoa, é importante que a
mulher faça periodicamente exames de rastreio deste tipo de infecção,
conversando-se como ginecologista.
Deve-se lembrar que a principal forma de se evitar estar doenças é como
uso do preservativo, e que outros métodos contraceptivos não protegem contra
essas infecções. Além da camisinha masculina, existe a feminina, que também
confere uma boa proteção contra IST's.

Nos homens são:


1. Coceira

A coceira é muito frequente em IST’s como o herpes genital, a proctite ou


a pediculose pubiana e está, normalmente, associada a infecções.
O herpes genital é uma infecção localizada na zona genital que, além da
coceira, também pode provocar sintomas como vermelhidão, dor ou ardor e
bolhas, que depois passam a ser feridas.
Já a proctite é uma inflamação do reto e do ânus, que pode ser causada
por infecções, e a pediculose pubiana, uma infecção causada por um parasita
conhecido popularmente como "chato" e que, além da coceira, pode causar
feridas e corrimento.

2. Vermelhidão

A vermelhidão na pele é um sintoma comum em infecções como o herpes


genital, o HIV, a infecção por citomegalovírus ou a pediculose pubiana.
O HIV é um vírus que destrói o sistema imunitário da pessoa e, embora
numa fase inicial a pessoa possa não apresentar sintomas, um dos sintomas
provocados pela infecção é a vermelhidão em lesões de pele, que pode estar
associada a outros sintomas como cansaço, perda de peso, febre e ínguas
doloridas.
A vermelhidão também pode ser um sintoma da infecção por
citomegalovírus, que pode apresentar outros sintomas como febre e pele e olhos
amarelos, no entanto o desenvolvimento da infecção acontece na maioria das
vezes quando o sistema imunológico está mais enfraquecido.

3. Dor

A dor causada pelas infecções sexualmente transmissíveis depende do


local onde a infecção se manifesta. O herpes genital causa, normalmente, dor
no pênis, a gonorreia e a infecção genital por clamídia, causam dor nos testículos
e a proctite provoca dor no reto.
A gonorreia e a infeção por clamídia são infecções causadas por bactérias
e apresentam outros sintomas como corrimento e dor ou queimação ao urinar.

4. Bolhas

As bolhas, ou vesículas, podem aparecer em infecções como o herpes


genital, o molusco contagioso, o HPV, o linfogranuloma venéreo ou a pediculose
pubiana.
O molusco contagioso é uma infecção viral que causa bolhas rosadas ou
de coloração branco pérola. Por outro lado, o linfogranuloma venéreo é
caracterizado por ser uma infecção bacteriana que provoca bolhas que depois
evoluem para feridas.
As bolhas que surgem no HPV são conhecidas como verrugas e
apresentam forma semelhante a uma pequena couve-flor.
5. Feridas no órgão genital

As feridas nos órgãos genitais são comuns em infecções como o herpes


genital, o HPV, a sífilis, o linfogranuloma venéreo, a proctite e a pediculose
pubiana, mas também podem estar presentes na boca ou na garganta caso
tenha havido contato dessas regiões com as secreções da parceira ou parceiro
infectado.
A sífilis é uma infecção causada por uma bactéria, que leva ao
aparecimento de feridas no pênis, região escrotal e virilha, em alguns casos, e
que pode levar ao aparecimento de outros sintomas como cansaço, febre e
ínguas doloridas.

6. Corrimento

A presença de corrimento também pode ser indicativa de IST 's, principalmente


de infecções como gonorreia, clamídia, proctite ou tricomoníase.
No caso da gonorreia, pode ser notada a presença de corrimento amarelado
parecido com pus e, caso tenha havido contato oral ou anal com a pessoa
infetada, podem surgir dor na garganta e inflamação no ânus, por exemplo.
A tricomoníase é uma IST provocada por um protozoário, o Trichomonas sp., e
que pode causar, além do corrimento, dor e ardor ao urinar e coceira no pênis.

7. Dor ou queimação ao urinar

A sensação de dor ou queimação ao urinar normalmente é sintoma de uma


infecção urinária, mas também podem ser indicativos de doenças sexualmente
transmissíveis, como gonorreia, clamídia ou tricomoníase.
Este tipo de sintoma também pode ser associado à infecção por herpes genital,
mas isso normalmente acontece quando as bolhas se encontram próximas da
uretra. Também é comum haver dor ou ardor ao defecar na presença de uma
infecção por herpes genital, caso as bolhas se encontrem próximas no ânus.

8. Cansaço excessivo

Nem sempre os sintomas de IST’s estão relacionados a alterações na região


genital, como é o caso da infecção pelo HIV, da hepatite B e da sífilis, em que
um dos principais sintomas é o cansaço excessivo e sem causa aparente.
O HIV é uma doença que afeta o sistema imune e, por isso, podem surgir
outras doenças uma vez que a proteção imunológica se encontra baixa. A
hepatite B, apesar de ser adquirida através da relação sexual desprotegida,
tem como principal consequência o dano ao fígado, aumentando o risco de
cirrose e câncer hepático.

9. Feridas na boca

As feridas na boca podem surgir se existir contato entre a boca e as secreções


da região infectada da parceira ou parceiro infectado. Além das feridas na
boca, podem surgir outros sintomas como dor de garganta, placas
esbranquiçadas nas bochechas, gengivas e garganta.

10. Febre

A febre é uma defesa normal do corpo e, por isso, é o principal sintoma


associado a qualquer tipo de infecção, incluindo as infecções sexualmente
transmissíveis como o HIV, a hepatite B, a infecção por citomegalovírus ou a
sífilis.
A febre pode ser alta, mas em muitos casos, as IST's causam uma febre baixa
constante, que pode ser confundida com uma gripe ou resfriado, por exemplo.

11. Icterícia
A icterícia é um sintoma caracterizado pela pele e olhos amarelos, que
acontece em IST’s como a hepatite B e a infecção por citomegalovírus.
Entenda o que causa icterícia e como tratar.

12. Ínguas doloridas

A presença de ínguas doloridas, assim como a febre, é outro sintoma muito


comum que indica a presença de algum tipo de infecção no corpo, como as
IST’s, por exemplo a sífilis ou o HIV.
Na sífilis, o local onde as ínguas normalmente aparecem é a virilha, no entanto,
o HIV pode provocar o aumento dos gânglios linfáticos em vários locais do
corpo.
Como dito nas informações anteriores, a principal forma de prevenção contra
as ISTs é o uso da camisinha, tanto masculina como feminina, encontrada para
a venda em qualquer farmácia ou de forma gratuita em postos de saúde. Em
caso de rompimento da camisinha ou irresponsabilidade com falta do uso,
deve-se procurar uma agência de saúde imediatamente (hospital ou posto de
saúde). E é de extrema importância que seja avisado ao parceiro/parceira
sobre a infecção, para que haja total responsabilidade de seus atos.

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