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METODOLOGIA DO ENSINO DE
CIÊNCIAS
1ª edição
2017
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Sumário
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Explicando melhor com a pesquisa
Leitura Obrigatória
Pesquisando com a internet
Saiba mais
Vendo com os olhos de ver
Revisando
Autoavaliação
Bibliografia
Bibliografia Web
Atividades complementares
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Palavra do Professor autor
Caro estudante,
Os autores.
7
Sobre os autores
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Ambientação da disciplina
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Trocando ideias com os autores
Caro estudante, propomos a leitura dos livros abaixo para uma melhor
compreensão dos assuntos que serão estudados.
Guia de estudo: Após a leitura das obras, faça uma reflexão e construa um
texto sobre a contribuição da pesquisa para a prática do professor de ciências
em sala de aula. Em seguida poste no ambiente virtual.
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Problematizando
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O CONHECIMENTO
CIENTÍFICO E O
COTIDIANO
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CONHECIMENTOS
HABILIDADES
ATITUDE
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As transformações científicas
A ciência acelerou a vida moderna de maneira tão rápida e natural que nem
percebemos. Ela ofereceu bens e serviços para satisfazer boa parte de nossas
necessidades, que nem notamos nas atividades simples do cotidiano a importância
do conhecimento científico. Antes tarefas que levariam dias, hoje são resolvidas ao
apertar um botão, como por exemplo, receber um vídeo do outro lado do mundo pelo
celular.
Mas nem sempre foi assim, esse impulso tecnocientífico é uma façanha do
século XX, sendo possível após grandes descobertas dentro das ciências da
natureza há séculos atrás, ou seja, quando pesquisa nas áreas de Física, Química e
Biologia trouxeram uma base de conhecimento para as transformações da nossa
época. A Física merece destaque com os experimentos no campo do
eletromagnetismo. Durante décadas, houve incansáveis tentativas de manter a
corrente elétrica num filamento incandescente, sempre repetindo o fracasso de
produzir a luz. Até que uma ousada experiência de Thomas Edson conseguiu
iluminar a cidade de Chicago, foi à invenção da lâmpada. Abrindo caminho definitivo
para o domínio da eletricidade. Em pouco tempo a lâmpada começou a ser fabricada
e usada nas residências americanas. (CARVALHO, 2011)
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encurtaram distancias e viabilizaram com um click serviços de bancos,
supermercados, farmácias e lojas.
A vida cotidiana
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conversar ao celular ou mudar a cor dos cabelos são atividades que envolvem
diretamente o conhecimento científico.
O senso Comum
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não chora”; “filho de peixe, peixinho é”; “na briga de marido e mulher, ninguém mete
a colher”; “Deus ajuda, quem cedo madruga”.
Dessa forma, dois saberes tão distintos, senso comum e ciências, acaba se
encontrando e convergindo em novos conhecimentos, pois a investigação científica
começa das demandas cotidianas. Assim, é preciso ter em mente, que a
simplicidade de um saber não significa necessariamente algo equivocado, mas o
início de uma nova descoberta. (CARVALHO, 2011).
O senso crítico
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de pensar, como se desejasse outra maneira de olhar para o mundo. Na prática, o
senso crítico nasceu em oposição às ideias estabelecidas pelo senso comum.
(BIZZO, 2002)
Para ser mais preciso, o senso crítico desconfia das verdades prontas de
nossa cultura, ele não absorve as ideias tendenciosas do cotidiano, ao contrário,
muitas vezes observa problemas e obstáculos nas explicações aparentes das
coisas, permanecendo curioso, racional e duvidoso diante dos casos.
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Em termos gerais, o senso crítico é fundamental para a formação de
pesquisadores, escritores, artistas, professores e cidadãos conscientes na
sociedade. Qualquer pessoa pode avaliar a credibilidade de um conhecimento ou
informação fazendo uma reflexão profunda do assunto. Nesse sentido, o senso
crítico é ideal para estimular o debate e o raciocínio lógico, desenvolvendo
questionamentos afiados com a atenção cuidadosa.
O método científico
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O nascimento da ciência formal ou clássica surgiu apenas na modernidade
durante o século XVI. Após haver uma necessidade de reunir as ferramentas
astronômicas com a prática da observação e da experimentação. Nessa época,
muitos astrônomos precisavam entender os movimentos dos planetas e comprovar
suas descobertas. Para eles, o ideal era conseguir provas incontestáveis das
informações capturadas pelo telescópio, quanto mais instrumentos, melhor o
resultado. Assim, ter o auxílio de um método de análise e trabalhar com
experimentos foi à saída que precisavam. Esse feito é considerado por muitos
estudiosos como uma verdadeira revolução, porque verdadeiramente inaugurou a
ciência.
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seguimentos da realidade e consegue verificar dados estatísticos, fenômenos da
natureza, sintomas de doenças, substâncias químicas, matérias-primas, entre
outras. (CARVALHO, 2011)
Exemplo 1:
Exemplo 2:
1 - Observar: Analisar as causas que estão por trás dos crescentes casos de
microcefalia em bebês.
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2 - Hipótese: Buscar a comprovação da relação entre a infecção do vírus da Zika
em gestantes e seus filhos com microcefalia. Estudar o comportamento do vírus no
corpo humano e em gestantes.
3 - Experimentação: Foi comprovado em laboratórios brasileiros e americanos, que
o vírus ataca as células cerebrais dos fetos, especificamente, as células troncos
responsáveis pela formação do cérebro.
4 - Generalizar: Com a divulgação dos resultados, a orientação em curto prazo foi
uso de repelente para as gestantes.
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ASPECTOS DE
METODOLOGIA E ENSINO
DE CIÊNCIAS
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CONHECIMENTOS
HABILIDADES
ATITUDE
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Breve histórico do ensino de ciências no Brasil
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fenômenos da natureza. Esse sistema presente na história da educação definiu a
estrutura do currículo escolar, acadêmico e profissional durante anos.
Somente depois de alguns séculos que houve mudanças, por vários motivos,
desenvolvidas por brasileiros que buscavam esta evolução como a publicação do
trabalho de Marta Pernambuco e Fernanda Silva, uma Retomada Histórica do
Ensino de Ciências, além de grupos de pesquisadores de formação brasileira que
exerciam tanto influências nas atividades nacionais como também em
financiamentos de órgãos de países estrangeiros aplicados no país com o Banco
Mundial (BIRD).
Ao prosseguir dos anos, surgem cada vez mais projetos de ensino para
treinamento de professores com o objetivo de mantê-los formados com o
conhecimento necessário e integrá-los aos novos rumos do ensino, por exemplo,
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centros de formação espelhados em projetos estrangeiros como Introductor Physical
Science (IPS), Physical Sicence Study Committe (PSSC), de Física, Biological
Science Curriculum Study (BSCS), de biologia entre outros. (DELIZOICOV, 2011).
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alavanca o desenvolvimento do indivíduo em sociedade, enquanto cidadão.
Questionar opiniões, certas posições tomadas, metodologias de análise e
interpretação da natureza foram ao longo da história dando corpo ao campo das
ciências naturais em diversas gerações. Dar-se consequentemente, o que vemos
todo dia, muitas vezes sem perceber a forte relação entre: ciência, tecnologia e
sociedade. Sobre a importância de se ensinar ciências no ensino fundamental,
consta nos PCNs:
Mostrar a Ciência como um conhecimento que colabora para a
compreensão do mundo e suas transformações, para reconhecer o
homem como parte do universo e como indivíduo, é a meta que se
propõe para o ensino da área na escola fundamental. A apropriação
de seus conceitos e procedimentos pode contribuir para o
questionamento do que se vê e ouve, para a ampliação das
explicações acerca dos fenômenos da natureza, para a compreensão
e valoração dos modos de intervir na natureza e de utilizar seus
recursos, para a compreensão dos recursos tecnológicos que
realizam essas mediações, para a reflexão sobre questões éticas
implícitas nas relações entre Ciência, Sociedade e Tecnologia.
(BRASIL, 2000, p.21-22)
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conteudistas. O ensino de ciência não pode se resumir a mera transmissão e
acumulação de conhecimento, visões deturpadas, mas sim torná-lo atraente e
significativo para o estudante. E obviamente essa é uma tarefa difícil, porém não
excludente.
Os autores Delizoicov e Angotti apontam que nos anos (60 e 70) houve três
fortes tendências do ensino de ciências, que são: tecnicista, escola novista e ciência
integrada. A tecnicista recebeu suas caraterísticas da psicologia comportamental.
Eram aplicados testes com intuito de mostrar as transformações no comportamento
ao longo dos estudos. A chamada escola novista, possuía também uma
aproximação com a psicologia, porém voltada para o conteúdo. Valorizava
excessivamente o método científico em sala de aula, ou seja, as atividades eram
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experimentais, no qual os estudantes reproduzissem, imitassem os trabalhos
desenvolvidos pelos cientistas. Isso veio a acarretar ao chamado método da
redescoberta. Já a ciência integrada procurava fixar a ideia de que o professor de
ciências bastava saber usar os materiais, aplicar as instruções e pronto, sem
precisar de um profundo conhecimento do assunto que iria tratar em sala de aula.
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se forma a nata do leite? Como separar o sal da água do mar? Por que a água
borbulha quando ferve?
Compreender o problema
a) O que se pede no problema?
b) Quais os dados e as condições do problema?
c) É possível fazer uma figura, esquema ou diagrama?
Elaborar um plano
a) Que estratégia você irá desenvolver?
b) Procure organizar os dados em tabelas ou gráficos.
c) Você se lembra de um problema semelhante que poderá ajudá-lo a resolver este?
d) Procure resolver o problema por partes.
Executar o plano
a) Execute o plano elaborado, verificando-o passo a passo;
b) Efetue os cálculos indicados no plano;
c) Execute a estratégia traçada ou outras pensadas, obtendo várias maneiras de
resolver o mesmo problema.
Fazer um retrospecto ou verificação
a) Examine se a solução obtida está correta.
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b) Existe outra maneira de resolver o problema?
c) É possível usar o método empregado para resolver outros problemas
semelhantes?
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mas sem explicar ou respondê-las. Dando seguimento, no segundo momento:
organização do conhecimento, agora os estudantes passarão a fazer relações,
conceitos e definições com outras visões sobre o fenômeno e ou situações que
melhor explicam os problemas levantados. Já no terceiro momento, que é aplicação
do conhecimento, como bem diz, este refere-se à sistematização e colocar em
prática o conhecimento que foi adquirido nas etapas anteriores.
Alfabetização científica
Nos dados de 2006 o Brasil obteve mais uma vez um resultado ruim, ficando
em posição 57º, onde participavam no total (57) países comparados no
desenvolvimento e aprendizagem do ensino de ciências. É preciso mudar esse
cenário triste, e isso deve começar logo no início da vida e aprendizagem escolar da
criança.
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de uma infinidade de conhecimentos, de um mundo que a tecnologia e a ciência
desafia a todo instante, torna-se continuamente importante estarmos atentos a
conteúdos relevantes.
Nos Estados Unidos o termo scientific literacy é utilizado pela primeira vez por
Paul Hurd ao reformar o ensino de ciências em sua obra datada de (1958). Nós no
Brasil traduzimos por alfabetização científica. O que seria então, alfabetização
cientifica? Essa pergunta não é fácil de responder, todavia, faremos uma tentativa
no decorrer do texto. Há alguns autores que a denominam como letramento
científico ou de enculturação científica, ou seja, o fato é que existe uma imensidão
de significado e implicações desse termo para o ensino de ciências. Diante dessa
pluralidade semântica, há algo comum: o objetivo de capacitar e formar estudantes
com amplo conhecimento científico e que saibam aplicar nos desdobramentos da
vida em sociedade. Comecemos por mostrar, já que citamos aqui o PISA, o que este
programa diz em sua matriz de ciências, ao se preocupar com a formação dos
estudantes.
O letramento científico requer não apenas o conhecimento de
conceitos e teorias da ciência, mas também o conhecimento sobre os
procedimentos e práticas comuns associadas à investigação
científica e como eles possibilitam o avanço da ciência. Assim,
indivíduos que são cientificamente letrados têm o conhecimento das
principais concepções e ideias que formam a base do pensamento
científico e tecnológico; de como tal conhecimento foi obtido e do
grau em que tal conhecimento é justificado por evidência ou
explicações teóricas. (INEP- PISA, 2015)
Os jovens estão saindo das escolas sem uma boa formação, é necessário
reverter esse quadro e repensar o currículo. Ele não deve ser privado de conhecer a
teoria e a prática de ciências, já que isso lhe auxiliará na compreensão do mundo
em geral. Ser alfabetizado cientificamente é ser capaz de analisar a natureza,
respeitar o patrimônio cultural de um país, é saber fundamentar suas opiniões diante
das demais. Defendemos piamente, portanto, que a alfabetização científica pode e
deve ser de imediata aplicada na escolarização da criança, mesmo que a esta ainda
não saiba porventura ler e escrever, mas começa a ver o mundo pela percepção
favorecendo sua aprendizagem, e avanço na leitura e na fala.
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científico. E isso deve começar nas séries iniciais do ensino fundamental, aplicando
do mais simples para o mais complexo conceito, por exemplo, do conteúdo de
higiene, de alimentação as teorias da física, da química, do universo. Assim, tendo
essa instrumentação nas ciências naturais, tem-se no futuro um cidadão que cuja
profissão realiza com satisfação e entende melhor qualquer outra área que venha a
ter interesse, ao passo que interpreta e age consciente na vida em coletividade.
E isso deve ser levado em conta pelos educadores e familiares de modo que
essas descobertas sejam trabalhadas em sala de aula, para que assim a criança
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possa se descobrir ainda mais, principalmente quando relacionado à ciência, todo
conhecimento que ela vai adquirindo por curiosidade natural de conhecer o mundo,
o ambiente, deve ser valido e trabalhado em sala de aula. Contudo, defendemos a
ideia de que é possível abordar ciências na primeira infância. As novas gerações
devem caminhar no ritmo frenético das transformações científicas e tecnológicas
favorecendo a compreensão do dinamismo do mundo, do desenvolvimento cognitivo
e despertando a inteligência da criança.
Um programa de ciências para o ensino infantil não quer dizer que a criança
irá estudar: teorias, leis, fórmulas, métodos científicos difíceis, mas sim estabelecer
um primeiro contato, uma protofonia com a ciência. Assim, quando chegar a hora de
adentrar nesses pontos, ela já estará bem preparada e aprenderá melhor. Nos
parâmetros curriculares nacionais da educação infantil têm-se esses eixos
temáticos: movimento, artes visuais, música, linguagem oral e escrita, natureza e
sociedade, matemática.
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Com a educação freireana aplicada ao ensino de ciências da natureza temos um
conteúdo: ético, político, contextualizado e dialógico.
.
Umas das didáticas que podem ser implantadas nesse meio é o famoso
círculo de cultura e a roda de conversa. Uma vez que considera as crianças como
seres produtores de cultura, e ao ser valorizado o processo de conscientização é
determinante para alfabetizá-las. Conjuntamente a isso, a roda de conversa é uma
maneira e um espaço para serem compartilhadas as opiniões das crianças.
É através de sua prática e técnica com seus estudantes, que Freinet cria uma
nova modalidade de ensino: a aula passeio, que hoje alguns professores chamam
de aula das descobertas, ou aula a campo. Ele observou que as crianças não
estavam felizes em sala de aula, não gostavam de estar ali, e que a escola era muito
formal e rígida, sem levar em consideração a afetividade. Assim, percebeu que o
que chamava a atenção delas estava fora da escola, num jardim, nas plantas, nos
animais, no céu, enfim em tudo na natureza. Por isso, a ideia da aula passeio é
justamente levar os estudantes a aquisição de conhecimentos ao ar livre. Além
dessa técnica foram desenvolvidas por ele: imprensa na escola, fichário de consulta,
livro da vida, plano de trabalho e o texto livre etc.
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nos orientar e praticarmos a pedagogia do bom senso, do trabalho e da cooperação.
Atualmente no Brasil existem alguns colégios e professores da educação infantil,
fundamental e médio que utilizam as metodologias de Freinet.
De certa forma, o professor sabendo desses aspectos acima, fica mais fácil
saber que conceitos já estão formados no estudante. Nesse caso faz-se necessário
uma atenção e cautela com a criança no momento em que for ministrar o conteúdo
de ciências se já é adequado, se estão prontas para conhecer novos conceitos. A
partir disso, o estudante pode relacionar o que previamente já sabe com o que estar
por aprender, com equilíbrio e eficácia, gerando uma boa aprendizagem.
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Ensinar ciências é divertido, prazeroso e ao mesmo tempo desafiante. O
professor deve estar atento às temáticas que precisam ser desenvolvidas de acordo
com os parâmetros curriculares nacionais de ciências, assim como acompanhar as
informações sobre a área, a fim de compreender as questões atuais e poder levar
isso a sala de aula. Questões como: desenvolvimento e ambiente sustentável,
fracionamento do consumo de energia e água, alimentação saudável, coleta
educativa de lixo etc. Dão direcionamento para o estudante perceber e dar a devida
importância ao planeta que vive.
Esses novos valores devem ser implantados desde a educação infantil, para
que assim possamos contribuir em prol de uma nação que visem o desenvolvimento
sustentável do planeta e que a união do conhecimento delas nessa perspectiva
traga soluções futuras para o ambiente.
O educador deve aproveitar todo conhecimento que a criança leva para sala
de aula e não repreender dizendo que está errado, mas sim aperfeiçoar. Desse
modo é possível formar cidadãos com visões futuras para estabelecer um melhor
desenvolvimento e uma melhor condição para a sociedade.
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PRATICANDO CIÊNCIAS
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CONHECIMENTOS
HABILIDADES
ATITUDE
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Os desafios do ensino de ciências
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Apesar das observações descritas anteriormente, precisamos entender que a
direção do ensino, da aprendizagem e da avaliação depende da adequação do
programa às necessidades reais da escola e do estudante. Estimular o interesse
pelo estudo de ciências, mostrando a importância da disciplina e da escola na
melhoria das condições de vida são aspectos ainda sujeitos as características
culturais, sociais e individuais dos estudantes e da estrutura escolar.
Devemos ter em vista, que o ensino de ciências nos primeiros anos escolares
é essencial para edificar os conhecimentos e as oportunidades de crescimento na
sociedade. De forma que, encoraje as opiniões e o esclarecimento sobre aquilo que
passa à sua volta, buscando soluções e melhorias para realidade.
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estimulada na base curricular do ensino de ciência. Dessa maneira, estaremos
possibilitando as condições para que o estudante exerça a sua cidadania.
Planejando as atividades
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Com o intuito de facilitar o planejamento do trabalho, na tomada de decisão
de conteúdo, os PCNs trazem uma classificação destes, que são três categorias
importantes que devem ser levadas em consideração. Veja no quadro abaixo:
Cada um tem de maneira geral uma pergunta que orienta a seleção pelo
professor.
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Geralmente encontramos nos livros didáticos a seguinte divisão, como mostra
o quadro abaixo distribuido em conteúdos e atividades de aprendizagem. Veja:
Conteúdos Atividades
Factuais Repetições verbais
Conceituais Experiências pessoais
Procedimentais Aplicações e exercícios
Atitudinais Experiências + inter-relações + afetividade
Mesmo que esses três conteúdos sejam diferentes entre si, todos são
componentes indispensáveis para o processo de aprendizagem e não só podem
como devem ser relacionados. Assim, o professor passa a trabalhar, planejar e
organizar sua aula em prol da integração dessas dimensões, sem desfavorecer
nenhuma etapa para efetivação da aprendizagem do estudante. Em síntese, para
cada plano de ensino, aula, ou outra ação, o professor precisa estabelecer e se
orientar nesses tipos de conteúdos supracitados, tornando a aprendizagem
significativa.
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Muitas escolas da rede pública recebem a revista para a biblioteca, porém às
vezes não são utilizadas pelos docentes e estudantes. Mesmo assim, há um grande
número de seguidores que realmente usam em suas pesquisas, ou em sala de aula.
O professor que porventura ainda não conheça, faça isso, seja um assinante,
comece folheando e perceba a quão divertida e interessante são os assuntos
tratados nela. Traz uma abordagem bem diversificada, envolvendo matemática,
astronomia, história, biologia, química, além de temas da atualidade.
Uma dica para a prática do professor é utilizar os jogos educativos em ciências que
já vem pronto na Revista Astronomia.
Feiras de Ciências
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sustentabilidade, linguagem e cultura, que estão em voga na região ou no cenário
mundial. A Feira de ciências além de proporcionar a visita da comunidade à escola
para prestigiar a feira, contribui também para a divulgação e popularização da
ciência. É uma chance de descobrir talentos para a ciência, os jovens cientistas,
durante uma aprendizagem diferente na qual os estudantes compartilham
conhecimentos, dúvidas, interesses na organização e concretização do evento na
escola.
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fica como espectador. Nossa proposta para a prática experimental é envolver o
estudante nessa atividade que seja laboratorial ou em sala de aula.
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Com esse pensamento acreditamos e defendemos que a partir de um
planejamento o professor pode fazer experimentos em sala de aula, fazendo dela
um laboratório interativo. Têm em mente quais objetivos se pretende alcançar, quais
os conceitos que os estudantes já possuem e que necessitam conhecer com essa
prática. Os conteúdos procedimentais serão importantes nessa atividade. O
professor pode antes da experiência, realizar uma sondagem, com expectativas dos
estudantes.
Sites educativos
A internet pode ser uma ótima opção pedagógica. Diante de uma sociedade
tecnológica, informativa e do conhecimento, a prática escolar tem que acompanhar
esse contexto atual. O professor pode utilizá-la de várias formas por ser dinâmica e
também estar presente em nosso cotidiano. No momento de colocar em prática é
importante ter cuidado para que a aula não se torne um passatempo ou sem
significados. Além de poder elaborar uma pesquisa para os estudantes realizarem
em casa individualmente ou em grupo, conforme o professor deseja.
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Seara da ciência
Ciência em show
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científico etc, apresenta também em forma de vídeos, coleção de livros, laboratório
móvel e capacitação docente; Tirinhas, estas são bastante conhecidas do
professor, como não se lembrar da famosa mafaldinha de Quino. Mas nesse caso, o
site traz tirinhas com histórias cotidianas, com temáticas relevantes de ciências. É
bem interessante, pois além de estimular e desenvolver habilidades de leitura e
escrita, o estudante aprendeu ciências brincando, com humor e criatividade.
Ciência a mão
Para o professor de ciências outra dica que vale a pena ser conferida é o site
ciência a mão. Trata-se de uma página de busca desenvolvida pela Universidade de
São Paulo – USP. Todo seu design é semelhante ao Google, pois disponibiliza
gratuitamente para estudantes e professores um leque de material didático, links,
textos, e-books, revistas, programas e outras sugestões de sites sobre educação em
ciências.
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Mão na massa – trata-se de um projeto que se chama ABC na educação
científica. A proposta é levar à teoria a prática literalmente, direcionado para o
docente de ensino de ciências nas séries iniciais, traz várias atividades como:
experiências, incentivo à leitura e a oralidade. O projeto ABC revela uma
metodologia investigativa e questionadora colocando o estudante como ser
importante na construção do conhecimento. Essa é uma forma de enriquecer e
fortalecer o trabalho do professor em sala de aula.
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Explicando melhor com a pesquisa
Guia de estudo: Após a leitura desses artigos faça uma resenha crítica sobre
a contribuição da experimentação no processo de ensino - aprendizagem no
ensino de ciências.
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Leitura obrigatória
Guia de estudo: Logo após a leitura dessa obra, faça uma reflexão e construa
um texto abordando os (PCNs) como uma ferramenta que auxilia o professor
no processo de ensino-aprendizagem.
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Saiba mais
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Vendo com os olhos de ver
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Revisando
Diante tantos avanços, pode se compreender que o homem pode fazer uma
leitura da realidade de várias formas, usando o senso comum, senso crítico,
científico, religioso, entre outros. Sabendo que esses conhecimentos são apenas
maneiras diferentes de relacionar-se com o mundo e, por isso, não devemos rivalizar
com a pluralidade de saberes e entendimentos.
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se capacite sempre para que possa auxiliar nesse quadro e poder mudar essa
realidade.
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Autoavaliação
3- Quais são as fases básicas do método cientifico? Explique cada uma delas.
A partir da leitura, como você pode estabelecer os benefícios que a ciência traz ou
pode gerar na vida do homem?
10- Que atitude o professor de ciências deve ter em sala de aula para desenvolver
uma aprendizagem significativa nos estudantes?
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Bibliografia
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano: compaixão pela terra. 19. ed.
Petrópolis: Vozes, 2013
78
INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira. PISA
2015: Relatório Nacional. Apresentação. Brasília, 2001. Disponível em: . Acesso em:
25/05/2017.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. Coleção Magistério 2º
grau - Série Formação do Professor.
PIAGET, Jean. Epistemologia Genética. São Paulo. Editora WMF Martins Fontes,
2012.
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Bibliografia Web
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Vídeos
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Atividades complementares
Conteúdo: Temperatura
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1
2
5
3 4
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Experiência 2: Luz para a vida
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7
2
5
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Experiência 3: Arco-íris
O arco-íris sempre nos chamou a atenção por sua beleza. Ele é composto por 7
cores, que na ordem são: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
Existem também outras ondas eletromagnéticas que constituem o arco-íris, porém
não são visíveis ao olho nu.
Conteúdo: Luz
Objetivo: mostrar que a luz do sol é formada de várias cores.
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Experiência 4: Carga elétrica
Quando algo tem eletricidade estatística, dizemos que está carregado. Há dois tipos
de carga – positiva e negativa. Elas podem atrair-se ou repelir-se
Conteúdo: Eletricidade
Objetivo: Mostrar a existência de cargas elétricas que se atraem e que se repelem.
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1
6
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Experiência 5: Cartolina mágica?
Materiais: Cartolina;
Copo;
Tesoura;
Água;
Fonte: http://cmais.com.br/x-tudo/experiencia/11/cartolinagrudenta.htm
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