INSTRUMENTOS LEGAIS

PARA PROBLEMÁTICAS
E SOLUÇÕES URBANAS
 “Olhar para a cidade pode dar um prazer especial, por mais comum
que possa ser o panorama.

Como obra arquitetônica, a cidade é uma construção no espaço, mas

uma construção em grande escala;
uma coisa só percebida no decorrer de longos períodos de tempo.

O design de uma cidade é, portanto, uma arte temporal, mas

raramente pode usar as sequencias controladas e limitadas das outras artes
temporais, como a música, por exemplo.

Em ocasiões diferentes e para pessoas diferentes, as

consequências são invertidas, interrompidas, abandonadas e atravessadas.

A cidade é vista sob todas as luzes e condições atmosféricas

possíveis”. .
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo, Martins Fontes, 2006, p. 1
Ponte da Boa Vista (1863), Ponte da Boa Vista
gravura de Louis Schlappriz http://www.cultura.pe.gov.br/canal/funcultura/liv
ro-revela-a-historia-das-pontes-do-recife/

Ponte da Boa Vista (1878), gravura de F. H.

Carls. Acervo: Museu da Cidade do Recife

https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/viver/2019/08/super-
oxe-gang-artistas-se-reunem-para-propagar-o-trap-do-recife.html
 Metrópole Fordista
Centro X Subúrbio

Centro : principais atividades

econômicas , políticas e culturais ;
infraestrutura de hotéis, lojas e
restaurantes, serviços específicos
para elite residente ou trabalhadora

Subúrbio: fábricas e moradias

operárias , ausência de serviços
de saúde , lazer etc.

Dependência de deslocamento
carro x transporte público
(Pátio da estação Central do Recife, Imagem: Retirada do site - Amantes da ferrovia)
 Crise Fordista dos anos 70

Conjunto Residencial Ignêz Andreazza / Adroaldo Figueiredo/Voz do Leitor

_ crescimento econômico a longo
prazo com capital fixo envolvido em
produção em massa
_ esgotamento da produtividade
fordista e saturação de bens de
produto

_ aumento das diferenças e

contradições socioeconômicas
_ concorrência global e instabilidade
do sistema financeiro nacional.
 PosFordismo
_ flexibilidade de processos de trabalho,
mão de obra, consumo e novos produtos

_ setores novos de reestruturação

de produção e mercado

_ inovação tecnológica, automação e comunicação

https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fpe.olx.com.br%2Fgrande-
recife%2Fcomercio-e-industria%2Fponto-comercial-em-beberibe-ao-lado-do-supermercado-
arco-iris-e-em-frente-a-loteria-
728142456&psig=AOvVaw2AhWDSCdZgPB5W8pUwcXqW&ust=1588353585609000&source=ima
ges&cd=vfe&ved=0CA0QjhxqFwoTCKDxjabUkOkCFQAAAAAdAAAAABAK

O Centro
ainda mantém
o controle da economia ,
mas ocorre uma suburbanização
de alguns serviços e atividades
 Cidade Moderna
Radial
Centro X Periferia

Cidade Contemporânea
Radial Estrela
Centro X Periferia

percursos casa trabalho, escola, serviços

 crescimento
da
população
urbana
x
diminuição
da
população
rural

não nos cabe mais discutir uma situação

que não seja a ocupação crescente de população
em um território determinado “a cidade”.
O excessivo adensamento pode criar espaços de vivência
indesejáveis,
congestionados,
ruidosos
e estimular o abandono da cidade.
A solução seria aumentar a mobilidade
urbana desvinculada do uso do carro
e diminuir os níveis de emissão de poluentes,
suburbanização de empregos, serviços e moradias.
 Calçadas largas
Ciclovias
Transportes público
Arborização
Estar e Lazer urbano

Fonte Urbem

Desafio
Como transformar sem destruir
Construir o novo
Adequação e Qualificação
 A cidade compacta subentende
que com altas densidades
é possível reduzir
o consumo de energia
e também
das emissões
gases efeito estufa GEE.

O planejamento urbano definindo

o uso do solo numa escala urbana,
regional e local
preocupada com as edificações numa
linha de conservação energética e de
outros recursos sustentáveis...

È importante analisar o uso do solo

na escala regional
e sua relação com o sistema de
mobilidade.
 Cidade compacta e policêntrica
da cidade compacta é possível aplicar
este conceito
às estruturas urbanas contemporâneas,
marcadas pelo crescimento das periferias,
em sistemas policêntricos.

É chamada a forma urbana de concentração descentralizada.

A aplicação deste princípio deve ser estratégico:

os novos centros compactos devem ser localizados nas vizinhanças das grandes áreas
urbanas, ou em corredores que forneçam as mesmas concentrações que os agregados
urbanos existentes.

Este modelo caracteriza-se por uma região com uma pluralidade de núcleos,
onde os serviços são dispersos por vários pequenos centros compactos,
que definem uma cidade ou vila.
Estatuto da Cidade Estatuto da Metrópole
Lei Nº 10.257, de 10/07/2001 regulamenta os Lei Nº 13.089, de 12/01/2015 institui o
arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estatuto Metrópole e altera a Lei Nº 10.257
estabelece diretrizes gerais da política urbana de 10/07/2001 e dá outras providências.
DIRETRIZES GERAIS DO ESTATUTO DA CIDADE
PRINCÍPIOS BÁSICOS
-FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE
URBANA.

-INTERESSE PÚBLICO,
buscando o bem-estar coletivo e a justiça social

-RECUPERAÇÃO DA VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA,

decorrente dos investimentos públicos em infra-
estrutura social e física.

-ADEQUAÇÃO DOS INSTRUMENTOS

de política econômica, tributária e financeira e dos
gastos públicos
aos objetivos do desenvolvimento urbano.
DIRETRIZES GERAIS DO ESTATUTO DA CIDADE
PRINCÍPIOS BÁSICOS

-EVITAR CONFLITOS ENTRE AS ESFERAS DE GOVERNO

NA ÁREA URBANÍSTICA

-GARANTIA DO DIREITO A CIDADES SUTENTÁVEIS,

simplificação da legislação de parcelamento, de uso e
ocupação do solo.

-ISONOMIA DE CONDIÇÕES

-O PLANEJAMENTO
como processo construído a partir da participação
permanente dos diferentes grupos sociais.
 PLANO DIRETOR
Obrigatório para Cidades:
• com mais de vinte mil habitantes;

• integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;

• onde o Poder público Municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4º do

art. 182 da Constituição Federal;

• pertencentes a áreas de especial interesse turístico;

• inseridas em área de influência de empreendimentos ou atividades com impacto regional

ou nacional.
 PLANO DIRETOR
Obrigatório para Cidades:
• No caso de cidades com mais de 500 mil habitantes deverá ser elaborado
um plano de transporte urbano integrado,
compatível com o Plano Diretor ou nele inserido.

• A Lei que instituir o Plano Diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.

• Cidades com mais de 20 mil habitantes

ou que pertençam a regiões metropolitanas
ou aglomerações urbanas que não tiverem Plano Diretor
deverão aprová-los no prazo de 5 anos.
 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PREVISTOS
PEUC _Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios
Com a aplicação deste instrumento, procura-se otimizar os investimentos públicos
realizados e penalizar o uso inadequado, fazendo com que a propriedade cumpra a
sua função social.
 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PREVISTOS
Imposto predial e territorial urbano progressivo no tempo
A ideia é punir com um valor crescente, ano a ano, os proprietários de terrenos
cuja ociosidade ou mal aproveitamento acarrete prejuízo à população.
Não sendo cumpridas as condições legais para o aproveitamento da área, o
Município passará a aumentar, durante 5 anos consecutivos, a alíquota do IPTU,
até o limite máximo de 15%.
 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PREVISTOS

Desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública.

PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PREVISTOS

Usucapião especial de imóvel urbano

O cidadão que ocupar área ou edificação urbana de até 250 m2 para sua moradia
ou de sua família, por 5 anos consecutivos, sem que o proprietário a reclame,
terá garantido o direito à posse, desde que não seja proprietário de outro imóvel
urbano ou rural.
 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PREVISTOS

Direito de superfície
O proprietário urbano poderá conceder a terceiros o direito de uso da superfície do
seu terreno, do subsolo ou do espaço aéreo relativo a ele, mediante escritura pública.
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PREVISTOS

Direito de preempção
Regularização fundiária;
Execução de programas e projetos habitacionais de
interesse social;
Constituição de reserva fundiária;
Ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
Implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
Criação de unidades de conservação ou proteção de outras
áreas de interesse ambiental;
Ou
Proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou
paisagístico.
 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PREVISTOS
Outorga onerosa do direito de construir
Consiste na possibilidade de o Município estabelecer relação entre a área edificável
e a área do terreno, a partir da qual a autorização para construir passaria a ser
concedida de forma onerosa.
 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PREVISTOS

Transferência do direito de construir

Implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
Preservação de imóvel de valor histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural;
Programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de
baixa renda e construção de habitações de interesse social.
O Plano Diretor delimitará as áreas onde
o planejamento urbano indicar
a possibilidade de maior adensamento populacional
e definirá os limites máximos de construção a serem atingidos,
considerando a infra-estrutura existente
e o potencial de densidade a ser alcançado em cada área.
 Estudo de impacto de vizinhança
Esse Estudo deverá analisar os efeitos do empreendimento ou atividade
sobre a qualidade de vida urbana, em especial nos aspectos que terão
impactos relacionados:
• ao adensamento da população;
• à capacidade dos equipamentos urbanos e
comunitários pré-existentes;
• ao uso e ocupação do solo;
• à valorização ou desvalorização dos imóveis na
região;
• à geração de tráfego e aumento da demanda
por transporte público;
• à ventilação e iluminação das edificações
existentes;
• à paisagem urbana;
• ao patrimônio natural e cultural.
 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PREVISTOS
Concessão de uso especial para fins de moradia
Permite a regularização das moradias ilegais para aqueles que possuíam como seu, por
5 anos, até 30 de junho de 2001, até 250 m2 de imóvel público situado em área
urbana, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, desde que não seja
proprietário ou concessionário de outro imóvel urbano ou rural.

Este instrumento foi vetado no Estatuto da Cidade, sendo posteriormente

editado pela Medida Provisória 2.220 e para ser Lei a medida provisória
 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PREVISTOS
Consórcio imobiliário
Mecanismo que viabiliza parcerias entre os proprietários de imóveis e o poder público
municipal, onde o proprietário transfere a prefeitura o seu imóvel e, após a realização
das obras, recebe lotes, casas ou apartamentos no mesmo valor que o terreno tinha
antes das obras.
 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PREVISTOS
Zonas especiais de interesse social (ZEIS)
São áreas da cidade, definidas pelo Plano Diretor,
comprometidas com a viabilização dos interesses das camadas populares.
Ao município é dado instituir zonas com regras especiais,
quando o uso admitido vier a promover a integração das pessoas mais necessitadas aos
espaços habitáveis.
 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PREVISTOS
Operação Urbana:
PPP _ Parceria entre o poder público e iniciativa privada;
o empresariado contribui para a implantação de obras públicas e de índices
urbanísticos em determinada área.
 O ARQUITETO E O URBANISMO
Construímos a cidade quando pensamos o produto imobiliário do lote para fora.
Quando identificamos além do usuário do imóvel, mas principalmente os vizinhos
a vivência dos que chegam aos que estão por lá.
 O ARQUITETO E O URBANISMO
Construímos a cidade quando
Quando mudamos a paisagem e damos um objetivo de uso do espaço
Valorizamos o entorno, não monetariamente apenas, mas no sentido de pertencimento.
 O ARQUITETO E O URBANISMO
Construímos a cidade quando
Quando damos dignidade e condições de vivência
Envolvemos a segurança e os serviços públicos
 O ARQUITETO E O URBANISMO
Construímos a cidade quando
Quando deixamos ela fluir
Entendemos sua geografia e sua cultura
 ECONOMIA DA CIDADE
Construímos a cidade quando
Entendemos sua economia.
Não podemos planejar sem saber quanto custa e quanto podemos gastar
De onde vem os recursos
CIDADES INTELIGENTES
DESASTRES URBANOS
PANDEMIAS E CIDADES
“Cidades cheias de vida têm
essa maravilhosa habilidade,
inata,
de compreender,
de comunicar,
de concatenar
e inventar
o que será necessário
para combater suas dificuldades”
Jane Jacobs

VAMOS PLANEJAR UMA CIDADE PARA TODOS

elkawp@hotmail.com fone: 81-985082920