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COLÉGIO DO INSTITUTO BATISTA AMERICANO

PROF. ABIMAILTON PRATTI DA SILVA


Rua Mariana N.º 70 Retiro Volta Redonda –
Telefone: (24) 33381279
Colégio do Instituto Batista Americano Apostila de Eletrônica Digital I

SOLICITAÇÃO

Não temos direito autoral reservado para o presente trabalho.


Portanto em caso de utilização de qualquer parte desta apostila, o
que solicitamos é a divulgação desta como fonte.

Eng.o Abimailton Pratti da Silva

MENSAGEM

" O saber só é valorizado, quando nos orgulhamos


dos esforços feitos para alcança#lo."

Patrícia Montine

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Colégio do Instituto Batista Americano Apostila de Eletrônica Digital I

INDICE GERAL
1.0 INTRODUÇÃO A ELETRÔNICA DIGITAL 7

1.1 SISTEMA BINÁRIO DE NUMERAÇÃO 7

1.2 CONVERSÃO DO SISTEMA BINÁRIO PARA O SISTEMA DECIMAL 7

1.2.1 TABELA DA POTÊNCIA DE DOIS 8

1.2.2 CONVERSÃO DO SISTEMA DECIMAL PARA O SISTEMA BINÁRIO 8

1.2.3 CONVERSÃO DE BINÁRIO FRACIONÁRIO PARA DECIMAL 8

1.2.4 CONVERSÃO DE DECIMAL FRACIONÁRIO PARA BINÁRIO 9

1.2.5 SISTEMA OCTAL DE NUMERAÇÃO 9

1.2.6 CONVERSÃO DO SISTEMA OCTAL PARA DECIMAL 9

1.2.7 CONVERSÃO DO SISTEMA OCTAL PARA BINÁRIO 9

1.2.8 CONVERSÃO DO SISTEMA BINÁRIO PARA O OCTAL 10

1.2.9 CONVERSÃO DO SISTEMA DECIMAL PARA O OCTAL 10

1.3 SISTEMA HEXADECIMAL DE NUMERAÇÃO 10

1.3.1 CONVERSÃO DO SISTEMA HEXADECIMAL PARA OCTAL 10

1.3.2 CONVERSÃO DO SISTEMA HEXADECIMAL PARA BINÁRIO 11

1.3.3 CONVERSÃO DO SISTEMA BINÁRIO PARA HEXADECIMAL 11

1.3.4 CONVERSÃO DO SISTEMA DECIMAL PARA HEXADECIMAL 11

2.0 OPERAÇÕES ARITMÉTICAS NO SISTEMA BINÁRIO 12

2.1 ADIÇÃO NO SISTEMA BINÁRIO 12

2.2 SUBTRAÇÃO NO SISTEMA BINÁRIO 12

2.3 MULTIPLICAÇÃO NO SISTEMA BINÁRIO 13

2.4 DIVISÃO NO SISTEMA BINÁRIO 13

3.0 PORTAS LÓGICAS E FUNÇÕES LÓGICAS 13

3.1 ÁLGEBRA DE BOOLE 14

3.2 VARIÁVEIS LÓGICAS 14

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3.3 LÓGICA POSITIVA E LÓGICA NEGATIVA 14

3.4 PORTA E (AND) 14

3.5 PORTA OU (OR) 15

3.6 INVERSOR 16

3.7 PORTA NÃO E (NAND ou NE) 17

3.8 PORTA NÃO OU (NOU ou NOR) 17

4.0 EXPRESSÕES, TABELAS VERDADES E INTERLIGAÇÕES ENTRE


CIRCUITOS 17

4.1 EXPRESSÕES BOOLEANAS GERADAS POR CIRCUITOS LÓGICOS 17

4.2 CIRCUITOS OBTIDOS DE EXPRESSÕES BOOLEANAS 19

4.3 TABELAS VERDADES DE EXPRESSÕES BOOLEANAS OU CIRCUITOS 20

4.3.1 TABELAS VERDADES DE UMA EXPRESSÃO 20

4.3.2 TABELAS VERDADES OBTIDAS DE UM CIRCUITO 21

4.4 OUTRAS UTILIZAÇÕES DA TABELA VERDADE 21

4.5 EQUIVALÊNCIA DE BLOCOS LÓGICOS 22

4.5.1 OBTENÇÃO DE INVERSORES A PARTIR DE UMA PORTA NAND 22

4.5.2 OBTENÇÃO DE INVERSORES A PARTIR DE UMA PORTA NAND 22

5.0 CIRCUITOS COMBINACIONAIS 22

5.1 CIRCUITO OU EXCLUSIVO 24

5.1.1 CIRCUITO OU EXCLUSIVO COMO BLOCO LÓGICO 24

5.2 CIRCUITO COINCIDÊNCIA 25

5.2.1 CIRCUITO COINCIDÊNCIA COMO BLOCO LÓGICO 25

5.3 INTERLIGAÇÃO DE BLOCOS OU EXCLUSIVO, CONCIDÊNCIA COM MAIS


DE DUAS VARIÁVEIS 25

6.0 SIMPLIFICAÇÃO DE CIRCUITOS LÓGICOS E ÁLGEBRA BOOLEANA 26

6.1 POSTULADOS 26

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6.1.1 POSTULADOS DA COMPLEMENTAÇÃO 27

6.1.2 POSTULADOS DA ADIÇÃO 27

6.1.3 POSTULADOS DA MULTIPLICAÇÃO 27

6.2 PROPRIEDADES 27

6.2.1 PROPRIEDADE COMUTATIVA NA ADIÇÃO 27

6.2.2 PROPRIEDADE COMUTATIVA NA MULTIPLIÇÃO 27

6.2.3 PROPRIEDADE ASSOCIATIVA NA ADIÇÃO 27

6.2.4 PROPRIEDADE ASSOCIATIVA NA MULTIPLIÇÃO 27

6.2.5 PROPRIEDADE DISTRIBUTIVA 27

6.3 TEOREMAS DE “DE MORGAN” 28

6.3.1 PRIMEIRO TEOREMA DE “DE MORGAN” 28

6.3.2 SEGUNDO TEOREMA DE “DE MORGAN” 28

6.4 IDENTIDADES AUXILIARES 28

6.5 SIMPLIFICAÇÃO DE EXPRESSÕES BOOLEANA 29

7.0 SIMPLIFICAÇÃO DE EXPRESSÕES E CIRCUITOS PELO DIAGRAMA DE


VEITCH-KARNAUGH 30

7.1 DIAGRAMA DE KARNAUGH PARA DUAS VARIÁVEIS 30

7.2 DIAGRAMA DE KARNAUGH PARA TRÊS VARIÁVEIS 31

7.3 DIAGRAMA DE KARNAUGH PARA QUATRO VARIÁVEIS 33

7.3.2 7.3.1 CASOS CONSIDERADOS PARES NO DIAGRAMA DE KARNAUGH


PARA QUATRO VARIÁVEIS. 34

7.3.3 CASOS CONSIDERADOS QUADRAS NO DIAGRAMA DE KARNAUGH PARA


QUATRO VARIÁVEIS. 34

7.3.4 CASOS CONSIDERADOS OITAVAS NO DIAGRAMA DE KARNAUGH PARA


QUATRO VARIÁVEIS. 35

7.4 DIAGRAMA DE KARNAUGH PARA CINCO VARIÁVEIS. 35

8.0 CASOS QUE NÃO ADIMITEM SIMPLIFICAÇÃO. 36

8.1 CASOS QUE NÃO ADIMITEM SIMPLIFICAÇÃO PARA DUAS VARIÁVEIS 36

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8.2 CASOS QUE NÃO ADIMITEM SIMPLIFICAÇÃO PARA TRÊS VARIÁVEIS 36

8.3 CASOS QUE NÃO ADIMITEM SIMPLIFICAÇÃO P/ QUATRO VARIÁVEIS 37

8.4.1 CASOS QUE NÃO ADIMITEM SIMPLIFICAÇÃO PARA CINCO VARIÁVEIS 38

9.0 CÓDIGOS 38

9.1 CÓDIGO BCD 8421 38

9.2 CÓDIGO EXCESSO 3 39

9.3 CÓDIGO BCD DE QUATRO BITS 39

9.4 CÓDIGO 2 ENTRE 5 39

9.6 CÓDIGO GRAY 40

9.7 CÓDIFICADORES E DECODIFICADORES 41

9.7.1 DECODIFICADOR BCD 8421 PARA EXCESSO 3 41

9.7.2 DECODIFICADOR EXCESSO 3 PARA BCD 8421 42

9.7.3 DECODIFICADOR PARA DISPLAY DE 7 SEGMENTOS 43

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1.0 INTRODUÇÃO A ELETRÔNICA DIGITAL

O homem através dos tempos sentiu a necessidade da utilização de sistemas de numeração,


dentre os quais se destacam: o decimal, o binário, o octal e o hexadecimal.
O sistema decimal é utilizado no dia a dia e é sem dúvida, o mais importante dos sistemas
numéricos. Os sistemas o binário, o octal e o hexadecimal são muito importantes na área de
técnicas digitais, que ao decorrer desta apostila vamos perceber a ligação existente entre eles.

1.1 SISTEMA BINÁRIO DE NUMERAÇÃO

O sistema binário de numeração é um sistema no qual existem apenas os algarismos


0(zero) e 1 (um). Para representarmos uma quantidade no sistema binário, devemos utilizar o
mesmo princípio de formação usado no sistema decimal.

DECIMAL BINÁRIO
0 001
1 010
2 011
3 100
4 101
5 110
... ...

1.2 CONVERSÃO DO SISTEMA BINÁRIO PARA O SISTEMA DECIMAL


Utilizamos um número decimal como exemplo : 479

4 X 100 + 7 X 10 + 9 X 1 = 479
centena dezena unidade

4 X 102 + 7 X 101 + 9 X 100 = 479

Vemos que cada algarismo possui um valor absoluto e outro relativo, que decorre de sua
posição. Cada posição corresponde a uma potência de 10, que é o sistema decimal comumente
usado.
A base do sistema é o número 2 (dois). Tomemos como exemplo o número binário 101, e
utilizando o conceito de formação de números:

22 21 20
1 0 1

1 x 22 + 0 X 21 + 1 X 20 = 1 X 4 + 0 X 2 + 1 X 1 = 5

Logo o número 101 na base 2 é igual ao número 5 na base 10. Então 510 = 1012

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1.2.1 TABELA DA POTÊNCIA DE DOIS

20 1
21 2
22 4
23 8
24 16
25 32
26 64
27 128
28 256
29 512
210 1024
211 2048
212 4096
213 8192
214 16384

1.2.2 CONVERSÃO DO SISTEMA DECIMAL PARA O SISTEMA BINÁRIO

Tomemos o exemplo o número 3710 :

3710 = 1001012

1.2.3 CONVERSÃO DE BINÁRIO FRACIONÁRIO PARA DECIMAL

Tomemos como exemplo o número binário fracionário 101,101

22 21 20 2-1 2-2 2-3


1 0 1 1 0 1

1 x 22 + 0 x 21 + 1 x 20 + 1 x 2-1 + 0 x 2-2 + 1 x 2-3 = 1 x 4 + 0 x 2 + 1 x 1 + 1


x 0,5 + 0 x 0,25 + 1 x 0,125 = 5,625

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1.2.4 CONVERSÃO DE DECIMAL FRACIONÁRIO PARA BINÁRIO

Tomemos como exemplo o número 8,875

Primeiramente transformamos a parte inteira:

8 2
0 4 2
0 2 2
0 1
Aplicando a regra para os números fracionários:

0,875 x 2 = 1,750
0,750 x 2 = 1,500
0,500 x 2 = 1,000

1.2.5 SISTEMA OCTAL DE NUMERAÇÃO

O sistema octal de numeração é um sistema no qual existem 8 (oito) algarismos, que são:
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 .

DECIMAL 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
OCTAL 0 1 2 3 4 5 6 7 10 11

1.2.6 CONVERSÃO DO SISTEMA OCTAL PARA DECIMAL

Como exemplo vamos converter o número 100 8 para decimal.

2 1 0
8 8 8
1 0 0
2 1 0
1 x 8 + 0 x 8 + 0 x 8 = 64 10

1.2.7 CONVERSÃO DO SISTEMA OCTAL PARA BINÁRIO

Usemos como exemplo o número 348, vamos separa-lo a partir da direita indicando abaixo
destes os seus valores em binário.

3 4
011 100

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1.2.8 CONVERSÃO DO SISTEMA BINÁRIO PARA O OCTAL

Utilizaremos como exemplo o número 1100102 . Para transformarmos esse número em


octal, vamos separa-lo em grupo de três algarismos a partir da direita:

110 010
6 2

Esta conversão irá resultar no número 62 8 .

1.2.9 CONVERSÃO DO SISTEMA DECIMAL PARA O OCTAL

Existem 2 métodos para efetuarmos esta conversão.

Primeiro: Segundo:

92 8 92 2
4 11 8 0 46 2
3 1 0 23 2
1 11 2
1 5 2
1 2 2
0 1

92 10 = 134 8 92 10 = 1011100 2 = 134 8

1.3 SISTEMA HEXADECIMAL DE NUMERAÇÃO

É o sistema que possui 16 algarismos.

DECIMAL 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 ...
HEXADECIMAL 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 A B C D E F ...

1.3.3 CONVERSÃO DO SISTEMA HEXADECIMAL PARA OCTAL

Usemos como exemplo o número 3F16.

1 0
16 16 1 0
3 x 16 + 15 x 16 = 63 10
3 F

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1.3.2 CONVERSÃO DO SISTEMA HEXADECIMAL PARA BINÁRIO

Tomemos como exemplo o número C1316

C 1 3 C13 16 = 110000010011 2
1100 0001 0011

1.3.3 CONVERSÃO DO SISTEMA BINÁRIO PARA HEXADECIMAL

Neste caso agrupamos o número binário de quatro em quatro algarismo, e usaremos como
exemplo o número 1100011 2 .

0110 0011 1100011 2 = 63 16


6 3

1.3.4 CONVERSÃO DO SISTEMA DECIMAL PARA HEXADECIMAL

Existem dois métodos para fazer esta conversão:

Primeiro:
Como 1410 = E
1000 16
8 62 16 1000 10 = 3E8 16
14 3

Segundo:

1000 2
0 500 2
0 250 2
0 125 2
1 62 2
0 31 2
1 15 2
1 7 2
1 3 2
1 1

100010 = 3E816
0011 1110 1000
3 E 8

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2.0 OPERAÇÕES ARITMÉTICAS NO SISTEMA BINÁRIO

2.1 ADIÇÃO NO SISTEMA BINÁRIO

Ao efetuarmos a adição no sistema binário, devemos observar que temos apenas dois
algarismos.

a) 0+0=0
b) 1+0=1
c) 0+1=1
d) 1 + 1 = 10
1 + 1 + 1 = 11

Regra do transporte : 1 + 1 = 0 e “ vai um ” para próxima coluna.

“ vai um ”
1 1
1 1 0
+ 1 1 1
1 1 0 1

2.2 SUBTRAÇÃO NO SISTEMA BINÁRIO

a) 0-0=0
b) 1-1=0
c) 1-0=1
d) 0 - 1 = 1 e “ empresta um ”

1
1 0 0 0 - “ empresta um ”
_ 1
11 11 1
0 0 0 1

2.3 MULTIPLICAÇÃO NO SISTEMA BINÁRIO

1 1 0 1 0
a) 0x0=0
b) 0x1=0 X 1 0
c) 1x0=0 0 0 0 0 0
d) 1x1=1
1 1 0 1 0
1 1 0 1 0 0

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2.4 DIVISÃO NO SISTEMA BINÁRIO

Como a multiplicação, a divisão binária é mais simples. No exemplo, como divisor tem
três dígitos, perguntamos se o divisor “cabe” nos três primeiros dígitos do dividendo. Verificando
que isto não ocorre, usamos os quatro primeiros dígitos do dividendo. Não é necessário estimar
qual o dígito do quociente. Como não é 0 deve ser 1. A continuação da divisão segue exatamente
os passos da divisão decimal.

1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1
1 0 1 1 1 1 0 1
1 0 0 0
1 0 1
1 1 0
1 0 1
0 0 1 1 1
1 0 1
1 0
(r e s t o)

3.0 PORTAS LÓGICAS E FUNÇÕES LÓGICAS

3.1 ÁLGEBRA DE BOOLE

Em eletrônica trabalhamos com grandezas que assumem apenas dois valore, isto é,
grandezas binárias. A ferramenta matemática utilizada no tratamento deste tipo de grandeza, é a
Álgebra Booleana, desenvolvida pelo matemático George Boole.

3.2 VARIÁVEIS LÓGICAS

Variáveis lógicas são aquelas que somente assumem dois estados distintos: 0 (zero) ou
1(um). Devemos enfatizar que o 0 e 1 usados aqui, não são números, mas estados lógicos.
Utilizaremos o circuito da figura 1 para conceituar variável lógica.

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3.3 LÓGICA POSITIVA E LÓGICA NEGATIVA

No circuito da figura 1, verificamos que a tensão pode ser igual a 5V ou a 0V, conforme a
posição da chave. Podemos escolher qual dos valores de tensão chamaremos de “1” ou de “0” , o
que definira se a lógica é positiva ou negativa.

5 Volts – estado lógico “1” } Lógica positiva


0 Volts – estado lógico “0” }

5 Volts – estado lógico “0” } Lógica negativa


0 Volts – estado lógico “1” }

3.4 PORTA E (AND)

A porta E é um circuito que executa a função E. A função E é aquela que a multiplicação de


duas ou mais variáveis binárias.

S = A.B onde se lê S = A e B

Tabela Verdade da função E:

A B S
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1

Podemos estender este conceito para qualquer número de entradas. Neste caso uma porta E
de N entradas e somente uma saída.

A B C S
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1

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3.5 PORTA OU (OR)

A porta OU é um circuito que executa a função OU. A função Ou é aquela que assume
valor “1”, quando uma ou mais variáveis da entrada forem iguais a “1”, e assume valor “0”,
somente se todas as variáveis de entrada forem iguais a “0”.

S = A + B onde se lê S = A ou B .

Tabela Verdade da função OU:

A B S
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1

Dá mesma forma que na porta E podemos estender este conceito para qualquer número de
entradas. Neste caso uma porta OU de N entradas e somente uma saída.

A B C S
0 0 0 0
0 0 1 1
0 1 0 1
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 1

3.6 INVERSOR

È o bloco lógico que executa a função NÃO. A função NÃO ou função COMPLEMENTO
é aquela que inverte o estado lógico da variável, se estiver em “0” vai a “1” e se estiver em “1” vai
a “0”.

S = A ou S = A’ onde se lê : A barra ou NÃO A

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Tabela da verdade da função COMPLEMENTO

A A
0 1
1 0

3.7 PORTA NÃO E (NAND ou NE)

Essa porta é a composição da porta E com o inversor, ou seja teremos a função E invertida.
S = A.B , este traço indica que teremos a inversão do produto A.B

Tabela Verdade da função NE ou NAND:

A B S
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0

Podemos estender este conceito para qualquer número de entradas. Neste caso uma porta NAND
de N entradas e somente uma saída.

A B C S
0 0 0 1
0 0 1 1
0 1 0 1
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 0

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3.8 PORTA NÃO OU (NOU ou NOR)


Essa porta é a composição da porta OU com o inversor, ou seja teremos a função OU
invertida.
S = A + B , este traço indica que teremos a inversão do produto A + B
Tabela Verdade da função NOR ou NOU:

A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0

Podemos estender este conceito para qualquer número de entradas. Neste caso uma porta NOR de
N entradas e somente uma saída.

A B C S
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 0

4.0 EXPRESSÕES, TABELAS VERDADES E INTERLIGAÇÕES ENTRE


CIRCUITOS

4.1 EXPRESSÕES BOOLEANAS GERADAS POR CIRCUITOS LÓGICOS


Podemos escrever a expressão Booleana que é executada por qualquer circuito lógico.
• Exemplo 1 :

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• Exemplo 2 :

• Exemplo 3 :

• Exemplo 4 :

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4.2 CIRCUITOS OBTIDOS DE EXPRESSÕES BOOLEANAS


Podemos desenhar um circuito lógico que execute uma expressão qualquer.

• Exemplo 1:
S = (A + B) . C . (B + D)

Iniciamos pelos parênteses, fazendo primeiro as somas dentro destes para depois fazermos
as multiplicações.

O circuito completo será:

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4.3 TABELAS VERDADES DE EXPRESSÕES BOOLEANAS OU CIRCUITOS


4.3.1 TABELAS VERDADES DE UMA EXPRESSÃO
Utilizamos a tabela verdade para representar o comportamento tanto do circuito como de
sua expressão característica.

• Exemplo 1:

S = A + B + A .B . C

A B C A C A .B . C S
0 0 0 1 0 0 1
0 0 1 1 0 0 1
0 1 0 1 1 0 1
0 1 1 1 1 0 1
1 0 0 0 0 0 0
1 0 1 0 0 0 0
1 1 0 0 1 1 1
1 1 1 0 1 0 1

• Exemplo 2:
S=A.B.C+A.D+A.B.D

A B C D A . B .C A .D A . B. D S
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 1 1 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0
0 1 0 1 0 0 0 0
0 1 1 0 0 0 0 0
0 1 1 1 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 1 0 1 0 1
1 0 1 0 0 0 0 0
1 0 1 1 0 1 0 1
1 1 0 0 0 0 0 0
1 1 0 1 0 1 1 1
1 1 1 0 1 0 0 1
1 1 1 1 1 1 1 1

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4.3.2 TABELAS VERDADES OBTIDAS DE UM CIRCUITO

Podemos estudar o comportamento de um circuito através de uma tabela verdade.

• Exemplo 1:

A B C A+B B.C B.C S


0 0 0 0 0 1 0
0 0 1 0 0 1 0
0 1 0 1 0 1 1
0 1 1 1 1 0 0
1 0 0 1 0 1 1
1 0 1 1 0 1 1
1 1 0 1 0 1 1
1 1 1 1 1 0 0

• Exemplo 2:

4.4 OUTRAS UTILIZAÇÕES DA TABELA VERDADE

Podemos utilizar a tabela verdade para provar sentenças, conforme no exemplo abaixo:

1. ( A . B ) ( A.B )
2. ( A + B ) ( A+ B)
3. ( A . B ) = ( A+ B)
4. ( A + B ) = ( A.B )

A B A B A . B A + B A.B A.B A+B A+ B


0 0 1 1 1 1 0 1 0 1
0 1 1 0 0 1 0 1 1 0
1 0 0 1 0 1 0 1 1 0
1 1 0 0 0 0 1 0 1 0

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4.5 EQUIVALÊNCIA DE BLOCOS LÓGICOS


4.5.1 OBTENÇÃO DE INVERSORES A PARTIR DE UMA PORTA NAND
Analisando a tabela verdade de uma porta NAND, podemos observar que quando A = 0 e
B = 0, a saída assume valor 1 e no caso A = 1 e B = 1 a saída assume valor zero. Logo
interligamos os terminais de entrada teremos A = B e teremos construído um inversor a partir de
uma porta NAND.

A B S
A A
0 0 1
0 1
0 1 1
1 0
1 0 1
1 1 0

4.5.2 OBTENÇÃO DE INVERSORES A PARTIR DE UMA PORTA NAND


Dá mesma forma que no caso anterior, se interligarmos A e B a porta NOR se tornará um
inversor .

A B S
X X
0 0 1
0 1
0 1 0
1 0
1 0 0
1 1 0

5.0 CIRCUITOS COMBINACIONAIS


Os circuitos combinacionais são aqueles nos quais a saída depende apenas do estado
presente das entradas: São constituídas fundamentalmente de portas lógicas.
Podemos utilizar um circuito lógico combinacional para solucionar problemas em que
necessitamos de uma resposta quando acontecerem determinadas situações, que são representadas
pelas variáveis de entrada, mostrado esquematicamente abaixo:

Tabela
Situação Verdade Expressão Circuito

• Exemplo: Desejamos utilizar um amplificador para ligar 3 (três) aparelhos: Um CD, um


Deck e um rádio. Deveremos elaborar um circuito lógico que nos permita ligar estes
aparelhos nas seguintes prioridades:

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Prioridade 1: CD
Prioridade 2: Deck
Prioridade 3: Rádio

Para preenchermos a tabela verdade, deveremos analisar todas as oito situações possíveis.

SITUAÇÕES A B C SA SB SC
0 0 0 0 ¯ ¯ ¯
1 0 0 1 0 0 1
2 0 1 0 0 1 0
3 0 1 1 0 1 0
4 1 0 0 1 0 0
5 1 0 1 1 0 0
6 1 1 0 1 0 0
7 1 1 1 1 0 0

Escrevendo as expressões teremos:

_ Para SC : A. B .C
_ Para SB : A. B. C + A. .B.C
_ Para SA : A. B . C + A. B .C + A. B. C + A. B .C

E desenhando os circuitos que executam as expressões acima teremos:

23
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5.1 CIRCUITO OU EXCLUSIVO

O circuito consiste em fornecer “1” à saída quando as variáveis de entrada forem diferentes
entre si, conforme a tabela verdade.

A B S Dessa tabela verdade podemos escrever a expressão:


0 0 0
0 1 1 S = A. B + A. B
1 0 1
1 1 0

Dessa expressão podemos esquematizar o circuito OU EXCLUSIVO:

5.1.1 CIRCUITO OU EXCLUSIVO COMO BLOCO LÓGICO

A anotação que representa a função é : S =A B = A. B + A. B onde se lê A OU


EXCLUSIVO B.

24
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5.2 CIRCUITO COINCIDÊNCIA


O circuito consiste em fornecer “1” à saída quando houver uma coincidência nas variáveis
de entrada , conforme a tabela verdade.

A B S Dessa tabela verdade podemos escrever a expressão:


0 0 1
0 1 0 S = A. B + A. B
1 0 0
1 1 1

Dessa expressão podemos esquematizar o circuito COINCIDÊNCIA:

5.2.1 CIRCUITO COINCIDÊNCIA COMO BLOCO LÓGICO

A anotação que representa a função é : S = A B = A. B + A. B onde se lê A


COINCIDÊNCIA B.

5.3 INTERLIGAÇÃO DE BLOCOS OU EXCLUSIVO, CONCIDÊNCIA COM MAIS


DE DUAS VARIÁVEIS

S = (A B) C=A (B C) = (A C) B

25
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S = (A B) C=A (B C) = (A C) B

6.0 SIMPLIFICAÇÃO DE CIRCUITOS LÓGICOS E ÁLGEBRA BOOLEANA


As variáveis Boolenas, que são representadas através de letras, só podem assumir dois
valores 0 e 1.
Expressão Booleana é uma expressão matemática cujas variáveis são Booleanas. Seu
resultado assumirá apenas dois valores: 0 e 1.
6.1 POSTULADOS
6.1.1 POSTULADOS DA COMPLEMENTAÇÃO

Chamaremos de A. o complemento de A.

_ Se A = 0 A. = 1

_ Se A = 1 A. = 0

Podemos ainda usar outra notação :

A. = A’
E através do postulado da complementação poderemos estabelecer a seguinte identidade:

A =A

6.1.2 POSTULADOS DA ADIÇÃO

Esse postulado nos mostra as regras da adição na álgebra de Boole.

a) 0+0=0
b) 0+1=1
c) 1+0=1
d) 1+1=1

26
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Através desse postulado poderemos estabelecer as seguintes identidades:

a) A+0=A
b) A+1=1
c) A+A=A
d) A + A. = 1

6.1.3 POSTULADOS DA MULTIPLICAÇÃO

Esse postulado nos mostra as regras da multiplicação na álgebra de Boole.

a) 0.0=0
b) 0.1=0
c) 1.0=0
d) 1.1=1

Através desse postulado poderemos estabelecer as seguintes identidades:

a) A.0=0
b) A.1=A
c) A.A=A
d) A . A. = 0

6.2 PROPRIEDADES

6.2.1 PROPRIEDADE COMUTATIVA NA ADIÇÃO

A+B=B+A

6.2.2 PROPRIEDADE COMUTATIVA NA MULTIPLIÇÃO

A.B=B.A

6.2.3 PROPRIEDADE ASSOCIATIVA NA ADIÇÃO

A + (B + C) = (A + B) + C = A + B + C

6.2.4 PROPRIEDADE ASSOCIATIVA NA MULTIPLIÇÃO

A . (B . C) = (A . B) . C = A . B . C

6.2.5 PROPRIEDADE DISTRIBUTIVA

A + (B + C) = A.B +A.C

27
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6.3 TEOREMAS DE “DE MORGAN”

6.3.1 PRIMEIRO TEOREMA DE “DE MORGAN”

O complemento do produto é igual à soma dos complementos.

A.B = A + B

Esse teorema pode ser estendido para mais de duas variáveis:

6.3.2 SEGUNDO TEOREMA DE “DE MORGAN”

O complemento da soma é igual ao produto dos complementos.

A + .B = A . B

Esse teorema pode ser estendido para mais de duas variáveis:

6.4 IDENTIDADES AUXILIARES

Exemplo 1: A + A.B = A

A + A.B = A colocando A em evidência temos


A(1 + B) =A
Usando o postulado da soma: 1 + B = 1
A.1=A

28
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Exemplo 2: A + A .B = A + B

A + A .B = A + B
A+ A B = A + A.B onde A = A
[A .(A.B )] aplicamos o 2º teorema de DE MORGAN
[A .( A + B )] aplicamos o 1º teorema de DE MORGAN
[A .A + (A.B )] pela propriedade distributiva
A. A =0 A.B = A + B aplicamos o 2º teorema de DE MORGAN

A+ B = A + B
6.5 SIMPLIFICAÇÃO DE EXPRESSÕES BOOLEANA

Exemplo 1: S =A. B. C + A . C + A . B

S =A. B. C + A. C + A . B = A.[B. C + ( C + B ) ]= A.[B. C + B. C ]


Aplicando o teorema de DE MORGAN

Fazendo B.C = Y e B. C = Y

S = A [ Y + Y ] como Y + Y = 1 logo S = A . 1 = A

Exemplo 2: S = A . B . C + A .B. C + A . B .C

S = A . B . C + A .B. C + A . B .C

Evidenciando A . C teremos:

S = A . C .( B + B) + A . B .C como ( B + B) = 1

S = A . C .(1) + A . B .C

S = A . C + A . B .C

Exemplo 3: S = A . B + A .B

S = A . B + A .B

S = A. (B + B )

S = A. 1 = A

29
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Exemplo 4: S = (A + B + C ) . ( A + B + C )

S = (A + B + C ).( A + B + C )

S = A. A + A. B + A. C + B. A + B. B + B.C + C. A + C. B + C.C

S = A. C + B.C + A .C + B .C + C + A. B + A .B

S = C (A + B + A + B + 1 ) + A. B + A .B

S = A. B + A .B + C
7.0 SIMPLIFICAÇÃO DE EXPRESSÕES E CIRCUITOS PELO DIAGRAMA DE
VEITCH-KARNAUGH

7.1 DAIGRAMA DE KARNAUGH PARA DUAS VARIÁVEIS

B B B B B B
A A A
A A A

REGIÃO A =1 REGIÃO B =1 REGIÃO B =1


As possibilidades neste diagrama estarão distribuídas na forma abaixo :
B B
CASO 0 CASO 1
A
AB AB
00 01

A CASO 2 CASO 3
AB AB
10 11

• Exemplo: A tabela verdade abaixo mostra o estudo, da qual resulta a expressão dada.

A B S
0 0 0
S = A .B + A . B + A. B
0 1 1
1 0 1
1 1 1

30
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Ao diagrama de KARNAUGH, aplicamos a expressão:

B B
B B
A 0 1 P
A 0 1 A
A 1 1 A 1 1 R
2
PAR 1

Tentaremos agrupar as regiões onde S é igual ao menor número possível de pares.


Identificamos o PAR 1 como região A e o PAR 2 como região B, uma vez que nenhum par ficou
de fora, somamos e obtemos a expressão simplificada, S = A + B. Fazemos então um comparativo
entre o circuito obtido da tabela verdade e o simplificado pelo diagrama de KARNAUGH.

7.2 DIAGRAMA DE KARNAUGH PARA TRÊS VARIÁVEIS

B B B B B B
A A A
A A A
C C C C C C C C C

REGIÃO A = 1 REGIÃO C = 1 REGIÃO B = 1

31
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As possibilidades neste diagrama estarão distribuídas na forma abaixo :

B B
CASO 0 CASO 1 CASO 3 CASO 2
000 001 011 010
ABC AB C A BC A BC
A
A CASO 4 CASO 5 CASO 7 CASO 6
100 101 111 110
ABC AB C ABC AB C
C C C
• Exemplo: A tabela verdade abaixo mostra o estudo de uma função, da qual resulta a
expressão dada.

A B C S
0 0 0 1 S= A B C + A BC + A B C + A B C + A B C
0 0 1 0
0 1 0 1
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 0
1 1 0 1
1 1 1 0

Agrupando as regiões onde S é igual ao menor número possível de quadras e pares teremos:

B B
A 1 1 1 Após a simplificação a expressão
A 1 1 será: S= A B+ C
C C C

32
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7.3 DIAGRAMA DE KARNAUGH PARA QUATRO VARIÁVEIS

C C C C C C

B B B
A A A
A B A A B
B B B
D D D D D D D D D
REGIÃO A = 1 REGIÃO C = 1 REGIÃO B = 1
As possibilidades estarão distribuídas neste diagrama na forma abaixo:

C C
Caso 0 Caso 1 Caso 3 Caso 2 B
0000 0001 0011 0010
AB C D AB CD A B CD ABCD
A Caso 4 Caso 5 Caso 7 Caso 6
0100 0101 0111 0110
AB C D AB C D A BCD A .B.C D
Caso 12 Caso 13 Caso 15 Caso 14 B
1100 1101 1111 1110
A AB C D AB C D ABCD AB CD
Caso 8 Caso 9 Caso 11 Caso 10 B
1000 1001 1011 1010
AB C D AB CD A B CD ABCD
D D D

• Exemplo: A tabela verdade mostra o estudo de uma função, da qual resulta a expressão
dada.

S = A B C D+ A B C D + A B C.D + A .B C .D+ A .B.C.D +A. B C D +A. B C .D +A. B C.D +


A.B. C D +A.B C D + A.B.C.D

C C
Tentaremos agrupar em regiões onde S é igual ao
1 1 1 B menor número possível de oitavas, quadras e
A 1 1 pares. A expressão simplificada é :
A 1 1 1 B
1 1 1 B S= D + A C + A B C
D D D

33
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A B C D S
0 0 0 0 0
0 0 0 1 1
0 0 1 0 1
0 0 1 1 1
0 1 0 0 0
0 1 0 1 1
0 1 1 0 0
0 1 1 1 1
1 0 0 0 1
1 0 0 1 1
1 0 1 0 0
1 0 1 1 1
1 1 0 0 1
1 1 0 1 1
1 1 1 0 0
1 1 1 1 1

7.3.1 CASOS CONSIDERADOS PARES NO DIAGRAMA DE KARNAUGH PARA


QUATRO VARIÁVEIS
C C
BC D
1 B
AB D A 1 1
A B
1 B
D D D
Os lados opostos se “comunicam”, ou seja podem além de formar pares, formarem
quadras e oitavas.

7.3.2 CASOS CONSIDERADOS QUADRAS NO DIAGRAMA DE KARNAUGH PARA


QUATRO VARIÁVEIS
C S= B D
C
1 1 C C
B
1 1 B
A 1 1
A 1 1 B A
1 1 B A B
D D D 1 1 B
D D D
S1 = B D S2 = B D

34
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7.3.3 CASOS CONSIDERADOS OITAVAS NO DIAGRAMA DE KARNAUGH PARA


QUATRO VARIÁVEIS

C C
C C
1 1 B
1 1 1 1 B
A 1 1
A
B A 1 1 B
A
1 1 B
1 1 1 1 B
D D D
D D D
S= D
S= B
7.4 DIAGRAMA DE KARNAUGH PARA CINCO VARIÁVEIS

D D D D
C A A C
B B
B C B C
C C
E E E E D E

Indicamos acima, como exemplo a região B =1, denominada como hexa.


• Exemplo: A tabela verdade mostra uma saída que iremos simplificar.

DEC A B C D E S DEC A B C D E S
0 0 0 0 0 0 1 16 1 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 1 0 17 1 0 0 0 1 0
2 0 0 0 1 0 0 18 1 0 0 1 0 0
3 0 0 0 1 1 1 19 1 0 0 1 1 0
4 0 0 1 0 0 1 20 1 0 1 0 0 0
5 0 0 1 0 1 1 21 1 0 1 0 1 1
6 0 0 1 1 0 0 22 1 0 1 1 0 1
7 0 0 1 1 1 1 23 1 0 1 1 1 0
8 0 1 0 0 0 1 24 1 1 0 0 0 0
9 0 1 0 0 1 1 25 1 1 0 0 1 0
10 0 1 0 1 0 1 26 1 1 0 1 0 0
11 0 1 0 1 1 0 27 1 1 0 1 1 0
12 0 1 1 0 0 0 28 1 1 1 0 0 1
13 0 1 1 0 1 1 29 1 1 1 0 1 1
14 0 1 1 1 0 1 30 1 1 1 1 0 1
15 0 1 1 1 1 0 31 1 1 1 1 1 1

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D
D D A A D
C
1 1 C
B 1 1
B 1 1 1
B 1 1 1 1 C
B 1 1 C
1 1 1 C C
E D E
E E E

S = C D E + ABC + A B D E + A BC D + A BD E + A B DE + ACD E

8.0 CASOS QUE NÃO ADIMITEM SIMPLIFICAÇÃO

8.1 CASOS QUE NÃO ADIMITEM SIMPLIFICAÇÃO PARA DUAS VARIÁVEIS


B B B B
A 1 A 1
A 1 A 1

S = AB + AB S = AB + A B
Verificamos que temos a expressão do circuito OU EXCLUSIVO, S = A B+A B = A B
e do circuito COINCIDÊNCIA, S = AB + A B = A B= A B

8.2 CASOS QUE NÃO ADIMITEM SIMPLIFICAÇÃO PARA TRÊS VARIÁVEIS

Analisamos os casos dos circuitos OU EXCLUSIVO e COINCIDÊNCIA para 3 variáveis:


S1 = A B C e S2 = A B C

A B C S1 S2
0 0 0 0 0
0 0 1 1 1
0 1 0 1 1
0 1 1 0 0
1 0 0 1 1
1 0 1 0 0
1 1 0 0 0
1 1 1 1 1

36
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Notamos que S1 e S2 são iguais e não admitem simplificação :

S1 B B S2 B B
A 1 1 A 1 1
A 1 1 A 1 1
C C C C C C

S1 = A B C = S2 = A B C

8.3 CASOS QUE NÃO ADIMITEM SIMPLIFICAÇÃO PARA QUATRO VARIÁVEIS

Na tabela fazemos a distribuição S1 = A B C D e S2 = A B C D e seguido


e observamos que S1 é o complemento de S2.

A B C D S1 S2
0 0 0 0 1 0
0 0 0 1 0 1
0 0 1 0 0 1
0 0 1 1 1 0
0 1 0 0 0 1
0 1 0 1 1 0
0 1 1 0 1 0
0 1 1 1 0 1
1 0 0 0 0 1
1 0 0 1 1 0
1 0 1 0 1 0
1 0 1 1 0 1
1 1 0 0 1 0
1 1 0 1 0 1
1 1 1 0 0 1
1 1 1 1 1 0

Efetuamos o mesmo procedimento, podemos mostrar que para quatro variáveis teremos:
S1 C C S2 C C
1 1 1 1 B
B
A 1 1 A 1 1
A 1 1 B A 1 1 B
1 1 B 1 1 B
D D D D D D
S= B S= B

37
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S1 = A B C D = S2 = A B C D

8.4 CASOS QUE NÃO ADIMITEM SIMPLIFICAÇÃO PARA CINCO VARIÁVEIS

Efetuamos para cinco variáveis o mesmo procedimento dos casos anteriores e teremos: S
=A B C D E=A B C D E.
Observamos que para um número par de variáveis, temos a função OU EXCLUSIVO
como sendo o complemento da função COINCIDÊNCIA e para um número impar, temos a
igualdade das duas funções.

9.0 CÓDIGOS

No campo da eletrônica digital temos vários códigos e existem condições em que a


utilização de um código é vantajosa em relação a outro.

9.1 CÓDIGO BCD 8421

B.C.D significa “ Binary-Coded Decimal” e os termos 8421 significam os valores dos


3 2 1 0
algarismos em um dado número binário, que representam respectivamente : 2 , 2 , 2 e 2 .

DECIMAL A B C D
0 0 0 0 0
1 0 0 0 1
2 0 0 1 0
3 0 0 1 1
4 0 1 0 0
5 0 1 0 1
6 0 1 1 0
7 0 1 1 1
8 1 0 0 0
9 1 0 0 1
10 1 0 1 0
11 1 0 1 1
12 1 1 0 0
13 1 1 0 1
14 1 1 1 0
15 1 1 1 1

38
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9.2 CÓDIGO EXCESSO 3

DECIMAL EXCESSO 3
A B C D
0 0 0 1 1
1 0 1 0 0
2 0 1 0 1
3 0 1 1 0
4 0 1 1 1
5 1 0 0 0
6 1 0 0 1
7 1 0 1 0
8 1 0 1 1
9 1 1 0 0

9.3 CÓDIGO BCD DE QUATRO BITS

DECIMAL BCD 7421 BCD 5211 BCD 2421


A B C D A B C D A B C D
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1
2 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 1 0
3 0 0 1 1 0 1 0 1 0 0 1 1
4 0 1 0 0 0 1 1 1 0 1 0 0
5 0 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 1
6 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 0 0
7 1 0 0 0 1 0 1 1 1 1 0 1
8 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0
9 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1

9.4 CÓDIGO 2 ENTRE 5

DECIMAL 2 ENTRE 5
A B C D E
0 0 0 0 1 1
1 0 0 1 0 1
2 0 0 1 1 0
3 0 1 0 0 1
4 0 1 0 1 0
5 0 1 1 0 0
6 1 0 0 0 1
7 1 0 0 1 0
8 1 0 1 0 0
9 1 1 0 0 0

39
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9.5 CÓDIGO JOHNSON

DECIMAL JOHNSON
A B C D E
0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 1
2 0 0 0 1 1
3 0 0 1 1 1
4 0 1 1 1 1
5 1 1 1 1 1
6 1 1 1 1 0
7 1 1 1 0 0
8 1 1 0 0 0
9 1 0 0 0 0

9.6 CÓDIGO GRAY

Sua principal característica é que de um número a outro apenas um bit varia.

DECIMAL GRAY
A B C D
0 0 0 0 0
1 0 0 0 1
2 0 0 1 1
3 0 0 1 0
4 0 1 1 0
5 0 1 1 1
6 0 1 0 1
7 0 1 0 0
8 1 1 0 0
9 1 1 0 1
10 1 1 1 1
11 1 1 1 0
12 1 0 1 0
13 1 0 1 1
14 1 0 0 1
15 1 0 0 0

9.7 CÓDIFICADORES E DECODIFICADORES

Estudaremos um codificador e seu decodificador, lembrando que poderemos ter N


situações.

40
Colégio do Instituto Batista Americano Apostila de Eletrônica Digital I

9.7.1 DECODIFICADOR BCD 8421 PARA EXCESSO 3

Notamos que o código EXCESSO 3 é utilizado aqui para representar até o algarismo 9. As
outras possibilidades do código BCD 8421 não irão ocorrer para representação de algarismo de 10
até 15 e aparecerão como condição irrelevante.

BCD 8421 EXCESSO 3


T.A A B C D S3 S2 S1 S0
0 0 0 0 0 0 1 1
0 0 0 1 0 1 0 0
0 0 1 0 0 1 0 1
0 0 1 1 0 1 1 0
0 1 0 0 0 1 1 1
0 1 0 1 1 0 0 0
0 1 1 0 1 0 0 1
0 1 1 1 1 0 1 0
1 0 0 0 1 0 1 1
1 0 0 1 1 1 0 0
1 0 1 0 ¯ ¯ ¯ ¯
1 0 1 1 ¯ ¯ ¯ ¯
1 1 0 0 ¯ ¯ ¯ ¯
1 1 0 1 ¯ ¯ ¯ ¯
1 1 1 0 ¯ ¯ ¯ ¯
1 1 1 1 ¯ ¯ ¯ ¯

Para simplificarmos as expressões vamos utilizar o diagrama de Karnaugh.

41
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9.7.2 DECODIFICADOR EXCESSO 3 PARA BCD 8421

Notamos que o código EXCESSO 3 os números: 1101, 1110, 1111, 0000, 0001 e 0010,
não representam algarismos de 0 a 9, porém são possibilidades de que as quatro entradas podem
assumir. Nesses casos podemos notar que a saída para essas possibilidades é irrelevante (¯), visto
que, essas não constam no código.

EXCESSO 3 BCD 8421


T.A A B C D S3 S2 S1 S0
0 0 0 1 1 0 0 0 0
1 0 1 0 0 0 0 0 1
2 0 1 0 1 0 0 1 0
3 0 1 1 0 0 0 1 1
4 0 1 1 1 0 1 0 0
5 1 0 0 0 0 1 0 1
6 1 0 0 1 0 1 1 0
7 1 0 1 0 0 1 1 1
8 1 0 1 1 1 0 0 0
9 1 1 0 0 1 0 0 1
10 1 1 0 1 ¯ ¯ ¯ ¯
11 1 1 1 0 ¯ ¯ ¯ ¯
12 1 1 1 1 ¯ ¯ ¯ ¯
13 0 0 0 0 ¯ ¯ ¯ ¯
14 0 0 0 1 ¯ ¯ ¯ ¯
15 0 0 1 0 ¯ ¯ ¯ ¯

42
Colégio do Instituto Batista Americano Apostila de Eletrônica Digital I

Para simplificarmos as expressões vamos utilizar o diagrama de Karnaugh.


S2 C C
S3 C C
¯ ¯ ¯ B
¯ ¯ ¯ B
A 1
A ¯ ¯ ¯ B
A
A 1 ¯ ¯ ¯ B
1 1 1 B
1 B
D D D
D D D
S3= AB +ACD S2= B D + C D +B.C.D

S1 C C
S0 C C
¯ ¯ ¯ B ¯ ¯ ¯ B
A 1 1
A ¯ ¯ ¯ B A 1 1
1 1 B A 1 ¯ ¯ ¯ B
1 1 B
D D D
D D D
S1= C D +C D
S0= D

9.7.3 DECODIFICADOR PARA DISPLAY DE 7 SEGMENTOS

DEC. BCD 8421 CÓDIGO PARA 7 SEGMENTOS


A B C D a b c d e f g
0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0
1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0
2 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1
3 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1
4 0 1 0 0 0 1 1 0 0 1 1
5 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1
6 0 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1
7 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0
8 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1
9 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1
1 0 1 0 ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
1 0 1 1 ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
1 1 0 0 ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
1 1 0 1 ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
1 1 1 0 ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
1 1 1 1 ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯

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Colégio do Instituto Batista Americano Apostila de Eletrônica Digital I

A figura abaixo representa um display de 7 segmentos, e nos possibilita escrever números


decimais de 0 a 9 e alguns outros símbolos, que podem ser letras ou sinais.

a C C
1 1 1 B
A 1 1 1
A ¯ ¯ ¯ ¯ B
1 1 ¯ ¯ B
D D D
a = A + C + BD + B D

c C C
b C C 1 1 1 B
1 1 1 1 B A 1 1 1 1
A 1 1 A ¯ ¯ ¯ ¯ B
A ¯ ¯ ¯ ¯ B 1 1 ¯ ¯ B
1 1 ¯ ¯ B D
D D
D D D c = C + B +D
b = B + C D + CD

d C C e C C
1 1 1 B 1 1 B
A 1 1 A 1
A ¯ ¯ ¯ ¯ B A ¯ ¯ ¯ ¯ B
1 1 ¯ ¯ B 1 ¯ ¯ B
D D D D D D
d =A + B D + C B + C D + B C D e = B D+ CD

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Colégio do Instituto Batista Americano Apostila de Eletrônica Digital I

f C C g C C
1 1 1 B
B
A 1 1 1 A 1 1 1
A ¯ ¯ ¯ ¯ B A ¯ ¯ ¯ ¯ B
1 1 ¯ ¯ B 1 1 ¯ ¯ B

D D D D D D
f =A + B D + C D + C B g =A + B C+ C D + B C

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