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TRABALHO

DE
CIÊNCIAS
ESCOLA: JOÃO RODRIGUES CARDOSO
ALUNO: SAMUEL FERREIRA
SÉRIE: 2º ANO “J” DATA: 05/12/2021
PRO.: CLAUDECÍ

OS CARDADOS
Os Peixes
Os peixes representam a maior classe em número de espécies conhecidas
entre os vertebrados, participante do filo dos cordados. Acredita-se que os
peixes tenham surgido por volta de 500 milhões de anos atrás.

Mas como eles se distribuem pelo planeta?

Os peixes ocupam as águas salgadas dos mares e oceanos e as águas doces


dos rios, lagos e açudes. Nesse grupo, existem cerca de 24 mil espécies, das
quais mais da metade vive em água salgada. O tamanho médio dos peixes
pode variar de um centímetro a até cerca de 18 metros.

Provavelmente, foram os primeiros vertebrados a surgir na Terra, e eram


pequenos, sem mandíbula, tinham coluna vertebral cartilaginosa e uma
carapaça revestindo seus corpos. Na evolução, houve uma série de
adaptações que representaram aos peixes melhores condições de
sobrevivência em seu habitat - não ter couraça pesada, ser nadadores
velozes, ter mandíbulas e poder morder.

Antes limitados à filtração de partículas nutritivas suspensas na água ou


depositadas no fundo e sendo presas de alguns tipos de invertebrados, os
peixes tornaram-se também eficientes predadores.

Desde que surgiram, já ocupavam com sucesso os ambientes aquáticos


salgado e doce, e continuam assim até hoje.

Características que favorecem a vida na água


Os peixes apresentam várias características que favorecem o desempenho de
suas atividades no ambiente em que vivem. Entre elas, destacam-se:

 corpo com formato, em geral, hidrodinâmico, isto é, achatado


lateralmente e alongado, o que favorece seu deslocamento na água;
 presença de nadadeiras, estruturas de locomoção que, quanto à
localização, podem ser peitorais, ventrais, dorsais, caudais e anais;
 corpo geralmente recoberto por escamas lisas, cuja organização
diminui o atrito com a água enquanto o animal se desloca; além disso , a
pele é dotada de glândulas produtoras de muco, o que também
contribui para diminuir o atrito com a água;
 musculatura do tronco segmentada, o que permite a realização de
movimentos ondulatórios.
Respiração e circulação de sangue
A maioria dos peixes respira por meio de brânquias, também conhecidas
como guelras. A água entra continuamente pela boca do peixe, banha as
brânquias e sai pelas aberturas existentes de cada lado da cabeça.

Nas brânquias, onde existem muitos vasos sanguíneos, o gás oxigênio


dissolvido na água passa para o sangue. Ao mesmo tempo, o gás carbônico
que se forma no organismo do animal e que está no sangue passa para a
água, sendo eliminado do corpo.

O coração dos peixes tem duas cavidades um átrio e um ventrículo - e por


ele circula apenas sangue não-oxigenado. Depois de passar pelo coração, o
sangue não oxigenado vai para uma artéria e, daí para as brânquias, onde
recebe gás oxigênio. A seguir, esse sangue, agora oxigenado, é distribuído
para todos os órgãos do corpo do animal.

Alimentação e digestão
Alguns peixes são herbívoros, alimentando-se principalmente de algas. Outros
são carnívoros, e alimentam-se de outros peixes e de animais diversos, como
moluscos e crustáceos.

Nas zonas abissais - os grandes abismos oceânicos, destituídos de luz -, onde


os seres fotossintetizantes não sobrevivem, há muitos peixes detritívoros, que
se alimentam de restos orgânicos oriundos da superfície iluminada, e também
peixes carnívoros.

O sistema digestório dos peixes é constituído de boca, faringe, esôfago,


estômago e intestino, além de glândulas anexas, como o fígado e o pâncreas.

Reprodução dos peixes


A maioria dos peixes ósseos apresenta fecundação externa: a fêmea e o
macho liberam seus gametas na água. Após a fecundação do óvulo por um
espermatozoide, forma-se o zigoto. Em muitas espécies de peixes ósseos,
o desenvolvimento é indireto, com larvas chamadas alevinos.

Nos peixes cartilaginosos, a fecundação é geralmente interna: o macho


introduz seus espermatozoides no corpo da fêmea, onde os óvulos são
fecundados. O desenvolvimento é direto: os ovos dão origem a filhotes que já
nascem com o aspecto geral de um adulto, apenas menores.
Os Anfíbios
Nas proximidades de riachos, lagoas, açudes, banhados e outras áreas
alagadas, você pode escutar os sons dos anfíbios - sapos, rãs, pererecas.

O que são anfíbios, afinal? A palavra anfíbio, de origem grega, significa "vida


dupla", porque esses animais são capazes de viver no ambiente terrestre na
fase adulta, mas dependem da água para a reprodução.

Na evolução da vida no nosso planeta, os anfíbios foram os primeiros


vertebrados a ocupar o ambiente terrestre, embora não efetivamente. Além
de possuírem uma pele muito fina que não protege da desidratação, eles
colocam ovos sem casca, que ficam ressecados se permanecerem fora da
água ou de ambientes úmidos. Assim, esse grupo de animais, não é
independente da água, já que pelo menos uma fase da vida, da maioria dos
anfíbios, acontece na água e eles precisam dela para a reprodução.

Respiração
No estágio da vida aquática, quando são larvas, os anfíbios respiram por
brânquias, como os peixes. Quando adultos, vivem em ambiente terrestre e
realizam a respiração pulmonar. Como os seus pulmões são simples e têm
pouca superfície de contato para as trocas gasosas, a respiração pulmonar é
pouco eficiente, sendo importante a respiração cutânea - processo de trocas de
gases com o meio ambiente através da pele.

A pele deve, necessariamente, estar úmida, pois os gases não se difundem em


superfícies secas. As paredes finas das células superficiais da pele permitem a
passagem do oxigênio para o sangue. A pele dos anfíbios é bem
vascularizada, isto é, com muitos vasos sanguíneos.

Nutrição, digestão e excreção


Na fase adulta, que ocorre no ambiente terrestre, os anfíbios são carnívoros.
Alimentam-se de minhocas, insetos, aranhas, e de outros vertebrados.

A língua, em algumas espécies de anfíbios é uma das suas características


adaptativas mais importantes. Os sapos caçam insetos em pleno vôo,
utilizando a língua que é presa na parte da frente da boca e não na parte mais
interna. Quando esticada para fora da boca, a língua desses animais alcança
uma grande distância, além de ser pegajosa, outro fator facilitador na captura
da presa.

Possuem estômago bem desenvolvido, intestino que termina em uma cloaca,


glândulas como fígado e pâncreas. Seu sistema digestório produz substâncias
capazes de digerir a "casca" de insetos.
Os anfíbios fazem a sua excreção através dos rins, e sua urina é abundante e
bem diluída, isto é, há bastante água na urina, em relação às outras
substâncias que a formam.

Circulação
Os anfíbios têm circulação fechada (o sangue circula dentro dos vasos).
Como ocorre mistura de sangue venoso (rico em gás carbônico) e arterial (rico
em oxigênio) a circulação neste grupo de animais é do tipo incompleta. O
coração dos anfíbios é dividido em três cavidades: dois átrios ou aurículas e
um ventrículo.

Reprodução
O lugar para a reprodução dos anfíbios varia entre as espécies. Pode ser uma
poça transitória formada após uma chuva , um rio, lago ou um açude. Há
também os que procriam na terra, desde que seja bem úmida.

O acasalamento da maioria dos anfibios acontece na água. O coaxar do sapo


macho faz parte do ritual "pré-nupcial". A fêmea no seu período fértil, é atraída
pelo parceiro sexual por meio do seu canto e do seu coaxar.

Esse canto varia de acordo com a espécie. A maioria das espécies possuem
dois ou três tipos de cantos diferentes. Além do canto nupcial (que atrai as
parceiras), há os cantos de advertência com os quais o macho defende seu
território da aproximação de outros machos.

A fêmea com o corpo cheio de óvulos é agarrada pelo macho com um forte
"abraço". Esse "abraço" pode levar dias, até que a fêmea lance os seus
gametas (isto é, os seus óvulos) na água. Então o macho também lança os
seus espermatozoides, que fecundam os óvulos, cujo desenvolvimento ocorre
na água.

O sapo, a rã e a perereca realizam fecundação externa. A salamandra e a


cobra-cega realizam fecundação interna.

Nos numerosos ovos protegidos por uma grossa camada de substâncias


gelatinosa, que geralmente se prendem às plantas aquáticas, as células vão se
dividindo e formando embriões. Os ovos fecundados eclodem e as larvas
denominadas girinos, vivem e crescem na água até realizarem a metamorfose
para a vida adulta.
Metamorfose
A metamorfose envolve uma série de transformações e é um processo
bastante lento que transforma o anfíbio jovem (girino) em adulto. Durante esse
processo desaparecem as brânquias e desenvolvem-se os pulmões. E surgem
também as patas no corpo do animal.

Nessa fase, os girinos se alimentam primeiramente da própria gelatina que os


envolve e depois de algas e plantas aquáticas microscópicas.

Reproduzem-se através de ovos moles e sem casca, postos na água ou em


lugares encharcados, dando origem a uma larva e depois a um adulto através
do processo de metamorfose. Existem exceções a essa regra, alguns deles
são vivíparos.

Em geral, não existe cuidado com a prole dentre os anfíbios.

São divididos em três grupos: os sapos, as rãs, as pererecas Anura, as


salamandras Caudata e as cecílias Apoda.

Os grupos de anfíbios
Das cerca de 3.500 espécies de sapos, rãs e pererecas catalogadas no mundo,
mais de 600 ocorrem no Brasil.  De acordo com a forma do corpo, os animais
classificados como os anfíbios estão ordenados da seguinte maneira.

Ápodes

Cecílias
As cecílias são anfíbios, vermiformes, que não têm membros e que vivem
enterradas. Em decorrência, seus olhos são muito pequenos e usam
receptores químicos para detectar suas presas. Podem ser aquáticas ou
terrestres, mas todas respiram através de pulmões.

Alimentam-se de presas alongadas como minhocas, vermes, larvas de insetos


e provavelmente também de peixes pequenos. As cecílias são encontradas em
regiões tropicais. No Brasil existem espécies aquáticas na Amazônia e
terrestres por grande parte do território. São difíceis de encontrar, pois vivem
em locais úmidos, enterradas no solo.

Os machos desse grupo possuem um órgão reprodutor chamado de falodeu,


assim a fecundação nas cecílias é interna. Algumas espécies de cecílias
são ovíparas e outras vivíparas, no caso das ovíparas as fêmeas cuidam dos
ovos até o nascimento.
Anuros

Sapos
Os anuros são um grupo de anfíbios que não possuem cauda e possuem
estrutura de esqueleto adaptada para locomoção aos saltos. A diversidade de
anuros é enorme e este grupo está presente em todos os continentes. Existem
anuros adaptados à vida aquática e terrestre. Todos são carnívoros, em geral
utilizam a visão para a detecção da presa, portanto é importante que haja
movimento. Esses animais possuem uma grande variedade de estratégias
reprodutivas, que vão desde o desenvolvimento direto dos girinos, que nascem
após dez dias, e que depois de uma série de metamorfoses transformam-se
em sapinhos.

O sapo captura suas presas com a língua ágil. Ele fecha os olhos para engolir
o alimento. Atitude que é uma necessidade fisiológica: os grandes olhos são
forçados para cavidade bucal a assim ajudam a empurrar os alimentos para a
garganta abaixo. Os sapos são muito úteis ao homem porque com seu grande
apetite comem muitos vermes, lagartas e insetos nocivos de várias espécies. A
parte mais fascinante da reprodução dos anuros é, entretanto, a vocalização do
macho para atrair a fêmea. Cada espécie produz um som diferente originando
grande variedade de sons emitidos. São capazes de emitir também sons de
agonia e de defesa de território.

Rãs
As rãs são popularmente conhecidas como anuros. São bastante ligadas à
água e bons nadadores. No Brasil, ocorre apenas uma espécie de rã
verdadeira que é encontrada na Amazônia. Seus membros posteriores são
longos e adaptados à natação e aos saltos. As rãs "verdadeiras" possuem
membranas entre os dedos dos membros posteriores (como num pé de pato).
Alimentam-se de caramujos, lesmas e insetos, apanhando-os com a língua. O
acasalamento dura 24 horas. A fêmea põe 2.000 ou 3.000 ovos com cerca de 2
mm de diâmetro. A carne da rã é bastante apreciada. Existem criadouros para
exploração comercial.

Pererecas
A perereca pertence à família das Racoforídeas. Existem cerca de 150
espécies. Sua pele é mais lisa que as dos sapos. A perereca possui nas
extremidades de cada dedo pequenas almofadas adesivas que servem para se
prender aos galhos. Ela é dotada de membranas elásticas estendidas entre os
dedos, que formam uma espécie de pipa. Encurvando o tórax e estendendo as
pernas, as pererecas podem realizar vôos de quase 2 metros. Quando vão
botar seus ovos, escolhem uma árvore pendente sobre o pântano, esses ovos
depositados nas folhas, são envolvidos por uma substância pegajosa, muito
parecida com claras batidas em neve. Quando nascem os girinos, fabricam
uma substância que os livra desta massa pegajosa caindo então no pântano e
só assim começa sua vida aquática. As pererecas são comumente encontradas
em banheiros de casas de chácaras e sítios.
Urodelos

Salamandras-de-fogo
As salamandras comuns são chamadas pelo nome científico de Salamandra
salamandra terrestris. Habitam regiões arborizadas. Vivem principalmente na
Europa e no norte da África e têm hábitos essencialmente noturnos.
Normalmente elas hibernam. Ficaram conhecidas com esse nome porque,
antigamente a lenha era muito utilizada pelo homem, como fonte de calor. Elas
diferem em tamanho e no jogo de cores das costas.

Algumas medem cerca de 14 a 20 centímetros. Secretam um veneno que as


protege de predadores. Esse veneno é produzido por glândulas localizadas na
parte de trás da cabeça e é muito forte. Um cachorro que tentar comer uma
salamandra pode morrer. Ao contrário de outros anfíbios, a salamandra comum
se acasala em terra firme. Os machos, que são muito ativos, correm de uma
fenda a outra à procura de fêmeas. Depois da fecundação, os ovos se
desenvolvem dentro do órgão genital da fêmea.

As larvas nascem da fêmea numa corrente de água. Sofrem metamorfose,


tornam-se adultas e perdem a capacidade de viver dentro da água.
Os Répteis
Os répteis (do latim reptare, 'rastejar') abrangem cerca de 7 mil espécies
conhecidas.

Eles surgiram há cerca de 300 milhões de anos, tendo provavelmente evoluído


de certos anfíbios. Foram os primeiros vertebrados efetivamente adaptados à
vida em lugares secos, embora alguns animais deste grupo, como as
tartarugas, sejam aquáticos.

A Terra já abrigou formas gigantescas de répteis, como os dinossauros. Hoje


esse grupo é representado por animais de porte relativamente menor, como os
jacarés, tartarugas, cobras e lagartos.

Respiração e circulação de sangue


A respiração dos répteis é pulmonar; seus pulmões são mais desenvolvidos
que os dos anfíbios, apresentando dobras internas que aumentam a sua
capacidade respiratória.

Os pulmões fornecem aos répteis uma quantidade suficiente de gás oxigênio, o


que torna "dispensável" a respiração por meio da pele, observada nos anfíbios.
Aliás, com a grande quantidade de queratina que apresenta, a pele torna-se
praticamente impermeável, o que impossibilita a aquisição de gás oxigênio.

O coração da maioria dos répteis apresenta dois átrios e dois ventrículos


parcialmente divididos. Nos ventrículos ocorrem mistura de sangue oxigenado
com sangue não-oxigenado. Nos répteis crocodilianos (crocodilo, jacarés), os
dois ventrículos estão completamente separados, mas o sangue oxigenado e o
sangue não-oxigenado continuam se misturando, agora fora do coração.

Alimentação e digestão
Em sua maioria, os répteis são animais carnívoros; algumas espécies são
herbívoras e outras são onívoras. Eles possuem sistema digestório completo.
O intestino grosso termina na cloaca.

Reprodução
O sistema reprodutor dos répteis foi um importante fator de adaptação desses
animais ao ambiente terrestre. Os répteis fazem a fecundação interna: o
macho introduz os espermatozoides no corpo da fêmea. A maioria é ovípara,
ou seja, a fêmea põe ovos, de onde saem os filhotes. Esses ovos têm casca
rígida e consistente como couro. Os ovos se desenvolvem em ambiente de
baixa umidade. A fecundação interna e os ovos com casca representam um
marco na evolução dos vertebrados, pois impediram a morte dos gametas e
embriões por desidratação. Assim, em ralação a reprodução, os répteis
tornaram-se independentes da água. A tartaruga marinha e muitos outros
répteis aquáticos depositam os seus ovos em ambiente terrestre. Eles ficam
cobertos de areia e aquecidos pelo calor do Sol.

O ovo é rico em vitelo - substância que nutre o embrião - e é capaz de reter a


umidade. Na casca há poros, pequenos orifícios que permitem a entrada de
oxigênio do ar e a saída de gás carbônico, ou seja, a troca de gases. Isso ajuda
a manter o embrião vivo. A maioria dos répteis não precisa cuidar dos seus
ovos e filhotes. Os filhotes quando "prontos" saem da casca usando seus
próprios recursos. Porém, tanto o jacaré, quanto o crocodilo têm muito cuidado
com os ovos e os filhotes. A fêmea põe os ovos no ninho e fica por perto até o
nascimento dos filhotes, que são carregados na boca até a água, onde ficam
com a mãe. Alguns chegam a permanecer com a mãe por mais de três anos.

Existem também os répteis em cujos ovos, já na ocasião da postura, há filhotes


formados. Os ovos ficam retidos com o embrião em um canal no corpo da
fêmea, enquanto se desenvolvem, como ocorre em algumas cobras. Quando
os ovos saem do corpo da fêmea, os filhotes dentro deles já se encontram
formados. A casca desses ovos é bem fina, como uma membrana, permitindo a
saída dos filhotes logo após a postura. Esses animais são classificados como
ovovivíparos. Há ainda alguns répteis vivíparos, que produzem filhotes já
"prontos", sem terem se desenvolvido em ovos, como certas espécies de
lagartos.

Quelônios
São as tartarugas, os jabutis e os cágados. Têm o corpo recoberto por duas
carapaças: a carapaça dorsal, na parte superior do corpo, e o plastrão, na parte
inferior. Essas duas carapaças são soldadas uma à outra. Há aberturas apenas
para a saída do pescoço, dos membros anteriores e posteriores e da cauda.

As tartarugas são aquáticas e podem viver em água doce ou salgada; suas


pernas têm a forma de nadadeiras, o que facilita a locomoção na água. Os
jabutis são terrestres e seus dedos são grossos. Os cágados vivem em água
doce e seus dedos são ligados por uma membrana que auxilia na natação.
Esses animais não têm dentes. A boca apresenta um bico córneo.

Crocodilianos
São os crocodilos e os jacarés. Grandes répteis aquáticos, os crocodilianos
têm corpo alongado e recoberto por placas córneas. Possuem quatro
membros, que são usados para a locomoção terrestre e aquática. O jacaré tem
a cabeça mais larga e arredondada do que a dos crocodilianos, e, quando
fecha a boca, seus dentes não aparecem. Já o crocodilo tem a cabeça mais
estreita e, mesmo com a boca fechada, alguns dentes são visíveis.

Jacarés e crocodilos habitam regiões tropicais, geralmente às margens dos


rios.

No Brasil só existem jacarés. Eles são encontrados na Amazônia e no Pantanal


Mato-Grossense.
Escamados
São os lagartos e as serpentes (estas mais comumente chamadas de
cobras). Esses animais têm a pele recoberta por escamas e dividem-se em
dois grupos menores: lacertílios e ofídeos.

Lacertílios - Compreendem os lagartos, os camaleões e as lagartixas, répteis


de corpo alongado, com a cabeça curta e unida ao corpo por um pequeno
pescoço. Possuem quatro membros, sendo os anteriores mais curtos que os
posteriores.

Ofídeos - Compreendem as serpentes ou cobras, répteis que não têm pernas.


A grande maioria desses animais possuem glândulas que fabricam
veneno. Uma serpente é peçonhenta quando seus dentes são capazes de
inocular veneno nos animais que ataca. Os dentes têm um canal ou sulco
que se comunica com as glândulas produtoras de veneno. No momento da
picada, o veneno escoa por esse canal e é inoculado no corpo da presa.
As Aves
As aves compreendem um grupo muito grande e bonito de animais. Chamam a
atenção pela beleza e pelo canto. São os únicos animais que possuem penas.

A conquista do voo permitiu a estes animais habitarem locais de difícil acesso e


até impossível para outras espécies. Apresentam outra grande adaptação à
vida terrestre, a homeotermia, que é a manutenção da temperatura corporal,
regulada pelo próprio metabolismo. O estudo das aves é chamado Ornitologia.

As aves evoluíram a partir dos répteis e muitas modificações ocorreram para


que elas conquistassem todo esse modo de vida. Os ovos passaram a se
desenvolver fora do corpo da fêmea, aparecimento de penas, os membros
anteriores deram origem à asas, a excreção nitrogenada é o ácido úrico, num
composto pastoso para economizar água, perda da bexiga, endotermia,
separação da circulação venosa e arterial, sacos aéreos que ajudam na
diminuição da densidade e dissipam calor, corpo aerodinâmico e elaboração da
voz e da audição.

Digestão
A língua das aves é pequena, pontiaguda e possui um revestimento córneo. O
formato do bico é adaptado à dieta de cada espécie e não possui dentes.
O sistema digestório é formado por boca, uma faringe curta, esôfago tubular
que se dilata no papo, local onde o alimento fica armazenado e é umedecido. O
estômago é dividido em proventrículo, que secreta enzimas, e ventrículo ou
moela, onde o alimento é triturado pelos movimentos dos músculos. O intestino
delgado termina no reto, há dois cecos, a cloaca e o ânus. A cloaca é a saída
dos aparelhos reprodutor e excretor.

Circulação
A circulação é fechada e o coração tem 2 átrios e 2 ventrículos completamente
separados, persistindo o arco aórtico sistêmico direito. Não há mistura entre
sangue venoso e sangue arterial e isso é muito importante na regulação da
temperatura. As hemácias são ovais e nucleadas.

Respiração
Os pulmões das aves são compactos e muito eficientes. Estão ligados à
estruturas muito importantes chamadas sacos aéreos, que trabalham para a
diminuição da densidade da ave durante o vôo.

Na base da traqueia há uma estrutura chamada siringe, com músculos vocais,


responsáveis pelo canto. Esses sons emitidos pelas aves possibilitam a
comunicação entre indivíduos da mesma espécie - o que é importante para a
defesa do animal, para a marcação do território, e para aproximar machos e
fêmeas no período reprodutivo. Há aves, como o avestruz e o urubu, que não
possuem a siringe.
Reprodução
As aves são dióicas, com fecundação interna, ovíparas e com desenvolvimento
direto. A fecundação ocorre geralmente na região superior do oviduto, as
glândulas da parte posterior secretam as membranas da casca quando o ovo
está pronto para a postura.

A fêmea possui apenas um ovário, que produz grandes óvulos. O óvulo,


também chamado de gema, quando fecundado pelo espermatozoide
masculino, forma o zigoto, embrião do novo ser vivo. Passando por um longo
canal, o ovo sai pela cloaca.

Os ovos são chocados pela fêmea, pelo macho ou pelos dois, geralmente, em
ninho. O corpo da ave adulta sobre os ovos lhes garante o calor necessário
para desenvolver o embrião. O período de incubação dura de 20 a 30 dias.

Nos ovos, existem substâncias (o vitelo) que nutrem o filhote em formação. A


casca é porosa e apresenta minúsculos orifícios, que permitem a troca de
gases, mas não a saída da água do interior do ovo, o que deixaria o embrião
desidratado e o levaria a morte. 
Os Mamíferos
Os mamíferos formam o grupo mais evoluído e mais conhecido dos
cordados. Nesta classe incluem-se as toupeiras, morcegos, roedores, gatos,
macacos, baleias, cavalos, veados e muitos outros, o próprio homem entre
eles. Todos (com raras exceções) apresentam o corpo coberto de pêlos e têm
temperatura interna constante.

Os cuidados com a prole são os mais desenvolvidos do reino animal e atingem


o seu clímax com a espécie humana. São, ainda, extremamente adaptáveis,
modificando o seu comportamento de acordo com as condições do meio.
Alguns grupos, principalmente primatas, formam sociedades muito complexas.

Uma característica única dos mamíferos é a capacidade de brincar. Os jovens


mamíferos aprendem quase tudo o que necessitam saber para a sua vida
adulta através de brincadeiras, onde as crias experimentam, entre si e com
adultos, as técnicas de caça, luta e acasalamento. Estas brincadeiras
estabelecem frequentemente uma hierarquia que se manterá na fase adulta,
evitando conflitos potencialmente perigosos para os indivíduos.

Os antepassados dos mamíferos foram um grupo de répteis designados


terapsídeos. Estes animais eram pequenos carnívoros ativos e viveram no
período Triássico (225 M.a. atrás).

Além de importantes diferenças a nível do crânio, os terapsídeos


desenvolveram um esqueleto mais leve e flexível, com os membros alinhados
por baixo do corpo, tornando-os mais ágeis e rápidos.

A transição de réptil para mamífero terminou há cerca de 195 M.a., coincidindo


com a ascensão dos dinossauros, ameaçando os recém-formados mamíferos
de extinção. No entanto, a sua capacidade de controlar a temperatura interna
talvez explique porque os mamíferos sobreviveram ao arrefecimento global do
fim do Mesozóico. 

Digestão
O sistema digestório dos mamíferos é formado por um longo tubo que vai da
boca ao ânus.

Vários órgãos e glândulas produzem sucos digestivos que vão "quebrando" as


substâncias nutritivas dos alimentos (proteínas, gorduras, açucares) até que
fiquem em "pedaços" tão pequenos que o intestino consiga absorvê-los. Os
restos - que não são digeridos ou aproveitados - são eliminados pelo ânus sob
a forma de fezes.

Alguns herbívoros como o boi, a cabra, o carneiro e a girafa são mamíferos


ruminantes. Assim como os demais mamíferos, não conseguem digerir a
celulose, tipo de açúcar presente nas plantas. Porém, no estômago dos
ruminantes há microorganismos (bactérias e protozoários) que fazem a
digestão da celulose.

Os dentes, rodeados por gengivas carnudas, são geralmente de 3 tipos


(incisivos para morder, cortar ou raspar, caninos para agarrar e rasgar, pré-
molares e molares para esmagar e triturar o alimento). A forma e o tamanho
de cada tipo de dente varia de acordo com a dieta.

Respiração
Manter o corpo quente quando o ambiente resfria, por exemplo, requer energia.
A energia para a homeotermia e para as atividades em geral dos mamíferos
depende da respiração e da circulação. Em outras palavras a obtenção de
energia depende da captação de oxigênio e do seu transporte pelo corpo,
assim como os nutrientes, pelo sangue. Os mamíferos obtêm do ar o oxigênio
necessário para os processos energéticos do seu corpo. Todos os mamíferos
são seres pulmonados, isto é, o ar entra pelas vias respiratórias até os
pulmões, que absorvem o oxigênio. Até mesmo os mamíferos aquáticos têm
pulmões, eles precisam vir à superfície para respirar.

Apresentam músculos localizados entre as costelas, que atuam nos


movimentos respiratórios, e outro denominado diafragma.

Circulação
Assim como o coração das aves, o coração dos mamíferos apresenta quatro
cavidades. A circulação dos mamíferos é fechada, dupla e completa, sem que
haja mistura de sangue venoso com arterial. A eficiência na circulação do
sangue favorece a homeotermia corporal.

Tal como as aves, os mamíferos são endotérmicos ou homeotérmicos, o que


lhes permite permanecer ativos mesmo a temperaturas muito elevadas ou
muito baixas. Este fato justifica a sua larga distribuição em todos os tipos de
habitats, mais vasta que qualquer outro animal (exceto as aves).

Reprodução
Em muitos grupos de mamíferos, há rituais de "namoro" antes do
acasalamento. Há fecundação interna, o macho coloca o esperma (que contém
os espermatozoides) dentro do corpo da fêmea, onde ocorre o encontro dos
gametas. Esses seres chamados vivíparos têm filhotes que nascem após
serem gerados no útero da mãe.
Classificação dos Mamíferos
Os mamíferos dividem-se em três grandes grupos em relação à reprodução,
embora todos apresentem sexos separados, a fecundação seja interna e as
crias sejam alimentadas com leite secretado pelas glândulas mamárias da
fêmea.

 monotremados - neste grupo incluem-se o ornitorrinco e o equidna,


animais que põem ovos semelhantes aos dos répteis, donde nasce um
minúsculo embrião que se desloca para uma bolsa, onde termina o seu
desenvolvimento lambendo leite produzido pela mãe, pois não existem
mamilos (ao contrário dos restantes dois grupos);

 marsupiais - neste grupo, onde se incluem os cangurus, entre outros,


não existe placenta para nutrir o embrião durante o seu desenvolvimento
no útero. Assim, ao nascer, os marsupiais não se encontram totalmente
desenvolvidos. As fêmeas possuem um sistema reprodutor "duplo", com
dois úteros e duas vaginas laterais. 

As crias nascem através de um canal de nascimento central independente, que


se forma antes de cada parto, podendo ou não permanecer aberto. Por esse
motivo, em algumas espécies o pênis do macho é bifurcado. 

A maioria das espécies termina o seu desenvolvimento no interior de uma


bolsa externa no corpo da fêmea - marsúpio. Em muitas espécies as fêmeas
acasalam novamente durante a gravidez, mas o embrião apenas se
desenvolverá após a cria anterior abandonar o marsúpio - diapausa
embrionária;

 placentários - este é o maior grupo de mamíferos, dominando


totalmente a classe e os habitats terrestres atuais. Os ovos amnióticos
são geralmente minúsculos e retidos no útero da fêmea para o
desenvolvimento, com a ajuda de uma placenta que fornece fixação e
nutrientes (oxigênio e alimentos).  Em sentido contrário passam as
excreções do embrião. Ao nascer, os placentários encontram-se num
estado de desenvolvimento superior ao dos marsupiais. 

Este método reprodutivo, embora implique a produção de um menor número de


descendentes, permite um grande sucesso pois aumenta grandemente as
probabilidades de sobrevivência dos descendentes. 

O leite produzido pelas fêmeas de mamífero é muito rico em gorduras e


proteínas, o que o torna altamente nutritivo, mas fornece igualmente anticorpos
que ajudam o juvenil a desenvolver-se saudável. Dado que os jovens não
necessitam de procurar o seu próprio alimento nas primeiras semanas, permite
um início de vida mais seguro que nos outros grupos de vertebrados.
As ninhadas podem ter até 20 crias ou apenas uma, com períodos de gestação
de apenas 12 dias (bandicute, um tipo de marsupial omnívoro) até 22 meses
(elefante africano).

Os machos apresentam órgão copulador (pênis) e os testículos estão


geralmente num escroto externo ao abdômen.

Os mamíferos comunicam ativamente entre si, seja por meio de odores


produzidos pelas glândulas odoríferas (localizadas na face, patas ou virilhas),
urina ou fezes, ou por posições do corpo, expressões faciais, tacto e ruído, que
podem formar mensagens complexas. 

A socialização tem início logo após o nascimento através de sinais entre


progenitores e crias, continuando na juventude com a interação entre crias
(brincadeiras). Algumas espécies apenas interagem para acasalar, mas a
grande maioria forma grupos, permanentes ou  temporários

A unidade social tem várias vantagens, nomeadamente a segurança e


facilidade de obtenção de alimento, mas existem outros aspectos importantes.
Geralmente a gestão do espaço implica que o grupo, o casal ou o indivíduo
defenda o seu território de intrusos da mesma espécie e do mesmo sexo.

Algumas espécies, como as focas ou os elefantes, os sexos vivem separados a


maior parte do ano, vivendo os machos isolados ou em pequenos grupos de
solteiros. Nesse caso, a concorrência para acasalar é feroz, sendo os machos
melhor sucedidos os maiores, mais fortes e melhor equipados (hastes, chifres
ou presas).

Outras espécies, como as zebras, formam pequenos haréns com um único


macho, sendo os restantes expulsos para grupos de solteiros, a não ser que
vençam o macho dominante em combate, roubando-lhe as fêmeas.

O tipo de grupo social mais complexo é formado por vários machos e várias
fêmeas, e, quase sem exceção, é reservado a primatas e carnívoros sociais.
Nos primatas forma-se geralmente uma hierarquia em permanente mudança,
sendo os machos de posição mais elevada os primeiros a acasalar. Nos leões,
os machos (geralmente irmãos) colaboram na defesa das fêmeas, não
competindo pelo acasalamento. Nos lobos e mabecos, as alcateias ou matilhas
são formadas por um casal alfa, o único que acasala e pelos filhos de anos
anteriores, que em vez de formarem novas alcateias permanecem e ajudam a
criar os irmãos mais novos.

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