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INTRODUÇÃO
O tratamento dos dentes inclusos é o procedimento mais realizado pelos cirurgiões bucomaxi-
lofaciais e uma das áreas mais fascinantes da Odontologia, pois exige extremo conhecimento
científico, habilidade e técnica para sua realização. Existem muitas terminologias para esse
procedimento, e elas são usadas, muitas vezes, como sinônimos, mas possuem sentidos pró-
prios, dentre os quais: inclusão, impacção, retenção ou dente não irrompido. Esses termos são
geralmente utilizados para indicar a colocação parcial ou total de dente no interior do osso.
Em uma análise da literatura, pode-se observar que as opiniões divergem muito nesse campo.
Sendo assim, alguns autores preferem a terminologia inclusão, principalmente os brasileiros
e os castelhanos, ao passo que outros adotam o termo impactado, destacando-se aqueles
da escola americana. Outros ainda ficam com a terminologia de dentes não irrompidos e,
outros, com o termo retenção, por significar melhor a condição do elemento quanto sua
ação de movimentação na cavidade bucal.1 Devido a essa variedade, cada país ou escola
estabelece uma terminologia própria.
Existem vários méritos que envolvem a definição da nomenclatura, não obstante, neste arti-
go, dá-se preferência ao termo inclusão, pois se considera impacção uma situação em que o
elemento dental encontra um obstáculo mecânico no seu trajeto convencional de erupção.
OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, o leitor poderá:
reconhecer a nomenclatura e sinonímia dos dentes inclusos;
identificar os índices de incidência e fatores etiológicos relacionados às inclusões
dentárias;
reconhecer os critérios de indicação e contraindicação para cirurgia de remoção dos
dentes inclusos;
reconhecer os passos operatórios do procedimento cirúrgico e conduta pós-operatória;
identificar os possíveis acidentes e complicações, bem como suas respectivas condutas.
Esquema conceitual
Incidência
Etiologia
Indicações
Prevenção de cistos e
tumores odontogênicos
Tratamento de dores
sem origem aparente
Tratamento da pericoronarite
Extremos de idade
Decisão pelo tratamento
Condição sistêmica comprometida
cirúrgico e contraindicações
Lesão cirúrgica a estruturas adjacentes
Classificação
Exames laboratoriais
Conduta pré-operatória
Exames de imagem
Corticoides
Antibioticoterapia profilática
Incisão ou diérese
Descolamento mucoperiosteal
e afastamento do retalho
Procedirmento cirúrgico:
instrumental e sequência cirúrgica Osteotomia
Transplantes dentais
Aproveitamento dos dentes inclusos
Tracionamento ortocirúrgico
Manejo do paciente no pós-operatório
Caso clínico 1
Acidentes e complicações Caso clínico 2
Caso clínico 4
Conclusão
Caso clínico 5
Quadro 1
ESTUDO COM TOTAL DE 3.000 PACIENTES
Grupo de dentes Percentual (%)
ETIOLOGIA
Existe, na literatura, uma grande discussão no que diz respeito à etiologia das inclusões
dentárias. Para ocorrência das inclusões, são elencadas: causas filogenéticas, fatores locais e
sistêmicos. Com relação aos fatores sistêmicos, é possível citar doenças que interferem no
metabolismo do cálcio, por exemplo:6,7
raquitismo;
disfunções hormonais;
sífilis congênita;
tuberculose;
INDICAÇÕES
Os critérios de indicações para realização da exérese cirúrgica dos dentes inclusos estão bem
estabelecidos na literatura. No entanto, é grande a quantidade de pacientes jovens com dentes
inclusos assintomáticos que têm procurado os serviços de cirurgia para remoção desses dentes.
2. Existe, na literatura, uma grande discussão no que diz respeito à etiologia das inclusões
dentárias. São elencadas para ocorrência das inclusões: causas filogenéticas, fatores locais
e sistêmicos. Com relação aos fatores sistêmicos, é possível citar doenças que interferem
no metabolismo do cálcio. Cite três exemplos.
Desse modo, preconiza-se a remoção profilática dos terceiros molares impactados erupciona-
dos ou semierupcionados, a fim de prevenir a instalação e progressão da doença periodontal.
Como regra, se o espaço folicular em volta da coroa de um dente é superior a 3mm, deve-se
levantar a hipótese de haver degeneração cística do capuz pericoronário.13 Essa possibilidade
de transformação cística e tumoral em torno de um dente incluso é bem relatada na
literatura. Todavia, há um consenso, nos diversos estudos avaliados, de que essa frequência
de alterações é muito baixa.11
Um estudo realizado em 2008 por Martins Filho e colaboradores15 objetivou avaliar histologi-
camente o folículo pericoronário de terceiros molares inclusos sem evidência radiográfica de
patologia associada, no intuito de identificar a presença de alterações que possam justificar a
remoção profilática desses dentes. Foram utilizados 31 terceiros molares inclusos extraídos de
23 indivíduos, destes, 23 foram diagnosticados como folículos pericoronários sem alterações
(74%), ao passo que oito apresentaram alterações patológicas (26%), sugerindo que a ausência
de alterações radiográficas não reflete, necessariamente, ausência de alterações histológicas.
O espaço ocupado por um terceiro molar impactado no ramo e/ou corpo mandibular
reduz a quantidade e resistência óssea, tornando a região mais suscetível a fraturas.
Desta maneira, quanto maior o grau de impacção, maior a predisposição de um
indivíduo sofrer uma fratura nessa região quando exposto a um trauma.11
Com os estudos disponíveis atualmente na literatura, todavia ainda não se conseguiu es-
tabelecer a relação entre os terceiros molares e o apinhamento dental. O que intriga
os pesquisadores é o fato de que esse apinhamento ocorre, na maioria das vezes, contem-
porâneo à erupção desses dentes, não obstante, esse fato pode ser atribuído ao crescimento
terminal da mandíbula.
Não se acredita que o terceiro molar, por si só, seja capaz de ocasionar o apinhamento
dental. Desse modo, deve-se ter critério ao se preconizar a exérese desses dentes
tendo a prevenção do apinhamento dental como justificativa da indicação.
6. Quais são os terceiros molares com maior potencial para o desenvolvimento de cárie,
com melhor indicação para remoção profilática?
I – Aqueles que se encontram parcialmente erupcionados sem expectativa de função
(Pell & Gregory A ou B).
II – Mesioangulados entre 40-80º.
III – Com íntima relação com a junção cemento-esmalte do segundo molar.
Aguardar que o osso que recobre o dente incluso reabsorva e ocorra a ulceração da
mucosa para exposição do dente não é uma situação favorável para exérese. Nesses
casos em que é realizada a proservação quando ocorre a necessidade da cirurgia, o
paciente já apresenta alguma doença sistêmica que pode dificultar o procedimento.
Além da possibilidade de essa mandíbula já se apresentar atrófica, elevando o risco
de fratura mandibular durante o procedimento.
Quando a coroa está parcialmente erupcionada com grande quantidade de tecido mole em
excesso na superfície axial e oclusal, os restos alimentares tendem a se depositar nesse
nicho existente entre o dente e o capuz pericoronário (conhecido como opérculo), sendo
colonizado por bactérias da flora residente, passando a ocorrer o processo infeccioso, muitas
vezes, recorrente.
Nos casos mais graves, com uma grande quantidade de edema, trismo, resultante da dis-
seminação da inflamação aos músculos da mastigação, astenia e febre, o cirurgião-dentista
deve considerar a administração de um antibiótico juntamente às irrigações, de preferência
com o digluconato de clorexidina a 0,12%.
10. Por que os dentes inclusos que, por ventura, tenham permanecido intraósseos devem
ser removidos antes da confecção da prótese?
Extremos de Idade
Nos pacientes jovens, a resposta inflamatória é bem mais satisfatória do que nos pacientes
mais senis. Desse modo, existe uma corrente de cirurgiões que indicam remoção precoce
dos dentes inclusos antes mesmo da completa formação da coroa dentária (germectomia).
Pacientes idosos, por sua vez, tendem a responder de forma cada vez menos satisfatória ao
procedimento cirúrgico, desde a velocidade e qualidade da cicatrização até a recuperação
pós-operatória. Chuang e colaboradores1 avaliaram 4.004 pacientes com um total de 8.748
dentes inclusos removidos e observaram que os pacientes que possuíam mais de 25 anos
apresentaram maior incidência de complicações pós-operatórias, como infecção, maior mor-
bidade pós-operatória, edema e dor.
Outro fator importante é que a senilidade pode trazer consigo comorbidades sistêmicas
associadas, como diabete, hipertensão arterial sistêmica, hepatopatias e nefropatias, ou
até mesmo o uso crônico de medicações. Esses fatores, quando presentes isoladamente ou
associados, podem potencializar os riscos de complicações trans e pós-operatórias e dificultar
a otimização dos resultados obtidos com a cirurgia.
Não se deve também deixar de lembrar que a idade avançada proporciona um aumento
na densidade e calcificação óssea, que acaba ocasionando menor elasticidade e flexibili-
dade da estrutura óssea. Adicionado a isso, observa-se também uma diminuição do espaço
periodontal, atenuando a distância entre o dente e o osso alveolar. Essa combinação de fatores
pode requerer do cirurgião manobras operatórias, por exemplo: odontossecção, osteotomias/
ostectomias para exérese desses elementos inclusos.
CLASSIFICAÇÃO
A remoção dos dentes inclusos pode ser relativamente fácil ou extremamente difícil, depen-
dendo de diversos fatores, como:
angulação do dente;
grau de impacção dentária ou óssea;
localização em relação ao ramo mandibular e a estruturas anatômicas importantes.
Existem diversos sistemas de classificação para os dentes inclusos que utilizam como
parâmetro a inclinação do longo eixo do dente e a altura do dente em relação ao
plano oclusal do segundo molar. Dente incluso ou não irrompido é o órgão dentário
que, mesmo completamente desenvolvido, não irrompeu na cavidade bucal,
encontrando-se, portanto, totalmente coberto por tecido ósseo e/ou por mucosa.20
Quadro 2
CLASSIFICAÇÃO DE WINTER
Posição Tipo de fratura
Vertical Quando o longo eixo do terceiro molar inferior (MI) for paralelo ao longo
eixo do segundo MI.
A classificação de Pell & Gregory também relaciona o terceiro molar com o plano oclusal do
segundo molar:
Classe A – face oclusal do terceiro molar no mesmo nível ou acima do segundo molar;
Classe B – face oclusal do terceiro molar entre o nível oclusal e o nível cervical;
Classe C – face oclusal do terceiro molar abaixo da linha cervical do segundo molar.
17. A classificação de Winter refere-se à orientação do longo eixo do terceiro molar incluso
em relação ao segundo molar vizinho, determinando quantas formas de posicionamento
dos dentes?
A) 3
B) 5
C) 7
D) 9
Resposta no final do artigo
18. Correlacione as colunas com a classificação de Pell & Gregory quanto à relação do terceiro
MI com a borda anterior do ramo da mandíbula.
(1) Classe I ( ) Se o diâmetro mesiodistal da coroa está completamente à frente
(2) Classe II do bordo anterior do ramo mandibular.
(3) Classe III ( ) Se o dente estiver localizado completamente dentro do ramo
mandibular.
( ) Se o dente estiver posicionado posteriormente, de forma que
cerca de sua metade esteja coberta pelo ramo mandibular.
Resposta ao final do artigo
O perfil, geralmente jovem, dos pacientes que requerem a cirurgia de dentes inclusos acaba
criando um protocolo básico de exames a serem solicitados.11
Exames Laboratoriais
Nos pacientes que apresentam alguma doença sistêmica crônica, esse manejo pré-operatório
toma fundamental importância, principalmente naqueles pacientes com histórico recente de
acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio ou que fazem uso crônico de
medicações anticoagulantes. Nesses casos, é imprescindível um trabalho multidisciplinar,
englobando uma interação com o médico responsável pelo paciente. O cirurgião deve ter em
mente três variáveis a serem avaliadas antes de solicitar os exames laboratoriais:
cirurgia a ser executada;
classificação do paciente segundo a Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA)
(Quadro 3);
faixa etária do paciente.
III Paciente com doença sistêmica grave que limita a atividade, mas não
incapacitante.
V Paciente moribundo que não espera sobreviver mais do que 24 horas com
ou sem cirurgia.
Quadro 4
EXAMES LABORATORIAIS FREQUENTEMENTE UTILIZADOS
DE ACORDO COM A DOENÇA PREEXISTENTE
Exame Indicação
Hemograma Anemias
Glicemia Diabete
Quando se encontra dificuldade tanto de ratificar ou não a relação dos dentes inclusos com o
canal mandibular quanto de realizar a localização radiográfica desses dentes inclusos, pode-se
dispor da tomografia computadorizada de feixe cônico – Cone Beam, um exame que
apresenta grande precisão na localização e posição tridimensional dos elementos estudados.
O cirurgião deve ter conhecimento de todas essas situações para saber quando e
qual exame radiográfico solicitar para determinar o seu planejamento cirúrgico.
19. As cirurgias dos dentes inclusos geralmente estão associadas a um elevado grau de an-
siedade por parte dos pacientes. Nesse aspecto, como deve ser o trabalho do cirurgião?
21. Correlacione as colunas com a classificação do estado físico do paciente, segundo a ASA.
(1) I ( ) Paciente com doença sistêmica grave que limita a atividade,
(2) II incapacitante e é uma ameaça constante a vida.
(3) III ( ) Paciente com doença sistêmica leve ou moderada.
(4) IV ( ) Paciente com doença sistêmica grave que limita a atividade,
(5) V mas não incapacitante.
(6) VI ( ) Indivíduo normal saudável.
( ) Paciente com morte cerebral, sendo mantido para doação de
órgãos.
( ) Paciente moribundo que não espera sobreviver mais que 24h
com ou sem cirurgia.
Resposta ao final do artigo
MEDICAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
A medicação prescrita no pré-operatório tem como funções:
reduzir o edema pós-operatório;
reduzir a dor no trans e pós-operatório;
minimizar o risco de infecção da ferida cirúrgica.
Em alguns casos, medicamentos podem ser utilizados para o controle da ansiedade. Dessa
forma, o cirurgião pode optar pelos fármacos: corticoides, antibióticos, anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs), analgésicos e ansiolíticos.
Sabe-se que a inflamação é responsável pela reparação tecidual, não obstante, seu
excesso causa danos ao paciente.
Dan e colaboradores23 realizaram uma revisão sistemática da literatura com metanálise para
observar o efeito do corticoide no edema, na analgesia e no desenvolvimento de possíveis
efeitos colaterais em cirurgias bucais. Os autores concluíram que o uso de corticoide prévio
à cirurgia reduziu, de maneira significativa, a dor e o edema, sem aumento na incidência de
infecção pós-operatória e com mínimos efeitos adversos.
A literatura mostra que, quando o corticoide é utilizado por um período de 3-5 dias,
não resulta em risco ao paciente. O uso de corticoides está contraindicado em casos
de pacientes com infecções virais ou fúngicas ativas, glaucoma primário, pacientes
com doenças psicóticas e pacientes com tuberculose.
ANALGESIA PREEMPTIVA
Como já mencionado, a cirurgia para exérese dos dentes inclusos pode causar um processo
inflamatório severo, em que é observado, frequentemente, no quadro pós-operatório, o
sintoma de dor, além de sinais de edema e trismo. Desta forma, a dor pós-operatória surge
com grande intensidade nas 12 horas iniciais, tendo seu pico máximo entre 3-5 horas após
o término da cirurgia.24,25
ANTIBIoTICOTERAPIA PROFILÁTICA
Os protocolos de indicação de antibioticoterapia profilática estão bem estabelecidos na litera-
tura nos pacientes suscetíveis a desenvolver endocardite bacteriana, não obstante, a grande
discussão gira em torno da indicação de protocolos de antibioticoterapia profilática
em pacientes saudáveis.
Nos casos em que o paciente apresenta uma infecção preexistente no sítio operatório,
por exemplo, pericoronarite ou abscesso, é preconizada a prescrição de antibióticos
no pré e pós-operatório, a fim de minimizar o potencial de contaminação e/ou
infecção no pós-operatório.
25. A cirurgia para exérese dos dentes inclusos, pode causar um processo inflamatório severo,
em que é observado, frequentemente, no quadro pós-operatório, o sintoma de dor, além de
sinais de edema e trismo. Desta forma, a dor pós-operatória surge com grande intensidade
nas 12 horas iniciais, tendo seu pico máximo quantas horas após o término da cirurgia?
A) Após 2 horas.
B) Entre 3-5 horas.
C) Até 1 hora.
D) Entre 8-12 horas.
Resposta no final do artigo
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO:
INSTRUMENTAL E SEQUÊNCIA CIRÚRGICA
Para que se possa obter êxito nos procedimentos cirúrgicos, é fundamental um bom plane-
jamento pré-operatório, que, via de regra, estará alicerçado em um criterioso exame clínico
e em uma correta solicitação e interpretação dos exames complementares. Outro fator de
crucial importância é o conhecimento anatômico das diferentes regiões maxilofaciais
que, além de atenuar o risco de acidentes e complicações trans e pós-operatórias, facilitará
o planejamento das incisões e o manuseio atraumático dos tecidos, o que favorece a preser-
vação da vitalidade e a boa cicatrização.
Uma incisão bem planejada e executada resulta em poucos danos ao retalho obtido,
com melhor recuperação pós-operatória, menos dor e edema e melhor cicatrização.30 O pro-
cedimento de incisão deve compreender a mucosa e o periósteo, utilizando como material
o cabo de bisturi nº 3, lâminas de bisturi nº 15, 15c ou 12, dependendo do planejamento e
da área de incisão (Figuras 1A e 1B).
10 11 12 15
Figura 1 – Cabo de bisturi
nº 3 e as lâminas nº 10, 11,
12 e 15.30
Fonte: Arquivo de imagens
dos autores.
Uma série de fatores que devem ser levados em consideração para um correto pla-
nejamento das incisões:11
utilizar sempre lâminas novas;
incisar sempre de maneira firme e contínua, já que as incisões interrompidas causam
maior dano tecidual;
incisar de maneira perpendicular à superfície, criando margens cruentas simétricas
que resultam em melhor reparo;
manter uma distância segura de estruturas nobres, como vasos e nervos;
o acesso deve ter suprimento sanguíneo próprio, permitir acesso ao tecido subjacente,
poder ser recolocado na posição original e poder ser mantido com sutura, evitando
incisões sobre as papilas gengivais e elevações ósseas.
Os critérios para indicação do tipo de acesso devem ser pautados de acordo com a anatomia
regional e o caso abordado. A incisão sucular é apresentada nas Figuras 2A e 2B.
A B
A
Figura 4 – A e B) Trapezoidal (Newmann).
Fonte: A) Freitas (2006).30 B) Arquivo dos autores.
O primeiro fator a ser discutido na osteotomia diz respeito à escolha do material utiliza-
do: cinzel e martelo, caneta de alta rotação ou peça de mão em baixa rotação. Essa escolha
depende da experiência do profissional e da sua escola de formação. Prefere-se a utilização
da caneta de alta rotação com irrigação contínua externa utilizando soro fisiológico 0,9%.
Os elevadores (ou extratores) devem ser utilizados de forma criteriosa para não
ocasionar fraturas dentárias ou ósseas indesejadas, o movimento de alavanca deve
ser aplicado de forma perpendicular em relação ao longo eixo do dente, sendo
girada de maneira a deslocar o dente em relação ao seu eixo de saída.
A finalização do procedimento cirúrgico ocorre com a instalação das suturas, que possuem
como funções primordiais a estabilização e a reanatomização das margens da ferida sufi-
cientes para assegurar uma correta cicatrização das bordas cruentas. Os principais objetivos
da sutura são:
reposicionar os tecidos na posição original, ou em outra desejada, de maneira precisa
e atraumática;
restituir a função e acelerar a cicatrização;
reduzir os espaços anatômicos (espaço morto);
promover hemostasia;
estabilizar do coágulo;
preservar a estética.
Outro fator crucial durante a sutura é a escolha de um fio ideal para o caso abordado,
se nylon ou seda, monofilamentar ou multifilamentar, reabsorvível ou não reabsorvível,
calibre ideal. Utiliza-se preferencialmente fio nylon, monofilamentar, não reabsovível de
espessura 4-0 ou 5-0 ou o fio reabsorvível vicryl, na espessura 3-0 ou 4-0.
Uma falha comum no fechamento da ferida usando suturas é a falta de medidas adequa-
das para o controle de tensão. É geralmente reconhecido que as altas tensões exercidas pelas
suturas e aplicadas às bordas da ferida podem conduzir a deiscência, rasgando as margens de
tecido mole, resultando em uma laceração e cicatrização por segunda intenção. Estes casos
de deiscência dos tecidos moles podem prolongar o tempo de cicatrização e aumentar a dor
e desconforto no pós-operatório.32
28. Complete a coluna com a sequência da abordagem cirúrgica dos dentes inclusos.
( ) Suturas.
( ) Incisão ou diérese.
( ) Ostectomia.
( ) Odontossecção.
( ) Afastamento do retalho.
( ) Descolamento mucoperiósteo.
( ) Limpeza da cavidade.
( ) Remoção ou exérese do dente.
Resposta ao final do artigo
30. Cite 4 fatores que devem ser levados em consideração para um correto planejamento
das incisões cirúrgicas.
TRANSPLANTES DENTAIS
Apesar de todos os avanços alcançados na Odontologia e de todas as medidas de saúde bucal
coletiva que visam prevenir a perda precoce dos dentes devido a problemas como doença
periodontal e cárie, infelizmente, sua prática ainda é rotineira naquela fatia menos esclare-
cida e com menor poder aquisitivo da população, sobretudo nos serviços públicos de saúde.
A reposição dos dentes perdidos pode ser realizada por meio do uso de próteses fixas ou
removíveis, implantes dentários ou aparelhos ortodônticos. A maior limitação dessas alternati-
vas terapêuticas é o fator financeiro, pois nem sempre elas podem ser financiadas por todos os
pacientes. Desse modo, o transplante dental toma fundamental importância por representar
uma alternativa viável, exequível e que consegue atender a todas as camadas da população.
A análise da literatura evidencia que diversos fatores interferem no sucesso dos trans-
plantes dentais. Assim, é essencial a correta seleção de casos, o emprego de técnica cirúrgica
atraumática, além de se instituir um método adequado de contenção. O tempo que o dente
permanece fora do alvéolo, o estado do alvéolo para o qual ele será transplantado, bem
como a integridade da membrana periodontal ou saco dental e a assepsia cirúrgica também
exercem influência no prognóstico.18
A maioria dos transplantes realizados é dos terceiros molares para alvéolo dos
primeiros molares sem a possibilidade de tratamento conservador.2
TRACIONAMENTO ORTOCIRÚRGICO
Outra opção de aproveitamento dos dentes inclusos é o tracionamento ortodôntico-cirúrgico.
Essa modalidade terapêutica visa à colocação de um dente incluso em sua posição ana-
tômica. Via de regra, consiste na associação de procedimentos cirúrgicos e ortodônticos,
sendo necessários um trabalho multidisciplinar e acompanhamento clínico e radiográfico
para finalização do caso.2 Existem várias técnicas descritas na literatura para realização das
desinclusões cirúrgico-ortodônticas:
perfuração coronária;
técnica do laço;
colagem de pinos;
colagem de botões ortodônticos.
É preferível recobrir o dente incluso com retalho mucoperiosteal ao invés da exposição ci-
rúrgica da coroa ao meio bucal, dando ênfase para as técnicas de colagem direta com tela
ortodôntica e resina composta. Nos casos de inclusões retroalveolares profundas, realizam
transfixação junto à borda incisal da coroa. A ulectomia, geralmente, ocasiona a formação
bolsas periodontais, sendo frequente a ocorrência de recessões gengivais.37
Antes da colagem direta, um pino ou parafuso pode ser posicionado na coroa do dente não
irrompido e, em circunstâncias especiais, isso permanece como alternativa, ou então um
fio de ligadura pode ser colocado ao redor do acessório antes de o retalho ser posicionado
e suturado. A tração ortodôntica para trazer o dente impactado para o arco deve
começar o mais cedo possível após a cirurgia ou, não sendo possível, não demorar mais do
que 2 ou 3 semanas.38
A exposição cirúrgica dos dentes inclusos deve ser a mais conservadora possível. Para
a escolha da técnica de tracionamento ortodôntico-cirúrgico, é necessário levar em conside-
ração a localização e a posição em que o dente incluso se encontra. Por fim, a melhor técnica
utilizada atualmente é a técnica fechada, cujo dente incluso, depois de colocado o dispositivo
para a extrusão, é recoberto com o retalho mucoperiostal, evitando problemas periodontais.
Toda manobra cirúrgica não está concluída com a sutura, e sim com a correta
orientação pós-operatória aos pacientes e, também, com a eliminação adequada
dos pontos após 5-7 dias.
É extremamente importante que o cirurgião tenha registrados, em uma ficha clínica espe-
cífica, as observações pertinentes ao exame clínico pré-operatório, como história médica
do paciente, uso crônico de medicações e sinais vitais. Além disso, a descrição de todos os
passos operatórios, inclusive elencando as intercorrências, caso elas ocorram, e a medicação
prescrita tanto no pré quanto no pós-operatório, incluindo a menção das instruções dadas
ao paciente no pós-operatório.
ACIDENTES E COMPLICAÇÕES
A remoção cirúrgica de terceiros molares pode resultar em uma série de complicações,
incluindo dor, trismo, edema, sangramento e alveolite.13 Algumas variantes têm sido rela-
cionadas às complicações, entre elas, a idade do paciente, o uso de contraceptivos orais, a
posição do dente, a experiência do cirurgião e o tempo de cirurgia.
É preciso esclarecer que, mesmo com um excelente exame clínico e consequente adequado
planejamento cirúrgico, as complicações e os acidentes eventualmente ocorrem. Po-
rém, nesses casos, o acidente ou a complicação eram previsíveis, o que torna muito mais
fácil controlá-los. Outro fator importante é que a inexperiência do profissional ocasiona
um aumento na incidência de acidentes e complicações cirúrgicas, desse modo, o clínico
deve avaliar com perspicácia sua experiência e habilidades antes de se propor a realizar o
procedimento cirúrgico.
Um detalhe importante é que o paciente também tem a sua parcela de responsabilidade com o
sucesso do tratamento e minimização dos riscos, pois ele deve seguir adequadamente as
recomendações pós-operatórias. Exemplos clássicos são os pacientes com péssima higiene
bucal e/ou tabagistas. Estes pacientes precisam melhorar a higienização e não fumar no pós-
operatório, pois, sabidamente, a não obediência a essas recomendações aumenta os índices
de infecções e hemorragias pós-exodontia.
34. Quais são as três maneiras de classificar o transplante dentário, segundo Marzola?
36. Toda manobra cirúrgica não está concluída com a sutura, e sim com a correta orientação
pós-operatória aos pacientes e, também, com a eliminação adequada dos pontos
A) após 2-4 dias.
B) após 3-5 dias.
C) após 5-7 dias.
D) após 6-8 dias.
Resposta no final do artigo
38. São acidentes e complicações descritos na literatura durante a remoção dos dentes
inclusos:
I – Infecções e abscessos tardios.
II – Luxação de ATM.
III – Penetração de dente/raiz no seio maxilar.
IV – Penetração de dente na fossa infratemporal.
40. Em que sentido é correto afirmar que o paciente tem a sua parcela de responsabilidade
com o sucesso do tratamento e minimização dos riscos?
CASO CLÍNICO 1
A B
Figura 5 – A e B) Incisivo central superior incluso horizontalmente em grande proximidade com a
cavidade nasal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. Caso operado no curso de cirurgia da ABO-PE.
CASO CLÍNICO 3
Raiz
CASO CLÍNICO 5
CONCLUSÃO
Pode-se observar que é cada vez mais prevalente os pacientes procurarem os profissionais
buscando tratamento para os dentes inclusos. Fato talvez explicado pelas modificações do
sistema estomatognático no decorrer da evolução dos seres humanos, devido à diminuição
da sua demanda funcional graças à adoção de técnicas para facilitar a alimentação dos
homens. Com isso, ocorreram alterações em todos os componentes deste sistema e, em
particular, nos dentes e na base óssea, houve uma redução no tamanho dos maxilares e na
quantidade de dentes.
Desse modo, o cirurgião deve estar apto técnica e cientificamente, a fim de diagnosticar e
tratar as inclusões dentárias. Importa enfatizar a importância do conhecimento de todos os
critérios de indicação e contraindicação, sinonímia, conduta pré e pós-operatória, técnica
e tática cirúrgica que, em conjunto, terão papel fundamental no êxito do caso abordado,
atenuando as chances da ocorrência de acidentes e complicações cirúrgicas.
Atividade 3
Resposta: D
Comentário: As causas locais são representadas por obstruções mecânicas, como falta de
espaço, fibrosamento dos tecidos moles ou condensação óssea na região, desvio da trajetória
de erupção, degenerações teciduais, anomalias próprias do dente (dilaceração radicular e
macrodontia, por exemplo); patologias císticas e tumorais também contribuem para ocor-
rência das inclusões, podendo causar impedimento da erupção e deslocamento dos dentes
para posições atípicas.
Atividade 6
Resposta: D
Atividade 8
Resposta: B
Comentário: Quando um dente incluso e/ou impactado encontra-se imerso completamente
no processo alveolar, o saco folicular associado com o elemento dentário quase sempre tam-
bém se encontra retido. Como regra, se o espaço folicular em volta da coroa de um dente é
superior a 3mm, deve-se levantar a hipótese de degeneração cística do capuz pericoronário.
Atividade 11
Resposta: B
Comentário: O processo que ocasiona a reabsorção radicular ainda não está bem definido,
mas aparenta ser similar ao processo de reabsorção que os dentes decíduos sofrem durante
a erupção dos dentes permanentes.
Atividade 13
Resposta: C
Comentário: A pericoronarite pode se apresentar como uma infecção leve, moderada ou
grave, requerendo hospitalização do paciente. De acordo com a intensidade do quadro, o
tratamento e a conduta profissional irão variar. Nas formas leve e moderada, a pericorona-
rite consiste em um edema tecidual localizado e doloroso, sem sinais sistêmicos de infecção
como febre e astenia.
Atividade 15
Resposta: D
Comentário: A idade avançada proporciona um aumento na densidade e calcificação óssea,
o que acaba ocasionando menor elasticidade e flexibilidade da estrutura óssea.
Atividade 17
Resposta: C
Atividade 18
Resposta: 1 – 3 – 2
Atividade 21
Resposta: 4 – 2 – 3 – 1 – 6 – 5
Atividade 23
Resposta: D
Atividade 25
Resposta: B
Atividade 27
Resposta: C
Comentário: Os profissionais que advogam contra o uso dos antibióticos no pós-operatório
baseiam-se em três argumentos principais: baixas taxas de infecção pós-operatória em cirur-
gias bucais, seleção e aumento da resistência bacteriana e aparecimento de reações adversas.
Atividade 28
Resposta: 8 – 1 – 4 – 5 – 3 – 2 – 7 – 6
Atividade 33
Resposta: V – F – F – V
Comentário: Segundo Nazareno Gil, o preparo da cavidade compreende três etapas distintas:
curetagem e remoção do capuz pericoronário remanescente, limagem das margens ósseas e
irrigação final com aspiração. A finalização do procedimento cirúrgico ocorre com a instalação
das suturas, que possuem como funções primordiais a estabilização e a reanatomização das
margens da ferida suficientes para assegurar uma correta cicatrização das bordas cruentas.
Atividade 36
Resposta: C
Atividade 37
Resposta: A
Comentário: Aplicar bolsas de gelo na face, sobre o local operado durante 20 minutos, com
30 minutos de descanso, durante 48 horas, iniciando este procedimento imediatamente
após a cirurgia.
Atividade 38
Resposta: D
Atividade 39
Resposta: A
Atividade 41
Resposta: C
Comentário: Para acesso do palato, sempre será preconizado o acesso sucular ou Maurel.
Atividade 42
Resposta: Deve-se agir com bastante cautela na osteotomia e odontossecção por causa da
proximidade do elemento incluso a estruturas nobres, como fossa nasal e seio maxilar.
Atividade 44
Resposta: D
Comentário: Ocorreu a intrusão de um fragmento radicular após tentativa de remoção do
elemento 18.
Atividade 45
Resposta: Deve-se proceder sempre com a remoção do fragmento radicular através do acesso
cirúrgico de Caldwell-Luck na parede anterior do seio maxilar e antibioticoterapia adjuvante.
Atividade 46
Resposta: Anestesia; incisão ou diérese; descolamento mucoperiosteal de espessura total;
osteotomia; odontossecção; exodontia do elemento; limpeza da cavidade cirúrgica; sutura e
prescrição medicamentosa; orientações e recomendações pós-operatórias.
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