INTRODUÇÃO: o abdome é dividido ● Abdome escavado.
em 9 regiões e 4 quadrantes. - abaulamentos, retrações e - é composto pela INSPEÇÃO, cicatrizes. AUSCULTA, PERCUSSÃO e PALPAÇÃO. - pele, distribuição de pelos, umbigo e anexos. - dilatações venosas e circulação colateral. Alterações localizadas: hérnias e eventrações. - tumores intra-cavitários. Alterações de pele: herpes zoster, fístulas, cicatrizes, circulação colateral. - equimose (Cullen e Grey Turner).
Dinâmica: tipo respiratório.
- movimentos peristálticos, que podem ser visualizados em indivíduos muito magros e geralmente indicam obstrução com hiperperistaltismo. - pulsações e hérnias.
AUSCULTA: visa identificar ruídos
hidroaéreos (RHA) e sopro nas INSPEÇÃO: artérias abdominais (aorta, artérias Estática: alterações de forma e renais e artérias ilíacas). simetria. - posiciona-se o estetoscópio em 7 ● Abdome plano pontos. ● Abdome globoso: aumentado - a ausência de sopros pode ser de forma uniforme, diâmetro confirmada quando não se ouve ântero-posterior maior que o nenhum ruído nos pontos. transversal, causado por - para ouvir os RHA basta posicionar o obesidade, pneumoperitônio e esteto em áreas difusas do abdome, ascite. permanecendo por cerca de 2 minutos ● Abdome pendular ou “em ou até ouvir um ruído. O normal é de 5 avental”: porção inferior da a 34 RHA, começar no quadrante parede abdominal protusa. inferior direito e ir em sentido ● Abdome em batráquio: horário. diâmetro transversal maior que o ântero-posterior, causado por ascite de longa duração. início do fígado. - com isso, mede-se a distância entre esses dois pontos.
PERCUSSÃO: feita pela técnica
habitual de dígito-digital. - usada para identificar presença de líquido ascítico, massas sólidas, Espaço de Traube: percussão do baço. aumento exagerado de ar nas alças - é um espaço de 12 cm de largura e 9 intestinais ou fora delas, cm de altura que projeta-se da 6º a determinação do tamanho do fígado e 10º costela. do baço. - o espaço de traube livre (som timpânico) indica baço de tamanho normal.
Hepatimetria: medição do fígado para Sinal de Jobert: timpanismo
investigação de hepatomegalia. encontrado na percussão da linha - começando na região abaixo do hemiclavicular direita sobre a área umbigo, deve-se percutir em direção hepática ao invés de maciço. ao fígado até que o som mude de - indica pneumoperitônio e pode ser timpânico para maciço, indicando a causada pela perfuração de víscera. margem inferior do fígado. - após isso, deve-se percutir na região hemiclavicular direita na altura das pulmões em direção ao fígado, até que o som mude de som claro pulmonar para maciço, indicando o Palpação profunda: são palpadas as mesmas regiões, também buscando áreas sensíveis e alterações de Torres-homem: é a percussão em consistência, mas deve-se usar as toda região hepática em busca de duas mãos, uma apoiada sob a outra, sensibilidade e dor intensa. pesquisando a presença de massas (localização, formas, tamanho, consistência, hipersensibilidade, pulsações). Palpação do fígado: Lemos-Torres: deve-se posicionar a mão por debaixo do paciente, paralela às 11ª e 12ª costelas, apoiando-as. - faz-se a compressão da mão esquerda para frente, palpando o fígado com a outra mão. - deve-se posicionar a mão direita à direita do abdome do paciente, PALPAÇÃO: lateralmente ao músculo reto, com as Palpação superficial: deve-se palpar pontas dos dedos bem abaixo da borda todos os quadrantes, com apenas uma inferior hepática. Com isso, deve-se mão, buscando áreas sensíveis e/ou fazer uma compressão suave para alteração. dentro e para fora, solicitar ao - movimentos circulares avaliar o paciente que respire fundo, e na grau de resistência da parede expiração deve sentir a borda do abdominal, estabelecer as condições fígado, quando ela descer ao encontro físicas das vísceras, explorar a dos dedos do médico. sensibilidade dolorosa do abdome e - depois disso, deve-se diminuir a procurar por massas e nódulos. pressão na mão que está palpando e - paciente em decúbito dorsal, deslizar a ponta dos dedos para palpar confortável, com pernas e braços a superfície anterior do fígado. estendidos. - é importante observar a presença de alguma hipersensibilidade ao toque e tentar delimitar as bordas medial e lateral do fígado. Mathieu: deve-se posicionar as duas mãos, lado a lado, do lado direito do abdome, logo abaixo da borda do fígado. - faz-se uma compressão com os Palpação dos rins: normalmente não dedos, para dentro e para cima, em são palpáveis. direção ao rebordo costal, e nesse - para palpar o rim direito o médico momento solicita-se ao paciente que deve posicionar a mão esquerda atrás respire fundo. do paciente, logo abaixo e paralela à - quando palpado, a borda do fígado 12ª costela, com as pontas dos dedos saudável é mole, nítida e regular. no ângulo costovertebral. Com isso, deve-se elevar a mão tentando deslocar o rim para a frente, e colocar a mão direita devagar no quadrante superior direito, lateral e paralelamente ao músculo reto. - nesse momento, pede-se ao paciente que respire fundo, e no pico da inspiração, comprime-se a mão Palpação do baço: direita profundamente ao quadrante Schuster: o baço fica acoplado no superior direito, abaixo do rebordo diafragma na altura da 9ª, 10ª e 11ª costal, tentando capturar o rim entre costelas, ocupando grande parte da as mãos. região posterior à linha axilar média - pede-se ao paciente que expire e esquerda. fique em apneia em curto período, - manobra com o paciente em com isso, o médico deve liberar decúbito lateral direito, pois nessa lentamente a compressão exercida posição, a gravidade desloca o baço pela mão direita simultaneamente, para um local mais acessível para tentando sentir o deslizamento do rim palpação. e seu retorno à posição que estava durante a expiração. - caso seja possível palpar o rim, é importante que se descreva seu tamanho, contorno e presença de sensibilidade ao toque. Obturador: dor no hipogástrio direito ao realizar a rotação interna e passiva da coxa direita flexionado com o paciente em decúbito dorsal, MANOBRAS ESPECIAIS: sugestivo de apendicite. Blumberg: dor à compressão e principalmente à descompressão súbita da fossa ilíaca direita, no ponto de McBurney, sugestivo de apendicite.
Murphy: dor profunda à palpação da
área subcostal direita, que sugere colecistite.
Rovsing: dor no quadrante inferior
direito quando há compressão do quadrante inferior esquerdo, é utilizada para identificar apendicite.
Giordano: dor à punho percussão das
lojas renais, o que sugere pielonefrite.
Psoas: dor à extensão do quadril,
sugestivo de apendicite. Valsalva: utilizada para visualização de hérnias.
posiciona-se em decúbito lateral, o
Piparote: posiciona-se uma das mãos líquido desloca-se para o mesmo em um dos flancos, no lado oposto lado, onde fica maciço e a região posicionar a ponta do dedo médio, acima fica timpânica. dobrado, apoiado e tensionado contra o polegar, disparar contra o flanco Semicírculo de Skoda: com o paciente contra lateral. em decúbito dorsal percute-se a - o abalo irá produzir uma onda de região periumbilical do meio para as choque que será transmitida no extremidades. Em casos de ascite, líquido ascítico, sendo percebido pela observa-se alteração do timpanismo. palma da mão no flanco oposto.
Descompressão brusca: sinal que há
inflamação aguda de peritônio.
Macicez móvel:ocorre em casos de
ascite de médio volume. Quando o paciente está em decúbito dorsal o líquido acumula-se na região lateral do abdome, revelando timpanismo na região anterior, quando o paciente