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CARVALHO, Marília. Mau aluno, boa aluna? Como as professoras avaliam meninos e
meninas. Revista Estudos Feministas, v. 9, n. 2, p. 554, 2001.
[...] as estatísticas de desempenho escolar têm alguma relação com a aprendizagem dos
alunos, porém essa relação é intermediada (CARVALHO, 2001, p. 555).
[...] múltiplas dimensões interferem nesse processo e que é preciso levar em conta tanto as
condições sócio-econômicas e culturais de origem da criança, quanto as condições de
funcionamento das escolas, o preparo dos professores, os critérios de avaliação etc
(CARVALHO, 2001, p. 558).
Assim, parece que não apenas se reconhece a existência de problemas escolares maiores entre
os meninos, como também a imagem de “bom aluno” estaria mais associada às meninas
brancas (e orientais), talvez a um certo perfil de feminilidade (CARVALHO, 2001, p. 561).
Este tipo de postura ambígua das professoras e professores diante das meninas tem sido
encontrado em inúmeras pesquisas e descrito em termos muito semelhantes em diferentes
países, sendo interpretado a partir de variadas grades teóricas (CARVALHO, 2001, p. 561).
[...] professores e professoras freqüentemente preferem ensinar aos meninos, que são
considerados como mais interessantes e mais inteligentes (CARVALHO, 2001, p. 561).
São garotos que desenvolvem a habilidade de equilibrar-se entre o mundo do pátio de recreio
e da cultura dos meninos e o mundo da sala de aula, descobrindo ou inventando uma posição
masculina bemsucedida em meio a essa tensão (CARVALHO, 2001, p. 567).
Para as crianças ouvidas, o que caracterizava um bom aluno era antes seu comportamento
que suas notas (CARVALHO, 2001, p. 571).