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Sou graduada em Pedagogia e Pós Graduada Neuropsicopedagogia
e Pedagogia Hospitalar.

Atuo como docente e estou à frente da Pedagogia Hospitalar, sendo


a primeira a atuar em Minas Gerais em âmbito hospitalar.
Trabalho já a 10 anos com atendimentos Neuropsicopedagogico,
sendo um publico de crianças especiais, bem com TDAH, Dislexia,
Dificuldades de Aprendizagem dentre outros.
1. O que é psicomotricidade
2. Estimulação psicomotora
3. Desenvolvimento do motor
4. Estágio elementar
5. Estágio maduro
6. Esquema corporal
7. Coordenação motora ampla
8. Coordenação motora fina
9. Desenvolvimento de percepção musical
10. Desenvolvimento de percepção olfativa, tato e gustativa
11. Desenvolvimento da percepção temporal
12. Desenvolvimento da percepção corporal
13. Seriação e classificação
14. Atividades psicomotoras desenvolvidas pelos professores
15. Lateralidade
16. Plano corporal
17. Orientação espacial
18. Orientação temporal
19. Equilíbrio
Introdução

Embora este seja um requisito básico para que as crianças


desenvolvam relações saudáveis com seus corpos, há dúvidas sobre
como os psicomotores governam.

As habilidades psicomotoras na educação infantil são um dos


elementos que garantem as condições necessárias para a
aprendizagem das crianças.

Vale ressaltar que alguns pesquisadores também definem o campo


como uma ciência que estuda o indivíduo por meio do movimento e
das interações sociais. É definido como um ato educativo que
compreende o movimento associado às interações sociais,
psicológicas e cognitivas dos sujeitos.

Por isso, educadores que atuam na educação infantil podem


estimular o desenvolvimento psicomotor para ampliar a construção
do conhecimento infantil.

Confira abaixo algumas sugestões de atividades psicomotoras:

- Modelagem de plasticina - para recortar revistas e jornais com


finalidades específicas, ex. B. Formando seu próprio nome ou o de
seus colegas de classe.

- Jogos de memória entre outros.


Jogos de imitação - Quebra-cabeça de bonecos divididos -
Complete o desenho de uma figura humana - Represente partes do
corpo humano com guache, espuma, gel, etc.

1. PSICOMOTRICIDADE

É uma ciência que visa compreender os aspectos cognitivos


relacionados ao processamento da informação, bem como os
emocionais, e sua relação com o movimento humano nas diferentes
fases da vida.

Tal função ocorre porque a ação de qualquer movimento envolve


nossa inteligência e tem uma intenção. Assim, ao estimular as
habilidades psicomotoras, educamos os movimentos com o melhor
uso de nossas habilidades psíquicas.

Nesse contexto, é fundamental trabalhar desde a primeira infância


para que a criança tenha mais consciência de seus movimentos e
de seu próprio corpo, compreendendo também como se desenvolve
sua relação com o mundo exterior.

O gesto é o primeiro instrumento social de compreensão e


expressão da criança. Ações como apontar, evocar e pegar
começam a substituir o choro; a criança gesticula para expressar
situações e ações que ainda não consegue verbalizar, constituindo
um importante modo de comunicação que antecede o vocabulário
fonético.

Portanto, é importante colocar a criança em uma situação em que


será necessário que ela busque novas situações para alcançar um
resultado desejado, quanto mais ela colocar seu cérebro para
funcionar, o que, além de contribuir para o desenvolvimento
cognitivo, é importante para sua organização motora. , sua
autonomia e criatividade.

2. ESTIMULAÇÃO PSICOMOTORA

O gesto é o primeiro instrumento social da criança para


compreensão e expressão. Atos como apontar, evocar e capturar
substituem o choro. A criança gesticula para expressar situações e
ações que ainda não consegue verbalizar. Esta é uma importante
forma de comunicação que antecede o vocabulário fonético.

O primeiro objeto que a criança percebe é o próprio corpo. Esse


conhecimento surge por meio de sentimentos, mobilizações e
mudanças. A linguagem é um dos fatores mais importantes nos
primeiros anos de vida para desenvolver a inteligência, a
afetividade e as relações sociais na vida de um indivíduo e para
determinar suas habilidades futuras.
O estímulo motor coloca a criança em contato com o objeto, o meio
ambiente e com ela mesma e cria uma comunicação corporal
repleta de significados. O que distingue a estimulação motora do
desempenho motor é a intenção de causar melhora no esquema
corporal, ou seja, a criança é estimulada a organizar habilidades
diferentes daquelas já vivenciadas. É importante facilitar a interação
da criança com o mundo dos objetos por meio da experiência e do
jogo concretos. A aprendizagem torna-se mais do que um processo
tedioso para uma aprendizagem mais contextualizada e
significativa.

As habilidades psicomotoras são objeto de estudos em todo o


mundo, sua importância em todos os processos relacionados às
pessoas. No entanto, é preciso enfatizar que isso não deve ser visto
como uma teoria em si. Fernandes et al. (2018) defendem que as
habilidades psicomotoras devem ser vistas como uma prática em
que o corpo de acordo com sua complexidade (existencial,
expressivo, emocional, idêntico) é visto como a principal referência.

Aqui estão algumas dicas que podem ajudá-los a desenvolver


atividades voltadas para seus alunos: Bola Acima, Bola Abaixo (para
crianças de 4 anos) Essa atividade foi desenvolvida para ajudar a
desenvolver a coordenação motora, o foco e a velocidade. O jogo é
ótimo para crianças a partir de 4 anos e pode ser usado tanto em
aulas de educação física quanto em sala de aula.
Materiais: bolas Execução: o professor deve colocar os alunos em
duas colunas, principalmente em um arquivo. Pode ser dividido em
equipes ou meninos contra meninas. Ao primeiro sinal que pode ser
dado por apito, o primeiro aluno de cada fila deve conduzir a bola
sobre a cabeça (com as duas mãos) até chegar ao último colega da
fila. Se ele pegar a bola, ele deve correr para a frente da linha e
mover a bola sobre sua cabeça para continuar a ação.

- Captura (para crianças de 4 anos) Esta atividade é clássica e


muito eficaz no estímulo das habilidades psicomotoras.

Execução: O aluno começa a ser o apanhador. Os outros devem


fugir. No momento em que o apanhador toca alguém, ele se torna
o apanhador. Também pode variar dependendo do apanhador
assistente: Assim que o apanhador toca outro aluno, ele também se
torna o apanhador.

Corrente: Se o aluno for pego, ele deve colocar a mão na armadilha


e ajudar na captura, etc. Só o aluno no final com o braço livre pode
pegar quem pega por último, ganha.

- Esponjas (para crianças de 5 anos) Objetivo: Desenvolver as


habilidades de movimentos finos, a coordenação visual-motora, o
esquema corporal e melhorar o tônus muscular.
Material: bacia com água e várias esponjas coloridas com diferentes
texturas/durezas.

Procedimento: Coloque as esponjas na água e peça à criança que


as retire uma a uma, espremendo toda a água da esponja.
Por isso, é importante colocar a criança em uma situação em que
ela terá que buscar novas situações para alcançar o resultado
desejado.

3. DESENVOLVIMENTO DO MOTOR

Cada criança possui seu padrão de desenvolvimento característico,


pois as características inerentes são constantemente influenciadas
por uma cadeia de transações que ocorrem entre ela e o ambiente
ao seu redor. No entanto, existem características especiais que
permitem uma avaliação aproximada do nível e da qualidade do
desempenho das crianças. É importante acompanhar o
desenvolvimento motor da criança, principalmente nos primeiros
anos, para que seja possível diagnosticar doenças motoras
precocemente, o que pode facilitar o tratamento e fazê-lo com
muito mais rapidez. O bom desenvolvimento motor afeta a vida
futura da criança social, intelectual e culturalmente.

O inverso também ocorre, pois qualquer dificuldade motora leva a


criança a se refugiar no ambiente que não domina e não realiza ou
raramente realiza determinadas atividades.
O desenvolvimento motor é o processo de mudança de
comportamento, relacionado à idade, tanto na postura quanto na
movimentação da criança. É um processo de mudanças complexas
e interconectadas envolvendo todos os aspectos do crescimento e
maturação dos dispositivos e sistemas do corpo. O desenvolvimento
motor depende não só da maturação do sistema nervoso, mas
também da biologia, do comportamento e do meio ambiente.

Poderíamos dividir o desenvolvimento motor em três estágios:


Estágio inicial O desenvolvimento motor do estágio inicial é o
primeiro objetivo da criança ao tentar realizar um padrão de
movimento fundamental. A integração dos movimentos espaciais e
temporais é pobre. Os movimentos locomotores, manipulativos e
estabilizadores das crianças de 2 anos geralmente estão no nível
inicial;

Estágio elementar

O desenvolvimento motor no estágio elementar envolve melhor


controle e melhor coordenação rítmica dos movimentos
fundamentais. Normalmente, as crianças em desenvolvimento
tendem a progredir para o estágio primário por meio do processo
de maturação, embora alguns indivíduos possam não se
desenvolver além do estágio primário em muitos padrões de
movimento e permanecer lá por toda a vida.
Estágio maduro

O desenvolvimento do motor na etapa Maduro é caracterizado pela


eficiência mecânica, coordenação e execução controlada. Em geral,
as crianças têm potencial para amadurecer o desenvolvimento
motor por volta dos 5-6 anos de idade na maioria das habilidades
básicas. Adquirir esses padrões básicos de movimento é de vital
importância para o domínio das habilidades motoras.

Por isso, deve-se ter cuidado para não obrigar as crianças a pular
etapas, por exemplo, comprando um triciclo para a criança de 1
ano, quando ela só poderá pedalar a partir dos 2, 2 anos e meio. O
treinamento precoce pode causar ansiedade e até mesmo
problemas emocionais.
Além disso, a criança não está física e intelectualmente preparada
para essa tarefa. O desenvolvimento motor é uma sequência
cuidadosamente planejada. O recém-nascido apresenta certa
rigidez muscular devido ao tempo em que foi contraído no útero da
mãe. Aos poucos, vai desaparecendo e o bebê fica mais flexível e
forte para algumas atividades bruscas, como balançar os braços,
rolar e sentar, e outras mais sofisticadas, como virar as páginas de
um livro e desenhar. O mesmo vale para caminhadas. Antecipar
qualquer um desses avanços não ajudará a criança.

Exemplos de exercícios para desenvolver a psicomotricidade


-Massagem com diversos tipos de texturas,
-Amassar e picar papel,
-Apertar botões que emitem sons,
-Dar objetos com diferenças de tamanho para manipular,
-Brincar com bexigas,
-Assoprar bolinha de sabão e tentar estourá-la,
-Cantar música e realizar movimentos corporais ao ritmo de música
(dançar e congelar),
-Brincar com massinha: apertar forte e fraco,
-Brincar com bolas com diferentes texturas e tamanhos,
-Brincar com jogo de memória,
-Brincar no tanque de areia,
-Fortalecer musculatura dorsal, membros superiores e inferiores
através de circuitos, etc.

Portanto, é fundamental harmonizar e equilibrar o tônus entre


tensão e relaxamento muscular, para não desequilibrar a parte
muscular e para evitar que a criança desenvolva distúrbios de
aprendizagem no futuro. Quanto mais o corpo for trabalhado de
forma adequada, melhor será o desenvolvimento intelectual,
emocional e físico do bebê e da criança.
3.1 Esquema Corporal

O esquema corporal é a consciência que a criança passa a ter sobre


o próprio corpo, das partes que o compõem e das possibilidades
desse corpo, tanto em movimento como em posição estática.

Todas as experiências da criança (o prazer e a dor, o sucesso ou o


fracasso) são sempre vividas corporalmente. Se acrescentarmos
valores sociais que o meio dá ao corpo e a certas partes, esse
corpo termina por ser investido de significações.

A criança passa por níveis de desenvolvimento e experiências dia a


dia, desde o seu nascimento. Inicialmente suas explorações
sensoriais vêm por meio da boca, depois do tato e mais tarde ela
descobre os pés. A integração do tronco acontece quando a criança
começa a se locomover; nesse momento ocorre a configuração
total.

Para isso, durante a Educação Infantil é interessante desenvolver


atividades que permitam à criança a tomada de consciência do seu
próprio corpo, a possibilidade de ele tomar várias posições
diferentes, ter capacidade de nomear e apontar as partes do corpo,
movimentar-se de todas as maneiras e descrever os movimentos,
representar graficamente o corpo, identificar sensações e dominar a
linguagem corporal.
3.2 Coordenação motora ampla.

É a organização geral do ritmo, ao desenvolvimento e as


percepções gerais da criança. É o trabalho que vai apurar os
movimentos dos membros inferiores e superiores, podendo
desenvolver algumas atividades como: fazer imagens do corpo em
tamanho natural; fazer pinturas no corpo com o pincel; entrar em
caixa de papelão grande, pequena e média; jogar bexigas para o
alto sem deixar cair no chão; brincadeiras de morto-vivo, estátua,
esconde-esconde, passar anel, pular corda e outras.

Material: Cones e bolas

Colocar os cones alinhados, mantendo uma distância entre eles.

 Correr em ziguezague entre os cones

 Saltar entre os cones

 Fazer uma fila indiana e passar a bola por cima das cabeças,

por baixo das pernas

 Passa a bola

 Batata quente
3.3 Coordenação motora fina.

É a coordenação dos trabalhos mais finos, que podem ser


executados com a ajuda das mãos e dos dedos, garantindo um
bom traçado de letra. No qual o professor poderá desenvolver:
recorte de tiras de papel na revista com o dedo; desenhos e
pinturas com tinta ou giz de cera em vidros; fazer bolinhas com
papel crepon, jornal; dobraduras; brincadeiras de amarelinha,
futebol de botão, corrida de ovo na colher, amarrar e desamarrar,
tampar e destampar garrafa pet e outras.

3.4 Desenvolvimento de Percepção Musical.

Refere-se ao desenvolvimento de talentos, que é um trabalho


voltado para estimular as questões que abrangem a musicalização,
desenvolvendo a aprimoração da audição para o reconhecimento e
a prática da fala. Sendo assim a música será mais um ponto o qual
contribui para o desenvolvimento da criança, trabalhando vários
tipos de sons e músicas: músicas folclóricas; sons da natureza
(vento, chuva, trovão, raio e mar); sons do próprio corpo (rir,
chorar, espirros, tossir, bater os pés, bater as mãos e outros).
Outra maneira prazerosa de trabalhar a música é a construção de
bandinhas com sucatas; chocalhos (com garrafas pet, lata de leite
em pó); pratos e bumbos (com tampas de lata de tinta); tambores
(com embalagens de papelão);
3.5 Desenvolvimento de Percepção Olfativa, Tato e
Gustativa

É a percepção que ajuda a criança no reconhecimento do mundo


dos perfumes e sabores: recolher plantas diversas, amassá-las e
sentir o cheiro depois de algum tempo; diferenciar os cheiros do
cotidiano como: pó de café, perfumes, produto de limpeza e outros;
sentir o cheiro que exala da natureza.

Auxilia no reconhecimento dos sabores reais, descobrindo que cada


alimento tem textura, sabor, consistência e características
diferentes. Para esse reconhecimento utilizam-se os seguintes
experimentos: provar alimentos exóticos (estrangeiros); provar
alimentos que antes nunca havia comido por dizer que não
gostava; degustar alguns alimentos de olhos fechados; diferenciar
entre o doce do salgado, o azedo, o amargo, o quente do frio, o
picante do condimentado.

Material: frutas, objetos com cheiros variados e venda para os

olhos

 Com os olhos vendados a crianças deverá adivinhar o que é o

objeto

 Trabalhar com os pés e mão salgumas texturas


3.6 Desenvolvimento da Percepção Temporal

A noção de tempo, por exemplo, é bastante complicada para que


uma criança assimile. Quantos pais quase enlouquecem quando
percebem que seus filhos não lhes obedecem. Chamar ou avisar
uma criança que está no quarto brincando pode dar conta que
estamos falando: a mãe grita da cozinha para a criança que está no
quarto (Filha, em 10 minutos sairemos para a escolinha. Arrume
suas coisas e pegue sua mochila).

Deve-se levar em conta que a única noção de tempo que a criança


tem é de desenvolver os hábitos cotidianos como: dormir, acordar,
tomar banho, almoçar, jantar, ir à escola e outras atividades
mesmo assim ela ainda não sabe a hora que tem que realizar essas
atividades, por isso quando a mãe diz falta 10 minutos para ir à
aula, amanhã viajaremos essa assimilação ainda não e feita pela
criança, por isso pais educadores devem ser bastante tolerantes
nesta tarefa de tempo para a criança, desenvolver algumas
atividades poderão ajudar, como: usar o calendário para marcar as
atividades escolares por mês; relembrar o que aconteceu no dia
anterior; contar e recontar histórias e fazer perguntas sobre os
acontecimentos; pedir que coloque em sequência a história.
3. 7 Desenvolvimento da percepção corporal.

O desenvolvimento do corpo e sua percepção são diferentes em


cada pessoa, embora sejamos muito parecidos. Cada organismo
desenvolverá uma ou mais características que serão peculiares a
ele. Prazer, dor, sensação e percepção sempre acontecerão com
todos, porém a intensidade de cada um desses aspectos dependerá
das questões orgânicas, sociais e muitas vezes emocionais que nos
cercam.

Material: arcos, cones, cordas, colchões, pneus, escadas Utilizar os


materiais de diferentes formas • Circuito motor • Distribuir os
arcos/pneus como se fossem uma campainha • Rolar os pneus •
Passar pelo arco e depois a professora lançar para que a criança
corre e pega • rola no tapete • dá cambalhotas

3.8 Seriação e classificação

Permite o reconhecimento de todos os materiais, texturas, formas e


conceitos que circundam o espaço em que a criança está inserida,
as atividades que desenvolvem esta habilidade são: manipular
vários objetos confeccionados com materiais como: plástico,
poliestireno, ferro, madeira, vidro, acrílico, algodão; materiais
separados de acordo com características definidas; observe
diferentes materiais no incêndio. Com as atividades/jogos a criança
terá a oportunidade de vivencia rações motoras em todos os níveis
e irá estimular suas habilidades psicomotoras por meio da
movimentação do corpo. Toda a educação psicomotora deve ser
realizada levando em consideração as reais necessidades do
indivíduo, desde as mais simples às mais complexas. Além de
proporcionar estímulos que devem ser harmoniosos e integrados
em sua sequência. Ressalta-se que todas as atividades descritas
devem estar diretamente relacionadas ao objetivo que o professor
pretende atingir, a faixa etária, o nível de desenvolvimento e o
espaço físico específico e não apenas como atividades isoladas,
corresponde ao professor, de conhecer seu próprio bem para os
alunos. alunos, para proporcionar-lhes atividades que possibilitem o
melhor desempenho psicomotor, lembrando que cada criança
aprende à sua maneira e em seu próprio ritmo, em que o professor
deve primeiro respeitar o tempo e o limite de seus alunos.

4. ATIVIDADES PSICOMOTORAS DESENVOLVIDAS PELOS


PROFESSORES

Nesta categoria, foram elaboradas questões sobre algumas


funções psicomotoras básicas para verificar se os professores estão
desenvolvendo atividades relacionadas a essas áreas e como elas
são realizadas na prática. Também foi possível verificar se os
professores foram informados sobre essas funções.
4. 1 Lateralidade

Embora difícil de definir, a lateralidade deve ser entendida como a


dominância no eixo do corpo - a dominância de um lado do corpo
sobre o outro, ou seja, a prevalência motora de um lado do corpo:
o olho direito ou esquerdo , orelha direita ou esquerda, mão direita
ou esquerda, pé direito ou esquerdo, e é uma questão muito
importante na formação de profissionais da educação (Barreto,
2000).

Quanto às questões espaciais esquerda e direita, nenhum dos


profissionais apontou o problema da dominância lateral: 'Acho que
a música funciona muito . Eu coloco essas músicas 'lado a lado' e
eles adoram e jogam o jogo. vivo e morto, que toco de uma forma
diferente, "deita, rola, vira para o lado (. )" (P6). Para P4, esse
tema é elaborado pela música "Eu vou", cito um aqui eles gostam
muito "(. ) levanta a mão direita, levanta a mão esquerda. levantar
pé esquerdo, abaixar direito ". O mesmo vale para P8 que afirma
usar música" (. ) para fazer esse tipo de trabalho. Por exemplo,
cantar canções que tenham gestos, que tenham comandos ".

Aqui aparece o aspecto da fragilidade na formação profissional, já


mencionado anteriormente. Porém, apesar da profundidade do
conhecimento científico sobre o assunto deixar a desejar, o espaço
para a brincadeira foi garantido. E, enquanto brinca, a criança
expressa seus sentimentos, suas emoções, suas interações,
aprimorando sua capacidade de memória e raciocínio, de forma
alegre e agradável. Então, tendo em vista a importância do brincar
para a formação integral da criança, é importante que haja
formação continuada e apoio pedagógico, que consiga superar as
fragilidades deixadas pela formação acadêmica em
Psicomotricidade.

Percebe-se também que há uma prevalência em relação ao


entendimento da lateralidade no que se refere à aprendizagem
espacial esquerda e direita, sendo utilizados diferentes jogos para
esse fim. Alguns professores citam outras dimensões espaciais
como "acima e abaixo". Em outras palavras, essas noções de
lateralidade acabam divergindo da teoria, que sustenta que a
lateralidade é entendida como dominância do corpo em quatro
níveis, orelhas, olhos, mãos e pés. Essas palestras mostram que a
compreensão da lateralidade ocorre na esfera do movimento no
espaço. No entanto, outro ponto interessante é que esses três
professores enfatizam o uso da música como meio de realização
dessas atividades: a música parece estar ligada ao movimento, à
dança e à mímica. Observa-se que as técnicas utilizadas nas
pesquisas para o desenvolvimento psicomotor/lateralidade são
muitas, envolvendo o jogo com a bola, a música, o sino. Para
desenvolver a orientação e a estrutura espacial, as distinções entre
esquerda/direita, superior/inferior, frente/trás são usadas.
4. 2 Plano corporal

As pessoas entrevistadas concordaram sobre o funcionamento do


sistema corporal. A maioria relatou utilizar música contendo
comandos relacionados às partes do corpo, conforme ilustram as
falas.

A percepção do próprio corpo (esquema corporal) pode ser definida


como uma organização psicomotora global, abrangendo todos os
níveis motor, tônico, sensorial e expressivo, com o aspecto afetivo
constantemente invertido (Barreto, 2000). Essa função psicomotora
também é essencial para a construção da personalidade da criança.
O diagrama do corpo é baseado principalmente nos órgãos
relacionados à postura e às posições do corpo. Experiências com o
próprio corpo por meio da música, jogos como engatinhar,
caminhar, fazer movimentos livres são essenciais para o
desenvolvimento.

Entretanto, o corpo não deve ser compreendido como apenas uma


estrutura biológica, mas também como um meio de expressar
emoções e estados interiores. É importante que o educador auxilie
seus alunos, no sentido de permitir que eles centrem, em si
mesmos, a atenção, facilitando o processo de interiorização do
corpo, que é fundamental para que a criança tome consciência de
seu esquema corporal
Neste exemplo, é interessante notar que a professora faz com que
seus alunos percebam seu próprio corpo, ao mesmo tempo em que
percebem os corpos de seus amiguinhos; ao desenhar o corpo do
outro, a criança que é desenhada, tem a experiência de perceber o
seu próprio corpo no desenho. Portanto, esta é mais uma atividade
rica que pode ser desenvolvida pelos professores da Educação
Infantil e que, inclusive, já se encontram em livros destinados a
esta etapa da escolaridade.

4. 3 Orientação espacial

Trabalhar com essa função psicomotora, dois relacionaram-se ao


aprendizado de noções espaciais: cima, baixo, dentro e fora. Os
professores afirmaram estar desenvolvendo atividades voltadas
para a orientação espacial, enquanto os demais não sabiam
responder a essa questão. A literatura recomenda que a criança
primeiro perceba a posição do seu próprio corpo no espaço, para
depois perceber a posição dos objetos em relação a si mesma,
finalmente aprendendo a perceber a posição dos objetos entre si
(Oliveira, 2012).

Porém, para que a criança seja capaz de perceber objetos no


espaço, ela deve primeiro ter uma boa imagem corporal, pois esta é
utilizada como ponto de referência. A criança será capaz de
apreender noções espaciais apenas por meio do movimento e da
exploração intensa do ambiente. Gradualmente, a criança aprende
as noções de situações (dentro, fora, para cima, para baixo); por
tamanho (grosso, fino, grande, médio); posição (em pé, deitado);
movimentos (subir, descer, subir, descer); de formas (cheio, vazio,
pouco, muito); qualidade (cheio, vazio, pouco, muito). Assim, pode-
se perceber que a orientação espacial transcende conceitos como
dentro, fora, cima, baixo, permitindo à criança uma forma de se
relacionar com o mundo, de forma complexa.

A partir do relato de P6 fica evidente que para realizar atividades


que trabalhem com orientação espacial é necessário utilizar o pátio,
local com mais espaço do que a sala de aula. Sua atuação
desenvolve diversas outras funções psicomotoras como equilíbrio,
concentração e claro o espaço, ou seja, a criança é estimulada a se
mover e se relacionar com o espaço ao seu redor, mesmo com a
ajuda de outro acompanhante. em um certo ambiente.

A criança explora o espaço para perceber suas dimensões, formas,


limites, distribuição, obstáculos e aprende a adaptar seu
comportamento, dependendo das demandas do ambiente. Estar
coordenado e executar movimentos intencionais com rapidez e
eficiência para resolver tarefas específicas são requisitos vitais para
o desenvolvimento de atividades na vida adulta. Assim, é
imprescindível enfatizar a importância do papel do professor na
mediação das noções de localização, movimento, deslocamento no
ambiente, percepção das coisas no mundo/espaço
próximo/distante, bem como a possibilidade de construção de um
mundo real ou imaginário. (Bouchard, 2008). E essa compreensão
das relações espaciais não se baseia apenas no raciocínio para
situações espaciais precisas, mas deve levar a criança a
compreender a relação entre os vários elementos que devem
primeiro ser analisados, a imaginar combinações ou elementos
ausentes.

4. 4 Orientação temporal

A orientação temporal está intimamente relacionada à orientação


espacial, pois quando o sujeito se move em um determinado
espaço, ele o faz em um determinado tempo (Oliveira, 2012).
Porém, a percepção temporal passa por ritmos, conceitos de
duração, intervalos, continuidade, simultaneidade e sucessão.

Outro elemento, considerado importante para a aquisição dessa


função psicomotora, é o som; Graças a ela, a criança pode
vivenciar situações que envolvem duração, alternância e
simultaneidade. As percepções de 'depois”, 'antes” e 'agora” são
extremamente importantes para a linguagem falada e escrita;
Portanto, é importante que, tanto em casa quanto na escola, as
crianças possam vivenciar tais percepções, por se tratarem de
conceitos abstratos, de difícil compreensão, exigindo treinamento
diário.
Nesta subcategoria, os procedimentos incluem conteúdos que
permitem oferecer uma orientação temporal de acordo com
diferentes modalidades. O calendário e o relógio, vinculados à
rotina diária, são recursos relevantes; As condições climáticas são
realidades e experiências usadas para promover este exemplo de
habilidades psicomotoras. Porém, mais uma vez, surgem os déficits
da formação acadêmica, quando os profissionais não sabiam
responder na orientação horária.

É imprescindível ressaltar que o professor de educação infantil tem


papel importante na percepção e adaptação de suas atividades aos
diferentes componentes do tempo, como ordem e sucessão,
duração, intervalo, velocidade, bem como na localização e
navegação em. o tempo tomado como sucessão linear, irreversível
e, também, na organização no tempo pela combinação de vários
elementos, a fim de atingir objetivos ligados à organização
temporal (Rigal, 2009).

4. 5 Equilíbrio

Para que haja coordenação deve haver equilíbrio, esta função


psicomotora básica é essencial para o suporte e manutenção do
corpo humano (Alves, 2008). Uma vez que o trabalho de equilíbrio
está intimamente relacionado à coordenação motora geral,
atividades que requerem movimentação. O corpo inteiro. E o
movimento promove uma relação saudável com o corpo, além de
desenvolver um aprendizado agradável.

Em relação às demais atividades psicomotoras desenvolvidas na


educação infantil, todos os entrevistados responderam que não
realizam outras atividades psicomotoras. Ou seja, outras funções
psicomotoras como imagem corporal, coordenação visomotora e
audiomotora não foram mencionadas. É imperativo reconhecer que
o controle postural é o ponto de partida para as habilidades
motoras voluntárias. Este controle é importante porque antecede a
execução de qualquer tarefa motora. Se uma criança não tem um
bom controle postural, ela não consegue manter a posição correta.
Essa é a principal razão pela qual o equilíbrio é um componente
fundamental do ar que é estimulado por meio de atividades
motoras (Levin, 2015). Na verdade, ganhar habilidades de equilíbrio
ajudará a desenvolver a coordenação motora grossa, coordenação
motora fina e habilidades de autoatendimento.

Bibliografia

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