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neste presebte capitulo pretendemos demonstrar, reflectir sobre a SADC (Southern African
Development Community) e a integração de Mocambique nesta Comunidade, procurando
como as suas origens, constituição e disparidades de diferentes natureza merecem que a
organização seja repensada.
A SADC tem como origem os Países independetistas constituída em 1975, os tais sao:
Angola, Botswana, Moçambique, Tanzânia e Zâmbia, com objectivos meramente políticos e
militares: libertar a região de regimes minoritários, de situações coloniais, isolar
internacionalmente o regime do apartheid e evitar possíveis alianças políticas e económicas
da África do Sul com alguns países da região. Mas antes, em 1980, em Lusaka, nasce a
SADCC (Southern African Development Coordination Conference), constituída por Angola,
Botswana, Lesotho, Malawi, Moçambique, Suazilândia, República Unida da Tanzânia,
Zâmbia e Zimbabwe que tinha como objectivos principais, evitar a hegemonia económica
sul-africana ainda em período apartheid, a dependência política e/ou económica de alguns
países em relação a Pretória e o isolamento internacional da RAS.
Em 1992 a SADCC transforma-se em SADC em Windoek. A partir de então e de forma
progressiva, integram-se os restantes países até completar os actuais 14 membros (os nove da
SADCC mais Madagáscar, Maurícias, Namíbia, República da África do Sul e República
Democrática do Congo). Actualmente, os objectivos desta Organizacao são a constituição de
uma região economicamente integrada, resultando, numa união monetária em 2015 com
moeda única em 2016, sendo para o efeito necessário manter a paz, a estabilidade e a
segurança na região e aprofundar a democratização dos países membros.
Ressalta-se ainda que, excepto Moçambique, todos os países da SADC pertencem a mais que
uma organização regional africana, o que levanta naturalmente dificuldades considerando
que, em princípio, se funcionassem realmente como regiões económicas, possuiriam
necessariamente diferentes políticas económicas levantando conflitos de interesse sobre o
posicionamento de cada país face às harmonizações macroeconómicas, legislativas, de
mercados, às concertações políticas e de segurança e estabilidade para assuntos internos e
externos, de governação, e outras de nível externo.
Diante das abordagem apresentadas, sobre evolução da SADC, pode-se depreender que a
origem possui motivações de natureza política, militar e de segurança que permanecem
considerando as instabilidades em Madagáscar, Congo e Zimbabwe, e recentemente
Mocambique no âmbito dos ataques terroristas.
Nestes aspectos, não existe qualquer conflito de interesses entre as nações e destas
com a SADC.
Mas o principal peso histórico reside na sua constituição com o primado político e a
sua transformação em organização económica. Se é possível encontrar coerência
histórica e actual para a configuração de uma região económica envolvendo a África
do Sul, Botswana, Lesotho, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zimbabwe e, de
forma menos evidente o Malawi e a Zâmbia, menos coerência existe na integração de
Angola, República Democrática do Congo e Tanzânia, por possuírem economias
articuladas com outras realidades e estratégias políticas e de segurança pouco
relacionadas com a parte mais sul de África, para além das ilhas de Madagáscar e
Maurícias. A inclusão de um país em mais que uma organização regional como acima
referido, terá de ser resolvido com o tempo e dependendo de vários factores, sejam
nacionais como das respectivas comunidades económicas.
No processo de integração, no que diz respeito a actuação dos bancos centrais, existem três
instrumentos, nomeadamente:
Finance and Investment Protocol (FIP) - Assinado pelos Chefes de Estado e de Governo
em Agosto de 2006, com vista a melhorar o ambiente económico na região e promover o
investimento público e privado. O FIP contém as bases gerais para a harmonização dos
objectivos gerais de política na região
Impacto da Integração regional na SADC para Moçambique
Por um lado, implicou a entrada massiva de bens alimentares, não tendo os produtores
nacionais capacidades para competir nos preços. Por outro lado, a indústria de bebidas e
algumas indústrias alimentares de capital sul-africano implantado em Moçambique resultam,
principalmente, das vantagens dos elevados custos de transporte de bens pesados.
A falta de capacidade empresarial associado a uma visão de curto, médio e longo prazo,
assim como a falta de empreendedores arrojados, são entre muitos factores aqueles que mais
contribuem para aquela que é a grande desvantagem do país, o atraso da sua indústria. Estes
factores condicionam o surgimento, desenvolvimento e consolidação de um sector
empresarial forte e dinâmico, capaz de responder os desafios do processo de integração
económica regional.
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