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UNIVERSIDADE TIRADENTES

PSICOLOGIA

GEISE KARINE DOS SANTOS

YASMIN RODRIGUES FERREIRA

ESTÁGIO BÁSICO I

RELATO DE EXPERIÊNCIA

ARACAJU, SE

2019
GEISE KARINE DOS SANTOS
YASMIN RODRIGUES FERREIRA

ESTÁGIO BÁSICO I

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Relato de experiência apresentada


ao curso de Psicologia, sob
orientação da Prof. Juliana Andrade
Passos Padro, como um dos pré-
requisitos para a avaliação da
disciplina de Estágio Básico I.

ARACAJU, SE

2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO
3. JUSTIFICATIVA
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5. HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
6. METODOLOGIA
7. PÚBLICO ALVO
8. RECURSOS (HUMANOS E MATERIAIS)
9. ORÇAMENTO
10. CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. INTRODUÇÃO

A saúde mental infantil é uma temática recorrente na sociedade, porém, esse


assunto foi explorado de forma tardia. Na atualidade tem-se uma necessidade de
explora-lo de forma mais aprofundada Quando se fala de transtorno psicológico na
infância, é necessário ter cautela, nessa fase dificilmente se fecha diagnostico,
sabe-se que a criança está passando pelo período de desenvolvimento. O suporte
familiar na vida da criança é de extrema importância, pois, pode garantir uma melhor
qualidade de vida. O CAPSi exerce um papel importante na orientação dessas
famílias, pois, é o serviço que dá a orientação de como criar um ambiente favorável
para que esse usuário tenha um suporte específico. A função do CAPSi é garantir
para o usuário uma maior qualidade de vida afim de minimizar o sofrimento e trazer
estabilidade emocional para esse sujeito. Para que isso aconteça é necessário que
as famílias estejam estruturadas emocionalmente para lidar com a situação. A
participação familiar se traduz como a continuidade do cuidado que é ofertado pelo
CAPSi. (ARAUJO,2015). Ter um olhar voltado para as famílias, traz uma garantia de
que essas crianças sejam cuidadas de forma adequada, pois a forma que a família
conduz o processo irá trazer consequências no desenvolvimento saudável desse
paciente. O objetivo desse trabalho é promover para essas famílias uma auto-
reflexão sobre os papeis que elas exercem na sociedade, valorizando o
autocuidado, a autoestima e promovendo saúde mental para elas. O estado
emocional dessas famílias reflete no ambiente e atinge todo o corpo familiar, uma
família bem cuidada poderá proporcionar um ambiente favorável para as crianças.

A disciplina Estágio Básico em Psicologia é composta de 120 horas com a


orientação da preceptora Juliana Andrade Passos Prado e com a psicóloga do local,
Valéria Abreu Ferreira, o estágio acontece no Centro de Atenção Psicossocial
Infantil (CAPSi) Dona Ivone Lara que fica situado na Rua Permínio de Souza, Bairro
Cirurgia.

O estágio é realizado por duas discentes uma vez por semana no período de
quatro horas, no horário de 08h00h às 12:00h todas as segundas-feiras.
2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Propor um plano de intervenção com as famílias que acompanham os


usuários do serviço, promovendo bem-estar e saúde mental para essas famílias.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

 Ampliar as condutas, encaminhamentos e conhecimentos terapêuticos


do tratamento clínico proposto pelo serviço;

 Valorizar e trabalhar a autoestima dos responsáveis.

 Promover interação entres as famílias e compartilhamento de


experiências.

3. JUSTIFICATIVA

O CAPSi é importante para a manutenção da saúde-mental das crianças que


sofrem transtorno em quadro grave. Tem como objetivo: acolher de forma
humanizada para minimizar e estabilizar o sofrimento do indivíduo, através de
escuta qualificada, dinâmicas, projetos terapêuticos, atendimento individuais e em
grupo afim de ofertar um melhor cuidado tanto para o usuário como também para a
família que o acompanha.

Desta forma, o presente trabalho justifica-se com a utilização de atividades


voltadas para o grupo de famílias, promovendo saúde e bem-estar para as famílias
que cuida dessas crianças diariamente. Esse trabalho foi desenvolvido a partir das
observações realizadas e percebeu-se que as famílias demostram uma carência em
ser acompanhadas com maior frequência, para que suas necessidades sejam
atendidas.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A preocupação com as necessidades infantis saiu do campo acadêmico no


século XX e foram concretizadas através de iniciativas que deram origem as
instituições voltadas para cuidados específicos com a infância. Falar sobre a criança
brasileira no início do século XX implica em falar sobre o médico Artur Morcovo filho,
que foi o fundador do Instituto de proteção e assistência a infância em 1899. Esse
instituto estava ligado a cuidados do maternal ao infantil, onde vários médicos de
diversas especialidades atuavam eles se organizavam como associação e
congregou 600 membros associados. Morcovo também faz uma crítica as
autoridades, em sua crítica ele aborda o descaso com a infância no Brasil e faz
apelos ao governo para criar instrumentos de assistência infantil para defender a
legislação direcionada a cuidados com crianças. (RIBEIRO, 2006)
Surge então novo campo de pesquisa científica voltada que estudar a vida
psíquica infantil, analisando distúrbios de condutas, esse interesse por estudar a
temática estava ligado também ao aparecimento da demanda do juizado de
menores e do movimento de higiene mental, esse seria os marcos que haveria de
transformar o século XX Foi nesse século que o olhar da saúde mental se volta mais
para as questões Infantis. (RIBEIRO, 2006)
Vários movimentos foram surgindo com o passar do tempo, vale destacar a
reforma psiquiátrica, a luta antimanicomial e a criação de centros de atenção
psicossociais (CFP, 2013). Na medida que esses movimentos vão ganhado
espaço social, da mesma forma, as questões infantis são apresentadas como uma
problemática que deveria ser discutida. Atualmente o CAPSi é um dos setores que
cuida dessas demandas infantis.

A inclusão de políticas de saúde para saúde mental infantil ocorreu de forma


tardia, isso pode ser atribuído a muitos fatores, alguns deles é a falta de clareza nos
diagnósticos, por se tratar de uma fase do desenvolvimento; alguns transtorno dão
sinais na infância, mas, só se manifestam na adolescência; a avaliação é mais
especifica, pois, não incluem somente a crianças e adolescentes, é necessário obter
os demais recursos como fonte de informação, como familiares, cuidadores,
professores, entre outros. (COUTO et al,2008).

Os CAPS são integrados à rede de serviços abertos, vinculados ao Sistema


Único de Saúde (SUS), são modelos estruturados em redes descentralizadas,
hospitalar e municipalizada, cujo objetivo é a reversão do antigo modelo hospitalar,
possibilitando serviços de caráter multidisciplinar e multiprofissional, promovendo
saúde e integração familiar e social dos usuários. A função do CAPS é de oferecer
atendimento clínico e cuidados diários aos pacientes em situação de sofrimento
psíquico, na tentativa de promover a reabilitação e reinserção deste na comunidade,
ajudando-o a exercer seus direitos como cidadão. Araújo et al (2015)

Os Centros/Núcleos de Atenção Psicossocial (CAPS/NAPS) são serviços


da rede pública de saúde que visam, como parte de uma rede comunitária,
à substituição dos hospitais psiquiátricos - antigos hospícios ou manicômios
- e de seus métodos para cuidar de transtornos mentais. Foram instituídos
por meio da Portaria/SNAS Nº 224 - 29 de Janeiro de 1992 (BRASIL, 2001).
A estruturação e a implementação desde então é um processo dinâmico e
permanente. Concomitante a este processo, impulsionada pelo Movimento
de Luta Antimanicomial, foi implementada uma nova política de Saúde
Mental, com o foco prioritário na construção de uma rede substitutiva aos
Hospitais Psiquiátricos. (CFP, p.45, 2013)

Entre os tipos de CAPS que existe no Brasil, o Centro de Atenção


Psicossocial Infanto-juvenil (CAPSi) é um serviço para atendimento de crianças e
adolescentes em intenso sofrimento psíquico e incapazes de manter ou criar laços
sociais, os quais não se adequam em uma sociedade que imagina o que seria uma
infância dita como “normal”. São crianças e adolescentes angustiados, angustiados,
que se mutilam, agridem-se e recusam contato ou carinho, permanecendo, muitas
vezes, em intenso silêncio ou comunicando-se com uma linguagem
incompreensível, demonstrando uma parente falta de sentido. (FRANZOI, 2016)
O CAPSi é uma instituição que faz atendimentos a crianças e adolescentes
com transtornos mentais que incluem prejuízos severos e persistentes. Os CAPSi
foram propostos a partir de 2002, baseados nos mesmos princípios que regem os
demais CAPS no país, que é promover atenção em saúde mental baseado na
integralidade do cuidado. É composto por equipes multidisciplinares e contem
psiquiatra, enfermeiro, psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo, terapeuta
ocupacional, pedagogo, e profissionais de nível médio. (COUTO, 2008).
É responsável por acompanhamentos regulares com número limitado de
paciente que atende pacientes e as famílias que o acompanham, em regimes
diferenciados de tratamento, levando em consideração cada caso, observando a
necessidade de cada sujeito. Também desenvolve ações para conhecimento e
ordenação das diferentes demandas referente a suade mental infantil, dentro do
território sobre sua responsabilidade. (COUTO et al, 2008).
Segundo Araújo (2015), alguns dados do Ministério da Saúde fazem alerta
sobre o cuidado a população infanto-juvenil, pois revela que o Brasil tem cerca de
10% a 20% da população em sofrimento psíquico e dentre esse percentual, 3% a
4% necessitam de cuidado integral de regime intensivo. Os profissionais de saúde,
diante desses dados preocupantes, tem buscado compreender que de forma
promover saúde mental a esse público, muitos recorrem a formulação de políticas
públicas efetivas, sabendo que a criança precisa estar resguardada pois é um direito
reconhecido pelo estatuto das crianças e adolescente.
Art. 3º A criança e ao adolescente gozam de todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata
esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de
dignidade. (Eca, p.7, 2010)

Quando se trata de saúde mental infantil as queixas mais relatadas são:


dificuldades de aprendizagem, agressividade, baixa tolerância a frustação ou até
mesmo controle de impulsos, dificuldade nos relacionamentos sociais, agitação,
nervosismo/irritabilidade, rebeldia/desobediência, desinteresse pela escola,
introversão/inibição, comportamentos de depressão e tentativa de suicídio.
(SANTOS, 2006).
Alguns trabalhos já discutiram que o problema da alta demanda infantil nos
serviços de saúde seja consequência das falhas de instituições onde crianças e
adolescentes estão inseridos (em especial a escola e a família) ou serviços onde
eles são atendidos, sabe-se que muitas dessas crianças que precisam de ajuda
deve obter ajuda especializada. (SANTOS, 2006) A influência genética e ambiental
também é determinante na manifestação do comportamento infantil. A autora cita
que a ansiedade, por exemplo, tem sido associada à imprevisibilidade e
incontrolabilidade do ambiente. Da mesma forma, a falta de condições financeiras
tem sido associada ao acúmulo de situações estressoras que aumenta a
probabilidade de um comportamento desajustado. (FERRIOLLI et al, 2007)
Os problemas de saúde mental da infância podem comprometer o
desenvolvimento da criança, podendo desencadear transtornos psicossociais na
vida adulta. O transtorno de conduta, de atenção, imperatividade e emocionais são
muito frequentes. O fator familiar se manifesta como um dos principais
desencadeadores que podem minimizar ou potencializar a depender do que aquele
ambiente oferece para a criança ou adolescente. A intensificação desses problemas
se dá a partir de alguns fatores. A autora irá citar algumas demandas como:
separação dos pais, problemas conjugais, desvantagens socioeconômicas,
criminalidade na família e transtorno mental nos pais. (FERRIOLLI et al, 2007)
O diagnóstico também pode trazer consequências a essa adaptação da
criança no contexto social se ele for feito de forma inadequada. Se tratando de
criança, fazer uma avaliação em saúde mental pode se tornar difícil devido a
imprecisão do diagnóstico e na manifestação clínica dos transtornos, pois a criança
está na fase do desenvolvimento. Avaliação de transtornos na infância é um
trabalho complexo. Isso se dá principalmente pela dificuldade de expressão verbal e
o reconhecimento das suas próprias emoções e das ações avaliadas na criança. Em
parte, esse problema é resolvido com a presença dos pais na equipe da avaliação
porque eles têm maior chance de observar comportamentos desse paciente.
Entretanto o diagnóstico na infância adolescência ainda bastante criticado pela sua
imprecisão. (GAUY E GUIMARÃES, 2006)
Quando a criança passa pelo processo de desenvolvimento saudável bem-
sucedido, elas tornam-se adultos saudáveis, com competências para responder de
modo satisfatório as demandas do seu ambiente social, familiar, profissional e
emocional, entretanto, se houver variações nesse processo de desenvolvimento
saudável dessa criança e adolescente, haverá consequências na sua resposta
adaptativa podendo gerar comportamentos mal adaptativos no seu
desenvolvimento e levar a quadros clínicos diversos tornando a criança portadora
de problemas na saúde mental e posteriormente se tornando um adulto com seu
desenvolvimento saudável comprometido. (GAUY E GUIMARÃES, 2006)
A família pode ser considerada o sistema mais poderoso de socialização que
influência no desenvolvimento e na construção da identidade de uma criança. A
grande maioria das crianças experencia com a família as primeiras situações de
aprendizagem, normas, valores e introjeção de padrões, portanto, se a família não
estiver funcionando adequadamente, as interações, principalmente pais/filhos e com
a sociedade, serão prejudicadas. (SILVA et al, 2008)
A autora afirma que Nas interações familiares “padrões de comportamentos,
hábitos, atitudes e linguagens, usos, valores e costumes são transmitidos” e “as
bases da subjetividade, da personalidade e da identidade são desenvolvidas”
(SILVA et al, p.216, 2008)
A participação familiar no acompanhamento dos usuários do CAPSi é
extremamente necessária. Para Bastos, a instituição familiar é percebida como peça
fundamental ao portador de transtorno mental, que precisa de atenção e apoio. No
modelo da reabilitação psicossocial o tratamento tem como objetivo ampliar a
autonomia do paciente. entende-se que existem vantagens no envolvimento dos
familiares, pois, os mesmos, ao compreenderem a terapêutica e consentirem em
colaborar com ela, esses têm uma maior tendência a cuidar de forma adequada.
Bastos (2015)
Sabe-se que existe dois fatores que é importante observar no processo de
tratamento da saúde mental infantil: Fatores de risco e de proteção.
Os fatores de risco podem ser descritos como características da criança, da
família e do ambiente que diminuem a probabilidade de a criança tornar-se
competente e ter senso de bem-estar, aumentando a probabilidade de ocorrência de
resultados negativos e indesejáveis. Já os chamados fatores de proteção, criam
uma barreira contra o impacto dos fatores de risco e aumentam as possibilidades da
criança se tornar competente e ter senso de bem-estar. Dentre esses fatores de
proteção, o apoio social tem sido visto como um dos mais importantes recursos
contra efeitos estressores que promove a recuperação de crises situacionais ou
desenvolvimentais que as famílias enfrentam. (SILVA et al, 2008)
Da mesma forma, conhecer quais fatores de risco operam na diminuição da
probabilidade de a criança se tornar competente e ter senso de bem estar
e, portanto, no aumento da probabilidade de ocorrência de resultados
negativos e indesejáveis é parte do processo de conhecimento da família e
do desenvolvimento das crianças. E parte disso, é a descrição dos fatores
de proteção que têm servido ou podem vir a servir como barreira contra o
impacto dos fatores de risco e aumentar as possibilidades da criança
tornar-se competente e ter senso de bem estar. (SILVA et al, p. 225, 2008)

Diante dessas situações que influenciam o processo de tratamento, Araújo


relata que considera a família essencial para a realização eficaz do projeto
terapêutico individual em serviços de atenção psicossocial pois a mesma é uma
fonte de apoio para a criança em situação de sofrimento psíquico, de modo a
contribuir significativamente no cuidado, disponibilizando atenção, amor, carinho e
isso facilitará a adesão ao tratamento. Araújo et al (2015)
Bastos (2009) afirma que,
Grande parte dos entrevistados reconhece o valor da contribuição da
família na recuperação de seus parentes acometidos pelo transtorno
mental. Como fonte de ajuda, foram citados, sobretudo, o pai e a mãe,
membros da família nuclear. (Bastos, p.137, 2009)
Segundo Bastos (2015) A doença mental exerce um grande impacto sobre a
vida familiar. Seu diagnóstico é acompanhado por momentos de dúvida e
perplexidade. Conforme o grau de parentesco, ter uma pessoa com transtorno
mental na família é vivenciar sentimento de tristeza, vergonha, impotência,
ansiedade e raiva.
As famílias estão suscetíveis a desgaste e sobrecarga emocional que
permeia a rotina dos cuidadores, possibilitando o risco de adoecimento psíquico.
assim, justifica-se a realização de um trabalho conjunto, promovendo integralidade
entre a equipe, o usuário e os familiares. Araújo et al (2015)
É importante que os recursos do ambiente domiciliar das famílias dessas
crianças sejam aperfeiçoados. As intervenções programadas podem ser eficazes
em aprimorar práticas educativas parentais e expandir a rede social de famílias, a
fim de tornar-se um fator protetivo diante do surgimento de problemas no
comportamento infantil. (SILVA, 2008)

5. HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

O Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) Dona Ivone Lara está


situado na Rua Permínio de Souza, Bairro Cirurgia, nº 1150, no município de
Aracaju, Sergipe.

O CAPS infantil Dona Ivone Lara foi o nome escolhido para o antigo CAPS
Arthur Bispo do Rosário, nome escolhido pelos próprios usuários e profissionais. Em
10 de maio de 2018, teve uma mudança no convênio estabelecido com o Centro de
Integração Raio de Sol (CIRAS), até o presente momento, existe um projeto de
divisão dos usuários por distrito pelo antigo fato do antigo CAPS Arthur ter uma
demanda muito grande.

O Centro de Integração Raio de Sol – CIRAS, é uma instituição não


governamental que assumiu os programas e usuários da extinta Rosa Azul, criada
em 1979. Fundada por Carolyn Carvalho, americana e formada em Terapia
Ocupacional, hoje, desenvolve programas de Assistência Social, Atendimento em
Reabilitação e Ações Complementares em Educação para jovens e adultos com
deficiência física e, em especial, com o autismo e deficiência intelectual. O CIRAS é
uma organização reconhecida de Utilidade Pública Municipal, Estadual e Federal,
com registro no Conselho Nacional de Assistência Social e com Certificado de
Entidade Beneficente de Assistência Social.

Dona Ivone Lara nasceu em 13 de abril de 1922, na rua Voluntários da


Pátria, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Foi a primeira filha da união entre
a costureira Emerentina Bento da Silva e João da Silva Lara, foi cantora e
compositora conhecida como “rainha e grande dama do samba”. Formada em
enfermagem e serviço social, com especialização em terapia ocupacional. Prestou
concurso público para o Ministério da Saúde em 1942, antes de ingressar na
Colônia Juliano Moreira, onde atuou por mais de três décadas com pacientes
afetados por graves transtornos mentais. Fazia plantões de 24/48 horas que,
segundo ela, eram desgastantes, mas, ao mesmo tempo, muito gratificantes já que
ajudavam a diminuir o sofrimento dos que procuram as unidades públicas de saúde.
Atuou com Nise da Silveira, psiquiatra brasileira que se rebelou contra a lobotomia,
eletrochoques e outros métodos agressivo de tratamento de Saúde Mental,
defendendo um tratamento humanizado da loucura. Com Nise, especializou-se em
terapia ocupacional. (ASCOM, COFEN, 2018)

Os serviços do CAPSi contam com os seguintes profissionais: psiquiatra,


psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, enfermeiro, pedagogas,
educador físico e oficineiros. Sua estrutura é de uma casa que contém: refeitório,
brinquedoteca, sala de acolhimento, recepção, cozinha, banheiros e espaços para
desenvolver atividades.

6. METODOLOGIA

A metodologia do projeto de extensão se desenvolve a partir das seguintes


etapas: (1) o processo terá início com um aquecimento para preparação do diálogo:
será aplicada uma técnica da psicologia positiva, seguida pela apresentação de
cada integrante envolvido na atividade. (2) Após a apresentação dos integrantes do
grupo, trabalharemos com rodas de conversar com temáticas que envolve
autoestima e promoção de saúde. A roda de conversa é um instrumento que
permite compartilhamento de experiências e o desenvolvimento de reflexões sobre
os questionamentos interno dos sujeitos, em um processo mediado pela interação
com os pares, através do diálogo. É um instrumento científico em que o objetivo é
compreender o objeto de estudo e a partir dos resultados se utilizar de um recurso
que venha favorecer bons resultados. (3) nessa etapa, irá ser trabalhado o
compartilhamento de informações com um profissional capacitado, a fim de
esclarecer dúvidas sobre os assuntos abordado. (4) fazer trabalhos usando a arte.
Esse trabalho terá como objetivo trabalhar a autoestima, a autoimagem e
autopercepção.

7. PÚBLICO ALVO
Acompanhantes responsáveis pelos internos do CAPSi.

8. RECURSOS (HUMANOS E MATERIAIS)

Discentes do curso de Psicologia, 7º período, orientadas e acompanhadas da


preceptora, de uma psicóloga residente do CAPSi, da assistente social, técnicos de
enfermagem e oficineiras.
Materiais de artesanato (cola branca, papel A4, giz de cera, massa de
modelar e lápis de cor).

9. ORÇAMENTO

ANEXO II

MATERIAIS: QUANTIDADE: VALOR VALOR TOTAL:


UNITÁRIO:
CANETA 25 Não consta Não consta
CAIXA DE SOM 1 Não consta Não consta
CRONÔMETRO 1 Não consta Não consta
RESMA DE PAPEL 1 Não consta Não consta
A4
MASSA DE 1 Não consta Não consta
MODELAR
LÁPIS DE COR 36 Não consta Não consta
COLA BRANCA 1 Não consta Não consta
PASTA CATÁLOGO 25 Não consta Não consta
MICROFONE 1 Não consta Não consta
DATASHOW 1 Não consta Não consta
10. CRONOGRAMA
mar abr mai jun jul ago set out

1. Atividades 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q 1°q 2°q

Estudo Bibliográfico X x x                          

Observação
X x x x x x X                  
Participante

Definição dos
        x                      
Objetivos

Construção da
        x x                    
metodologia

Vinculação com o
                  x x          
público alvo

Realização do 1°
                      x        
encontro

Realização do 2°
                      x x      
encontro

Realização do 3°
                        x      
encontro

Realização do 4°
                          x    
encontro

Análise dos resultados                           x X  

Devolutiva                             x  

Conclusão e
                            x x
finalização do projeto

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ARAÚJO, H. Et al. Estratégias de cuidado desenvolvidas no CAPS infantil:
concepções de familiares e Profissionais. Revista de Pesquisa Cuidado é
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Estado do Rio de Janeiro.

BASTOS VB. et al. Representações sociais das famílias e dos usuários sobre
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Berlink, M. T., Magtaz, A. C., & Teixeira, M. (2008). A reforma psiquiátrica


brasileira: perspectivas e problemas. Revista Latinoamericana de Psicopatologia
Fundamental, 11(1), 21-27.
Böing, E., & Crepaldi, M.A. (2010). O psicologo na atenção básica: uma incursão
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FERRIOLLI, S.H.T. et al. Contexto familiar e problemas de saúde mental infantil


no programa de saúde da família. Rev. Saúde Pública 2007;41(2):251-9
Franzoi, M. A. H; Santos, J. L. G; Backes, V. M. S; Ramos, F. R. S . Intervenção
musical como estratégia de cuidado de enfermagem a crianças com
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GAUY, F. V; GUIMARÃES, S. S. Triagem em saúde mental infantil. Universidade


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RIBEIRO P. R. M. História da saúde mental infantil: a criança brasileira da


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SANTOS, P. L. Problemas de saúde mental de crianças e adolescentes


atendidos em um serviço público de psicologia infantil. Psicologia em Estudo,
Maringá, v. 11, n. 2, p. 315-321, mai./ago. 2006

SILVA, N. C. B. et al. Variáveis da família e seu impacto sobre o


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http://www.conselhodacrianca.al.gov.br/sala-de-imprensa/publicacoes/ECA
%20ATUALIZADO.pdf/view acesso: 23/03/2019.

ANEXOS

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