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ESTADO DA BAHIA

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO


PROCURADORIA ADMINISTRATIVA

PROCESSO PGE N°: 2021.6.01.00003403


PROCESSO EXTERNO N°: 009.0287.2021.0019958-40
ORIGEM: SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO
INTERESSADO(A): 'Marcos Britto Corrales'

PARECER Nº PA-NLC-332-2021

CONTRATO. CONSULTA.
CONTRATO. SERVIÇOS TERCEIRIZADOS.
CONTRATO ENCERRADO. Liberação de
valores provisionados em face da Lei
estadual nº 12.949/2014 e Decreto estadual
nº 15.219/2014. Necessidade de se
aguardar o pagamento das parcelas a que o
provisionamento se refere para só, então,
ser liberado o saldo respectivo.
Recomendações

Vêm os autos a esta PGE com a consulta constante do despacho (doc


00032077089) nos seguintes termos:

“ Retorna a esta Coordenação, o presente expediente, em que a empresa CS


CONSTRUÇÕES E EQUIPAMENTOS LTDA, por meio do Ofício CS-COM nº 149/2021
(doc. SEI nº 00031540389 e 00031637330), encaminhado ao Exmº Secretário da
Administração, informa que encontra-se próxima do término de um contrato de
prestação de serviços terceirizados de Suporte Administrativo a Prédios Públicos
(Contrato nº 014/2016, proveniente do Pregão Eletrônico nº 027/2015), firmado
junto a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia - SESAB, pleiteando, ao final, a
liberação dos valores provisionados em decorrência da Lei nº 12.949/2014 (Lei
"Anti-calote") para fazer face aos pagamentos rescisórios dos seus funcionários.

Temos a informar que, após apresentadas as considerações desta Diretoria de


Serviços - DS acerca do referido pleito (00031674049), o processo fora carreado à

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Secretaria da Saúde - SESAB, Unidade contratante do ajuste, que por sua vez,
proferiu Despacho (00031887559) discorrendo as informações concernentes ao
reequilíbrio econômico-financeiro do aludido contrato.

Neste sentido, após conhecimento do quanto pontuado pela SESAB, ratificamos a


necessidade de encaminhamento dos autos à d. Procuradoria Geral do Estado - PGE
para manifestação acerca da referida matéria.

Por fim, cabe-nos elucidar que, em que pese o pleito não estar diretamente
relacionado à pandemia da COVID-19, declarada no Decreto Estadual Nº
19.549/2020, ponderamos que há necessidade de oitiva da especializada, uma vez
que a ausência da sua manifestação poderá gerar impactos de consequências
imprevisíveis no âmbito da referida contratação.

Face ao exposto, entendemos por encaminhar os autos à SRL para conhecimento,


e havendo anuência, remessa ao GASEC visando a sua análise quanto a pertinência
de envio deste à PGE.

A SAEB se manifestou da seguinte forma acerca do pleito mencionado


(documento 00031674049):

“Dito isto, cumpre-nos esclarecer que a Lei nº 12.949/2014 (doc. SEI nº


00031740447), mais especificamente no seu art. 10, acima citado, assim estipula,
na íntegra:

"Art. 10 - O saldo total da conta corrente vinculada, bloqueada para


movimentação, será liberado à empresa contratada no momento do
encerramento do contrato, e após a confirmação do pagamento das
rescisões trabalhistas, na hipótese em que ocorrer o desligamento dos
empregados.". (Grifos postos) e acrescenta, no seu Parágrafo único, que:

"Parágrafo único - Somente será considerado encerrado o contrato mediante


a comprovação do pagamento de todas as obrigações rescisórias, sociais e
previdenciárias relativas aos seus empregados.". (Grifos postos)

Da leitura do supra citado dispositivo legal acima transcrito, art. 10 da Lei nº


12.949/14, resta consignado que a liberação das verbas provisionadas só deverão
ocorrer após a confirmação do pagamento das rescisões trabalhistas, opostamente

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do que se depreende do quanto pleiteado pela empresa CS CONSTRUÇÕES, qual


seja, a liberação do valor acumulado em conta vinculada para fazer face ao
pagamento da rescisão dos trabalhadores desligados quando do encerramento do
contrato.

No entanto, embasado no art. 12 da Lei em referência (Lei nº 12.949/2014), que


determina que "O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60
(sessenta) dias, contados da data de sua publicação", foi publicado o Decreto nº
15.219/2014, em 30/06/2014 (doc. SEI nº 00031741054), cujo §3º do seu art. 10,
assim estipula:

"Art. 10 - Para o resgate de valores de retenções relativas às provisões das


verbas indicadas nos incisos I a VI do art. 6º deste Decreto, a empresa
contratada deverá apresentar ao órgão competente da Instituição ou Poder
Público contratante solicitação de movimentação da Conta Vinculada ao
Contrato, instruída com os documentos comprobatórios da ocorrência de
eventos das relações de trabalho ocorridos na vigência do contrato e
respectivos pagamentos.

§ 1º - A autorização para movimentação da Conta Vinculada ao Contrato


relativa aos recursos provisionados deverá ocorrer no prazo de 05 (cinco)
dias úteis contados da apresentação dos comprovantes de pagamento das
respectivas verbas.". (Grifos postos) [...] §

3º - Nas hipóteses de extinção do contrato sem culpa da contratada ou de


supressão igual ou superior a 25% (vinte e cinco por cento) do seu valor inicial
atualizado, a autorização para movimentação da Conta Vinculada ao
Contrato relativa aos recursos provisionados poderá ocorrer,
excepcionalmente, antes da comprovação a que se refere o § 1º deste artigo,
para pagamento das despesas com indenizações trabalhistas, devendo o
valor relativo aos empregados ser creditado na conta do beneficiário e os
encargos regularmente recolhidos.". (Grifos postos)

Corroborando com o entendimento acima esposado, observamos que o item


7.1 da Instrução Conjunta SAEB/SEFAZ nº 001/2015, de 23/03/2015 (doc. SEI
nº 00031741573), referenda exatamente o §3º do art. 10 do Decreto nº
15.219/2014, senão vejamos:

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"7. A liberação de recursos da conta vinculada ao contrato se dará, nas


seguintes situações: [...]

7.1 Nas hipóteses previstas nas alíneas “c” e “d” desse item 7, o recurso
poderá ser liberado, excepcionalmente, antes da comprovação dos
respectivos pagamentos, devendo a liberação ser efetuada na conta salário
dos beneficiários indicados pela contratada, para pagamento das despesas
com indenizações trabalhistas, conforme §3º do art. 10 do Decreto nº
15.219/2014.

Cabe ainda pontuar que em períodos pretéritos, esta Diretoria de Serviços já


recepcionou pleitos de solicitação de antecipação da liberação de verbas provisionadas em
decorrência da supra citada Lei nº 12.949/2014 (liberação de verbas provisionadas relativas ao
13º salário), ocasião em que a Procuradoria Geral do Estado - PGE se manifestou
favoravelmente, conforme processos n° 0200170333070 (2017), 0200180328180 /
0200180328989 (2018), processo SEI nº 009.0287.2019.0030562-10 (2019) e mais
recentemente, processo SEI nº 009.0287.2020.0015937-83, cujo Parecer e Despachos deste
último, fizemos a juntada nos doc's SEI nº 00031759154, 00031759192 e 00031759229.”

Feito o relatório, passa-se ao parecer.

O Decreto Estadual nº 15.219/2014 e Lei Estadual nº 12.949/2014 prevêm,


como já indicado pela SAEB no documento acima mencionado, as hipóteses de movimentação
da conta vinculada criada para fins de provisionamento.

De fato, no seu art. 10, o Decreto de que se trata estipulou o seguinte:

Art. 10 - Para o resgate de valores de retenções relativas às provisões das verbas


indicadas nos incisos I a VI do art. 6º deste Decreto, a empresa contratada
deverá apresentar ao órgão competente da Instituição ou Poder Público
contratante solicitação de movimentação da Conta Vinculada ao Contrato,
instruída com os documentos comprobatórios da ocorrência de eventos das
relações de trabalho ocorridos na vigência do contrato e respectivos
pagamentos.

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§ 1º - A autorização para movimentação da Conta Vinculada ao Contrato relativa


aos recursos provisionados deverá ocorrer no prazo de 05 (cinco) dias úteis
contados da apresentação dos comprovantes de pagamento das respectivas
verbas.

§ 2º - Os comprovantes de pagamento a que se refere o § 1º deste artigo


deverão ser apresentados até o 5º (quinto) dia útil do mês subsequente ao da
ocorrência do evento ensejador da autorização.

§ 3º - Nas hipóteses de extinção do contrato sem culpa da contratada ou de


supressão igual ou superior a 25% (vinte e cinco por cento) do seu valor inicial
atualizado, a autorização para movimentação da Conta Vinculada ao Contrato
relativa aos recursos provisionados poderá ocorrer, excepcionalmente, antes da
comprovação a que se refere o § 1º deste artigo, para pagamento das despesas
com indenizações trabalhistas, devendo o valor relativo aos empregados ser
creditado na conta do beneficiário e os encargos regularmente recolhidos.

§ 4º - A comprovação do pagamento das indenizações trabalhistas com recursos


da Conta Vinculada ao Contrato, liberados na forma do § 3º deste artigo, na
hipótese de supressão parcial do objeto contratual deverá ser feita pela
contratada à Instituição ou Poder Público contratante no prazo de até 60
(sessenta) dias da autorização para movimentação da Conta Vinculada ao
Contrato, sob pena de rescisão contratual.

A seguir, o art. 12 trouxe as seguintes previsões:

Art. 12 - Após a extinção do contrato e a devida comprovação, pela empresa, do


cumprimento das obrigações e quitação de encargos sociais, trabalhistas e
previdenciários indicados na Lei e neste Decreto, proporcional ao tempo integral
do serviço prestado pelos empregados, certificado conforme o parágrafo único
do art. 11 deste Decreto, havendo saldo remanescente na Conta Vinculada ao
Contrato, este será liberado em favor da empresa contratada, observado o
disposto no § 3º deste artigo.

§ 1º - A comprovação a que se refere o caput deste artigo deverá ser feita pela
empresa contratada no prazo de até 60 (sessenta) dias da data de extinção do
contrato.

§ 2º - Na hipótese de reaproveitamento do empregado vinculado ao contrato


extinto em outro contrato formalizado com o mesmo órgão ou entidade da
Administração Direta e Indireta de Instituição ou Poder Público do Estado da

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Bahia, o saldo remanescente relativo à rescisão trabalhista será transferido para


a Conta Vinculada ao Contrato para o qual for realocado o empregado.

§ 3º - As obrigações protraídas para além do termo final do contrato não induz


sua prorrogação, sendo o contrato considerado extinto nos termos da Lei nº
9.433, de 01 de março de 2005, devendo o órgão ou entidade prosseguir com
as medidas necessárias à comprovação, pela empresa, do cumprimento de
obrigações eventualmente remanescentes.

Tal dispositivo veio a regulamentar, em verdade, o quanto previsto no art. 10 da


Lei estadual nº 12.949/2014, nos seguintes termos:

Art. 10 - O saldo total da conta corrente vinculada, bloqueada para


movimentação, será liberado à empresa contratada no momento do
encerramento do contrato, e após a confirmação do pagamento das rescisões
trabalhistas, na hipótese em que ocorrer o desligamento dos empregados.

Parágrafo único - Somente será considerado encerrado o contrato mediante a


comprovação do pagamento de todas as obrigações rescisórias, sociais e
previdenciárias relativas aos seus empregados.

Desse modo, verifica-se que a Lei e o Decreto condicionam a liberação dos


valores constantes da conta vinculada aberta para depósito das quantias retidas conforme
dispositivos ali previstos à comprovação do pagamento das obrigações respectivas.

A liberação de valores para pagamento de 13º salário citados no presente


processo se tratou de exceção, analisada na época específica, e de acordo com os motivos e
condicionantes postos nos pareceres que analisaram cada caso.

Assim, não poderá ser atendido ao pleito da empresa para liberação do saldo da
conta vinculada anteriormente ao cumprimento da sua obrigação de pagar as parcelas
rescisórias devidas aos empregados; pelo contrário, após comprovar tais pagamentos, poderá a
empresa, solicitar a liberação do saldo da conta vinculada.

No entanto, de fato, a Instrução Conjunta SAEB 01/2015 prevê que, no caso da


extinção do contrato sem culpa da contratada, o recurso seja liberado para pagamento das
verbas indenizatórias trabalhistas dos empregados, devendo os valores serem depositados na
conta salário dos beneficiados. Veja-se a redação abaixo:

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7. A liberação de recursos da conta vinculada ao contrato se dará, nas


seguintes situações:

a) mensalmente, no caso de férias e rescisões ocorridas no mês


imediatamente anterior, após

solicitação da contratada, acompanhada da comprovação dos respectivos


pagamentos efetuados aos empregados;

b) na segunda quinzena dos meses de novembro e dezembro, para a liberação


das parcelas relativas ao pagamento do décimo terceiro, após solicitação da
contratada, acompanhada da comprovação dos respectivos pagamentos
efetuados aos empregados;

c) quando da ocorrência de supressão igual ou superior a 25% (vinte e cinco


por cento) do valor inicial atualizado do contrato e após a devida comprovação
dos respectivos pagamentos efetuados aos empregados; e

d) na extinção do contrato sem culpa da contratada e após a devida


comprovação dos respectivos pagamentos efetuados aos empregados.

7.1 Nas hipóteses previstas nas alíneas “c” e “d” desse item 7, o recurso poderá
ser liberado, excepcionalmente, antes da comprovação dos respectivos
pagamentos, devendo a liberação ser efetuada na conta salário dos
beneficiários indicados pela contratada, para pagamento das despesas com
indenizações trabalhistas, conforme §3º do art. 10 do Decreto nº 15.219/2014.

Esse procedimento, portanto, nada mais é do que o pagamento direto que a


Administração Pública Estadual faz no que diz respeito às parcelas rescisórias devidas e ainda
não adimplidas pela empresa Contratada aos respectivos empregados vinculados ao contrato.

Para que isto ocorra, sugerimos a adoção do Termo de Cessão de Crédito que já
tem sido utilizado em hipóteses similares pela Administração Pública Estadual uma vez que,
através dele, poderá ser operacionalizada a quitação não só das parcelas rescisórias como,
ainda, outras verbas trabalhistas inadimplidas no curso do contrato e o INSS eventualmente

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também não quitado, caso a empresa Contratada venha a informar que, de fato, não tem
condições de efetuar a quitação.

Por outro lado, a cessão dos créditos poderá ter por objeto os créditos não só
da conta vinculada aberta por força da Lei nº 12.949/2014 como, ainda, créditos de faturas ainda
não pagas à Contratada, caso os recursos provenientes da conta vinculada não sejam suficientes
para tanto.

No procedimento de uniformização constante do Processo nº PGE 2015314109,


instaurado no âmbito desta Procuradoria Administrativa, foram oferecidas várias minutas de
termo de cessão de crédito, conforme a hipótese versada no caso concreto.

Assim, para operacionalizar esse procedimento, deverão ser seguidos os


seguintes passos:

1) a empresa deverá apresentar e o fiscal do contrato analisar e validar a


descrição detalhada da dívida relativa ao contrato respectivo que pende de ser quitada,
indicando:

a) as parcelas e valores devidos a cada um dos trabalhadores que foram


contratados para prestar serviços ao Estado em face de dito contrato (incluindo-se valores
rescisórios e outros valores inadimplidos ao longo do contrato), anexando os termos de rescisão
contratual e Guias de Recolhimento Rescisório e, ainda

b) se for o caso, o INSS devido pela empresa em face do mencionado contrato,


anexando documento relativo a tal dívida;

2) caso a empresa declare, expressamente, a impossibilidade de que efetuar a


quitação dos valores ainda em aberto, poderão eles ser realizados, diretamente, na conta do
empregado favorecido, o qual deverá assinar o termo rescisório com o detalhamento da dívida
ou recibo com o detalhamento da dívida (caso não se trate apenas de verbas rescisórias) que
estará sendo quitada;

3) a empresa deverá comprovar, ainda, o recolhimento da contribuição


previdenciária e FGTS relativos aos empregados de que se trata, admitindo-se, em caso de
impossibilidade dessa quitação ante à alegação de falta de lastro financeiro, que o Estado quite
tais guias com quantias relativas aos créditos que tal empresa tem perante o Estado da Bahia
(inclusive os depositados na conta aberta por força da Lei nº 12.949/2014), mediante o respaldo
e concordância da própria empresa e desde que a Administração Pública Estadual possa
gerenciar tal atividade e receba tais guias com tempo hábil para tanto.

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4) eventual valor ainda devido à empresa terceirizada, após os procedimentos


anteriores, só poderá ser para ela liberado se não houver nenhuma outra dívida da empresa no
que diz respeito aos empregados que prestaram serviços ao Estado em face do mencionado
contrato ou o INSS respectivo ou alguma multa ou valor de outra natureza porventura ainda
devidos pela empresa à Administração Pública Estadual.

4_ Deverá ser utilizada uma das minutas a seguir anexadas, conforme seja um
dos casos indicados no título de cada minuta.

5. A Secretaria de Origem deverá averiguar se o representante da Empresa


Contratada que venha a assinar o instrumento de cessão de crédito e quitação de verbas tem
poderes para tanto;

6. Uma vez firmado o instrumento de cessão de créditos e quitação de verbas,


deverá a Secretaria de Origem manter a guarda de todos os documentos pertinentes, inclusive
comprovantes de pagamento e recibos firmados por empregados da empresa Contratada,
informando e enviando cópias à Procuradoria Judicial trabalhista, no ensejo de propositura de
qualquer demanda trabalhista por algum destes empregados beneficiados;

MINUTA I

TERMO DE CESSÃO A SER UTILIZADO NA HIPÓTESE DO PAGAMENTO OCORRER NA CONTA DE


CADA EMPREGADO CONFORME, DECLARAÇÃO EXPRESSA DA EMPRESA DE NÃO PODER FAZÊ-
LO E DA SECRETARIA AFIRMAR, QUE POSSUI CONDIÇÃO DE FAZÊ-LO – QUITAÇÃO DE FGTS E
INSS PELO ESTADO MEDIANTE EMISSÃO DE GUIAS PELA EMPRESA

INSTRUMENTO DE CESSÃO DE CRÉDITO E QUITAÇÃO DE VERBAS


QUE ENTRE SI CELEBRAM O ESTADO DA BAHIA, ATRAVÉS DA
SECRETARIA [...................................], aqui denominado
ESTADO, E A EMPRESA [...................................], aqui
denominada EMPRESA.

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CLÁUSULA PRIMEIRA: O ESTADO reconhece que a EMPRESA possui o crédito bruto total de R$
[..................................] decorrente da soma do crédito de R$ [...................................]
depositado na conta vinculada aberta em face da lei nº 12.949/2014 e do crédito de R$
[.......................................], decorrente das seguintes faturas vinculadas ao contrato nº
[...................................], celebrados por intermédio da SECRETARIA[...................................]
com o objeto de [...................................] e encerrado em [...................................];

CLÁUSULA SEGUNDA: A EMPRESA reconhece que deve aos empregados abaixo listados, todos
vinculados à prestação de serviços referentes ao contrato nº[...................................], os
seguintes valores brutos relativos às verbas devidamente discriminadas nos anexos Termos
de Rescisão [ou recibos de salário] e Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS que fazem parte
do presente instrumento na condição de anexos I e II:

EMPREGADOS VINCULADOS AO CONTRATO Nº......:

1 - [...................................]

2 - [...................................]

...

CLÁUSULA TERCEIRA: A EMPRESA reconhece, ainda, que está em débito para com o FGTS e
INSS relativo aos empregados listados na cláusula segunda, com relação ao período de
prestação de serviços vinculados ao contrato nº [...................................] no valor de R$
[...................................] e R$ [...................................], respectivamente, conforme
discriminação das guias de recolhimento respectivos que fazem parte do presente
instrumento na condição de anexos III (guias de recolhimento do FGTS) e IV (guias de
recolhimento do INSS);

CLÁUSULA QUARTA: A EMPRESA concorda que o ESTADO quite os valores dos débitos daquela
indicados nas cláusulas segunda e terceiras do presente instrumento, utilizando-se das
quantias provenientes do seu crédito indicado na cláusula primeira, dando ao ESTADO, com
relação a tal crédito, plena, geral e irrevogável quitação, para nada mais reclamar a tal título;

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PARÁGRAFO PRIMEIRO: O pagamento dos valores relativos aos termos de rescisão [ou recibos
de salário] indicados no anexo I, devidamente assinados pelos empregados, será realizado na
conta individual de cada empregado beneficiário, na qual o ESTADO depositará as quantias
respectivas devidas a cada um dos empregados indicados na cláusula segunda do presente
instrumento.

PARÁGRAFO SEGUNDO: A quitação das Guias de Recolhimento Rescisório, Guias de FGTS e


Guias de INSS ocorrerá pelo ESTADO, com a utilização dos créditos da Empresa, conforme aqui
pactuado, desde que tais guias lhe sejam apresentadas por esta última com a antecedência de
[...................................] do seu respectivo vencimento;

CLÁUSULA QUINTA: O ESTADO concorda em quitar os débitos da EMPRESA indicados nas


cláusulas segunda e terceira deste instrumento, utilizando do crédito da mesma indicado na
cláusula primeira deste instrumento, desde que as Guias de Recolhimento Rescisório e de INSS
lhe sejam entregues, para quitação, antes dos respectivos vencimentos;

CLÁUSULA SEXTA: A quitação dos valores indicados no presente instrumento, por parte do
ESTADO, não caracteriza vínculo do mesmo com os empregados da EMPRESA ou gera, para
aquele, qualquer tipo de responsabilidade direta relativamente a outros créditos que tais
empregados possam ter em face da EMPRESA.

E por estarem justos e contratados, as partes assinam a presente em duas vias de igual teor e
forma.

Salvador,...................................”

MINUTA II

TERMO DE CESSÃO A SER UTILIZADO NA HIPÓTESE DA PRÓPRIA EMPRESA


QUITAR O FGTS E O INSS E APRESENTAR AS GUIAS JÁ QUITADAS AO ESTADO DA
BAHIA

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INSTRUMENTO DE CESSÃO DE CRÉDITO E QUITAÇÃO DE VERBAS


QUE ENTRE SI CELEBRAM O ESTADO DA BAHIA, ATRAVÉS DA
SECRETARIA [...................................], aqui denominado
ESTADO, E A EMPRESA [...................................], aqui
denominada EMPRESA.

CLÁUSULA PRIMEIRA: O ESTADO reconhece que a EMPRESA possui o crédito bruto total de R$
[..................................] decorrente da soma do crédito de R$ [...................................]
depositado na conta vinculada aberta em face da lei nº 12.949/2014 e do crédito de R$
[.......................................], decorrente das seguintes faturas vinculadas ao contrato nº
[...................................], celebrados por intermédio da SECRETARIA[...................................]
com o objeto de [...................................] e encerrado em [...................................];

CLÁUSULA SEGUNDA: A EMPRESA reconhece que deve aos empregados abaixo listados, todos
vinculados à prestação de serviços referentes ao contrato nº[...................................], os
seguintes valores brutos relativos às verbas devidamente discriminadas nos anexos Termos
de Rescisão [ou recibos de salário]e Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS que fazem parte
do presente instrumento na condição de anexo I:

EMPREGADOS VINCULADOS AO CONTRATO Nº [...................................]:

1 - [...................................]

2 - [...................................]

...

CLÁUSULA TERCEIRA: A EMPRESA reconhece, ainda, que está em débito para com o FGTS e
INSS relativo aos empregados listados na cláusula segunda, com relação ao período de
prestação de serviços vinculados ao contrato nº [...................................] no valor de R$
[...................................] e R$ [...................................], respectivamente, conforme
discriminação das guias de recolhimento respectivos que fazem parte do presente
instrumento na condição de anexos II (guias de recolhimento do FGTS) e III (guias de
recolhimento do INSS);

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CLÁUSULA QUARTA: A EMPRESA concorda que o ESTADO quite os valores dos débitos daquela
discriminados no Termo de Rescisão [ou recibos de salário], utilizando-se das quantias
provenientes do seu crédito indicado na cláusula primeira, dando ao ESTADO, com relação a
tal crédito, plena, geral e irrevogável quitação, para nada mais reclamar a tal título;

PARÁGRAFO PRIMEIRO: O pagamento dos valores relativos aos termos de rescisão [ou recibos
de salário]indicados no anexo I, devidamente assinados pelos empregados, será realizado na
conta individual de cada empregado beneficiário, na qual o ESTADO depositará as quantias
respectivas devidas a cada um dos empregados indicados na cláusula segunda do presente
instrumento.

CLÁUSULA QUINTA: A EMPRESA se compromete a quitar as Guias de Recolhimento Rescisório,


Guias de FGTS e Guias de INSS em anexo, no prazo de [...................................], apresentando
os devidos comprovantes ao ESTADO no prazo máximo de [...................................]após a
quitação;

CLÁUSULA SEXTA: A quitação dos valores indicados no presente instrumento, por parte do
ESTADO, não caracteriza vínculo do mesmo com os empregados da EMPRESA ou gera, para
aquele, qualquer tipo de responsabilidade direta relativamente a outros créditos que tais
empregados possam ter em face da EMPRESA.

E por estarem justos e contratados, as partes assinam a presente em duas vias de igual teor e
forma.

Salvador, [...................................]

[...................................]

CONTRATANTE – ESTADO

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CONTRATADA – EMPRESA

[...................................]

TESTEMUNHAS:

[...................................]

[...................................]

Com estas considerações, sigam os autos para apreciação da i. Procuradora


Assistente com sugestão de remessa à chefia para conferir efeito uniforme dado o grande
número de demandas envolvendo o mesmo tema.

Núcleo de Licitações e Contratos, 02 de Julho de 2021

ANA CRISTINA COSTA MEIRELES

Procuradora do Estado

PROCURADORIA ADMINISTRATIVA, 02 DE JULHO DE 2021

Ana Cristina P Costa Nascimento Meireles


Procurador do Estado

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Documento assinado eletronicamente por ANA CRISTINA PACHECO COSTA NASCIMENTO MEIRELES:50553054520, em 02/07/2021, às
12:56:05, com fundamento no art. 13º, Incisos I e II, do Decreto nº 15.805, de 30 de dezembro de 2014.

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