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CONTROLE REALIMENTADO: Operação que visa corrigir online certas variáveis (grandezas
físicas) de um sistema. Diminui o efeito de fenômenos indesejados.
MALHA ABERTA: Saída (variável a ser controlada) não interfere na ação de controle (entrada).
Figura 0.3 – sistema de controle por computador em malha fechada (sistema digital).
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Exemplo 0.1 Considere o servomecanismo para controle de posição da antena indicado na Figura
0.4. Comparando com o diagrama da Figura 0.2 podemos identificar os seguintes componentes:
PERTURBAÇÕES: grandezas externas que atuam de forma indesejada no sistema. Por exemplo,
ventos que provocam torques na posição da antena.
MEDIDOR: potenciômetro.
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A transformada de Laplace transforma uma função da variável tempo, digamos f(t), numa
outra função F(s) onde s = + j é uma variável complexa. Em determinadas condições, as funções
f(t) e sua transformada F(s) estão relacionadas de forma biunívoca:
Definição 0.1 (Pólos e Zeros) Seja G(s) = N(s) / D(s) onde N(s) e D(s) são polinômios com
coeficientes reais. Define-se polos e zeros de G(s) como sendo os valores de s tais que:
Zeros de G(s): s tal que N(s) = 0
Pólos de G(s): s tal que D(s) = 0
Definição 0.2 (Função de Transferência) É uma função complexa que representa a relação
saída/entrada do sistema para condições iniciais nulas. Depende apenas dos parâmetros físicos do
sistema.
Definição 0.3 (Estabilidade de Sistemas) Um sistema é dito ser estável se todos os polos de sua
FT estão localizados no semi-plano esquerdo estrito, isto é, Re[polos] < 0. Caso contrário o sistema é
dito instável.
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Exemplo 0.4 (Rampa) f(t) = 0 , t < 0
At , t 0
Teorema 0.1 (Teorema do Valor Final) Quando uma função f(t) tende à um valor constante em
regime permanente, este valor pode ser diretamente obtido através do limite:
Teorema 0.2 (Teorema do Valor Inicial) Usando este teorema conseguimos encontrar o valor de
f(t) em t = 0+ conhecendo apenas a transformada da função.
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Através das leis da física podemos obter um modelo de comportamento para qualquer sistema.
Para sistemas dinâmicos esse modelo é uma equação diferencial. Este é o caso de motores,
circuitos, turbinas e outros dispositivos estudados na engenharia. Saber como o sistema se comporta
para dadas condições iniciais e uma dada excitação (entrada) é equivalente a resolver a equação
diferencial.
Para resolver equações diferenciais através da transformada de Laplace, notar que:
Exemplo 0.6 Um sistema é regido pela seguinte equação 𝑥 + 2𝑥 + 5𝑥 = 𝑔(𝑡) onde as condições
iniciais são nulas, isto é, 𝑥 0 = 0 , 𝑥 0 = 0. Encontre a resposta desse sistema quando o mesmo é
excitado por um degrau de amplitude 3, ou seja, g(t) = 3u(t).
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O diagrama analógico é dado por:
Exemplo 0.7 Represente as interdependências das variáveis x(t), I(t), y(t) no circuito abaixo, através
de um diagrama de blocos.
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Solução
Porém, a FT acima apenas relaciona entrada e saída. A informação da corrente por exemplo, não
aparece. No entanto notar que:
e portanto,
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Figura 0.9 – sistema realimentado geral.
A função de transferência (FT) entre X(s) e Y(s) no diagrama acima é conhecida como FT de malha
fechada. Notar que,
e portanto,
AD
FTMF
BD AC
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Figura 0.10 – conexão paralela de dois sistemas.
Pode-se escrever,
e uma vez que as raízes de D1(s) e D2(s) possuem parte real negativa, então as raízes de D1(s)D2(s)
possuem as mesmas características. Portanto a conexão é estável!
Pode-se escrever,
Agora as raízes do polinômio D1(s)D2(s)+N1(s)N2(s) podem ter parte real positiva (instável) mesmo
se as raízes de D1(s) e D2(s) possuem parte real negativa.
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0.3.3 – Sistemas realimentados na presença de distúrbio
No esquema de sistema abaixo, a saída C(s) é afetada tanto pela referência R(s) quanto pela
perturbação D(s). Pelo princípio da linearidade tem-se que:
então
f t = ℒ −1 [F s ]
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Resposta ao impulso: X(s)=1 Y(s) = F(s) y(t) = f(t)
𝑡
Resposta ao degrau: X(s)=1/s Y(s) = F(s)1/s y(t) = 0
𝑓 𝑡 𝑑𝑡
𝑡 𝑡
2 2
Resposta à rampa: X(s)=1/s Y(s) = F(s)1/s y(t) = 0 0
𝑓 𝑡 𝑑𝑡
Note que a resposta ao impulso e a resposta à rampa são, respectivamente, a derivada e a integral
da resposta ao degrau. Por esse motivo vamos focar na resposta ao degrau.
2) Para t = T y(T) = 1 - e-1 = 0,632, isto é, decorridos T segundos a resposta atinge 63,2% do
seu valor final de regime.
t = 2T y(2T) = 0,865
t = 3T y(3T) = 0,950
t = 4T y(4T) = 0,982
t = 5T y(5T) = 0,993
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0.4.2 – Resposta de segunda ordem
Os sistemas de segunda ordem possuem dois polos e sua FT padrão é da forma:
onde
= taxa de amortecimento
n = frequência natural
Note ainda que os polos da FT do sistema estão sobre o eixo imaginário, não existindo a parte real
que é responsável pelo amortecimento na resposta.
onde
𝜎 = −𝜉𝜔𝑛 é a parte real
𝜔𝑑 = 𝜔𝑛 1 − 𝜉 2 é a frequência natural amortecida
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0.4.2.3 Caso superamortecido ( 1)
Nesse caso os polos da FT do sistema são reais e ambos negativos. A resposta ao degrau para >1
fica
com
Para valores negativos de um dos polos da FT do sistema é positivo e, portanto, a saída diverge
exponencialmente.
tp (instante de pico) É o tempo necessário para a resposta atingir seu valor máximo
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Figura 0.15 – resposta ao degrau e os índices de desempenho.
ts (tempo de acomodação) Tempo necessário para confinar a resposta numa faixa em torno
do seu valor de regime. Esta faixa caracteriza a tolerância de erro, por exemplo, 2% ou 5% do
valor de regime.
tr (tempo de subida) Tempo que a resposta leva entre a primeira vez que cruza um
determinado limite inferior e a primeira vez que cruza um determinado limite superior. Estes
limites são geralmente definidos em porcentagem do valor final. É comum se usar os tempos
de subida 10% – 90% (superamortecido), 5% – 95% e 0 – 100% (caso subamortecido).
Abaixo tem-se a expressão que fornece o tempo de subida para o caso subamortecido.
𝜋−𝜃 1 − 𝜉2
𝑡𝑟 = . : 𝜃 = 𝑡𝑎𝑛−1
𝜔𝑑 𝜉
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