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Manoel de Mello e Silva 

(Água Preta, PE, 20 de agosto de 1929 - São Paulo, SP, 5 de


maio de 1990), foi um pastor evangélico brasileiro e fundador da Igreja Evangélica
Pentecostal O Brasil Para Cristo.

Manoel de Mello e Silva passou a infância e juventude em sua cidade natal, até se mudar
em 1947 para São Paulo. Tornou-se membro da Assembleia de Deus e foi
consagrado diácono. Casou-se em 1951 com Ruth Lopes, e teve dois filhos, Boaz de Mello
e Paulo Lutero de Mello.
Durante o dia, trabalhava como mestre de obras e à noite, atendendo a convites, pregava
em igrejas das Assembleias de Deus. Depois, une-se à Cruzada Nacional de
Evangelização, que deu origem à Igreja do Evangelho Quadrangular brasileira. Em 1952,
Mello contraiu uma paralisia intestinal, da qual relatou ter sido milagrosamente curado.
Deixa então o trabalho de mestre de obras para dedicar-se totalmente à pregação do
Evangelho e ao ministério. Em 1955, nos Estados Unidos, foi ordenado ministro pela
International Church of the Foursquare Gospel (Igreja do Evangelho Quadrangular). Neste
mesmo ano, relata que teve uma visão de Deus, que o comissiona a começar uma nova
obra, que ficaria conhecida como O Brasil para Cristo. O missionário inicia um programa
de rádio em janeiro de 1956 com o título A Voz do Brasil Para Cristo. Apenas em março de
1956 que realiza a fundação da igreja, nascida a partir do programa, e depois herdeira do
seu nome.
Graças ao uso do rádio, Manoel de Mello torna-se então um dos maiores líderes
do pentecostalismo brasileiro, chegando a reunir, em suas campanhas, até duzentas mil
pessoas, levando também ao crescimento da igreja. As acusações
de curandeirismo e charlatanismo, aliado às denúncias que fazia dos abusos e injustiças
do regime militar, fizeram o missionário ser preso 27 vezes. Além disso, teve tabernáculos
e tendas queimados, sofrendo perseguição de outras igrejas.
Manoel de Mello filiou-se ao Conselho Mundial de Igrejas e tomou parte na organização da
Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), formada pelas igrejas brasileiras membras
do CMI, em junho de 1973. A CESE buscava uma maior cooperação das igrejas no serviço
social aos mais pobres, com uma visão ecumênica e tolerância religiosa.
Sua atuação o tornou o primeiro pastor sistematicamente visitado por políticos brasileiros,
que queriam aproveitar a influência que Mello exercia entre os evangélicos na
época. Viajou para mais de uma centena de países, falando em igrejas, universidades,
simpósios e convenções, e foi recebido por diversas autoridades, como o presidente
americano e o primeiro ministro alemão. Seu nome e ministério no Brasil foi noticiado por
redes de televisão e jornais de diversos países. Recebeu o prêmio de religião como o
pregador que mais se destacou em 1972, pela Fundação Edward Browning. Em 1978,
recebeu o título de O Bandeirante do Brasil Presente, concedido pelo Instituto Nacional de
Expansão Cultural (INEC). Mello foi o primeiro evangélico a ser capa da Revista Veja, na
matéria Pentecostais: o milagre da multiplicação, de 07 de outubro de 1981.
Em 1976, após vinte anos, Missionário Manoel de Mello deixou a direção da denominação.
Em 1979, na presidência do seu sucessor, foi inaugurado o templo sede da O Brasil para
Cristo na Vila Pompeia, então um dos maiores templos evangélicos do mundo. Em 3 de
maio de 1990, Mello foi acometido de um mal súbito, quando estava a caminho dos
estúdios de uma emissora de televisão, para gravar programa que estaria em cadeia
nacional em poucos dias. Dois dias depois, faleceu.

Através de projeto do então vereador Carlos Bezerra Júnior, a Lei nº 14.128, de 9 de


janeiro de 2006, alterou o nome do Viaduto Pompeia, na Vila Pompéia, para Viaduto
Pompeia: Missionário Manoel de Mello.
Em 2016, uma rua de Mogi das Cruzes recebeu seu nome.

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