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Os animais não têm estatuto moral Os animais não têm estatuto moral
Perspetiva Tradicional
Kant afirma que os animais não têm consciência de si, e existem apenas como meio
para um fim, sendo esse fim o Homem. O nosso dever para com os animais não
humanos é um dever indireto.
Ao sermos cruéis para com os animais não infringimos o nosso dever em relação ao
animal porque este não pode julgar, mas essa crueldade vai-se também refletir na forma
como lidamos com os outros humanos, assim os nossos deveres em relação aos animais
não humanos são apenas deveres indiretos em relação à humanidade.
Assim:
Segundo esta perspetiva, justifica-se tratar cruelmente os animais quando isso
nos pode trazer benefícios.
Kant defende que o uso dos animais na ciência, por muito sofrimento que
envolva, nada tem de errado porque serve um objetivo louvável: a aquisição de
conhecimento.
Condena a crueldade quando esta é exercida por diversão.
Especismo
Mesmo que os animais não tenham sido criados para nosso benefício, podemos
continuar a aceitar que só nós temos realmente estatuto ou importância moral pois
pertencemos a uma espécie distinguida das outras pela racionalidade, isto dá-nos um
estatuto moral superior.
Jeremy Bentham considera esta resposta insatisfatória pelo facto de alguns seres
humanos como recém-nascidos ou deficientes mentais não serem racionais. Apresenta
assim um novo critério:
Senciência- capacidade dos seres de sentir sensações e sentimentos de forma consciente.
Em outras palavras: é a capacidade de ter perceções conscientes do que lhe acontece e
do que o rodeia.
Peter Singer compara o especismo ao racismo, o simples facto de sermos humanos não
nos concede um estatuto moral superior. “A dor e o sofrimento são maus e devem ser
evitados ou minimizados, independentemente da raça, sexo ou espécie do ser que sofre.
[…]”
Peter Singer, Ética Prática, 1993
Perspetiva Utilitarista
Peter Singer defende que os interesses dos animais e dos seres humanos velem o
mesmo e ao avaliar as consequências das nossas ações temos de pensar imparcialmente
no bem-estar de todos os seres.
A única maneira de obter tal imparcialidade é apenas usar os animais não humanos para
a produção de benefícios suficientemente significativos.
Esta teoria diz que matar um rato seja tão grave como matar um ser humano. No
entanto, podemos sustentar que a morte de um ser humano é mais grave pois ele tem
capacidades mentais superiores e um nível de consciência mais elevado.
Perspetiva dos Direitos
Através de uma visão deontológica é defendida que os seres humanos têm direitos que
não podem ser violados em nome da felicidade geral, acrescentando que os animais não
humanos também têm direitos, e por isso, a sua vida também não pode ser colocada em
causa. Só a abolição do uso dos animais na investigação científica, alimentação e
vestuário, é aceitável.
Esta teoria faz com que não nós possamos servir dos animais não humanos, direta ou
indiretamente. Teríamos de adotar uma alimentação vegetariana, apenas usaríamos
roupas fabricadas sinteticamente, e não poderíamos usar os animais não humanos como
meio de desenvolver a ciência.
Não Sim
Em Conclusão
A realização deste trabalho não foi difícil pois para além de possuir excelentes meios
de informação (Internet e manual da disciplina) tivemos uma grande força de vontade e
empenho para o realizar. É um tema que nos interessa pois para nós o sofrimento que
proporcionamos aos animais é desnecessário devido a existirem alternativas para as
peles, alimentação e divertimento e pelo facto de estes sentirem tal como nós.
Espero que a leitura do mesmo tenha servido para fazer pensar o leitor e concluir se
vale mesmo a pena continuar com todo este sofrimento e para constatar que os animais
têm tanto direito como nós à vida. Não os vamos descriminar por serem de uma espécie
inferior, sejamos humanos uma vez na vida.