CANDIDIASE
CANDIDA EM SECREÇÃO VAGINAL
CANDIDÍASE
CANDIDA EM SECREÇÃO VAGINAL
Augusto Cury.
AGRADECIMENTOS
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo descrever o perfil e diagnostico e apresentar o
projeto no incentivo ao desenvolvimento à prevenção da Candidíase e Cândida em
Secreção Vaginal.
A candidíase é a segunda causa mais frequente de Vulvovaginitis na Menachem,
sendo ainda mais prevalente durante a gravidez. Candidíase vulvovaginal recorrente
é considerada o aparecimento de ao menos quatro episódios específicos no período
de um ano ou ao menos três episódios não relacionados à antibioticoterapia no
período de um ano. Estima-se que cerca de 50% das mulheres com mais de 25
anos apresentem um quadro de candidíase em algum momento de suas vidas.
Destas, cerca de 5% apresentarão episódios recorrentes de candidíase
vulvovaginal. A fim de se verificar as estratégias terapêuticas mais apresentadas na
literatura, procedeu-se com uma revisão de artigos científicos indexados no sistema
Pubmed/Medline, publicados nos últimos 10 anos, que abordam a temática do
tratamento da candidíase vaginal recorrente. As diversas opções de tratamento,
realçando a alimentação aqui expostas devem contemplar a realidade
socioeconômica da população e adaptar-se aos aspectos individuais de cada
mulher, para que melhores resultados sejam obtidos.
Utilizamos como fonte de informação, pesquisa em livros, artigos de Revistas online,
artigos médicos, Com o resultado das pesquisas propomos um projeto de melhoria
para promover a maior divulgação à saúde publica e privada ao Estado de São
Paulo, objetivando que esse tema se firme como estratégia organizacional.
ABSTRACT
The present study aims to describe the profile and diagnosis and present its work in
encouraging the development of Candidiasis and Candida in Vaginal secretion.
Candidiasis is an important cause of vulvovaginitis during menacme and, specifically,
during pregnancy. Recurrent vulvovaginal candidiasis stands for the appearance of at
least four specific episodes within one year or three episodes not related to
antibiotics within one year. It is estimated that 50% of women with age superior than
25 years will present an episode of vulvovaginal candidiasis in some point of their
lives, 5% of them are due to have recurrent episodes. With the purpose of verifying
widely spread therapeutic strategies towards recurrent vulvovaginal candidiasis, this
review presents a synthesis of Pubmed articles published in the last ten years
regarding the matter in question. The therapeutical strategies here exposed, must put
up with ecocomical and social scenario of the population treated and also be adapted
to individual aspects of each woman, so that best results can be achieved.
We used as a souce of information, bibliographic research and field research. With
the results of the researches, we propose to improve the public and private health,
offering a better health system to the State of São Paulo, aiming that this theme will
be established as an organizational strategy.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Distribuição do número (n) e percentual (%) das pacientes de acordo com
o resultado das culturas vaginais e os fatores de risco identificados no primeiro
atendimento.
Tabela 2 - Distribuição do número (n) e percentual (%) das pacientes de acordo com
o resultado das culturas vaginais e a sintomatologia encontrada no primeiro
atendimento.
Tabela 3 - Distribuição dos resultados de 294 culturas para Candida spp na vagina e
ânus.
Tabela 4 - Distribuição dos resultados de 294 culturas para Candida spp na vagina e
ânus, comparando os resultados positivos para Candida Albicans com outros
resultados encontrados.
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................... 15
ABSTRACT ............................................................................................................... 16
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. 17
LISTA DE TABELAS ................................................................................................. 18
LISTA DE TABELAS ................................................................................................. 19
LISTA DE TABELAS ................................................................................................. 20
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS ...................................................................... 21
SUMÁRIO ................................................................................................................. 22
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 23
O VÍRUS.................................................................................................................... 25
HIV - AIDS ................................................................................................................. 28
SINTOMAS .............................................................................................................. 51
DIAGNOSTICOS ....................................................................................................... 52
TRATAMENTO .......................................................................................................... 53
DROGAS DO BEM ................................................................................................... 55
DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A
AIDS...............................................................60
VACINA ..................................................................................................................... 61
PREVENÇÃO ............................................................................................................ 63
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 66
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 69
OBJETIVOS
Introdução a Candidíase
Candidíase, segundo Sonia Hirsch uma verdadeira praga. Não só porque 80% das
mulheres têm, mas porque os homens também têm e não só nos genitais, mas em qualquer
parte do corpo. A queda de cabelo, má digestão, disfunções da tiroide, dores menstruais,
TPM, gases, intestino solto ou preso, dor de cabeça, enxaqueca, zonzeira e dores nas juntas,
entre muitos outros, podem ser sintomas de infecção crônica por Cândida. Médicos e
cientistas têm publicado livros e artigos em que a chamam de epidemia oculta.
“Vamos deixar claro, que a candidíase vulvovaginal não é uma doença sexualmente
transmissível.” Mas possui como sintomas principais: corrimento espesso, tipo nata
de leite, vermelhidão, inchaço, coceira ou irritação intensa, inclusive, podendo
causar infecções urinárias, com dores fortes e fazer aparecer manchas brancas.
É creditado que a Candidíase é um fungo defeituoso, chamado de Cândida
Albicans, que vive normalmente na vagina, sem causar agravos. Porém, quando a
resistência imunológica genital encontra-se diminuída, a Candidíase se manifesta,
apresentando todos ou alguns dos sintomas relatados anteriormente, sendo
necessário ser devidamente tratada. A Candidíase não é uma patologia de
transmissão exclusivamente sexual, podendo ser contraída através de roupas
íntimas, toalhas, lençóis ou outros objetos que contenham o fungo em sua
superfície.
Algumas doenças ou situações podem favorecer o aparecimento da Candidíase,
sendo as principais: O uso de antibióticos, pois para eles é um prato cheio e
reduzem a resistência imunológica nesse tipo de caso; Durante a gravidez, sendo
inclusive comum esse acontecimento em tal período; Pacientes com Diabetes
Mellitus, pois estes também possuem maior probabilidade de contraí-la, devido a
uma mudança no pH vaginal; Outras infecções genitais oportunas, pois as doenças
atacam diretamente a flora vaginal, expondo-a a diversas outras; Deficiência
imunológica, ou seja, baixo grau de proteção quanto a várias formas de
contaminação e contração de agravos, pela debilidade do organismo em se
defender de agentes estranhos ao mesmo; Uso de medicamentos, como
anticoncepcionais e corticoides, que também contribuem para a baixa imunidade
corpórea. O diagnóstico da Candidíase pode ser realizado através do Exame
Preventivo, também chamado de Citologia Oncótica ou Papanicolau, feito em
consultório médico ou de enfermagem. Consiste em um exame simples, rápido e
indolor, onde por meio de uma coleta das secreções endocervical e da ectocérvice,
permite-se fazer uma análise minuciosa em laboratório específico e produzir-se o
resultado.
“Trata daqui e dali, toma isto e aquilo, passa e bota e aplica esta e aquela e a outra, e a
cândida pulam que nem pipoca: aqui, ali, acolá. Incógnita. Ninguém sabe ninguém viu, tudo
parece outra coisa. A enxaqueca deve ser do fígado, o corrimento é culpa dos hormônios, a
cólica e os gases vêm de alguma coisa que você comeu, a alergia é de família. Assim vai se
instalando um inferninho particular que deixa a vítima indisposta para a vida e com fama de
hipocondríaca. Fora o fato de que uma candidíase pode botar o tesão a nocaute e mil grilos
na cuca da pessoa amada.”- Sonia Hirsch.
E na suspeita de que o parceiro também tenha a doença, este deverá ser tratado.
Principais cuidados a serem realizados para evitar esse tipo de patologia: Usar
sabonete neutro, em banhos diários, preferencialmente mais de um banho por dia no
verão. Usar roupa íntima de algodão, evitando produtos sintéticos, inclusive meia
calça, para que a pele possa respirar e a umidade ser diminuída. No contato sexual,
usar preservativo. É aconselhável fazer a higiene genital com muito cuidado,
evitando o uso de sabonetes íntimos, usar sempre a camisinha. Nunca esquecer:
conhecer bem o próprio corpo, e promover uma boa higiene, prevenção e cuidados
com o mesmo, podem fazer toda a diferença!
Figura: 2
Fungo Candida
Albicans
Visto no
microscópio-
Foto David
Arqueas-
Wikimédia
Commons
A candidíase é contagiosa?
1 CANDIDÍASE
Sua intensa multiplicação no canal vaginal é favorecida por uma série de fatores.
Também tem sido postulado que existem diferenças na patogenicidade de isolados
de Cândida sp.
Para que haja o desenvolvimento, é necessário um estímulo estrogênico alto, razão
pela qual a sua ocorrência é mais comum durante a vida menstrual de uma mulher
que ainda esteja em suas plenas atividades reprodutivas, sob terapia de reposição
hormonal, sendo o processo de adesão do fungo primordial para que ela se
estabeleça.
O gênero Candida compõe o principal grupo de fungos que causam infecções no ser
humano e compreende aproximadamente 200 variações, sendo que cerca de 10%
são associadas às infecções. Em indivíduos saudáveis, ela se prolifera,
principalmente as superfícies mucosas do trato gastrointestinal e urogenital, sem
demonstrar nenhum sintoma da doença. Entretanto, quando há uma ruptura no
balanço normal da microbiota ou o sistema imune do hospedeiro encontra-se
comprometido, os fungos tendem a se manifestar de forma agressiva, tornando-se
patogênicas.
A identificação dos fungos é obtida através da análise de suas características micro
morfológica e a caracterização morfológica da maioria dos isolados deste gênero,
consiste na observação de blastoconídios, pseudo-hifas (às vezes hifas verdadeiras)
e eventualmente clamidoconídios (C. Albicans e C. dubliniensis). De forma mais
sucinta, existem vários tipos de Candida e a identificação entre elas no meio
científico é feito por meios de culturas, podendo também conter culturas mistas, com
a junção de duas ou mais espécies.
A candidíase, chamada no meio científico de C. Albicans, facilmente é diferenciada
das demais por sua capacidade de projeção alongada em temperaturas de 35ºC a
37ºC na rede sanguínea humana.
Mudanças morfológicas estão agregadas à patogenicidade do microrganismo, e
acredita-se que fatores ambientais possam alterar o estado fisiológico do fungo,
induzindo alterações morfogenéticas que resultam na formação de micélio, o qual
está associado com a evolução dos estados patológicos.
Entre as mulheres que apresentam candidíase vulvovaginal, cerca de 5%
desenvolve de forma recorrente, definida quatro episódios de vaginite por cândida
no intervalo de um ano e essas infecções podem ser superficiais ou invasivas. As
infecções superficiais geralmente afetam a pele ou as mucosas, e podem ser
tratadas com antifúngicos tópicos, no entanto, as infecções através de fungos que
são mais invasivas, geralmente são fatais, provavelmente, devido a métodos de
diagnósticos não eficientes e terapias precoces e inapropriadas.
2 CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
2.1 Histórico
Figura: 3
tuasaude.c
om/candidi
ase vaginal
Drª. Sheila
Sedicias
Ginecologis
ta
deste aumento pode ser relacionada ao amplo uso de antifúngicos sem prescrição,
ao uso de cursos breves de terapia com azóis ou uso de terapia supressiva de longo
prazo com os antifúngicos de azóis. A Candida Glabrata é mais resistente ao
tratamento, sendo.
A candidíase é causada por fungo da espécie Candida Albicans, que por sua vez
possui umas extensas variedades. Seu diagnóstico pode ser confirmado por
situações em que ocorre no dia a dia ou por exames. Como colonizadoras essas
espécies não causam infecções, a não ser que ocorra algum desequilíbrio nos
mecanismos de defesa. É importante lembrar que a associação a da infecção com
as reações do organismo induzidas por alta concentração de Progesterona,
Estradiol, Corticoides, Ciclosporina, dando alteração ao pH e o aumento da
concentração de glicogênio no conteúdo vaginal, assim deixando propicio ao
desenvolvimento da Candida. Existem diversos fatores considerados predisponentes
ou agravantes. A candidíase é um fungo de gênero classificada como infecção. É um
fungo oportunista que vive como comensal na mucosa dos sistemas digestivo e
vaginal, micro biologicamente ele se apresenta de duas formas, vegetativa ou de
crescimento e outra de produção, ou seja, hifa e esporos. Cândida Albicans, fungo
presente naturalmente no organismo podendo ser assintomática, pode ser
encontrada em varias partes do corpo, sendo mais frequente na mucosa vaginal,
cavidade oral, trato urinário e gastrointestinal. Em casos de instalação desse fungo
na flora vaginal, os sintomas podem ser desconfortáveis devido ao ardor e coceira.
A grande maioria dos agentes causais dos casos de CVV são fungos da
espécie Candida Albicans. A distribuição das leveduras do gênero Candida é muito
ampla no meio ambiente uma vez que as mesmas fazem parte da microbiota normal
ou participam de algumas patologias. A Candida Albicans só ocorre no solo e na
água quando estes são contaminados por dejetos humanos e/ou de animais. Assim,
a candidíase pode ter sua origem de fonte endógena ou exógena, quando
transmitidas por outros indivíduos em contato com o paciente (TRABULSI, 2002).
Em meninas pré-adolescentes na vagina atrófica não-estrogenizada, com pH de 6,5
a 7, 5, a ausência de adiposos vulvares e de pelos pubianos, a curta distância entre
a vagina e o ânus, a pequena abertura do hímen obstruindo a saída de secreções
vaginais e a diminuição dos mecanismos imunes locais são fatores predisponentes
para o aparecimento de vulvovaginite. (WANDERLEY et al.; 2000 p.147-152).
As vulvovaginite recorrentes costumam ser mais freqüentes nas mulheres
portadoras de situações de imunodepressão tais como o HIV, principalmente quando
apresentam as baixas eficiências imunológicas específicas (CD4). E conforme a
gravidez progride, as intensidades das infecções aumentam os níveis hormonais das
mulheres grávidas aumentam o nível de açúcar presente na vagina permitem que as
leveduras cresçam excessivamente (OLIVEIRA, 2005, ROSA; RUMEL, 2004, p.65-
70).
Os antibióticos intravenosos têm sido associados a infecções por Candida. Portanto
as bactérias normalmente habitam a flora intestinal inibem o crescimento da
população de fungos. Alterando-se a flora bacteriana intestinal com o uso de
antibióticos sistêmicos, os fungos têm a possibilidade de crescer e invadir tecidos
profundos, vasos sangüíneos e linfáticos, resultando em uma doença disseminada,
principalmente nos indivíduos imunocomprometidos (SERRACARBASSA; DOTTO,
2003, p.701-707).
A AIDS é fator de risco para o desenvolvimento de candidíase. Este fato pode ser
explicado por ser a infecção sistêmica por Candida comum em indivíduos com
neutropenia, enquanto a candidíase muco cutâneo ocorre nas alterações da
imunidade mediada por células (SERRACARBASSA; DOTTO, 2003, p.701-707).
“As calcinhas de lycra e/ou uso de absorventes continuamente predispõe ao quadro, além
da própria umidade na realização de exercícios contínuos.” Sonia Hirsch.
Regiões de clima quente propiciam a infecção, pois fatores locais, tais como,
aumento da temperatura, umidade e traumas da mucosa local provocada pelo uso
de roupas e peças íntimas excessivamente justas e apertadas, principalmente as de
fibras sintéticas, podem levar o surgimento da infecção pelo fungo (MALANGA,
2005).
Por isso, o uso de roupas apertadas ou de material sintético, que não permitam a
evaporação do suor ou outras secreções, pode provocar maceração e inflamação da
vulva. A permanência com roupas de banho úmidas pode ser um fator aliado. O
algodão é o tecido ideal para se evitar tudo isso. Também hábitos incorretos de
higiene íntima, como a limpeza anal inversa, ou de trás para frente, freqüente em
crianças, provoca a contaminação da região vulvovaginal pelos fungos e bactérias
residentes nos intestinos. O uso sistemático de água e sabonete na higiene após
evacuação corrige esse fator local (KOSMISKAS, 1998).
Lavar roupas íntimas sob o chuveiro durante o banho é um péssimo hábito. O
sabonete foi concebido para não agredir a pele e não tem formulação química para
eliminar microorganismos existentes na roupa íntima. Secar essas peças de roupas
na torneira do banheiro piora a situação, pois a umidade e calor fazem dos
banheiros lugares contaminados por fungos. As roupas devem ser lavadas nos
tanques ou máquinas, com sabões apropriados e dependuradas em varais
ventilados. A depilação sem cuidados higiênicos, fazendo uso de aparelhos já
utilizados ou não desinfetados, pode ser também um mau hábito corrigível que
conduz à contaminação (KOSMISKAS, 1998).
Figura: 3
Foto
Jornalística:
Ancilaria
Candida
Sépia
Times/Univ
ersal
Imagens
Group.
2.4 Sintomatologia
Os sintomas mais comumente presentes na CVV são a coceira vaginal e vulvar com
corrimento vaginal, mostrando-se a situação de desequilíbrio, que ocorre na proliferação
anormal, podendo ocorrer coceira associada, antes da menstruação. O corrimento vaginal é
espesso, semelhante à nata do leite, frequentemente citado como requeijão, sem odor
ofensivo. Outros sintomas característicos são: coceira, ardor, dor na relação sexual,
inflamação dos pequenos e grandes lábios, eritema vulvar ou vaginal e disúria - uma
sensação de queimação com urina. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
É uma condição difícil de diagnosticar, porque tende a afetar cada uma de maneira
diferente. Os sintomas da candidíase podem ocorrer em diferentes partes do corpo,
de formas diferentes para cada pessoa.
Os sintomas da candidíase são vários, que podem aparecer em maior ou menor
grau, alguns podem aparecer com mais frequência e outros podem nem sequer
aparecer.
São eles:
Fadiga crônica e alterações de humor
O fungo da Cândida Albicans pode afetar seus níveis de energia de várias maneiras
diferentes.
A doença caracteriza-se pela fadiga e dura pelo menos seis meses e é
frequentemente
Indivíduos com Candidíase podem experimentar mudanças dramáticas, ansiedade,
irritabilidade, depressão e até mesmo ataques de pânico.
Distúrbios Neurológicos
Conforme cientistas da Universidade de Medicina de Baylor (EUA) a Cândida,
quando em excesso, pode levar a nevoa do cérebro, confusão, comprometer a
memória e reduzir a concentração. Uma substância química chamada acetaldeído,
um dos metabolitos tóxicos produzidos por Cândida Albicans é o principal
responsável.
Alterações intestinais
Quando a flora intestinal saudável é dominada pelas colônias de Cândida Albicans,
seu intestino grosso pode começar a funcionar mal. Isso pode levar a diarreia,
constipação, gases, inchaço, cólicas, náuseas e outros sintomas relacionados.
Oral
A candidíase oral normalmente provoca o aparecimento de sinais e sintomas como:
Camada esbranquiçada na boca, placas, aparecimento de aftas em língua e ou na
boca, sensação de algodão na boca e dor ou ardência nas regiões afetadas.
Genital feminino
Na candidíase feminina essa talvez seja o sintoma mais claro e evidente de que está
com candidíase. Quando uma infecção vaginal causada por fungo se manifesta e
aparece, não há dúvidas de que algo está errado. Os sintomas de candidíase
vaginal são bem característicos, podendo ser percebido pela mulher coceira e
sensação de ardência na região íntima e presença de corrimento de cor branca.
Os sintomas de Candidíase a maior parte não são visíveis, vejam:
urgência ou incontinência urinária, bem como os sintomas da cistite, que incluem dor
ao urinar e queimação na bexiga. Candidíase dá em homens e mulheres. Mas nós
garotas somos a esmagadora maioria das vítimas de sintomas genitais pela
facilidade com que ela chega à vagina. Como se sabe, arde e coça, incomoda e dói.
E expulsa o prazer. Nos homens a cândida infecta a glande – coceira, pontos
esbranquiçados, aspecto avermelhado, corrimento branco com ou sem cheiro, dor
ao urinar e sensibilidade após o ato sexual; pode invadir a próstata; geralmente a
parceira tem candidíase vaginal com muito corrimento.
Pele: Ela gosta das dobrinhas úmidas em axilas, virilhas, nádegas, sob os seios;
deixa a pele assada e empipocada. Bebezinhos sofrem com assaduras e sapinho
devido à candidíase da mãe. Também dá paniculite no tecido adiposo subcutâneo.
Sistema endócrino: Mexe com a menstruação das formas mais diversas; costuma
estar por trás de distúrbios da tiroide (hiper e hipo), do pâncreas, das adrenais; influi
na menopausa e na fertilidade.
Sangue: Aumenta cerca de cem mil vezes a carga tóxica das infecções por
estafilococos, podendo levar à síndrome de choque tóxico.
porque todas as nossas células dependem de B6. E quem tirou a B6 que estava ali?
A toxina da cândida. Ou seja, candidíase provoca TPM.
Bebeu querida?
Um dos efeitos mais deprimentes da cândida é que de repente você sente embriaguez sem ter
bebido uma gota de álcool. Como assim? Simples: afinal, ela é um fermento com a mesma
capacidade dos que produzem vinho, uísque, cachaça. Você come frutas, ela fermenta a
frutose e abastece o alambique; você come doce, ela fermenta a sacarose; você come cereal,
lá vai ela fabricar cerveja. No mínimo isso dá sonolência e dificuldade de concentração
depois de comer, mesmo que você esteja na mais romântica das alcovas com o ser amado.
Tem gente que começa a esquecer das coisas, falar enrolado, andar sem firmeza, parecendo
exatamente que bebeu demais, e qualquer esforço no sentido de manter a consciência dá um
cansaço enorme. O jeito é dormir, porque a intoxicação alcoólica já pôs o fígado a nocaute.
O fígado tem uma camadinha de células macrófagos, chamado células de Kupffer. São elas
que assimilam e neutralizam as toxinas que vêm do intestino junto com os nutrientes. O
álcool, seja ele do copo ou da fermentação interna, entorpece as pequeninas Kupffer de tal
modo que o sangue intestinal passa à corrente sanguínea sem ser filtrado. Isso é que produz
o mal- estar característico das bebedeiras e ressacas. Sonia Hirsch- Candidíase A praga.
Resultados
A Tabela 3 mostra que nas 294 culturas vaginais e anais realizadas, houve
positividade concomitante para Candida spp nos dois sítios de coleta em 65 culturas.
Os resultados foram negativos nos dois sítios em 120 culturas. Tais dados foram
altamente significativos, apresentando valor de p<0,05, e indicaram que a chance de
uma paciente com cultura anal positiva para Candida spp de apresentar cultura
vaginal positiva para este fungo foi 2,8 vezes maior, quando comparado aos
resultados com cultura anal negativa.
A Tabela 4 mostra que a chance de uma paciente com cultura positiva para C.
albicans no ânus de desenvolver cultura positiva na vagina foi 4,9 vezes maior do
que quando esta espécie esteve ausente na cultura, ou seja, quando os resultados
Discussão
A queixa de prurido tem sido referida como a mais importante nas portadoras de
CVV, o que permite uma diferenciação com as vaginites de outras etiologias, nas
quais a mesma é menos freqüente 12. No presente estudo, prurido foi também a
queixa mais frequente entre as pacientes com cultura positiva para Candida spp,
seguida por leucorréia e eritema.
Outras queixas referidas pelas pacientes, como dispareunia, edema e disúria, não
obstante tenham apresentado um percentual acima de 50%, não tiveram
significância estatística.
No que tange aos fatores de risco, não parece haver muitas divergências na
literatura mundial, quanto a situações como gestação, anticoncepção hormonal, uso
recente de antibióticos e imunossupressores, alergias, diabetes mellitus, bem como
uso de roupas justas e/ou sintéticas, como desencadeantes de episódios de CVV 15-
18
. No presente estudo, encontramos e relacionamos os fatores de risco
mencionados pelos autores, como gestação, alergias, roupas justas e/ou sintéticas,
anticoncepção hormonal, além de outros fatores como diabetes mellitus, dispositivo
intra-uterino e uso de antibióticos. Em desacordo com os dados da literatura, apenas
houve associação de CVV com o uso de roupas justas e/ ou sintéticas (OR=2,99) e
a presença de doenças alérgicas, como rinite e asma brônquica (OR=3,0), ambos
com p<0,05. Acreditamos que a não observação dos outros fatores de risco se deva,
provavelmente, à pequena casuística, uma vez que praticamente há unanimidade
entre os autores, que os associam à CVV15-18.
A partir dos resultados constatamos que, das 105 culturas anais positivas
para Candida spp, houve concomitância de positividade no sítio vaginal em 65
(62%). Este resultado indica que a chance de uma paciente colonizada no ânus de
apresentar colonização vaginal é de 2,8 vezes.
Diante do exposto, o presente estudo permite concluir que entre as pacientes com
cultura positiva para Candida spp, a espécie mais comum foi C. Albicans, sendo
observada uma associação relevante da positividade para Candida spp com o uso
de roupas justas e/ou sintéticas, a presença de doenças alérgicas, a ocorrência de
prurido, leucorréia e eritema, os quais apresentaram significância estatística.
Concluímos também que a colonização anal positiva e concomitante com a vaginal
foi significativa, especialmente quando a espécie isolada foi C. Albicans, sugerindo
uma possível contaminação vaginal a partir do ânus.
Assim sendo, achamos pertinente que um estudo prospectivo, com uma amostra mais
representativa, seja realizado em nosso meio, abordando fatores de risco e visando
identificar formas de prevenção da CVV a partir de mudanças de comportamentos e hábitos.
(Trabalho realizado na Maternidade Escola Januário Cicco e no Departamento de
Infectologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN Natal (RN), Brasil).
Figura: 5
Ilustração de
Candida
Computer
illustration of
the unicellular
fungus (yeast)
Candida auris.
C. auris was
first identified
in 2009.
Para o diagnóstico correto, uma história completa deve ser tomada, incluindo a
duração do problema, a cor e cheiro de qualquer corrimento, se há coceira,
provavelmente os fatores contribuintes, e quaisquer infecções anteriores. Também é
importante observar a idade, escolaridade, tipo de absorventes utilizado, tipo de
tecido da calcinha, método anticoncepcional empregado, práticas sexuais (sexo
vaginal, oral e anal), uso prévio de antibióticos, obesidade, consumo de doces e tipo
de ciclos menstruais (ROSA; RUMEL, 2004, p.65-70).
“No exame físico, a paciente com CVV geralmente tem eritema vulvar e um grosso
corrimento branco para amarelo na abóboda vaginal. Uma mulher que se queixa de febre e
dor abdominal deve urgentemente ser encaminhada à um médico (HAINSWORTH, 2002,
p.30-32).”
O exame clínico comumente revelará a inflamação vulvar e fissura e/ou vaginite com
corrimento. As pacientes que se auto- diagnostica de infecção por levedura, arriscam
perder outras etiologias concorrentes, envolvendo dois ou mais organismos que
requerem diferentes tratamentos (HAINSWORTH, 2002, p.30-32).
Existem algumas condições que têm sintomas similares à Candida. Cuidado deve
ser tomado então para assegurar que o prurido não seja devido ao herpes simplex,
alergias, dermatite de contato ou psoríase. É importante assegurar que o corrimento
vaginal não seja devido a tricomoníase, vaginose bacteriana, clamídia ou infecção
gonocócica. Além disso, o profissional médico não espera encontrar bolhas genitais,
dores abdominais, febre, sangramento irregular ou queixas de dor em um paciente
com candidíase vaginal. Ocasionalmente a Candida é diagnosticada seguindo a
citologia cervical. Contudo, não existe consenso da opinião relativa ao tratamento
desta condição descoberta desta forma (HAINSWORTH, 2002, p.30-32).
“O teste de hidróxido de potássio (KOH) e as culturas fúngica têm algumas limitações, mas
São Paulo 2021
14
eles ainda são úteis para identificar as espécies de infecção e guia de tratamento. O exame
microscópico das secreções vaginais em uma preparação de KOH a 10% pode demonstrar
hifas (RINGDAHL, 2000).”
Mais comumente causada pelo fungo Candida Albicans, a candidíase é uma doença
que pode acometer várias partes do corpo humano, mas atinge mais
frequentemente os órgãos genitais gerando grande incômodo como coceira,
ardência ou dor ao urinar, vermelhidão, dor durante as relações sexuais e corrimento
branco e espesso. Ela não é considerada uma IST (infecções sexualmente
transmissíveis), pois o fungo vive naturalmente na flora vaginal e só se torna um
problema quando se prolifera de maneira desenfreada.
“Um swab vaginal pode ser tomado para confirmar o diagnóstico em casos onde os sintomas
não são típicos de Candida. Isto é recomendado se esta for uma infecção recorrente. O
diagnóstico da candidíase é feito através do exame direto do espécime clínico (TRABULSI,
2002).”
Naquele momento, a doença, que antes parecia simples, estava tendo um efeito
devastador na minha vida. Eu estava física e emocionalmente abalada. Além dos
sintomas mais conhecidos e extremamente incômodos na vulva e na vagina, eu
sentia um cansaço excessivo, apatia, fadiga, tinha problemas digestivos e
dificuldade de concentração. Só depois entendi que eles também eram causados
pela proliferação do fungo Cândida Albicans.
Pois é, o que a gente sente na vulva e na vagina é apenas uma parte dos sintomas.
A candidíase começa no intestino. O fungo afetou o sistema digestivo, inibindo a
assimilação adequada de aminoácidos essenciais e atacando os microrganismos
intestinais indispensáveis para a absorção adequada de nutrientes. Com a sua
proliferação, a nossa imunidade cai e o organismo fica todo mais fraco. Por isso eu
sentia tanto mal-estar!
O que acontece é que esse fungo nem sempre se limita ao trato digestivo. Ele
escorrega por áreas enfraquecidas no revestimento intestinal ou pode ser espalhado
do ânus para os órgãos sexuais, principalmente nas mulheres. E aí surge a
candidíase vaginal. E justamente por isso não adianta fazer apenas o tratamento
local. Quando passa o efeito do remédio, a doença continua se reproduzindo no
trato digestivo e migra, de novo e de novo, para os órgãos sexuais. Para curá-la a
gente precisa reequilibrar todo o sistema imunológico e, principalmente, corrigir os
desequilíbrios alimentares e digestivos.
“Comecei uma dieta sem remédios, abrindo espaço para que meu
corpo se curasse”.
Aprendi tudo isso lendo o livro Candidíase, a Praga, de Sonia Hirsch. E entendi que
essa reeducação alimentar precisa começar protegendo o fígado, limpando os
intestinos, vermifugando mesmo, para combater diretamente os fungos, ajudar na
produção de enzimas e repor lactobacilos no tubo digestivo. No começo, tudo isso
parecia muito difícil. Mas eu não queria mais estar doente. No auge da doença, o
livro foi a solução que encontrei para me ajudar, já que os médicos e os remédios
não estavam conseguindo. Eu encarei como uma nova possibilidade e comecei a
uma dieta sem remédios sintéticos, abrindo espaço para que meu corpo se curasse
sozinho. Aprofundei o assunto no livro Healing with Whole Foods, do Paul Pitchford,
comecei a comer e beber apenas coisas saudáveis (e, num primeiro momento, cortei
totalmente açúcares e carboidratos), passei a fazer exercícios físicos e a meditar.
Cheguei a conversar sobre essa proposta de tratamento a alguns médicos, que não
me apoiavam, achavam que dieta de cura não ia funcionar. Mesmo assim, resolvi
tentar colocar em prática. Não foi fácil. Mais do que seguir a dieta, o que por si só já
foi muito difícil, eu precisava internalizar aquela mudança de paradigma: relaxar a
minha mente e acreditar no poder de cura do meu corpo. Com o tempo, os sinais de
melhora começaram a aparecer. Comecei a ficar mais disposta, com mais energia.
Cinco semanas depois de ter começado a dieta, sem ter usado medicamento algum
nesse período, repeti o exame, que há quase um ano dava positivo para o
fungo Cândida Albicans, e o resultado foi negativo. Isso foi em 2016 e desde então a
candidíase não voltou.
É por isso que compartilho no blog algumas das receitas que me ajudaram a me
curar: bolo sem farinha, homus de beterraba, iogurte natural, barrinha de cereal
caseira e muito mais.
Ter vivenciado esse processo de autocura como protagonista me fez sentir livre e
forte. Não quero mais delegar o cuidado com a minha saúde, meu bem mais
precioso, a ninguém, ele cabe a mim. Nesse processo de autocuidado, além da
força e da liberdade, experimentei também o amor-próprio, como nunca antes havia
experimentado. Não há nada mais amoroso do que se cuidar!
No fim, o que era dieta virou naturalmente estilo de vida. Os exercícios físicos foram
promovidos de obrigação chata a momentos de bem estar. A meditação nunca tinha
feito tanto sentido. Passei a cuidar com mais carinho da minha alimentação e me
apaixonei pela cozinha. Ler sobre saúde e transformar alimentos simples em pratos
deliciosamente saudáveis passaram a ser minha diversão. Hoje, vejo a doença
como oportunidade.
para CVV, assim sendo mais eficaz que a nistatina. O uso oral de 150 mg de
fluconazol dose única tem eficácia idêntica ao azóis tópicos no tratamento de CVV
não complicada. Tanto antifúngicos tópicos quanto orais tem uma taxa de cura acima
de 90%. O tratamento tópico possui menos efeitos colaterais (irritação ou queimação
local). Porém, a conveniência do tratamento oral faz com que haja uma preferência
das pacientes por esse método de administração.
Tabela 6: farmácias brasileiras dispõem de uma infinidade de cremes, pomadas vaginais antifúngicas.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por isso complete o sacrifício. Às vezes é assim mesmo, paciência. Porém, quanto melhor o
seu desempenho pessoal, mais rápida a faxina. A vítima resolve virar o jogo e se compenetra.
No início tem que ter muita força de vontade. Depois o controle vem naturalmente e a
liberdade de comer de tudo fica muito maior. Se puderem assumir as compras e o preparo da
sua comida, melhor. Escolhas conscientes e o fazer delicado da cozinha podem adicionar um
grande contentamento.
Ela gosta mais de nós, mulheres, porque mal sai do intestino e já encontra outro buraquinho
quente e úmido por onde pode entrar: a vagina, com outro buraquinho junto: a uretra. O
intestino, como parte do enorme tubo digestivo que vai da boca/nariz ao ânus e tem contato
direto com o que vem de fora, é considerado um meio externo. Já vagina e uretra são meio
internas, dão acesso ao que é realmente interior do corpo. Sonia Hirsch
Absorventes comuns também, já que liberam substâncias tóxicas e são cheios de aditivos
químicos. Hoje existe bastante oferta de absorventes de pano – até com abas – e de copinhos
coletores de sangue menstrual, que tornam menos poluído o ambiente das partes mimosas (e
o meio ambiente agradece).
Tampões? Nunca para quem tem qualquer tipo de vaginite. “Protetor de calcinha” é o
eufemismo que a indústria utiliza para tirar proveito das mulheres com corrimento vaginal,
como se fosse algo perfeita e glamourosamente normal. Pode ser comum, normal não é.
Ficar o dia inteiro com aquela coisa sintética junto às partes mimosas da natureza só pode
agravar a questão. Sonia Hirsch
É aconselhável fazer a higiene genital com muito cuidado, evitando o uso de duchas
vaginais, Usar sempre a camisinha!
Nunca esqueça que conhecer bem o próprio corpo, e promover uma boa higiene,
prevenção e cuidados com o mesmo, podem fazer toda a diferença.
Artigos Originais • Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 29 (1) • Jan 2007 - Revista
Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
Pdf : https://www.mastereditora.com.br/periodico/20181204_202650.pdf
Fonte de pesquisa: Google academia
https://womenshealthbrasil.com.br/candidiase-pode-causar-sintomas
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas
https://www.tuasaude.com/candidiase/
Especialização em Análises Clínicas do Centro Universitário de Maringá
(CESUMAR)
Site https://search.sceielo.org/
https://pubmed.gov/