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Viga principal em
concreto armado
Gabriela Martins Souza Brisola
© 2019 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
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2019
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Sumário
Unidade 2
Viga principal em concreto armado����������������������������������������������������������� 5
Seção 1
Análise estrutural do momento fletor na viga principal��������������� 7
Seção 2
Análise estrutural da força cortante na viga principal�����������������23
Seção 3
Dimensionamento da viga principal����������������������������������������������39
Unidade 2
Convite ao estudo
Caro aluno, seja bem-vindo a esta unidade da disciplina de Pontes e
Grandes Estruturas. Nesta etapa, muitos conceitos que você já viu em outras
disciplinas na área de Estruturas serão aplicados para desenvolver o projeto
de uma ponte em concreto armado. Ao longo deste livro, você perceberá que
o conceito do dimensionamento das estruturas é feito de forma similar para
diferentes tipos de materiais.
Nesta unidade, você aprenderá a aplicar os conhecimentos de linha de
influência de momento fletor e força cortante em uma viga principal de uma
ponte, chegando a valores máximos e mínimos de momento e cortante e a
valores finais de área de aço da viga de concreto armado. Após estudar todos
os conteúdos apresentados, você saberá determinar a armadura de flexão e
cisalhamento de uma viga principal de concreto armado de uma ponte.
As estruturas devem estar dimensionadas de forma a garantir a estabili-
dade do elemento estrutural, conforme previsto pelas normas técnicas brasi-
leiras. No caso de pontes e viadutos, a existência de cargas móveis atuantes
sobre a estrutura exigirá uma atenção maior para determinar os esforços
máximos e mínimos para as seções importantes de uma peça, como por
exemplo uma viga longitudinal principal. Com isso, você deverá estar capaci-
tado a conhecer as técnicas de cálculos necessárias e, ao aplicar os conhe-
cimentos de linha de influência de momentos fletores e forças cortantes
em uma viga principal de uma ponte, você determinará valores máximos e
mínimos dos esforços.
Essa etapa é fundamental para que você saiba determinar as armaduras
necessárias, armaduras longitudinais de flexão e armaduras transversais de
cisalhamento, para a construção da ponte do projeto no qual você está envol-
vido. Sendo assim, neste livro, buscaremos desenvolver as noções básicas de
dimensionamento em concreto armado. Lembre-se de que o dimensiona-
mento deve assegurar que os valores de cargas permanentes e móveis, previa-
mente analisados, serão suportados pela estrutura. Para isso, os esforços de
momentos fletores serão importantes e devem ser determinados para os
cálculos, bem como os esforços de forças cortantes. Visando determinar
esses valores de esforços máximos e mínimos, vamos nos debruçar sobre
uma técnica que pode ser utilizada no caso de cargas móveis, como é o caso
da linha de influência.
Nesta disciplina, além da capacidade de dimensionar estruturas de
concreto, o incentivo é também para a aplicação da técnica de linha de influ-
ência – que pode ser aplicada a todos os tipos de carregamentos, estáticos
ou móveis – a fim de determinar o diagrama de esforços em todos os tipos
de estruturas. Aproveite a oportunidade de aprender um pouco mais, seja
proativo e procure informações adicionais, além dos tópicos citados aqui. A
aplicação desse conceito pode ser utilizada em muitos casos na engenharia
de estruturas e, o seu conhecimento poderá ser um diferencial que o tornará
capacitado para o mercado de trabalho.
Bons estudos!
Seção 1
Diálogo aberto
Nesta primeira seção da Unidade 2, veremos sobre a linha de influência
de momentos fletores para a viga principal longitudinal do projeto de pontes
em concreto armado. Utilizando essa técnica de cálculo, determinaremos
o momento fletor máximo e mínimo atuante na viga principal, de acordo
com o trem-tipo longitudinal máximo determinado anteriormente e devidos
coeficientes de impacto aplicados aos carregamentos móveis.
Também abordaremos o conceito de envoltória do esforço de momento
fletor. Com esses valores em mãos, será possível dimensionar a estrutura em
concreto armado, que será estudada na Unidade 3.
Vamos relembrar sua situação profissional. Você ingressou como trainee
de engenharia civil em uma grande empresa de projetos estruturais. Devido ao
seu bom desempenho na empresa, o seu superior convidou-o para participar
do projeto de uma ponte que será construída na cidade de São Paulo. Em uma
primeira etapa, foi definido o sistema estrutural da ponte, que será construída
em duas vigas de concreto. Na sequência, você e sua equipe determinaram
os carregamentos atuantes devido às cargas permanentes (Figura 1.20, Seção
1.2) e cargas móveis (Figura 1.31, Seção 1.3), para a viga principal longarina.
Agora, você deve colocar em prática os seus conhecimentos para determinar os
máximos esforços atuantes, de momento fletor, para dimensionamento dessa
viga. Você já sabe como determinar os valores de momentos fletores devido a
uma carga permanente estática. Mas, como determinar os valores de momentos
fletores devido a uma carga móvel, que percorre o tabuleiro da ponte?
Figura 1.20 | Esquema estático de cargas permanentes
7
Figura 1.31 | Trem-tipo longitudinal máximo
Para concluir mais essa etapa do projeto, você estudará sobre a linha de
influência de momento fletor, sobre a influência dos coeficientes de impacto
no momento fletor e sobre o conceito de envoltória de momento fletor na
viga principal.
8
Linha de influência de momento fletor na viga principal
O conceito de Linha de Influência (LI) já foi visto em uma seção anterior
desta disciplina, porém, foi utilizado para determinar esforços de reações de
apoio de um conjunto de cargas estáticas. Nesta etapa, compreenderemos o
uso de LI de momento fletor em uma seção de uma carga vertical unitária
que passeia sobre a estrutura e, com isso, geraremos uma representação
gráfica do momento fletor. Para melhor compreensão, vemos na Figura 2.1 o
diagrama de LI para uma viga contínua de 3 vãos. Na mesma figura, também
vemos a carga unitária P = 1 , em uma posição x. A ordenada M s (x ) da LI
representa o valor de momento fletor na seção S quando a carga unitária
P = 1 está posicionada em x . Logo, vemos que a LI é uma representação
gráfica dos esforços de momento fletor que ocorrem apenas em uma seção S
quando a carga percorre a estrutura.
Figura 2.1 | Linha de Influência de momento fletor em uma seção de uma viga contínua
9
de momentos fletores e a carga P está sobre a maior ordenada negativa do
diagrama. Esse conceito é exemplificado nas Figuras 2.2 e 2.3 a seguir:
Figura 2.2 | Posicionamento da carga móvel para provocar máximo momento fletor em uma seção
Figura 2.3 | Posicionamento da carga móvel para provocar mínimo momento fletor em uma seção
Reflita
Se a LI de momentos fletores representa um diagrama com ordenadas
que representam valores de momentos fletores apenas de uma seção S,
quando uma carga solicitante está passeando pela estrutura, em várias
posições, então é verdadeiro dizer que, para cada tipo de estrutura
(seja uma viga bi apoiada ou viga contínua de diversos vãos) e para cada
seção analisada, teremos um diagrama de LI específico?
10
no meio do vão da viga. Em caso de dúvidas, vemos os diagramas de momentos
fletores para as diferentes posições de carga concentrada P, na Figura 2.4.
Figura 2.4 | Diagramas de momentos fletores para carga P em diferentes posições
Uma vez que a LI de momento fletor para uma viga em análise é deter-
minada, basta incluirmos os carregamentos e, diante disso, determinaremos
o máximo momento fletor de uma viga bi apoiada, ocorrendo na seção S,
localizada no meio do vão, para os carregamentos atuantes na estrutura.
Para as cargas permanentes, previamente determinadas para a viga
principal, conforme visto na Seção 1.2, para o projeto de uma ponte, o
momento máximo, M g máx , no meio do vão se dá por:
11
Figura 2.7 | LI de momentos fletores para seção no meio do vão
12
Figura 2.8 | LI de momentos fletores para seção no meio do vão
Assimile
Observe que, conforme aprendido anteriormente nas seções anteriores,
a carga móvel é uma carga acidental que pode existir ou não na estru-
tura. Então, é importante ter em mente que, nem sempre carregando
toda a estrutura com um carregamento acidental você conseguirá
obter o máximo esforço de momento fletor no meio do vão. Note que a
mesma teoria não é válida para cargas permanentes, visto que a carga
permanente nunca pode ser retirada de uma estrutura, pois é perma-
nente. Sendo assim, a carga permanente sempre existirá.
13
seja acrescentado aos carregamentos ou aos esforços, o coeficiente de impacto
sempre deve ser considerado no caso de cargas móveis rodoviárias, conforme
NBR 7188 (ABNT, 2013).
14
Figura 2.10 | LI de momentos fletores para seção S no vão
Exemplificando
Para o cálculo completo de uma viga de 25 m de vão e 4,5 m nos balanços,
no cotidiano profissional de um escritório de estruturas, as seções
podem ser definidas a cada 1 m. Assim, os valores limites de esforços
de momentos fletores são definidos para todos os trechos da estrutura.
Nota-se que, a cada diagrama de LI, deve-se posicionar os carregamentos
móveis visando obter os esforços limites (máximos ou mínimos).
Pesquise mais
Alguns softwares foram desenvolvidos para auxiliar o dimensionamento
das estruturas na engenharia e alguns desses são disponibilizados
gratuitamente pelos produtores do programa. Para Azevedo (2000, p.
15
1), o uso de softwares no ensino universitário visa preparar o aluno para
“começar imediatamente a ser produtivo no seu primeiro emprego”.
Em seu artigo, o autor cita o programa FEMIX, que serve de apoio
pedagógico ao ensino de linhas de influência na análise das estruturas.
AZEVEDO, A. F. M. A utilização de software comercial no ensino universi-
tário. In: VI CONGRESSO NACIONAL DE MECÂNICA APLICADA E COMPU-
TACIONAL, 6., 2000, Aveiro, Portugal. Anais [...].Aveiro, Portugal:
Universidade de Aveiro, 2000.
16
E, com isso:
6,25 h h
= 1 = 2
12,50 4,5 4,5
Sendo:
h1 = 2,25 e h2 = 2,25
17
Sendo:
h1 = 4,75 e h2 = 5,50
Avançando na prática
Resolução da situação-problema
Para determinar o mínimo momento fletor devido às cargas móveis
acidentais, M q mín , tem-se a aplicação dos seguinte carregamentos, conforme
a figura a seguir:
18
Figura 2.11 | LI de momentos fletores para seção no meio do vão
h1 = h4 = 2,25
h2 = 1,50
h3 = 0,75
19
Faça valer a pena
20
As cargas permanentes são fixas e atuam com a mesma intensidade durante a
maior parte da vida útil da estrutura. Como exemplos de cargas permanentes
em obras de arte, como pontes, viadutos e passarelas, podemos citar o peso
próprio da estrutura, o pavimento, o guarda-corpo do passeio e as barreiras
rígidas, entre outros. Mediante esses carregamentos, é possível determinar os
esforços solicitantes.
Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta exemplos de cargas móveis.
a. Pessoas sobre arquibancadas e passarelas; barreiras rígidas e pontes
rolantes.
b. Carregamentos rodoviários, como caminhões; placas de sinalização e
pontes rolantes.
c. Carregamentos rodoviários, como carros e caminhões; pessoas sobre
arquibancadas e pontes rolantes.
d. Carregamentos rodoviários; carregamentos ferroviários e tubulações
para passagem de fios.
e. Nenhuma das alternativas.
21
Figura | Carregamento móvel
Figura | Viga com definição da seção S e Linha de Influência de momento fletor para a seção
22
Seção 2
Diálogo aberto
23
esforços cortantes, que serão fundamentais para o dimensionamento das
armaduras transversais.
Figura 1.20 | Esquema estático de cargas permanentes
Para que você consiga vencer mais esta etapa do seu projeto estrutural de
ponte, vamos estudar nesta seção a linha dos esforços, a influência de força
cortante e o conceito de envoltória na viga principal.
Bons estudos!
24
em uma viga, entre outros. Essas cargas, além de estáticas (ou fixas), são
constantes, ou seja, são cargas permanentes, pois sempre estarão atuando na
estrutura. Além delas, aprendemos que as estruturas também estão subme-
tidas a cargas variáveis ou acidentais, as quais em determinados momentos
da vida útil de uma estrutura podem não atuar, o que é o caso dos veículos
que passam sobre as pontes e viadutos, das pessoas que utilizam uma passa-
rela para acessar o outro lado da via, das pessoas e móveis que ocupam uma
sala de aula ou biblioteca, dos automóveis em um estacionamento ou de
materiais que são estocados provisoriamente em um depósito. Dessas cargas,
algumas são intrinsecamente móveis, como o trem que trafega por uma
ponte, e outras cargas que podem se mover eventualmente, como os livros
armazenados em uma biblioteca.
Como vimos anteriormente, o procedimento para determinar os pontos
de colocação das cargas móveis e acidentais, que acarretam valores limites dos
esforços para uma determinada seção da estrutura, é feito com o auxílio dos
diagramas de linhas de influência. Nesta etapa, vamos retomar essa aprendi-
zagem e compreender um pouco mais esse conceito, sob outras perspectivas.
Uma situação frequente e relevante ocorre em estradas que são proje-
tadas para certo tipo de carregamento, porém, em determinas situações,
são utilizadas para o transporte de cargas excepcionais e maiores do que as
previstas em projeto. Nesse contexto, pode-se citar o que ocorreu durante a
construção da barragem de Itaipu, no Rio Paraná, em que a barragem servia
para represar a água e para obter o desnível necessário para operação das
turbinas. Na parte superior da barragem, estavam situadas as tomadas de
água, comportas que permitem que a água passe por elas e alcance a caixa
espiral, fazendo a turbina girar. Os caminhões que transportaram as turbinas
e os geradores da usina tinham um peso muito maior do que o caminhão-tipo
utilizado no projeto das pontes e viadutos das estradas de acesso à usina. Para
resolver esse problema, foram projetados veículos especiais com vários eixos
e rodas para garantir a distribuição da carga total do veículo sobre o tabuleiro
das pontes e viadutos, e foi feita uma verificação das obras de arte para deter-
minar se resistiriam com segurança à passagem desses caminhões. Além
disso, as obras que não apresentaram segurança adequada foram reforçadas.
Nesse contexto, vamos supor que devemos dimensionar uma viga de
ponte rodoviária, conforme exemplificada na Figura 2.12 (a), a qual, por
simplicidade, está sujeita a um caminhão usado para cálculo, conforme a
Figura 2.12 (b), com dois eixos no sentido longitudinal: o dianteiro com peso
de 30 kN e eixo traseiro de 60 kN.
25
Figura 2.12 | Modelo de cálculo de viga de ponte bil bapoiada (a) e veículo para cálculo (b)
Embora a resposta para essa questão não seja tão intuitiva, uma resposta
que pode surgir naturalmente é: quando o veículo de cálculo estiver próximo
a S. Ainda não é muito claro afirmar se o eixo mais pesado deve estar sobre
S ou o centro de gravidade do veículo de cálculo, contudo, percebe-se que
será quando o veículo de cálculo estiver perto da seção S. Para responder a
questões como essa, ou seja, para determinar os esforços limites produzidos
por carregamento móveis é que as linhas de influência foram concebidas.
Elas são diagramas que possibilitam determinar os esforços produzidos por
cargas móveis, para uma seção S determinada. Para responder a perguntas
desse tipo, as linhas de influência foram concebidas.
Assimile
Os diagramas de linha de influência dos esforços, como das forças
cortantes, é um método para facilitar o cálculo de máximos esforços
26
quando existem cargas móveis, contudo, não é o único método possível
para determinar esses esforços. Observe que o cálculo pode ser feito
conforme aprendido anteriormente em Estruturas Isostáticas para cargas
estáticas, determinando valores de forças cortantes para várias posições.
Para o caso da viga de ponte, do tipo biapoiada com balanços nas extremi-
dades, que é o caso do projeto no qual você está trabalhando, devemos visua-
lizar onde ocorrem os máximos esforços cortantes para determinar o esforço
limite, devido ao carregamento permanente e carregamentos móveis. Para
comprovar essa informação, vemos os possíveis diagramas de forças cortantes
(Q) para diferentes posições de carga concentrada P, conforme Figura 2.15.
Figura 2.15 | Diagramas de forças cortantes para carga P em diferentes posições
27
Diante disso, é possível admitir uma seção de análise S, como uma
posição próxima ao apoio, interna ao vão, ou seja, analisar a força cortante a
direita do apoio móvel para elaborar o desenho do diagrama de LI de forças
cortantes, conforme Figura 2.16.
Figura 2.16 | Analisando a seção S dos diagramas de forças cortantes
Reflita
Para uma viga biapoiada, a máxima força cortante ocorre nas seções
próximas ao apoio na parte interna do vão. Por isso admitimos a seção
de análise S próxima a um dos apoios. O que ocorre quando anali-
sando uma seção S no meio do vão? Podemos obter o esforço máximo
devido à força cortante (máximo positivo ou máximo negativo) no vão
e comparar com o esforço cortante no apoio. Se transferirmos essa
proporção para o dimensionamento de armaduras, qual a região mais
crítica para a força cortante: próximo aos apoios ou no meio do vão? E
quanto às armaduras, qual região deve conter maior área de aço por
seção transversal?
28
Para as cargas permanentes, determinadas em uma seção anterior deste
estudo, atuantes na viga principal longitudinal da ponte, a força cortante
máxima, Q g , máx , é dada por:
Figura 2.18 | LI de forças cortantes para seção a direita do apoio AP1
29
Figura 2.19 | LI de forças cortantes para seção a direita do apoio AP1
(h1 + h2 ) (h ´1,50)
Qq , máx = (25,54´ ´3,0) + (8,37´ 2 ) + 182, 4´(1 + h3 + h4 ) +
2 2
(1 + h5 ) (h ´20,50)
(8,37´ )´ 4,50) + (25,54´ 5 )
2 2
Com isso, o valor de força cortante máxima na viga principal longitudinal
da viga é:
Qmáx = Q g , máx + Qq , máx
30
Exemplificando
Para representar graficamente uma envoltória de esforços, é neces-
sário determinar os valores de forças cortantes para diversas seções
S, ao longo da viga. Veja um exemplo na Figura 2.20. Ao desenhar a LI
para cada seção, deve-se obter o máximo e mínimo esforço. Com todos
esses valores de máximos e mínimos, desenha-se uma envoltória como
exemplo abaixo, de uma viga biapoiada, para um determinado carre-
gamento. É possível identificar que, para uma mesma seção calculada,
encontrou-se um valor de força cortante máximo de 70 kN (positivo) e
mínimo de 35 kN (negativo).
31
Seguindo os carregamentos móveis e LI da Figura 2.8, tem-se:
Pesquise mais
Para compreender mais sobre técnicas fundamentais de análise dos
elementos estruturais, sugiro pesquisar o capítulo 8 do o livro Funda-
mentos da análise estrutural, de Leet, Uang e Gilbert (2010), com foco
nas páginas 266-271. Você encontra essa obra na Biblioteca Virtual.
LEET, K. M.; UANG, C.; GILBERT, A. M. Fundamentos da análise estru-
tural. 3. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2008.
32
(0,18´ 4,50) (53,66 - 44,84) (0,18´ 4,50)
Q g , máx = (111,75´0,18) + (44,84´ )+( ´ )+
2 2 2
(1´25) (53,66 - 44,84) (1 + 0,82)
(45, 47´1) + (44,84´ )+( ´ ´ 4,50) + (32,20´0,50) +
2 2 2
(53,66 - 44,84) (0,18´ 4,50) (0,18´ 4,50)
( ´ ) - (111,75´0,18) - (44,84´ )-
2 2 2
(53,66 - 44,84) (0,18´ 4,50)
( ´ ) = 641,91kN
2 2
De acordo com a Figura 2.19, a força cortante máxima devido às cargas
móveis, para a seção S adotada (a direita do apoio AP1), é de:
1 h h h h h
= 1 = 2 = 3 = 4 = 5
25 4,50 1,50 23,50 22,0 20,50
h1 = 0,18 h2 = 0,06 h3 = 0,94 h4 = 0,88 h5 = 0,82
Avançando na prática
33
de um esforço). Já discutimos que uma alternativa para esse problema seria
analisar a estrutura para diversas posições das cargas móveis e selecionar os
valores extremos (máximos e mínimos). Contudo, esse procedimento pode
ser demorado e por isso será utilizado o diagrama de LI de forças cortantes
para o cálculo. Determine, para uma seção S a direita do apoio AP1, qual
o valor mínimo de forças cortantes devido aos carregamentos móveis
acidentais na viga de ponte em estudo.
Resolução da situação-problema
Para determinar o valor mínimo de forças cortantes devido a cargas
móveis acidentais, Qq , tem-se a aplicação dos seguinte carregamentos,
mín
34
(-0,18´ 4,50)
Qq ,min = (8,37´ ) + 182, 4´(-0,06 - 0,12 - 0,18) = -69, 05 kN
2
35
e. Para obter a força cortante máxima em uma seção de uma viga de
ponte, é necessário analisar carga permanente e variável (móvel).
Deve-se analisar três casos: a aplicação da carga permanente; a soma
da carga permanente com carregamento móvel; e apenas a ação do
carregamento móvel.
36
a. A posição que provoca o maior valor de força cortante em módulo
corresponde à máxima força cortante negativa e, portanto, a roda de
12 kN deve ficar sobre a seção S e a roda de 10 kN à sua esquerda.
b. A posição que provoca o maior valor de força cortante em módulo
corresponde à máxima força cortante negativa e, portanto, a roda de
10 kN deve ficar sobre a seção S e a roda de 12 kN à sua esquerda.
c. A posição que provoca o maior valor de força cortante em módulo
corresponde à máxima força cortante positiva e, portanto, a roda de
10 kN deve ficar sobre a seção S e a roda de 12 kN à sua direita.
d. A posição que provoca o maior valor de força cortante em módulo
corresponde à máxima força cortante positiva e, portanto, a roda de
12 kN deve ficar sobre a seção S e a roda de 10 kN à sua direita.
e. A posição que provoca o maior valor de força cortante em módulo
corresponde à máxima força cortante negativa e, portanto, a roda de
12 kN deve ficar sobre a seção S e a roda de 10 kN à sua direita.
37
Atuando ao longo de uma viga de ponte biapoiada, definidas por,
Figura | Viga de ponte
38
Seção 3
Diálogo aberto
Caro aluno, esta terceira seção da Unidade 2 aborda o dimensionamento
da viga longitudinal da ponte que você está projetando. Com isso, é possível
definir as áreas de armadura necessárias para a seção de esforço máximo da
ponte, seja devido ao momento fletor ou ao esforço cortante.
De acordo com o que foi visto nas seções anteriores, para a viga longitudinal
principal da ponte em análise, determinou-se os valores limites, máximos e
mínimos, para uma seção crítica. Com esses valores em mãos, é possível partir
para um dimensionamento adequado da estrutura, com o objetivo de se alcançar
uma capacidade resistente segura para o adequado funcionamento da estru-
tura, conforme orientado por normas brasileiras. Em projetos de estruturas de
concreto armado, são utilizados barras ou fios de aço, padronizados por uma
norma específica, de acordo com o valor característico de resistência ao escoa-
mento. Dessa forma, o dimensionamento é necessário para determinar a quanti-
dade necessária de aço a fim de garantir a segurança da estrutura de concreto,
verificada quanto aos estados limites últimos. Grande parte dos elementos estru-
turais, na Engenharia de Estruturas, pode ser dimensionada por meio de um
método simplificado, e esse conceito será abordado neste material. Esse método
é prático e suficiente para atender a sua necessidade com esse projeto.
Agora, vamos relembrar o projeto em que você está inserido. Você foi convi-
dado pelo seu chefe, da empresa em que trabalha, para compor a equipe respon-
sável pelo cálculo estrutural de uma ponte a ser construída na cidade de São Paulo.
O projeto estrutural já está em andamento e, até o momento, vocês determinaram
o tipo estrutural da ponte e todos os detalhes geométricos, conforme a Figura 2.23.
Figura 2.23 | Seção transversal com mesa colaborante destacada (medidas em cm)
39
Na sequência, calcularam os carregamentos solicitantes, devido às cargas
permanentes (G) e aos carregamentos móveis (Q), e, com base nessas cargas,
determinaram os máximos esforços de momentos fletores:
M g máx = 2747,50 kN × m M g mín = 2747,50 kN × m
M q máx = 4575,10 kN × m M q mín = 992,50 kN × m
E forças cortantes:
Q g máx = 641,91 kN Q g mín = 641,91 kN
Qq máx = 772,88 kN Qq mín = 69,05 kN
Agora, sua missão nesta etapa é prosseguir com o dimensionamento e
determinar as armaduras necessárias para compor essa estrutura. A armadura
utilizada é do tipo aço CA-50 e você foi informado que o cobrimento das
armaduras exigido pela sua empresa é de 10 cm, para garantir a durabilidade
das estruturas ao longo dos anos. O seu projeto estrutural de uma ponte está
cada vez mais próximo de se tornar completo e você é o grande responsável
por concluir essa nova missão.
Bons estudos!
40
fim de determinar as solicitações referentes a esses estados limites, são utili-
zadas as combinações de ações, no caso de estruturas de concreto. A NBR
8681 (ABNT, 2003) tem como objetivo fixar os requisitos exigíveis para a
verificação da segurança de estruturas, definindo critérios de quantificação
das ações e de resistências a serem consideradas nos projetos estruturais.
Dessa forma, a norma apresenta coeficientes para combinações últimas de
carregamento e combinações de serviço.
Para o dimensionamento das armaduras (longitudinais e transversais)
das estruturas de concreto armado, no caso de pontes e viadutos, verificadas
para o estado limite último (ELU), é necessário considerar a combinação
última normal.
Segundo a norma, deve-se considerar os seguintes critérios:
a. As ações permanentes devem ser consideradas em todas as combina-
ções de ações.
b. Para a ação variável: em cada combinação, uma das ações variáveis é
considerada principal, atuando integralmente com os valores caracte-
rísticos e, caso ocorram mais ações variáveis, essas devem ser conside-
radas secundárias e, portanto, com seus valores reduzidos de combi-
nação (j) .
Sendo assim, tem-se a seguinte equação:
Fd = å g g . Fg ,k + g q .(Fq1,k + å j0 j .Fqj ,k )
Onde:
g g = g q = coeficiente de ponderação.
j0 j = coeficiente de minoração.
De acordo com a NBR 8681 (ABNT, 2003), para o caso de ações perma-
nentes diretas e ações variáveis agrupadas, os coeficientes são dados pela
Tabela 2.1 e Tabela 2.2.
41
Tabela 2.1 | Ações permanentes diretas e agrupadas na combinação normal
EFEITO
COMBINAÇÃO TIPOS DE ESTRUTURA
DESFAVORÁVEL FAVORÁVEL
Grandes pontes
1 1,30 1,0
Edificação tipo 2
3 1,40 1,0
1
Grandes pontes são aquelas em que o peso próprio da estrutura supera 75% da totalidade
das ações.
2
Edificações tipo 1 são aquelas em que as cargas acidentais superam 5 kN/m².
3
Edificações tipo 2 são aquelas em que as cargas acidentais não superam 5 kN/m².
COEFICIENTE DE
COMBINAÇÃO TIPOS DE ESTRUTURA
PONDERAÇÃO
Pontes e edificações tipo 1 1,5
Normal
Edificação tipo 2 1,4
42
Figura 2.24 | Largura de mesa colaborante
Assimile
A utilização de uma viga retangular com uma largura de mesa colabo-
rante foi uma medida definida pela norma a fim de se estabelecer a
forma mais realista de como ocorrem as distribuições dos esforços
internos, das deformações, tensões e dos deslocamentos para a viga
quando associada a uma laje maciça.
Não considerar uma largura de mesa colaborante no dimensionamento à
flexão na seção do meio do vão representa um dimensionamento desfa-
vorável e distante do que ocorre realmente no conjunto estrutural.
43
Com essas informações, é possível realizar o cálculo da armadura longi-
tudinal de flexão, devido ao momento fletor máximo, segundo a rotina de
cálculo proposta por Pinheiro, Muzardo e Santos (2010), que nos fornece
uma tabela para resolução do método simplificado de cálculo. Para utilizar
esse método de tabelas, tem-se inicialmente o cálculo do coeficiente kc ,
dado por:
bw .d 2
kc =
Md
Sendo:
bw = largura da seção transversal, em cm. Para vigas seção T, largura da
alma. Para momentos fletores positivos, com laje colaborante, usar b f .
d = altura útil da seção transversal, em cm.
D
O
2
bd Ad M
X kc = (cm2 / kN ) ks = s (cm2 / kN ) Í
bc = Md Md
d N
I
C10 C15 C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 CA-25 CA-50 CA-60 O
0,02 103,8 69,2 51,9 41,5 34,6 29,7 25,9 23,1 20,8 0,046 0,023 0,019
0,04 52,3 34,9 26,2 20,9 17,4 15,0 13,1 11,6 10,5 0,047 0,023 0,020
2
0,06 35,2 23,4 17,6 14,1 11,7 10,1 8,8 7,8 7,0 0,047 0,024 0,020
0,08 26,6 17,7 13,3 10,6 8,9 7,6 6,7 5,9 5,3 0,048 0,024 0,020
Fonte: adaptada de http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/concreto/Textos/20%20Tabelas%20gerais.pdf.
Acesso em: 2 ago. 2019.
44
Sendo assim, de acordo com as expressões mencionadas, é possível calcular
as áreas de aço necessárias para a viga longitudinal. É importante lembrar que
as áreas calculadas devem ter valores maiores do que a área mínima normativa
da armadura de tração, que é dada por uma taxa mínima absoluta de r = 0,15%
da área de concreto da seção transversal, ou seja, r = 0,15% Ac . Ou seja, a área
de armadura deve ser sempre maior do que a armadura mínima necessária,
conforme orientação da norma técnica brasileira.
Reflita
Se um esforço de momento fletor varia ao longo de uma viga, como
uma viga de ponte, como devemos garantir que todas as seções estejam
com área de aço devidamente necessárias, devido à flexão? Em um
projeto real, o dimensionamento deve ser calculado para várias seções
ao longo da viga, como na região de máximo momento fletor positivo
(vão) e negativo (apoios), bem como nas regiões próximas dos apoios.
A armadura necessária para um valor de máximo momento fletor
positivo é necessária ao longo de toda a viga? Ou é possível racionalizar
materiais e garantir que cada trecho da viga seja executado de acordo
com a quantidade de aço necessária?
45
Exemplificando
O modelo clássico de treliça é uma teoria idealizada por Ritter (1899)
e Mörsch (1908), em que se idealizou uma analogia entre uma treliça
e uma viga fissura. Após a fissuração de uma viga biapoiada de seção
transversal retangular, o seu comportamento é semelhante ao de uma
treliça, quando analisamos o encaminhamento dos esforços. Na parte
superior da viga, ou banzo superior da treliça, existe uma região de
concreto comprimido. No trecho inferior, ou banco inferior, uma região
tracionada é contida por uma armadura longitudinal de tração. Além
disso, as diagonais comprimidas estão inclinadas e representam as
fissuras. Por fim, os estribos representam as diagonais tracionadas em
uma treliça, dispostos usualmente na vertical.
Essa analogia de elementos estruturais permite a correlação dos
métodos de cálculo, de forma que é possível adotar esse modelo para
os cálculos de área de armadura transversal (estribos) no dia a dia da
Engenharia Estrutural, para o método simplificado.
Com f ck em MPa .
d. Cálculo da armadura transversal ( VRd 3 ), considerando a parcela de
Vc e Vsw .
VRd 3 = Vc + Vsw ou Vsw = VRd 3 -Vc
Onde:
æA ö
Vsw = çç sw ÷÷.0,9.d. f ywd (sena + cos a)
çè s ÷ø
0,7 . f ct ,m
f ctd =
gc
46
Sendo:
VRd 3 = no cálculo da armadura transversal, adota-se VRd 3 = VSd (ouQSd ) .
Sendo:
rsw = taxa de valores, retirado da Tabela 2.4.
47
Fd = å Fgk + y1 .Fq1k + å y2 .Fqjk
ae .M d ,mín .(d - x II )
smín,s =
I II
Onde:
bw = largura da alma (seção T).
b f = largura da mesa colaborante. Em momentos negativos, considerar
b f = bw .
hf = espessura da mesa colaborante. Em momentos negativos, considerar
hf = 0 .
a1 = bw .
a2 = 2 éêh f ×( b f - bw ) + ae ×( As + As¢)ùú .
ë û
48
a3 = - êéh f ²×( b f - bw ) + 2ae ×( As .d + As¢ ×d ')úù .
ë û
Df sd , fad , mín 6
Valores de , para 2´10 ciclos ( MPa)
f (mm) Tipo
Caso
10 12,5 16 20 22 25 32 40
Barras retas ou dobradas com
190 190 190 185 180 175 165 150 T1
D ³ 25 f
Barras retas ou dobradas com:
D < 25 f
105 105 105 105 100 95 90 85 T1
D = 5 f < 20 mm
D = 8 f ³ 20 mm
Estribos
85 85 85 - - - - - T1
D = 3 f £ 10 mm
Ambiente marinho T4
65 65 65 65 65 65 65 65
Classe IV
Barras soldadas (incluindo sol-
da por ponto ou das extremida- 85 85 85 85 85 85 85 85 T4
des) e conectores mecânicos
49
a concretos de idades diferentes, associada à ocorrência dos carregamentos
cíclicos ou móveis.
Pesquise mais
Para saber mais sobre os elementos pré-fabricados, sobre seu compor-
tamento e evolução tecnológica, sugerimos a leitura do artigo a seguir,
sobre a evolução dos pré-fabricados de concreto, que foi publicado em
um evento sobre projetos em concreto pré-moldado.
SERRA, S. M. B.; FERREIRA, M. de A.; PIGOZZO, B. N. Evolução dos Pré-fa-
bricados de Concreto. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA-PROJE-
TO-PRODUÇÃO EM CONCRETO PRÉ-MOLDADO, 1., 2005, São Carlos.
Anais [...]. São Carlos: USP, 2005.
50
b3 £ 0,1× a = 0,1×(0,60×25) = 1,50 m
51
Sendo VRd 3 = QSd ,máx = 1993,80 kN .
Vsw = VRd 3 -Vc = 1993,80 - 498,75 = 1495,05 kN
Com a expressão:
æA ö
Vsw = çç sw ÷÷× 0,9 × d × f ywd (sena + cos a)
çè s ÷ø
Asw A
0,1404 = ® sw = 3,51cm2 / m
25 × s × sen90° s
E,
f ct ,m (0,3× f )
ck
2/3
a1 = 25 cm
52
Com isso:
15×5035,05×(1,90 - 0, 43)
smáx ,s = = 221028,97 kN / m²
0,5023
15×3243,75×(1,90 - 0, 43)
smín,s = = 142394,36 kN / m²
0,5023
Avançando na prática
53
Figura 2.26 | Seção transversal com mesa colaborante destacada
Resolução da situação-problema
Como o valor de cobrimento das armaduras é dado por co = 10 cm ,
tem-se:
d = 200 -10 = 190 m
417 ×1902
kc = = 14, 43
1043440
Com auxílio da tabela flexão simples em seção retangular, é necessário
adotar resistência do concreto e das barras de aço. Sendo f ck de 20 MPa e,
com isso, a coluna de C20, tem-se que, para o valor mais próximo de kc ,
calculado anteriormente, pode-se adotar kc = 13,3 e, com isso, tem-se o valor
na tabela de ks = 0,0024 , para aço CA-50. Sendo assim:
As × d
ks =
Md
As ×190
0,024 =
1043440
54
representada pela laje do tabuleiro, é considerada na resistência à flexão na
seção. No caso da análise de um momento fletor negativo, ou seja, na região
dos apoios, em uma viga longitudinal com balanços nas extremidades, a
mesa colaborante devido à laje do tabuleiro deve ser considerada?
Figura | Viga de seção T
55
em relação ao eixo horizontal. Verifique, para o exemplo a seguir, qual o
acréscimo ou decréscimo de área de armadura para estribos ( Asw / s) com
a = 90° se comparados a estribos a = 45° . Admita os valores dados:
g c = 1, 40
Aço CA-50
f ywd = 435 MPa ou 43,5 kN / cm ²
bw = 30 cm e d = 210 cm
Diante dos resultados, assinale a alternativa correta.
a. Para estribos inclinados em 90° , é necessário um decréscimo de 23%
de armadura, se comparados a estribos inclinados em 45° .
b. Para estribos inclinados em 90° , é necessário um decréscimo de 33%
de armadura, se comparados a estribos inclinados em 45° .
c. Para estribos inclinados em 90° , é necessário um acréscimo de 30,6%
de armadura, se comparados a estribos inclinados em 45° .
d. Para estribos inclinados em 90° , é necessário um acréscimo de 0,30%
de armadura, se comparados a estribos inclinados em 45° .
e. Para estribos inclinados em 90° , é necessário um acréscimo de 0,23%
de armadura, se comparados a estribos inclinados em 45° .
56
automóveis. Quanto maior a intensidade dos carregamentos, mais
danificada pode ficar a estrutura.
b. O fenômeno da fadiga só ocorre quando há variação de tensão ou
de deformação. A cada ciclo de carregamento, pode-se causar perda
progressiva de resistência do material.
c. De maneira geral, a fadiga está relacionada com a existência de uma
tensão constante em estruturas já danificadas, prejudicando a durabi-
lidade dos elementos estruturais.
d. Mediante a passagem de veículos pesados, o efeito de fadiga ocorre
em estruturas fissuradas, causadas em pontos de baixa concentração
de tensão, como uma imperfeição da estrutura.
e. Ainda que uma estrutura esteja sujeita à fadiga, a ruptura do elemento
estrutural não ocorrerá, pois as fissuras por fadiga não tendem a se
propagar.
57
Referências
GOMES, A. Viaduto Guararapes: traumas, impunidade e abandono marcam a vida das vítimas.
Brasil de Fato. Belo Horizonte, MG, 26 jun. 2018. Disponível em: https://www.brasildefato.com.
br/2018/06/29/viaduto-guararapes-traumas-impunidade-e-abandono-marcam-a-vida-das-vi-
timas/. Acesso em: 2 ago. 2019.
LEET, K. M.; UANG, C.-M.; GILBERT, A. M. Fundamentos da análise estrutural. Porto Alegre:
AMGH, 2010. [Minha Biblioteca]. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788563308344/cfi/292!/4/2@100:0.00. Acesso em: 2 ago. 2019.
MOREIRA, M. V. N.; PINHEIRO, L. M. Tabela de flexão simples em seção retangular. [S.n. S.l.,
s.d.]. Disponível em: http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/concreto/Textos/20%20Tabelas%20
gerais.pdf. Acesso em: 2 ago. 2019.
MÖRSCH, E. Der Eisenbetonbau: seine Theorie und Andwendung. 3. ed. [S.l.]: Verlag von
Konrad Wittwer, 1908.
NETO, H. L. Introdução à mecânica das Estruturas - Capítulos 6 a 11. Notas de aula. Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo – USP. Departamento de Engenharia de Estruturas
e Fundações, 2006. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4176959/mod_
resource/content/1/Apostila%20de%20Teoria%20-%20Cap%C3%ADtulos%206%20a%2011.
pdf. Acesso em: 2 ago. 2019.
RITTER, W., Die Bauweise Hennebique. Schweizerische Bauzeitung, Zurich, v. 33/34, p. 41-43,
49-52, 59-61, 1899.