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cidade
2021
ALUNO
Orientador: Cristiane
cidade
2021
ALUNO
BANCA EXAMINADORA
Prof.ª
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Foi analisado que nas últimas décadas o Brasil teve um aumento muito
grande, tratando de um tema de difícil compreensão alguns autores abordam o
conceito e as causas dessa violência, como Lima (2009), que em sua obra “violência
contra a mulher” diz que até meados do século passado, a violência contra a mulher
era uma manifestação das relações de domínio do homem sobre a mesma e que a
legislação de cada Estado admitia. Entende-se que violência doméstica é qualquer
ação conduta ou omissão que sirva para violar, incessantemente e com intensidade,
sofrimentos físicos, sexuais, mentais ou económicos, de modo direto ou indireto (por
meio de intimidação, astúcia, coibição ou qualquer outro meio) a qualquer pessoa
que habite sobre o mesmo ambiente privado. (LIMA, São Paulo, 2009).
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Sobre essa análise, a Lei Maria da Penha explicita que, a violência doméstica
e familiar contra a mulher ocorre nas circunstâncias preditas nos incisos I (no
ambiente doméstico), II (nas relações familiares), e III (nas relações de intimidades),
do artigo 5º da Lei.
I - No âmbito da unidade doméstica, compreendida como espaço de
convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as
esporadicamente agregadas;
II - No âmbito do familiar, compreendida como a comunidade formada por
indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços
naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação intima de afeto, na qual o agressor conviva ou
tenha convivido com a ofendida, independente de coabitação. Coação,
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exército de
seus direitos sexuais e reprodutivos.
IV - Violência patrimonial: Entendida como qualquer conduta que configure
retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos,
instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou
recursos econômicos, incluindo os destinados a desfazer suas
necessidades;
V - Violência moral: Entendida como qualquer conduta que configure
calúnia, difamação ou injuria. (BRASIL, Lei 11.340/06, Art. 5º incisos I, II, III,
IV, V).
Entende-se, ser, uma questão de gênero, por conta dos aspectos de homens
e mulheres, bem como, por razões sociais e culturais, uma vez que o homem é o
dominador, na qual ocorrer relação sexual não consentida pela mulher, ocorrendo na
maioria das vezes por pessoais mais próximas da vítima, ou seja, principalmente por
familiares, ou em outros casos por estranhos. A violência sexual é um fenômeno
universal, em que não existem restrições de sexo, idade, etnia ou classe social,
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Foi elaborado que através da força física, uma pessoa que cause ou tenta
causar dano não acidental à outra, podendo ser, das mais diversas formas, ou seja,
tapas, empurrões, socos, mordidas, chutes, queimaduras, cortes, estrangulamento,
lesões por armas ou objetos, obrigar a tomar medicamentos desnecessários ou
inadequados, álcool, drogas ou outras substâncias, inclusive alimentos. (CNJ,
BARROSO, mar. 2008).
Na maioria das vezes, é por medo, submissão, por não ter para onde ir ou até
mesmo um apego afetivo muito grande com o cônjuge, o que, muitas vezes, não é
amor, muitas vezes, a mulher acredita que é o papel dela submeter-se a tudo isso.
Em alguns casos envolve dinheiro, família, filhos e outras pessoas, em outras, é um
“não” dos pais, por não ter para onde ir, na qual resulta em novamente sentir as
agressões na pele, mas é ele quem dá o pão de cada dia, então, por falta de opção
e às vezes de ajuda, se submetem a sofrer até chegar um momento de o pior
acontecer.
Analise-se, que em 2015 a ex-presidente Dilma Rousseff sancionou a lei do
feminicídio fazendo com que a morte das mulheres fosse aplicada no rol de crimes
Hediondos. Bem como, segundo o artigo 7º da Lei nº 11.340/2006 onde me traz seu
parágrafo I o seguinte tema, a violência física, entendida como qualquer conduta que
ofenda sua integridade ou saúde corpora. É vital que a vítima que sofre algum tipo
de violência física procure por ajuda para sair desse relacionamento abusivo. O
silêncio, neste caso, pode conduzir à morte. Logo, não permita que o medo o impeça
de ir até uma delegacia e denunciar o agressor, porém, igualmente importante, é
procurar por ajuda psicológica, para que a vítima percorra um caminho de cura
interior e assim possa superar os traumas e marcas deixadas nela. (LEI Nº
11.340/06, Art. 7º, par. I).
Foi verificado que a violência física está fortemente associada à violência
doméstica e que, na grande maioria dos casos, assume os contornos ligados à
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Entende-se, ser bastante ampla, sendo toda ação ou omissão que causa ou
visa causar dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa,
como por exemplo, insultos, humilhação, desvalorização, chantagem, isolamento de
amigos e familiares, ridicularizar, rechaço, manipulação afetiva, exploração,
negligência, ou seja, atos de omissão a cuidados e proteção contra agravos
evitáveis como situações de perigo, doenças, gravidez, alimentação, higiene, entre
outros, bem como, ameaças, privação arbitrária da liberdade, na qual, se dá, por,
impedimento ao labor, estudar, cuidar da aparência pessoal, gerenciar o próprio
dinheiro, diversão e etc. (CNJ, BARROSO, 2008).
Entende-se por ser subjetiva e, por isso, também de difícil identificação, a
violência psicológica, na maioria dos casos, é negligenciada até por quem sofre, por
não conseguir perceber que ela vem mascarada por ciúmes, controle, humilhações,
ironias e ofensas.
Percebe-se que a agressão psicológica precede a agressão física que, uma
vez praticada e tolerada, pode se tornar constante, onde na maioria das vezes, o
receio de assumir que o casamento ou o namoro não está funcionando ainda é um
motivo que leva mulheres a se submeter à violência, entre todos os tipos e não
apenas a psicológica. A violência psicológica que acontece na relação conjugal tem
esse poder de submeter à mulher à vontade do companheiro, seja de forma
“consentida” ou suprimida, reduzindo ou anulando sua alteridade para transformá-la
em objeto e mantê-la à sua disposição, visando banir toda capacidade de
resistência. (SILVA, 2008, p.32)
Ainda é possível inferir que a violência psicológica contra a mulher, além de
ser um tipo de violência dissimulada e perversa, se faz presente em todos os outros
tipos de violência e prepara o “ambiente” para outras manifestações de violências,
posto que, como explica Hirigoyen:
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3.2 DA INOVAÇÃO
Foi analisado que existem casos em que a vítima pode receber uma
indenização por danos morais e físicos, caso seja ordenador por um juiz, bem como,
pode o juiz ordenar a prisão preventiva do suspeito pela agressão. O caso pode
ainda ser levado ao Ministério Público – MP ou diretamente a um Tribunal de Justiça
– TJ.
Foi estudado que as primeiras medidas protetivas previstas na Lei Maria da
Penha disponibilizam-se no artigo 22º, trazendo a definição das medidas protetivas
de urgência impostas o agressor. Dispositivo esse que se coloca à disposição do
Poder Judiciário. (BRASIL, 2006).
Das médias salienta-se a suspensão da posse/restrição do porte de armas,
afastamento do lar, local de convivência, proibição de determinadas condutas pelo
agressor, restrição ou suspensão de medidas aos dependentes menores, prestação
de alimentos provisionais ou provisórios.
Assim, como o previsto nos artigos 23 e 24 da mesma lei as medidas
protetivas de urgência à ofendida, o encaminhamento da ofendida a programa de
proteção ou atendimento, ao acompanhamento da ofendida e de seus dependentes
a domicílio, afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo de seus direitos relativos a
bens, guarda dos filhos e alimentos, separação de corpos, contendo ainda medidas
de proteção patrimonial. (BRASIL, Código Penal, 1940, arts. 23-24).
Compreende-se, que o tempo não está nem aí para a nossa vida. Porém, a
nossa vida está intrinsecamente atrelada ao tempo, ou seja, o tempo presente, o
aqui e agora. Desse modo, as faltas das acessibilidades subtraem o tempo de vida
das pessoas com deficiência em tempo real., haja vista, elas não têm o direito à
cidade no sentido lato sensu. Não se refere, tão-só, a simples noção de ruas e
praças, mas, quem irá restituir ao seguimento das pessoas com deficiência? É
necessário, nervos de aço em mulheres de muita fibra. (GRAMMA EDITORA, 2015).
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRSIL, Lei 11.340/06, Art. 5º incisos I, II, III, IV, V. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm>. Acesso e,
20 de out. 2021.
Lima, Daniel Costa, Buchele, Fátima, & Clímaco, Danilo de Assis. (2008). Homens,
gênero e violência contra a mulher. Saúde Soc. São Paulo, v.17, n.2, p.69-81,
2008.
KASHANI, Javad H.; ALLAN, Wesley D. The impact of family violence on children
and adolescents. Thousand Oaks, Ca: Sage,1998.
VIEIRA, Pâmela Rocha; GARCIA, Leila Posenato; MACIEL, Ethel Leonor Noia.
Isolamento social e o aumento da violência doméstica: o que isso nos revela?.
Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 23, p. e200033, 2020. Disponível em:
<https://www.scielosp.org/article/rbepid/2020.v23/e200033/>. Acesso em: 09 de out.
2021.