RESUMO DO TRABALHO
Onda é a manifestação de um fenômeno físico no qual uma fonte perturbadora fornece energia
a um sistema e essa energia desloca-se através de pontos desse sistema. Quanto a direção de
propagação, temos três tipos de onda: Unidimensionais, Bidemensionais e Tridimensionais. Uma
importante relação sobre ondas já sabida da Física é: v = l.f.
A Natureza da Luz: Atualmente, temos duas teorias aceitas e comprovadas
experimentalmente, que explicam a natureza da luz: a teoria ondulatória e a teoria corpuscular. A
teoria ondulatória é mais antiga e trata a luz como campos eletromagnéticos oscilantes propagando-se
no espaço. É nessa teoria que se baseia todo o funcionamento da fibra ótica como veremos em
seguida. A teoria corpuscular, mais nova, trata a luz como pacotes de energia, chamados fótons. Essa,
vista em Física IV aqui na FEI, não terá interesse para nós neste estudo.
Índice de Refração: É definido por: n = c/v, onde c é a velocidade da luz no vácuo e v é a
velocidade da luz no meio em questão. Cabe salientar que o índice de refração depende do
comprimento de onda da luz, o que nas fibras óticas irá provocar a dispersão do impulso luminoso,
limitando a capacidade de transmissão de sinais.
Reflexão e Refração: Outro conceito fundamental e importante numa fibra, como veremos
adiante, dado pela Lei de Snell: ni.senqi = nt.senqt.
Ângulo Crítico e Reflexão Interna Total: A Reflexão Interna Total é o mais importante
conceito físico que se aplica numa fibra ótica, pois é nisto que se baseia o princípio de transmissão de
todas as fibras. O ângulo crítico ocorre, quando aumentamos o ângulo de incidência de modo que o
ângulo do raio refratado tende a 90°. Uma incidência com ângulo maior do que este sofre o fenômeno
da Reflexão Interna Total.
FIBRAS ÓTICAS
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Fibra Monomodo: Essa é diferente das anteriores pois é construída de tal forma que apenas o
modo fundamental de distribuição magnética (raio axial) é guiado, evitando assim os vários caminhos
de propagação da luz dentro do núcleo, consequentemente diminuindo a dispersão do impulso
luminoso. Para isso é preciso que o diâmetro do núcleo seja poucas vezes maior que o comprimento de
onda da luz usada para a transmissão (Na ordem de 2 a 10 mm - núcleo e 80 a 125 mm - casca).
Também se utiliza sílica pura e dopada e possui baixa atenuação (0,7 dB/Km em 1300 nm e 0,2
dB/Km em 1550 nm) e grande largura de banda (10 a 100 GHz.Km).
A fibra ótica apresenta grandes vantagens comparadas aos condutores metálicos, tais como:
Imunidade a ruídos externos em geral e interferências eletromagnéticas.
Imunidade a interferências de frequências de rádio de estações de rádio e radar.
Imune a influência do meio ambiente (Ex: umidade).
Ausência de diafonia
Cabos de pequenas dimensões, o que implica em economia no transporte e instalação.
Existem três comprimentos de onda tipicamente utilizados para transmissão em fibras óticas:
850 nm com atenuação típica de 3 dB/Km.
1300 nm com atenuação típica de 0,8 dB/Km.
1550 nm com atenuação típica de 0,2 dB/Km.
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Gradual: Modal Material (menor que 1 GHz.Km).
Monomodo: Material Guia de Onda (10 a 100 GHz.Km).
A dispersão total numa fibra multimodo gradual é dada por: sT2 = sM2 + sC2 , onde: sC é a dispersão
cromática e sM é a dispersão material.
Os materiais básicos usados na fabricação de fibras óticas são sílica pura ou dopada, vidro
composto e plástico. As fibras fabricadas de sílica pura ou dopada são melhores, como já citado antes,
porém, todos seus processos de fabricação são complexos e caros. Por isso, foge ao alcance deste
resumo explanar estes processos de fabricação, pois se tornaria inviável. Nas fibras de vidro e plástico
os processos são mais simples e baratos, comparados aos de sílica. Nas fibras de vidro composto, são
utilizados os métodos: Rod-In-Tube e Double Crucible (Duplo Cadinho). Nas fibras de plástico, a
fabricação é feita por extrusão, o que lhe confere resistência mecânica bem maior que as fibras de
sílica.
CABOS ÓTICOS
INSTALAÇÃO DE CABOS
Os Cabos óticos necessitam cuidados especiais para instalação, pois as fibras são materiais
frágeis e quebradiços. Devemos observar que:
O cabo não deve sofrer curvaturas acentuadas, o que pode provocar quebra das fibras em
seu interior.
O cabo não deve ser tracionado pelas fibras, e sim pelos elementos de tração ou aço do
cabo.
A velocidade do puxamento não pode ser elevada..
Não se deve exceder a máxima tensão de puxamento especificada para o cabo.
O cabo deve ser limpo e lubrificado, a fim de diminuir o atrito de tracionamento.
Puxa-se o cabo com um destorcedor, para permitir uma acomodação natural do cabo no
interior do duto ou canalização.
CONFECÇÃO DE EMENDAS
CONECTORES
FONTES ÓTICAS
Para os sistemas óticos, encontramos dois tipos de fontes óticas que são utilizadas: LED e
LASER. Fazendo uma análise das características destes dois tipos, fica evidente que o laser é a fonte
ótica mais apropriada para utilização em circuitos óticos, pois fornece uma maior potência luminosa e
uma menor largura espectral. Além disso, o feixe de luz do laser é mais concentrado que o emitido
pelo led, permitindo maior eficiência de acoplamento e o laser possui menos ruído que o led.
Porém, apresenta algumas desvantagens como: maior sensibilidade à temperatura, maior
custo, vida útil bem menor (cerca de 10 vezes menos) e necessidade de circuitos mais complexos para
manter uma boa linearidade.