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“Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for
levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo.” (Jo 12.31,32; Lc 23.33-46)
Introdução:
EU VI A CRUZ! Era de cartolina amarela. Media cerca de dez por sete centímetros. Na parte
de cima estava escrito o texto de Apocalipse 2.10: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da
vida”. Em baixo, um pequeno cordão. Esta cruz era um marcador de livro. Estava à venda em
uma livraria evangélica. Custava 2 reais.
EU VI A CRUZ! Estava pintada na camisa do rapaz que passou do meu lado. Era uma cruz bem
impressa, colorida, formada por algumas palavras numa camisa legal. Custou R$ 40,00;
EU VI A CRUZ! Lá em cima do pequeno monte. Para chegar até ela precisa escalar diversos
degraus feitos de cimento e tijolo para facilitar o acesso dos devotos. Há marcas de velas ao
seu redor e alguns artefatos usados em oração. Custou pouco mais de R$ 5.000,00 a sua
construção.
EU VI A CRUZ! Também era de ouro puro, mas cravejada de diamantes. Estava num estojo de
veludo azul, numa joalheria de alto nível. A vitrina que a abrigava era à prova de bala e com
dispositivos eletrônicos para evitar o roubo. Era um pouco maior outras perto dela e custava
mais: R$ 7.500,00.
EU VI A CRUZ! Estava pendurada na parede da repartição pública. De valor insignificante,
apenas adorna uma sala para inspirar uma devoção superficial.
EU VI A CRUZ! Estava levantada no alto de um monte. Era tosca. Rude. Mal feita. Não era
artística. Nem era uma joia. Estava suja de sangue. Não havia luz brilhando sobre ela para
enfeitá-la. Pelo contrário. Houve trevas sobre toda a terra naquela ocasião. O sol se
escondera. Disse um poeta que foi com vergonha da brutalidade dos homens. Esta cruz não
provocava espantos por sua beleza, pois não tinha nenhuma. Nela, um homem sangrava,
agonizante, com marcas de tortura no corpo, e uma coroa de espinhos cravada na cabeça.
Era a cruz de Jesus Cristo. Não tinha preço. Todo o ouro do mundo não podia paga-la. Aquela
era a cruz de redenção da humanidade. Era a minha cruz. Era a sua cruz. A nossa cruz. A cruz
capaz de atrair pecadores rendidos ao crucificado.
Do lado de fora da cidade de Jerusalém foi erguida uma cruz entre outras duas. A
do centro era a Cruz de Cristo...
a) Ela estava no coração de Deus antes da fundação do mundo. É pré-histórica.
Pedro disse que o Cordeiro foi conhecido antes da fundação do mundo (1 Pe 1.18-
20). João disse que este mesmo Cordeiro, foi morto desde a fundação do mundo
(Ap. 13.8) pelo desígnio e presciência de Deus (At. 2.23)
b) O Calvário não foi um acidente, mas um plano divino. Cristo veio para morrer. A
morte na cruz sempre esteve em sua agenda: ele profetizou várias vezes que veio
para morrer. Ele não morreu como um mártir. Ele voluntariamente deu a sua vida.
Ele é o Cordeiro que tira o pecado (Jo 1:29). Ele é o pastor que dá a sua vida pelas
ovelhas (Jo 10:11-18). Ele é o grão de trigo que cai e morre para produzir muitos
frutos (Jo 12:20-25).
c) Cristo foi para a cruz não apenas porque os judeus o entregaram por inveja. Não
apenas porque Judas o traiu por dinheiro. Não apenas porque Pilatos o condenou
por covardia. Cristo foi para a cruz porque o Pai o entregou por amor. Cristo foi
para a cruz porque ele se entregou a si mesmo por nós (Ef. 5.2)
d) O calvário é o maior drama da história porque transformou-se no palco da justiça
de Deus: seu consumado repúdio ao pecado e também é o palco do infinito amor
de Deus: pois ali ele não poupou o seu próprio Filho para nos salvar. A cruz de
Cristo é o nosso êxodo, a nossa libertação.
CONCLUSÃO
Reconciliados, Justificados, recebemos o perdão de Deus mediante a morte do
Senhor na cruz. Agora, mediante o sacrifício de Cristo, somos atraídos à cruz para
recebermos salvação gratuita. Ele pagou nosso preço; morreu nossa morte; levou nossas
transgressões sobre si e abriu nele mesmo, a porta de salvação. Por isto Ele disse: “todos
atrairei a mim.”
Sim! A cruz nos atrai. Nos atrai para o Salvador. Somos atraídos pelo seu amor,
pelo seu perdão e pela salvação. Ele nos atrai porque nos ama. Você é convidado por Ele
a arrepender-se. Rejeitá-lo é crucifica-lo novamente.
Eu vi uma cruz. Ela foi erguida à entrada de Jerusalém. Ela custou caro por você!