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ASPECTOS LEGAIS E PRÁTICOS NA

ATIVIDADE DO CORRETOR DE IMÓVEIS

Curitiba - IFPR
Abril / 2019
Sandro de Paula Rafael Gonçalves de Almeida Luany Nunes de Almeida Silmara Gottardi Peres
CRC-PR 042934/0 OAB/PR 84.137 OAB/PR 65.173 CRECI 25.333 / CNAI 12990
(41) 98770-1309 (41) 99755-9567 (41) 98834-0299 (41) 99626-6261
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1. ESPECIFICIDADES DA EMPRESA IMOBILIÁRIA E O CORRETOR EMPREGADO OU


AUTÔNOMO ________________________________________________________________ 4
1.1- Conceito de Empresa 4
1.2- Conceito de Empregado 4
1.3- Conceito de Autônomo 4
1.4- A Empresa P.P., a Microempresa, o Microempreendedor e a Sociedade LTDA 5
1.5- Quais as Formas de contratação do corretor de imóveis? 5
1.6- O que gera vínculo empregatício? 6
1.7- Existem vantagens para o Corretor Contratado sem Carteira Assinada? 6
1.8- Como saber se a Contratação sem Carteira Assinada é Correta? 7
1.9- Como comprovar a fraude na Forma de Contratação? 7
1.10- Cuidados Específicos no preenchimento da declaração do Imposto de Renda. 8

2. O CORRETOR DE IMÓVEIS E AS NORMAS REGULADORAS _______ 9


2.1- A Responsabilidade Civil do Corretor de Imóveis 9
2.2- Da Lei 6.530/1978 e a Resolução do Cofeci sob nº326/1992 10
2.3- Da responsabilidade Criminal do Corretor de Imóveis 11
2.4- Certidões na Compra e Venda 14

3. CONTRATOS IMOBILIÁRIOS ________________________________ 16


3.1- Contrato de Associação 16
3.2- Contrato de Corretagem 18
3.3- Contrato de Compra e Venda 20
3.4- Proposta de Compra e venda 21
3.5- Convenção de Arbitragem 22

4. PERITO AVALIADOR E SUAS PECULIARIDADES _______________ 24


4.1- Responsabilidade do avaliador 24
4.2- O que é avaliar 25
4.3- Leis e Resoluções 25
4.4- Avaliações particulares e judiciais 26
4.5- Um nicho a ser descoberto 27

5. REDATORES _____________________________________________ 28
6. REFERÊNCIAS ____________________________________________ 29

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1. ESPECIFICIDADES DA EMPRESA IMOBILIÁRIA E O

CORRETOR EMPREGADO OU AUTÔNOMO

1.1- Conceito de Empresa

Código Civil: "Art. 966, considera-se empresário quem exerce


profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens ou de serviços".

Podemos defini-la como: a reunião de pessoas que tem como


objetivo principal exercer uma atividade econômica de maneira
profissional e que seja organizada para a produção e comercialização de
bens ou serviços.

1.2- Conceito de Empregado

Art. 3º da CLT. “Considera-se empregado toda pessoa física que


prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência
deste e mediante salário.”

1.3- Conceito de Autônomo

Trabalhador Autônomo é uma espécie de trabalhador que NÃO é


empregado, pois não há subordinação jurídica entre o prestador de serviços
e o tomador.

Esse profissional atua como patrão de si mesmo, sem submissão


aos poderes e comandos do empregador, e, portanto, não está inserido no

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círculo diretivo e disciplinar de uma organização empresarial. Para analisar se


há subordinação, deve-se verificar se o profissional recebe ordens.

O prestador de serviços autônomo assume o risco de sua atividade


econômica, podendo ou não haver pessoalidade e habitualidade.

1.4- A Empresa P.P., a Microempresa, o Microempreendedor e a


Sociedade LTDA

1.4.1- Sociedade Limitada

A Sociedade Limitada, ou LTDA, é um dos modelos mais conhecidos


e também um dos mais comuns no Brasil.

Saiba que para que ela possa existir, exige-se a existência de mais
de um sócio, sejam eles pessoas jurídicas ou físicas. Além disso, cada sócio
tem a sua participação definida com base em sua cota, ou seja, sua
participação no capital social da empresa.

Junto a isso, esse modelo conta com a figura do administrador que


deverá ser o representante legal da sociedade. A sua escolha será feita pela
maioria dos sócios, em votação.

1.5- Quais as Formas de contratação do corretor de imóveis?

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Segundo Art. 6º, § 2º da Lei n.º 6.530/78 (Incluído pela Lei nº


13.097, de 2015): “O corretor de imóveis pode associar-se a uma ou mais
imobiliárias, mantendo sua autonomia profissional, sem qualquer outro vínculo,
inclusive empregatício e previdenciário, mediante contrato de associação
específico, registrado no Sindicato dos Corretores de Imóveis ou, onde não
houver sindicato instalado, registrado nas delegacias da Federação Nacional
de Corretores de Imóveis”.

Em contrapartida, a CLT em seus artigos 442, 442-A e 443, também


disponibiliza ao corretor de imóveis, realizar um contrato de trabalho, atuando
com carteira assinada, devendo cumprir com todos os requisitos da relação de
emprego estipulados no Art. 3º da CLT.

1.6- O que gera vínculo empregatício?

Esse vínculo é gerado quando presentes TODOS Requisitos da


Relação de Emprego:

-Pessoa física: Só será relação de emprego, se o trabalho for prestado por


pessoa física.

-Pessoalidade: Somente aquela pessoa física prestará serviço naquela


relação. Não pode ser substituída.

-Habitualidade: O trabalho tem que ser desenvolvido de forma contínua e não


de forma esporádica.

-Onerosidade: É a contraprestação pecuniária que o empregado recebe pelo


trabalho prestado.

-Subordinação: Considerada jurídica, que incide sobre a forma de prestação


de serviço, sobre seu formato de execução.

Caso exista um contrato de trabalho autônomo celebrado entre as


partes, empregado (corretor) e o empregador (imobiliária/construtora). Esse
contrato pode ser descaracterizado na Justiça do Trabalho, se comprovados os
requisitos da relação de emprego, fazendo com que o empregado receba pelos
direitos trabalhistas que possui.

1.7- Existem vantagens para o Corretor Contratado sem Carteira


Assinada?

O corretor de imóveis autônomo é aquele que não possui vínculo


empregatício com a imobiliária nem carteira assinada. As vantagens são poder
atuar de forma independente e com flexibilidade de horários e sem
subordinação jurídica, como já foi relatado anteriormente.

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Em contrapartida, esses profissionais não possuem direitos trabalhistas, tais como: 13º
salário, férias remuneradas, FGTS, horas extras, adicional noturno, aviso prévio, benefícios
previdenciários, dentre outros.

O mais importante em uma relação de autonomia profissional é que tanto o corretor


quanto a imobiliária estejam cientes e ajam de forma transparente, evitando assim
problemas na relação e também na Justiça.

1.8- Como saber se a Contratação sem Carteira Assinada é Correta?

Para que o corretor preste seus serviços de forma autônoma em


conformidade com a legislação, é fundamental que nessa relação de trabalho,
não estejam presentes todos os elementos que constituem o vínculo
empregatício já relacionados acima.

Trazendo isso para a realidade prática, o corretor que trabalha para


uma imobiliária como “autônomo”, mas possui um superior hierárquico, recebe
ordens, cumpre horários, precisa bater metas, recebe uma comissão pelas
vendas de forma regular, só ele presta aqueles serviços. Na realidade ele
possui um vínculo de emprego e pode pleitear na Justiça os direitos que tem.

Esse tipo de contratação não condiz com a realidade do corretor


autônomo e acaba fazendo com que a imobiliária não pague pelos direitos que
deve, maquiando um contrato de trabalho.

Caso o corretor queira se associar entre uma ou mais imobiliárias


também é fundamental que ele celebre um contrato e registre nos órgãos
indicados pela legislação, conforme será explicado em conteúdo posterior.

1.9- Como comprovar a fraude na Forma de Contratação?

Muitos corretores que tem conhecimento da legislação de forma


tardia acabam identificando irregularidades na sua própria contratação. Nessas
horas, é muito natural que o corretor queira ajuizar uma ação trabalhista, porém
muitos se questionam como comprovar os fatos sendo que, em muitos casos, o
profissional sequer conta com um contrato assinado.

Vale destacar que a empresa tem o dever de provar que a


contratação não era fraudulenta. Portanto, e-mails comprovando a
subordinação, notas fiscais, recibos ou extratos bancários comprovando o
salário recebido e, principalmente testemunhas, irão contribuir para
comprovação da fraude na contratação.

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1.10- Cuidados Específicos no preenchimento da declaração do Imposto


de Renda.

1) Entregue dentro do prazo;


2) Organize os documentos e informações;
3) Não deixe para a última hora;
4) Checagem geral:

a) Suas contas estão corretas?

b) Você incluiu nos seus rendimentos os rendimentos de aplicações


financeiras, lucros e dividendos que justificam variação patrimonial (acréscimo
de patrimônio)?

c) Você informou às dívidas que justificam as aquisições de bens ou direitos de


valores vultosos?

d) Você informou seus bens e direitos de forma completa, e nos valores


corretos?

e) Você informou corretamente o que já havia pago de imposto na fonte, ou


através de recolhimento antecipado, no ano anterior?

f) Se você é casado, já fez as contas se vale mais a pena declarar separado ou


em conjunto?

g) Analisou com cuidado qual modelo de declaração vale mais a pena no seu
caso, o simplificado ou o completo?

h) Se você tem muitas despesas para deduzir, o esforço extra vale a pena e é
melhor optar pelo formulário completo.

i) Não esqueceu de incluir rendimentos tributáveis, como aqueles recebidos de


forma eventual, e que podem facilmente ser cruzados pela Receita Federal
(como aqueles rendimentos advindos de empresas, que são informados na
DIRF).

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2. O CORRETOR DE IMÓVEIS E AS NORMAS REGULADORAS

O Corretor de Imóveis trata-se de profissional fundamental para o


mercado imobiliário, pois é responsável pela a intermediação, aproximação e
concretização do negócio jurídico entre as partes, tendo como função atender
aos interesses das partes envolvidas, evitando possíveis e futuros conflitos
judiciais, ou, no mínimo, minimizará seus riscos.

Assim, é imprescindível que a atuação do corretor se dê de forma


transparente e ética, apresentando ao seu cliente um negócio seguro e com o
mínimo de riscos possíveis.

2.1- A Responsabilidade Civil do Corretor de Imóveis

De forma objetiva, a responsabilidade civil trata-se da obrigação que


uma pessoa tem de reparar o dano moral ou material que causou a outra.

Estabelece o Art. 723 do Código Civil, que o corretor é obrigado a


executar a mediação com diligência e prudência, e a prestar ao cliente,
espontaneamente, todas as informações sobre o andamento do negócio.

Além disso, estabelece o parágrafo único do Art. 723 do Código Civil


que, sob pena de responder por perdas e danos, o corretor prestará ao cliente
TODOS os esclarecimentos acerca da segurança ou do risco do negócio, das
alterações de valores e de outros fatores que possam influir nos resultados da
incumbência.

A resolução 326/1992 estabelece o Código de Ética Profissional dos


Corretores de Imóveis, e quanto à responsabilidade civil, estabelece em seu
artigo 5º:

Art. 5º. O Corretor de Imóveis responde civil e penalmente por atos


profissionais danosos ao cliente, a que tenha dado causa por imperícia,
imprudência, negligência ou infrações éticas.

Portanto, analisando os dispositivos acima, podemos concluir que:

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OS CORRETORES DE IMÓVEIS RESPONDEM DE FORMA SUBJETIVA


PELOS DANOS CAUSADOS!

O que isso significa?

O Corretor de Imóveis, na qualidade de profissional liberal, responde


pelos danos causados a seus clientes, desde que reste caracterizada sua
culpa. Isto significa que será preciso comprovar que o corretor agiu com
imprudência, negligência ou imperícia, como ocorre nas seguintes hipóteses:

a) Imprudência: Recomendar negócio sem as devidas cautelas,


colocando em risco os clientes/consumidores;

b) Negligência: Omitir informações importantes do cliente, as quais,


se ele tivesse conhecimento, certamente não fecharia o negócio;

c) Imperícia: Não se informar bem de todas as circunstâncias do


negócio, antes de oferecê-lo e não repassa informações claras do negócio.

2.2- Da Lei 6.530/1978 e a Resolução do Cofeci sob nº326/1992

A Lei 6.530/1978 regulamenta a profissão de corretor de imóveis e


disciplina o funcionamento de seus órgãos de fiscalização.

Quem pode exercer a profissão?

Segundo o Art. 2º da citada lei, o exercício da profissão de Corretor


de Imóveis será permitido ao possuidor de título de TÉCNICO EM
TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS.

Quais atividades o corretor de imóveis pode realizar?

Nos termos do Art. 3º, compete ao Corretor de Imóveis exercer a


intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo,
ainda, opinar quanto à comercialização imobiliária.

Resolução COFECI nº326/1992.

IMPORTANTE: O Art. 4º da resolução 326/1992 do COFECI,


estabelece os deveres do corretor de imóveis, a saber:

Art. 4º - Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação aos clientes:


I - Inteirar-se de todas as circunstâncias do negócio, antes de oferecê-
lo;
II - apresentar, ao oferecer um negócio, dados rigorosamente certos,
nunca omitindo detalhes que o depreciem, informando o cliente dos riscos e
demais circunstâncias que possam comprometer o negócio;
III - recusar a transação que saiba ilegal, injusta ou imoral;

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IV - comunicar, imediatamente, ao cliente o recebimento de valores ou


documentos a ele destinados;
V - prestar ao cliente, quando este as solicite ou logo que concluído o
negócio, contas pormenorizadas;
VI - zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica do
negócio, reservando ao cliente a decisão do que lhe interessar pessoalmente;
VII - restituir ao cliente os papéis de que não mais necessite;
VIII - dar recibo das quantias que o cliente lhe pague ou entregue a
qualquer título;
IX - contratar, por escrito e previamente, a prestação dos serviços
profissionais;
X - receber, somente de uma única parte, comissões ou
compensações pelo mesmo serviço prestado, salvo se, para proceder de modo
diverso, tiver havido consentimento de todos os interessados, ou for praxe
usual na jurisdição.

E AS IMOBILIÁRIAS (PESSOAS JURÍDICAS), RESPONDEM SUBJETIVA


OU OBJETIVAMENTE POR DANOS CAUSADOS?

Com relação à imobiliária, pessoa jurídica, o entendimento


jurisprudencial é de que esta responde objetivamente na qualidade de
fornecedora de serviços, bastando provar que o dano causado ao
cliente/consumidor decorreu da sua prestação de serviços, sem necessidade
de comprovação da conduta negligente ou imprudente (culpa) da imobiliária.
Ex. Se um imóvel é anunciado para a locação comercial e o cliente que aluga
para aquela finalidade se prejudica, tendo danos materiais e/ou morais,
provando-os, necessita comprovar apenas que o imóvel locado não poderia ser
utilizado para tanto, respondendo a imobiliária pelos danos causados.

A responsabilidade nesse caso é objetiva, principalmente diante do


contido no Art. 38 do Código de Defesa do Consumidor. “Art. 38. O ônus da
prova da veracidade e correção da informação ou comunicação publicitária
cabe a quem as patrocina”.

Ou seja, se o consumidor procura uma imobiliária ou administradora


de imóvel é porque quer se sentir mais seguro ao invés de locar/comprar ou
vender um imóvel por conta própria, portanto, espera que essas empresas
prestem o serviço de assessoria de forma adequada, minimizando riscos.

2.3- Da responsabilidade Criminal do Corretor de Imóveis

2.3.1 Exercício ilegal da profissão

Conforme esclarecido acima, o ato de intermediação é de


competência exclusiva do Corretor de Imóveis.

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De acordo com o Art. 5, XIII da Constituição Federal prevê que: “é


livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer.”

Além do mais, o Art.2º da Lei 6.530/1978 estabelece que o exercício


da profissão de Corretor de Imóveis será permitido ao possuidor de título de
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS.

Portanto, para exercer a profissão de Corretor de Imóveis é preciso


qualificação de técnico ou gestão em transações imobiliárias e habilitação no
Conselho de Fiscalização Profissional – CRECI/PR.

Aquele que realiza a intermediação sem preencher esses requisitos


comete o ilícito penal de exercer ilegalmente a profissão de Corretor de
Imóveis, tipificando a conduta prevista no Art. 47, da Lei de Contravenções
Penais:

Art. 47: Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a


exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu
exercício: Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa.

Portanto, ao praticar ilegalmente a profissão o agente responde de


duas formas:

Administrativamente: será autuado pelo Creci pelo exercício ilegal


da profissão sendo sujeito ao pagamento de multa;

Criminalmente: pela lavratura de Termo Circunstanciado na Polícia


Federal para que o infrator responda na esfera penal pela Contravenção
Penal.

2.3.2 Do crime à lavagem de dinheiro

A lavagem de dinheiro ocorre quando alguém obtém uma quantia


gerada por um crime ou contravenção penal como, por exemplo, a prática de
corrupção, roubo, tráfico de drogas, sonegação fiscal e, com este dinheiro, o
indivíduo procura disfarçar a origem criminosa mediante uma série de
transações comerciais ou financeiras para reinserir esses valores na economia
como se fossem de origem lícita.

Para prevenir crimes como estes, vários setores devem colaborar


com autoridades públicas fornecendo informações sobre transações de seus
clientes, como por exemplo, os agentes imobiliário

De acordo com a Resolução-Cofeci nº 1.336/2014, pessoas físicas e


jurídicas que desempenham atividades de promoção imobiliária ou compra e
venda de imóveis, de forma permanente ou eventual, devem implementar
política de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

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A Resolução impõe ao corretor a obrigatoriedade de manter em seus


arquivos, dados atualizados dos clientes e de todos os intervenientes em
negócios imobiliários, como compradores, vendedores, seus cônjuges,
procuradores, representantes legais, corretores, entre outros.

Além disso, caberá ao corretor informar a COAF - Conselho de


Controle de Atividades Financeiras - qualquer transação que envolva o
pagamento ou recebimento em espécie de valor igual ou superior a R$
100.000,00 (cem mil reais).

Dentre as punições previstas, referidas na Lei nº 9.613/98,


encontram-se a advertência, bem como multa pecuniária, inabilitação
temporária e cassação ou suspensão da autorização para o exercício de
atividade.

Exemplos de operações suspeitas

O setor imobiliário é um dos alvos para a lavagem de dinheiro


decorrentes do tráfico de drogas. Um Estado brasileiro, por exemplo, chegou a
apurar que 90% do lucro do tráfico é “lavado” em operações envolvendo
compra e venda de imóveis. Na maioria das situações, os imóveis são
colocados em nome de parentes, para disfarçar a ilicitude da operação. Por
isso, um dos indicadores de suspeita da Resolução são justamente operações
realizadas por terceiros.

Em caso de grande repercussão, envolvendo corrupção de fiscais,


também houve lavagem do dinheiro obtido ilicitamente por meio de operações
no setor imobiliário. Investigações do Ministério Público Estadual levaram a
operações suspeitas de lavagem envolvendo os acusados de corrupção e
empresas imobiliárias.

Uma das formas de lavagem de dinheiro no setor imobiliário é a


compra de imóveis com recursos de origem ilícita, por valores oficialmente
menores que os valores efetivamente pagos. A diferença entre o valor da
transação e o valor declarado oficialmente é paga com dinheiro em espécie e,
em seguida, o imóvel é vendido pelo valor de mercado. O lucro aparentemente
gerado é utilizado para justificar a origem do dinheiro.

Outros sinais de operações suspeitas são: (I) transações imobiliárias


ou propostas que, por suas características, no que se refere às partes
envolvidas, valores, forma de realização, instrumentos utilizados ou pela falta
de fundamento econômico ou legal, possam configurar indícios de crime.; (II)
transação imobiliária incompatível com o patrimônio, a atividade principal
desenvolvida ou a capacidade financeira presumida das partes.; (III)
recebimento de recursos com imediata compra de instrumentos para a
realização de pagamentos ou de transferências a terceiros, sem justificativa; e
(IV) movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade
econômica e a capacidade financeira

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2.4- Certidões na Compra e Venda

Como já esclarecido, o corretor de imóveis tem o dever de


informação, portanto, especialmente na compra e venda é necessário agir com
diligência e atenção para uma série de informações a serem verificadas não só
em relação ao imóvel, mas também em relação ao proprietário, antes de ser
firmado qualquer tipo de vínculo contratual.

Por isso, é importante exigir que o vendedor apresente diversas


certidões, pois esse procedimento tem a finalidade de verificar a existência de
impedimentos legais à alienação do bem e até mesmo comprometimento do
patrimônio do vendedor em razão de dívidas preexistentes.

2.4.1 Certidões relativas ao imóvel

O Decreto nº 93.240/1986, que regulamenta a Lei nº 7.433/1985 e


dispõe sobre os requisitos para a lavratura de escrituras públicas, indica em
seu art.1º, as certidões obrigatórias para lavratura de atos notariais relativos ao
imóvel.

Entre as certidões obrigatórias para lavratura de atos notariais,


primeiramente, destacam-se as certidões relativas ao imóvel objeto do negócio
imobiliário. Essas certidões variam em razão de o imóvel ser urbano ou rural.

1. Certidão de ônus reais da matrícula do imóvel: Através dessa


certidão é possível verificar quem é o proprietário e se há algum ônus ou
gravame. Essa certidão é expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis
competente e possui validade de 30 dias, conforme Decreto nº 93.240/1986;

2. Certidão de inteiro teor: certidão do imóvel da qual constam todos


os registros e averbações desde a criação da matrícula do imóvel;

3. Certidões que comprovem a regularidade fiscal do imóvel: essa


certidão visa comprovar a regularidade quanto ao pagamento dos impostos
incidentes sobre o imóvel. Sendo imóvel urbano, a regularidade do IPTU;
sendo imóvel rural, a regularidade do ITR.

Importante: no caso de imóveis em condomínio, é também


importante a apresentação da quitação das taxas condominiais, isto porque as
taxas e contribuições condominiais são obrigações “propter rem”, o que implica
dizer em dívidas que acompanham o imóvel, independentemente de ter sido
constituída pelo antigo proprietário.

2.4.2 Certidões relativas ao vendedor

Além das certidões relativas ao imóvel, é importante solicitar


certidões de distribuição de feitos judiciais em relação aos vendedores. Essas

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certidões averiguam a existência de ações movidas em nome de ou contra os


vendedores, tanto na esfera estadual como na federal.

Portanto, devem ser solicitadas as certidões de distribuição perante


a Justiça Comum, Justiça do Trabalho e Justiça Federal.

A apresentação das certidões pessoais do vendedor visa impedir


que à alienação do imóvel não caracterize fraude contra credores ou fraude à
execução.

Vale dizer que o rol específico das certidões que devem ser
apresentadas para a celebração de escrituras públicas que envolvam imóveis
varia de Estado para Estado. Outros documentos poderão ser exigidos de
acordo com a especificidade do imóvel, sendo que os tipos de imóveis que
exigem certidões específicas são:

- imóveis foreiros à União;


- terrenos da marinha;
- imóveis rurais;
- imóveis de propriedade de pessoa jurídica.

CUIDADOS

A) Vendedor que é casado ou possui união estável. Necessidade de


outorga uxória sob pena de ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO;
B) O comprador pode abrir mão de certidões ou aceitar, por
exemplo, comprar posse ou cessão de direitos hereditários. Neste caso, deve
constar uma cláusula dizendo que o comprador está ciente dos riscos;
C) Ter por escrito e documentado tudo que for tratado com o cliente;
D) verificar eventuais problemas do condomínio, como ações
trabalhistas ou dívida com o INSS

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3. CONTRATOS IMOBILIÁRIOS

A seguir estudaremos as principais características dos contratos no


contexto imobiliário.

De forma objetiva, pode-se dizer que o contrato é um acordo de


vontades que tem por finalidade CRIAR, MODIFICAR ou EXTINGUIR direitos.

3.1- Contrato de Associação

De acordo com a Lei nº 6.530/1978, o corretor de imóveis poderá ser


contratado tanto como autônomo, quanto como empregado com carteira
assinada.

Há dois tipos de contratos que o corretor pode firmar com a


imobiliária:

Natureza civil > contrato de associação regido pela Lei


6.530/1978
Natureza trabalhista > contrato de trabalho regido pela
CLT

Através da Lei 13.097/2015, foi incluída a figura do corretor de


imóveis associado, alterando o art.6º da Lei 6.530/1978, cujo artigo regula a
profissão do corretor de imóveis. Com tais alterações, é possível que o corretor
atue como associado de uma ou mais imobiliárias sem estabelecer vínculo
empregatício ou previdenciário.

Entretanto, alguns cuidados devem ser observados, pois embora


seja um trabalho autônomo, em alguns casos é cobrado o cumprimento de
horário e plantões.

Assim, foram realizadas as seguintes alterações, passando a


constar:

Art. 6º As pessoas jurídicas inscritas no Conselho Regional de


Corretores de Imóveis sujeitam-se aos mesmos deveres e têm os mesmos
direitos das pessoas físicas nele inscritas.

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§ 1o As pessoas jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como


sócio gerente ou diretor um Corretor de Imóveis individualmente
inscrito. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.097, de 2015)
§ 2o O corretor de imóveis pode associar-se a uma ou mais
imobiliárias, mantendo sua autonomia profissional, sem qualquer outro vínculo,
inclusive empregatício e previdenciário, mediante contrato de associação
específico, registrado no Sindicato dos Corretores de Imóveis ou, onde não
houver sindicato instalado, registrado nas delegacias da Federação Nacional de
Corretores de Imóveis. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
§ 3o Pelo contrato de que trata o § 2o deste artigo, o corretor de
imóveis associado e a imobiliária coordenam, entre si, o desempenho de
funções correlatas à intermediação imobiliária e ajustam critérios para a partilha
dos resultados da atividade de corretagem, mediante obrigatória assistência da
entidade sindical.
§ 4º O contrato de associação não implica troca de serviços,
pagamentos ou remunerações entre a imobiliária e o corretor de imóveis
associado, desde que não configurados os elementos caracterizadores do
vínculo empregatício previstos no art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943. (Incluído pela
Lei nº 13.097, de 2015).

A primeira observação é que as imobiliárias tenham um sócio


gerente ou diretor que seja corretor de imóveis devidamente inscrito no CRECI.

A segunda observação é que essa associação seja formalizada


através de contrato escrito, devidamente registrado no sindicato dos corretores
de imóveis e, caso não haja sindicato na Cidade, que seja registrado nas
Delegacias da Federação Nacional de Corretores de Imóveis.

Aqui é importante acrescentar que o contrato de associação


específico deve ser registrado antes de qualquer prestação de serviços de
corretagem correspondente. A falta do registro do contrato expõe a imobiliário
ao risco de uma ação trabalhista pela caracterização do vínculo empregatício.

A terceira observação é que esse contrato esclareça:

a) Qual a função que o corretor de imóveis vai exercer dentro


daquela imobiliária. Essas funções devem ser relacionadas à corretagem
conforme descrito no art.3º da Lei 6.530/1978, e são: intermediação na compra,
venda, permuta e locação de imóveis, podendo, ainda, opinar quanto à
comercialização imobiliária;

b) Critérios de partilha dos resultados da atividade de corretagem: o


contrato precisa estabelecer, por exemplo, em caso de venda, qual o
percentual dos honorários que caberá ao corretor; se ele trouxer o imóvel para
venda pela imobiliária, o que chamamos de angariação, qual será o percentual
pago ao corretor;

c) Prazo: pode ser por prazo determinado, por exemplo, de um ano;


ou prazo indeterminado. Caso seja por prazo determinado, após decorrido o
tempo do contrato, se a prestação de serviço ainda estiver sendo realizada é
necessária a realização de um novo contrato e novo registro.

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A quarta observação é estabelecida pelo parágrafo quarto de acordo


com o qual este tipo de associação não significa troca de serviços, pagamento
ou remuneração. Além disso, não podem estar presentes os elementos que
caracterizam a relação de emprego, os quais estão previstos no art.3º da CLT:

Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar


serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e
mediante salário.

Portanto, na relação entre o corretor e a imobiliária não podem estar


presentes: subordinação, habitualidade, onerosidade, pessoa física e a
pessoalidade juntos.

Dessa maneira, a exemplo de um corretor que trabalha para uma


imobiliária como autônomo, mas possui uma relação de subordinação com
superior hierárquico, cumpre horários e precisa bater metas na realidade
possui um vínculo de trabalho e pode pleitear na Justiça os direitos que tem.

Vantagens do contrato de associação:

> autonomia do corretor: essa autonomia é vantajosa pois poderá se


associar a outras imobiliárias também. Além disso, trabalha em cima da
produtividade, ganha comissão quando realiza a venda;

> segurança jurídica para a relação: Com a formalização desse


contrato e as regras esclarecidas de forma prévia e expressa, tanto o corretor
quanto à imobiliária podem atuar com mais segurança, minimizando riscos com
descumprimentos contratuais e eventuais ações trabalhistas. Caso surja
alguma discussão judicial, ambas as partes tem um documento que viabilizará
uma decisão jurídica justa;

> possibilidade de reinserção do corretor no mercado de trabalho,


haja vista que muitas imobiliárias deixam de contratar por conta dos encargos
trabalhistas.

3.2- Contrato de Corretagem

O contrato de corretagem é regulado pelo art. 722 a 729 do Código


Civil.

Quanto à sua conceituação, dispõe o art. 722 que o contrato de


corretagem é aquele por meio do qual uma pessoa, não ligada a outra em
virtude de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer relação de
dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou mais negócios,
conforme as instruções recebidas.

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É importante citar a Resolução 005/78 do COFECI que estabelece


as normas para o contrato padrão de corretagem.

O Art.1º da resolução acima citada estabelece os seguintes


requisitos:

Art. 1º - Toda e qualquer intermediação imobiliária será contratada,


obrigatoriamente, por
instrumento escrito que incluirá, dentre outros, os seguintes dados:
a) - nome e qualificação das partes;
b) - individualização e caracterização do objeto do contrato;
c) - preço e condições de pagamento da alienação ou da locação;
d) - dados do título de propriedade declarados pelo proprietário;
e) - menção da exclusividade ou não;
f) - remuneração do corretor e forma de pagamento;
g) - prazo de validade do instrumento;
h) revogado
i) - autorização expressa para receber, ou não, sinal de negócio.

Simplificando > Caberá ao corretor a função de aproximar as partes


interessadas na realização de um determinado negócio e, caso este negócio
venha a se concretizar, terá direito à retribuição chamada de comissão.

Direito à comissão quando há exclusividade:

A questão sobre exclusividade de corretagem costuma gerar


polêmicas, pois o Art. 726 do Código Civil prevê:

Art. 726. Iniciado e concluído o negócio diretamente entre as partes,


nenhuma remuneração será devida ao corretor; mas se, por escrito, for ajustada
a corretagem com exclusividade, terá o corretor direito à remuneração integral,
ainda que realizado o negócio sem a sua mediação, salvo se comprovada sua
inércia ou ociosidade.

Analisando o dispositivo acima, é possível concluir que havendo


cláusula de exclusividade no contrato de corretagem, o corretor terá direito à
comissão, ainda que, por exemplo, a compra e venda tenha sido formalizada
diretamente entre as partes sem a sua mediação. Contudo, poderá haver perda
desse direito caso as partes comprovem que o corretor permaneceu durante as
negociações inerte e ocioso.

Direito à comissão mesmo após dispensa ou se decorrido o


prazo do contrato se decorrente dos trabalhos desenvolvidos pelo
corretor

Assevera o Art. 727 do Código Civil: Se, por não haver prazo
determinado, o dono do negócio dispensar o corretor, e o negócio se realizar
posteriormente, como fruto da sua mediação, a corretagem lhe será devida;
igual solução se adotará se o negócio se realizar após a decorrência do prazo
contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor.

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Portanto:
a) Ocorrendo a dispensa do corretor pelo dono do negócio, e vindo
este posteriormente a formalizar com um comprador que lhe havia sido
apresentado por este corretor, a comissão será integralmente devida ao
corretor;
b) Se a consumação do negócio ocorrer após o término da vigência
do contrato, mas em decorrência dos trabalhos desenvolvidos pelo corretor, a
comissão também será integralmente devida.

Negociações concluídas com a intermediação de dois ou mais


corretores

De acordo com o art. 728 do Código Civil, se o negócio se concluir


com a intermediação de mais de um corretor, a remuneração será paga a todos
em partes iguais, salvo ajuste em contrário.

3.3- Contrato de Compra e Venda

Conforme define o art.481 do Código Civil:

Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se


obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo
preço em dinheiro.”

No caso de compra e venda de imóvel, o art.108 do Código Civil


exige que o contrato seja realizado por escritura pública para imóveis de valor
superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.

Condição de validade do contrato de compra e venda para imóvel


acima de 30 vezes o salário mínimo > ESCRITURA PÚBLICA

Despesas de escritura e registro são de responsabilidade de


quem?

A rigor, por expressa previsão do art.490 do Código Civil, as


despesas de escritura e registro ficam a cargo do comprador, podendo haver
disposição em contrário desde que expressamente previsto no contrato.

Pode ser realizada compra e venda entre ascendentes e


descendentes?

Sim, é possível, entretanto, o art. 496 do Código Civil exige expressa


autorização do cônjuge do vendedor e dos outros herdeiros. Caso não haja
consentimento do cônjuge ou de algum dos herdeiros, a compra e venda
poderá ser anulada.

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Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se


os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem
consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento
do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.

3.4- Proposta de Compra e venda

A elaboração da proposta de compra e venda de imóvel é uma das


atividades mais frequentes na rotina do corretor de imóvel e tem por objetivo
formalizar por escrito a intenção de compra, proposta de pagamento entre
outras condições.

Analisando a prática do corretor autônomo, vale respeitar a


orientação o art. 723 do Código Civil, segundo o qual o corretor de imóveis tem
o dever de realizar a intermediação da venda com diligência e prudência,
prestando ao cliente todas as informações sobre o andamento do negócio.

Por outro lado, quando a negociação está sendo intermediada por


uma administradora de imóvel ou imobiliária, a proposta de compra deve conter
todas as informações necessárias, respeitando, assim, o dever de informação
que é imposto pelo art.9º do Código de Defesa do Consumidor.

Portanto, para que a proposta tenha valor jurídico, algumas


condições precisam ser observadas, a saber:

a) Valor e forma de pagamento: não só o preço é importante, mas


também informar sobre a intenção de parcelamento. Além disso, recomenda-se
que conste se o pagamento se fará através de financiamento habitacional, pois
nesses casos há um processo burocrático e sujeito à aprovação para liberação
do crédito, o que pode não conveniente para o vendedor.
b) Prazo de validade da proposta: em regra, a proposta deixa de ser
obrigatória se não for imediatamente aceita, exceto nos casos em que o
vendedor não está presente. Por essa razão, é recomendável que a proposta
tenha prazo de validade caso seja necessário um prazo razoável para que o
vendedor manifeste seu aceite.
c) Aceite: trata-se da declaração do vendedor de que aceita a proposta do
comprador. Com essa concordância, os termos da proposta passam a ser
obrigatórias entre comprador e vendedor.
d) Contraproposta: considerando que a proposta de compra e venda
inicia a negociação, é sempre possível que haja uma contraproposta por parte
do vendedor. Neste caso, a proposta inicial deixa de ser obrigatória e a
contraproposta passa a depender do aceite do pretenso comprador.
A formalização por escrito da proposta e respeitando os requisitos
acima é recomendável para que, nos casos de desistência ou descumprimento
contratual, a parte lesada possa recorrer à via judicial para ser ressarcida por
eventuais danos.

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3.5- Convenção de Arbitragem

A arbitragem é um procedimento regulado pela Lei 9.307/1996 (Lei


da Arbitragem), sendo que ao prever no contrato a cláusula arbitral, as partes
excluem do Poder Judiciário a análise de qualquer conflito de interesses que
surja entre elas, submetendo a apreciação por uma Câmara de Mediação e
Arbitragem ou por Tribunais Arbitral.

A opção pela arbitragem pode ocorrer em dois momentos:

1. Preventivamente: Através da cláusula compromissória, as partes


previamente estabelecem que qualquer pendência surgida em relação ao
contrato será analisada pela Câmara de Mediação e Arbitragem ou por um
Juízo Arbitral;
2. Posteriormente: Após surgir o conflito em relação ao contrato, as
partes firmam o compromisso arbitral, convencionando que a controvérsia já
estabelecida seja resolvida por meio de arbitragem.

Vantagens:

a. Celeridade: Caso as partes não tenham estipulado prazo, o


arbitro terá até 6 (seis) meses para proferir a sentença, contados da instituição
da arbitragem ou da substituição do árbitro. Além disso, a sentença arbitral é
irrecorrível, evitando demandas prolongadas que causariam prejuízos enormes
às partes;

b. Economia: Tendo em vista que a sentença arbitral é irrecorrível,


os custos processuais normalmente são inferiores aos custos com demandas
judiciais nas quais é possível a interposição de diversos recursos e os
honorários advocatícios normalmente são fixados a cada nova decisão por
grau de jurisdição;

c. Flexibilidade do procedimento arbitral: A arbitragem pauta-se


no princípio da autonomia das partes, o que significa que as regras do
procedimento arbitral poderão ser estabelecidas pela instituição arbitral ou
pelas partes com base nas regras de direito ou por equidade, isto é, aplicando-
se a lei que regula determinados tipos de contratos ou permitindo que o árbitro
decida da forma que considere mais justa, sem ter que seguir necessariamente
a lei.

d. Conhecimento específico do árbitro na matéria a ser dirimida:


Normalmente os árbitros possuem conhecimento específico na matéria
discutida na demanda, a exemplo de contratos imobiliários.

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Portanto, o procedimento arbitral apresenta vantagens atraentes em


termos de celeridade e economia, mostrando-se como uma ferramenta
alternativa eficaz para resolução de conflitos contratuais se comparada aos
processos judiciais, que infelizmente devido à sobrecarga do Judiciário, levam
em média 2 (dois) a 5 (cinco) anos para serem sentenciados, como nos casos
de ações que envolvam despejo, revisional de aluguéis e rescisão de contratos.

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4. PERITO AVALIADOR E SUAS PECULIARIDADES

Conforme já esclarecido acima quanto à responsabilidade civil do


corretor de imóveis, o art.723 do Código Civil estabelece que:

Art. 723. O corretor de imóveis é obrigado a executar a mediação com


diligência e prudência, e a prestar ao cliente, espontaneamente, todas as
informações sobre o andamento do negócio. Sob pena de responder por perdas
e danos, o corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca da
segurança ou do risco do negócio, das alterações de valores e de outros fatores
que possam influir nos resultados da incumbência.

Isso serve para o corretor de imóveis quando fizer uma avaliação,


tanto judicial quanto particular. O Perito responde pela avaliação até morrer,
pois ele é o responsável por aquele documento.

4.1- Responsabilidade do avaliador

A responsabilidade do Perito é enorme, embora alguns achem que


fazer uma avaliação é somente fotografar o imóvel e fazer uma pesquisa geral,
não é assim que funciona.

Uma avaliação bem-feita exige conhecimento, tempo, cuidado para


selecionar as amostras e toda dedicação ao trabalho. Por isso, além de se
tornar um corretor de imóveis, é fundamental continuar estudando para adquirir
experiência e dentre o trabalho do dia a dia, mais cursos e demais formas de
estudo, você vai adquirindo experiência e aprendendo cada vez mais.

O Perito que “vender” um laudo corre o risco de ir para cadeia. É


natural (infelizmente) que clientes peçam para você fazer um laudo no preço
que ele quer. Isso além de ser antiético, é crime! Se você fizer isso, é o mesmo
que jogar seu certificado no lixo e todos os seus anos de estudo.

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4.2- O que é avaliar

A atividade de avaliar pode ser definida como determinar o valor, a


importância de alguma coisa, compreender, apreciar, conhecer o seu valor.

Dentro do mercado imobiliário, quando falamos em “avaliar” significa


que devemos chegar em um preço justo de mercado. Se contratam nossos
serviços, é porque temos competência técnica para tal trabalho, estudamos
para isso e é nosso dever buscarmos conhecimento para que tenhamos mais
segurança na hora de fazer as avaliações.

4.3- Leis e Resoluções

A Lei que regulamenta a profissão de Corretor de Imóveis, Lei nº


6.530, de 12 de maio de 1.978.

Resolução – COFECI (Conselho Federal dos Corretores de Imóveis)


nº 1.066/2007.

Em uma Sessão Plenária, realizada no dia 22 de novembro de 2007,


foi decidido por unanimidade que a inscrição no CNAI (Cadastro Nacional de
Avaliadores Imobiliários) seria opcional, pois na Lei de 1.978 já diz que o
corretor de imóveis tem o direito de opinar quanto à comercialização imobiliária.

Portanto, todo corretor de imóveis é Perito, independentemente se


tem o curso de avaliação de imóveis ou não, se está inscrito no CNAI ou não.

CNAI é o Cadastro Nacional dos Avaliadores Imobiliários.

Todos os corretores de imóveis que tenham o curso superior ou que


tenham TTI e fizerem o curso de Avaliação de Imóveis, podem se cadastrar no
CNAI.

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Mesmo não sendo obrigatório, é fundamental que o corretor de


imóveis se prepare, pois o conhecimento é que faz toda diferença num
profissional. Aí que está a grande jogada, quem estuda por obrigação está
infeliz, mas quem pensa grande, quem quer fazer a diferença, sempre está
buscando conhecimento.

4.4- Avaliações particulares e judiciais

4.4.1 As avaliações particulares

São aquelas em que somos contratados por pessoas ou empresas.

Há muitas dúvidas a respeito de como conseguir trabalhar com as


avaliações particulares. Pois bem, o primeiro passo é a divulgação! Sem
divulgar, ninguém vai saber que você é um Perito.

Faça bons cartões de visita, divulgue nas redes sociais. Fique atento
ao mercado, leia, estude, esteja sempre atualizado, faça o seu melhor.
Nenhuma divulgação é mais eficiente do que a indicação.

4.4.2 As avaliações judiciais

São as que o Perito é nomeado pelo juiz.

É um trabalho mais demorado e delicado, porque envolve muitas


pessoas e tudo depende do processo, que às vezes se arrasta por anos. No
Paraná os processos são digitais, isso facilita muito o trabalho do Perito.

O laudo para fins particulares ou judiciais não tem diferença, o


trabalho, a responsabilidade, as pesquisas, tudo é muito parecido, o que muda
é a forma de conduzir. O particular é rápido, o cliente pede o serviço, você faz
o orçamento, vocês se acertam no valor e muitas vezes em menos de uma
semana já está tudo pronto e você recebe pelo seu trabalho.

Já na judicial, tudo tem prazo, então começa com você se


inscrevendo nas varas cíveis, fazendo o cadastro, depois de algum tempo é
nomeado pelo juiz, aí o Perito lê o processo, faz o orçamento, as partes têm
alguns dias pra dizer se aceitam ou não e assim pode se arrastar por meses e
até anos até começar os trabalhos e normalmente recebe 50% para dar início
aos trabalhos e os outros 50% na entrega do laudo ou ao final da sentença,
depende de cada juiz.

É um procedimento demorado, mas depois que o Perito tem uma


boa demanda sempre vai trabalhando e entrando dinheiro, lembrando que esse
dinheiro que está depositado, é corrigido.

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Muitos corretores fazem parceria, principalmente quando estão


começando, para ir pegando o jeito do trabalho porque além dos cursos e do
material que o corretor pesquisa para estudar, a prática é fundamental.

4.5- Um nicho a ser descoberto

O mundo das avaliações de imóveis é maravilhoso! Um nicho que


ainda tem muito a ser explorado e sempre há uma grande demanda, porque os
fóruns estão cheios de serviço, os advogados sempre precisam de Peritos e
com o tempo seu nome vai ficando conhecido e principalmente seu bom
trabalho! Se fizer um bom trabalho, será indicado. Por isso, ESTUDE,
ESTUDE, ESTUDE!!!

Divulgue seu nome, apareça, troque cartões, vá em palestras,


cursos, feiras de imóveis, VOCÊ PRECISA SER OUSADO!

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6. REFERÊNCIAS
COELHO, Fabio Ulhoa Curso de Direito Civil. Contratos. 5. Ed . São
Paulo: Saraiva, 2012.
FGV. Curso de Direito Imobiliário. Disponível em:< http://nc-
www5.fgv.br/cursosgratuitos/OCW/378/OCWIDIEAD_00/ >. Acesso em: 11 de
fevereiro de 2018.
https://www.crecies.gov.br/o-corretor-de-imoveis-pode-colaborar-na-
prevencao-do-crime-a-lavagem-de-dinheiro/. Acesso em 07 de abril de 2019.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Contratos e
atos unilaterais. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
PEIXOTO, Ulisses Vieira. Direito Imobiliário. Leme: JH Mizuno,
2017.

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