Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
ESPORTE DE QUADRA.
GUARULHOS – SP
1
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4
2 ESPORTE ..................................................................................................................... 5
6.2 Passe.........................................................................................................................18
2
9 METODOLOGIA BASQUETE.......................................................................................36
9.4 Drible..........................................................................................................................41
9.7 Armador.....................................................................................................................48
9.10 Ala-pivô................................................................................................................... 50
9.11 Pivô......................................................................................................................... 51
15 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................68
3
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
4
2 ESPORTE
5
3 INICIAÇÃO ESPORTIVA A PARTIR DOS ESPORTES COLETIVOS
7
Fonte: Europeidipallavolo2005-Italia-Russia ([2005], documento on-line)
8
4 JOGOS SITUACIONAIS COMO UM ÉTODOD DE ENSINO
Os jogos situacionais são ações orientadas para a situação real de jogo; ou seja,
nesse contexto, as estratégias de ensino serão pautadas em possibilidades de elementos
técnicos para construir o jogo. Nesse tipo de ensinamento, aprende-se jogando. É preciso
que o aluno execute, vivencie e explore as movimentações e ações motoras de forma
concreta e com uma perspectiva real, para que, a partir dali ele encontre ou reconheça a
técnica formal do esporte, conforme apontam Kroger, Roth e Memmert (2002).
Em uma visão mais ampliada dessa forma de ensinar, entre os parâmetros
comuns dos esportes coletivos, são extraídas peças táticas que perfazem a lógica
estrutural dos esportes e que conduzem para a percepção geral do ato de jogar. É sempre
importante ter o entendimento de que, nessa iniciação aos esportes, o movimento ainda
é liberado das condições específicas das modalidades (PAZ, 2019).
Assim, é muito mais importante compreender a coerência das ações motoras em
prol da realização do jogo. Segundo Kroger, Roth e Memmert (2002), são observados
sete elementos táticos nas peças táticas:
Acertar o alvo;
Transportar a bola ao objetivo;
Tirar vantagem tática no jogo;
Jogo coletivo;
Reconhecer espaços;
Superar o adversário;
Oferecer-se e orientar-se.
A tarefa tática de acertar o alvo abrange as ações de lançar, chutar, disparar, entre
outras, a bola ou o implemento para um alvo. Ela está mais relacionada com o objetivo
do jogo. O aluno passa a entender a razão de a precisão, a velocidade e a agilidade
durante a execução tornam-se fundamentais para que ele conquiste esse resultado,
dificultando a ação de defesa da equipe adversária. Os exercícios como lançar a bola em
9
alvos de diferentes tamanhos e alturas, parados ou em movimento, com tamanhos e
pesos de bolas diferentes, são ideais para a percepção de como a força, o ângulo de
lançamento, as direções, entre outros, devem ser executadas em diferentes ações (PAZ,
2019).
Já a tarefa de transportar a bola ao objetivo é definida pelas ações motoras de
transportar, levar e lançar a bola entre os colegas de equipe, com a meta de atingir o
objetivo do jogo. Diferentemente da ação de acertar o alvo, que tem como base a ideia
de finalização, o transportar será executado ao longo da movimentação; por exemplo,
quicar a bola em movimento e entregar para um companheiro, lançar a bola entre os
colegas, ou, até mesmo, carregar a bola em deslocamento.
No elemento tático de tirar vantagem tática no jogo, os jogadores vão depender de
uma ação conjunta para realizar a movimentação, isto é, as diferentes ações executadas
entre os jogadores da equipe devem estar combinadas (relação entre colegas), para que
se tornem mais eficazes. É possível vislumbrar esse elemento tático em uma situação
real de jogo de futebol, quando há um posicionamento avançado de dois jogadores em
relação ao último jogador de defesa durante a cobrança de uma falta, a combinação está
no deslocamento rápido desses dois jogadores, saindo da posição de impedimento no
mesmo instante em que seu colega faz a cobrança da falta.
O jogo coletivo também está vinculado à relação estreita entre os jogadores da
equipe. Aqui se utilizam as ações motoras para o trabalho da percepção de como jogar,
a partir da variação de número de jogadores, de posicionamento da defesa e de
organização coletiva da equipe. A brincadeira “bobinho”, que é muito executada entre
aqueles que jogam futebol, desde as crianças até os adultos, da iniciação ao alto
rendimento, é um bom exemplo para esse elemento. Nesse tipo de brincadeira, os alunos
que estão no círculo deverão estar completamente articulados, para que não percam a
bola para os colegas que estão dentro do círculo (PAZ, 2019).
O quinto elemento tático, reconhecer espaços, tem relação com o adversário. A
tarefa consiste em desenvolver ou identificar possibilidades variadas para se conquistar
a meta final do jogo. Para tanto, deve-se desenvolver a habilidade de analisar e observar
os espaços de maior êxito para as jogadas. Podemos citar como exemplos um ataque no
voleibol atingindo uma área da quadra sem cobertura, ou, ainda, um passe no contra-
10
ataque do futsal, em que o jogador percebe o lado da quadra que não está sendo
ocupado pelo defensor adversário, o que permite o deslocamento de um companheiro
para aquele setor para receber o passe e concluir em gol.
Na iniciação, as atividades com delimitação de espaços que se utilizem de
marcações desenhadas no chão, arcos, cordas, entre outros, facilitam a visualização
desses espaços. Dessa forma, a mesma lógica do bobinho pode ser executada, só que
agora com marcação dos espaços que limitam o deslocamento dos jogadores. Pense em
um lado da quadra de voleibol dividido por três linhas iguais desenhadas no chão,
formando três retângulos de 9 m × 3 m. Em cada um deles se posicionam dois jogadores.
A bola deve ser lançada entre os jogadores das linhas extremas, sendo que os do meio
têm a tarefa de impedir esse lançamento. Contudo, nenhum dos jogadores pode pisar ou
sair de sua área limitada. Esse tipo de atividade pode facilitar a aprendizagem do
reconhecimento dos espaços (PAZ, 2019).
Ainda na lógica relacionada à equipe contrária, o elemento tático de superar o
adversário explora a habilidade de assegurar a posse de bola, mesmo quando em
confronto com o adversário. O aluno vai definir a melhor forma de realizar a ação, para
que ele não “entregue” ou perca a posse de bola para o adversário. De certa forma, a
escolha correta é a que concretiza a superação do adversário. Assim, o aluno deve ter a
capacidade de analisar, a partir da situação em que se apresenta o jogo, o que é melhor:
chutar, ou rolar, ou quicar, entre outras ações. Essa pode ser uma decisão que se utilizará
de capacidades individuais ou do processo coletivo do jogo, conforme lecionam Greco e
Benda (1998).
O último elemento, oferecer-se e orientar-se, está relacionado com o ambiente
(quadra, território, campo). O aluno será orientado a se perceber nos espaços do jogo;
ele deve fazer a leitura de qual é a sua posição em relação ao adversário, ao seu colega,
à marcação que está recebendo ou à meta do jogo (goleira). Com essa análise, ele deve
se deslocar de forma dinâmica e rápida, para que sempre esteja em um espaço que
possa ser aproveitado, tanto para receber ou passar a bola como para chamar a atenção
da equipe adversária, dando condições mais favoráveis para que seu colega passe ou
receba a bola. As atividades para esse elemento sempre envolverão movimentação.
Assim, cones, caixas e barreiras podem servir de obstáculos para deixar a área do jogo
11
mais desafiadora, onde as decisões serão tomadas a partir da variedade de elementos
(colegas, obstáculos, metas, etc.).
16
As premissas evidenciadas sugerem uma iniciação aos esportes coletivos de
forma mais complexa e ampliada, que solicitam do aluno o entendimento da lógica do
jogo e que buscam qualificar as suas ações motoras. É nessa qualificação que o
refinamento se estrutura; isto é, se o aluno consegue realizar uma tarefa motora de forma
mais eficaz, sem a preocupação com uma técnica específica, ele estará mais bem
preparado para receber e incorporar outras estruturas de movimento quando estas
tiverem por meta a habilidade do esporte apreendido (PAZ, 2019).
Pode-se compreender que é possível desenvolver aspectos técnicos, táticos e
coordenativos sem haver nenhuma especialização no esporte; no entanto, diversas
vezes se observa uma especialização precoce, que pode trazer inúmeros prejuízos.
17
6 METODOLOGIA DO FUTEBOL E DO FUTSAL
O futebol e o futsal são esportes coletivos nos quais cada um dos jogadores, entre
titulares e reservas, tem uma importância particular para o êxito da equipe dentro de
campo ou da quadra. Em outras palavras, ainda que uma equipe disponha de um
jogador com extrema habilidade técnica e exímia condição física, são as características
coletivas que determinarão o rendimento da equipe ao final da partida. Assim, é
fundamental que os jogadores aprendam e dominem as técnicas individuais, como o
passe, o chute e o drible (GONÇALVES, 2006).
6.2 Passe
6.3 Chute
19
O chute de bico consiste em acertar a bola com a extremidade frontal do pé, sendo
mais utilizado quando a bola está se movendo em uma trajetória para frente do jogador
que efetuará o chute, quando está dominada ou quanto está parada. Trata-se de um tipo
mais utilizado no futsal, no qual os tempos e espaços para enquadrar o corpo é menor.
No chute de bico, o jogador busca fazer com que, ao diminuir a área de contato com a
bola, a força do impacto seja maior e a bola adquira maior força em sua trajetória. Embora
seja bastante forte, para que o jogador tenha precisão e a bola assuma a trajetória
desejada, o chute deve ser efetuado ao centro da bola (SANTINI; VOSER, 2008).
No chute com o dorso do pé, o jogador acerta a bola em uma área de contato
maior, aumentando as chances de atingir o gol. Nesses casos, a inclinação do jogador é
maior, fator essencial para que a bola seja acertada em sua área média. O chute de voleio
é mais utilizado quando a bola se aproxima do jogador em uma trajetória aérea na qual,
sem deixar que a bola toque o solo, o jogador a acerta com o dorso do pé. Da mesma
forma, o chute de bate-pronto consiste no chute executado no exato momento em que a
bola, após a trajetória aérea, toca o solo. Nesses casos, pode ser realizado com o bico
ou com o dorso do pé.
Fonte: www.tandembranding/Shutterstock.com.
20
Nos chutes, a perna de apoio (aquela em que o corpo é sustentado durante o
chute) tem uma função importante: conforme a sua posição, a bola assumirá uma
trajetória rasteira ou alta. A perna de apoio deve ser posicionada ao lado da bola no
momento do chute, com os braços equilibrando o corpo. O braço do lado da perna que
realizará o chute deve permanecer baixo, ligeiramente afastado do corpo, com a mão na
altura do quadril. O braço contrário à perna que chuta deve estar posicionado a uma
altura mais ala, ligeiramente flexionado, à altura do ombro. O tronco, sustentado pela
perna de apoio, deve se posicionar levemente inclinado (APOLO, 2004).
Existem algumas fases que compõem o chute. Primeiro, há a corrida do jogador
em direção à bola, com o tronco ligeiramente inclinado à frente. Em seguida, com uma
hiperextensão de quadril e a flexão de joelhos, o pé que efetuará o chute deve ser
levantado para trás. Na terceira fase, os músculos que compõem o pé devem estar
contraídos e a perna relaxada. Por último, na quarta fase, após o impacto na bola, o pé
continua sua trajetória, para frente e para cima, completando um meio círculo. Nos
chutes, antes de efetuar os movimentos, o jogador deve buscar identificar a posição da
meta adversária, do goleiro e dos demais jogadores em campo ou em quadra, evitando
que a bola toque em possíveis obstáculos.
23
6.8 Marcação e combate
Tanto no futebol quanto no futsal, quando a equipe não detém a posse de bola, é
primordial que os jogadores tentem recuperá-la, efetuando marcações e combate aos
jogadores adversários. A marcação deve ser realizada sobre o jogador que está com a
bola e sobre aqueles que estão sem a bola, evitando que a recebam. Já o combate, de
modo geral, se aplica sobre o jogador com a posse da bola.
Em ambos os fundamentos, o jogador não deve apenas fixar o seu olhar sobre a
bola, mas também procurar identificar os movimentos que o jogador adversário fará,
antevendo seus deslocamentos. Precisa, ainda, ficar sempre próximo ao oponente e
acompanhá-lo em sua movimentação, independentemente do sistema adotado pela
equipe (APOLO, 2004).
O domínio das técnicas individuais é fundamental para que uma equipe tenha êxito
nas diversas situações que compõem os jogos de futsal e futebol. Por isso, todos os
jogadores devem ter a capacidade de executá-las. Evidentemente, por melhores que
sejam as capacidades técnicas dos jogadores, a posição que assumem em campo ou
em quadra também se mostra fundamental nas jogadas ofensivas e defensivas.
Para que uma equipe de futebol ou de futsal obtenha êxito em uma partida, não
basta que os jogadores se destaquem individualmente. Mais do que isso, é necessária a
ação conjunta dos diferentes componentes da equipe para que, de maneira integrada,
consigam articular as jogadas ofensivas, na busca do gol, e defensivas, recuperando a
bola e evitando as jogadas adversárias. Essas funções coletivas podem ser apresentadas
em formações ofensivas e defensivas (APOLO, 2004).
De modo geral, no futebol, embora todos os jogadores participem de todas as
jogadas, as equipes utilizam cinco jogadores com características e funções mais
ofensivas e seis jogadores com características e funções mais defensivas. No futsal, pela
reduzida quantidade de jogadores e a limitada dimensão da quadra, podemos observar
24
que todos participam com maior intensidade de jogadas defensivas e ofensivas
(GONÇALVES, 2019).
Para que uma equipe consiga realizar o objetivo principal do jogo: fazer gol, os
diferentes jogadores precisam articular as jogadas, conduzindo a bola até a meta
adversária e realizando a finalização. Para tanto, as ações ofensivas se desenvolvem em
fases distintas, podendo-se elencar três momentos: a manutenção da posse de bola; a
progressão até o campo adversário; e a finalização.
A manutenção da posse de bola consiste na troca de passes e na condução da
bola que permitem a articulação das jogadas. A posse da bola eleva as possibilidades de
uma equipe conduzi-la até a área adversária e obriga o adversário a jogar em reação,
buscando a recuperação. Nesta, que é a primeira fase de uma jogada ofensiva, o passe
e a recepção da bola são primordiais. A segunda fase das jogadas ofensivas refere-se à
progressão até o campo adversário (MUTTI, 2003).
Logicamente, somente a posse de bola não é suficiente para articular as jogadas
de ataque. De modo bastante comum, também se emprega a posse de bola como
estratégia defensiva.
No entanto, para atacar, os jogadores devem progredir no campo, fazendo a boa
ingressar na meta adversária. Para realizar a progressão, os passes e a recepção, a
condução de bola, as fintas e os dribles tornam-se essenciais, com o intuito de fugir da
marcação e do combate realizados pelos adversários.
Por último, a finalização, é a etapa mais curta das jogadas ofensivas, já que
consiste no ato final, realizado por meio de chutes, cabeceio ou outras jogadas, para
colocar a bola dentro da meta adversária. Essa etapa apenas se concretiza quando as
duas etapas anteriores são realizadas com sucesso.
As três fases descritas ocorrem em qualquer uma das formações ofensivas
adotadas pelas equipes. De maneira ampla, podemos identificar quatro diferentes tipos
de formações ofensivas: os ataques posicionais, os ataques rápidos, os ataques de
segunda bola e os contra-ataques (LEITÃO, 2004).
25
Os ataques posicionais consistem na criação de jogadas ofensivas a partir da troca
de passes constantes, buscando encontrar espaços no campo de atuação dos
adversários para buscar o gol. A principal característica dessa formação refere-se à
posse de bola com a progressão de maneira controlada em direção ao gol, trocando
passes laterais, até conseguir uma posição privilegiada para efetuar a finalização. Esse
formato se torna a principal opção aos times com bons passadores que jogam contra
defesas pouco organizadas (GONÇALVES 2019).
Os ataques rápidos são aqueles realizados de maneira vertical em direção ao gol,
em que a equipe tenta chegar ao gol adversário o mais rápido possível. Nesse modelo,
a posse de bola é deixada a um segundo plano, dando espaço para dribles rápidos e
lançamentos. Esse formato se torna a principal alternativa para times com jogadores
rápidos e habilidosos nos dribles e nas fintas, jogando contra equipes com defensores
mais lentos (MUTTI, 2003).
Os ataques de segunda bola consistem nas ocasiões em que, após lançar a bola
para o ataque, um jogador que disputa a bola aérea passa a bola para os jogadores
armadores, para que construam a jogada. Esse formato é característico de equipes com
jogadores ofensivos de referência em bolas aéreas (geralmente os centroavantes), que
fazem a função de “parede” contra os defensores, ganhando a disputa das bolas lançadas
em trajetória aérea.
Por último, as jogadas do tipo contra-ataque surgem a partir da recuperação da
bola durante o ataque adversário e a rápida progressão ao gol adversário, tais quais os
ataques rápidos. Esse formato é ideal para equipes que enfrentam equipes mais fortes
tecnicamente e devem permanecer em sua zona de defesa, buscando interceptar ou
desarmar os jogadores adversários. Também é ideal para equipes com uma boa defesa
e jogadores ofensivos rápidos.
As formações de defesa são ações coletivas que buscam impedir que a equipe
adversária realize jogadas e, consequentemente, marque gols. Para elaborar um bom
sistema defensivo, devem-se levar em consideração as especificidades técnicas e físicas
26
de cada jogador. Além disso, a disciplina coletiva e o entrosamento precisam estar
apurados, uma vez que cada jogador desempenha um papel fundamental na organização
de todo o time, ou seja, a displicência de um único jogador pode comprometer o objetivo
coletivo da equipe. De modo geral, as formações defensivas se classificam em marcação,
individual, marcação por zona, marcação tipo pressão ou marcação mista, as quais serão
discutidas a seguir.
Na marcação individual, predomina a atuação de um defensor sobre um atacante
específico, isto é, os embates técnicos e físicos ocorrem no sistema um contra um,
havendo uma predeterminação sobre qual jogador adversário cada um dos defensores
deverá conter. Os princípios para os defensores seguem regras básicas, eles deverão
ficar entre o atacante e o gol, mantendo-se a uma distância próxima, forçando-o a
conduzir a bola para o lado do campo ou da quadra em que tem menor habilidade de
modo a limitar suas ações (APOLO, 2004).
Na defesa por zona, os defensores não se preocupam especificamente com
apenas um jogador adversário, mas sim com determinado local da quadra ou do campo
que deve proteger, ou seja, o campo de defesa divide-se em zonas imaginárias, pelas
quais o jogador responsável deve marcar o jogador adversário que nelas ingressar.
A principal característica da defesa do tipo pressão consiste na disposição mais
adiantada de todos os jogadores da equipe, marcando os jogadores adversários em sua
zona de defesa, forçando os erros de passes na saída de bola e a recuperação rápida da
posse de bola. Nesse tipo de formação, é bastante comum que dois jogadores marquem
o jogador adversário que detém a posse da bola. Há também uma variação nesse tipo
de defesa, principalmente no futebol. A defesa meia-pressão consiste em metade do time
(geralmente os atacantes) marcando a saída de bola dos defensores adversários e os
defensores marcando por zona ou individualmente.
A defesa mista reúne elementos da defesa individual e por zona, isto é, enquanto
um defensor marca um jogador individualmente, os demais defensores tentam guarnecer
locais específicos da quadra ou do campo, sem necessariamente se preocuparem com
algum jogador em específico. Esse tipo de marcação é bastante frequente no futebol de
campo, quando um jogador específico faz marcação constante do jogador adversário
mais habilidoso (GONÇALVES, 2019).
27
Uma variação da defesa mista é a defesa combinada, que também se utiliza de
dois ou mais modelos de defesa. Esse tipo de formação defensiva necessita de um
grande entrosamento da equipe e uma disciplina tática excepcional dos jogadores. Nela,
as ações defensivas variam durante a jogada de ataque adversária. Por exemplo,
suponhamos que uma equipe está marcando por zona; após um passe ou um movimento
de um dos atacantes adversários, a equipe rapidamente transforma sua formação para a
defesa individual (GONÇALVES, 2019).
Evidentemente, não existe nenhum sistema defensivo infalível ou perfeito,
devendo ser adaptados conforme as especificidades individuais e coletivas de cada
equipe. Contudo, podemos estabelecer algumas vantagens e desvantagens gerais ao
usar determinado tipo de conceito defensivo. O quadro a seguir apresenta as principais
características de cada um dos formatos apresentados.
28
Fonte: Adaptado de Santini e Voser(2008)
29
Dessa forma, percebemos que os sistemas ofensivos e defensivos podem ganhar
inúmeros formatos, adaptando-se às características de cada um dos jogadores e da
equipe ou à situação exigida pelo jogo. No futebol e no futsal, as características dos
jogadores e as formações ofensivas e defensivas determinam o esquema tático a ser
adotado pelas equipes.
30
Fonte: https://br.freepik.com
Cabe destacar que, no futebol, onze jogadores são titulares, sendo um deles o
goleiro, que deve atuar preferencialmente abaixo da sua meta e dentro de sua área, onde
dispõe de maiores possibilidades de realizar defesas. Assim, os sistemas táticos
consideram apenas os jogadores de linha. Os principais sistemas táticos do futebol são
descritos a seguir (CASTELO, 1992).
Fonte: https://www.efdeportes.com
34
2–2: esse formato de jogo foi o pioneiro no futsal, surgindo ainda na década
de 1950. Nesse sistema tático, que pode ter características mais ofensivas
ou defensivas, dois jogadores são responsáveis pela defesa e dois
responsáveis pelo ataque. Por apresentar menores funções de jogadores,
trata-se de um dos principais sistemas utilizados por equipes de jogadores
iniciantes ou com jogadores com pouca capacidade técnica. É um sistema
bastante simples de desenvolver e possibilita a distribuição de jogadores de
maneira mais equilibrada, atuando geralmente em forma de quadrado.
2–1–1: também compreende um sistema bastante simples e facilmente
aplicado com crianças que estão iniciando nessa modalidade esportiva.
Consiste em dois jogadores jogando na defesa (um em cada extremidade
da quadra), um jogador na linha média da quadra (atuando como meia,
atacando e defendendo) e um jogador mais adiantando (com a função
exclusiva de atacar).
3–1: nesse sistema, apenas um jogador (o fixo) tem a função exclusiva de
defender. Um pouco à frente dele, nas extremidades da quadra, situam-se
os alas, que devem realizar jogadas de ataque e de defesa, unindo-se ao
fixo ou ao pivô. A frente dos alas, mais centralizado, atua o pivô, que tem
como principal característica ser capaz de superar fisicamente o defensor
adversário. Por necessitar de funções mais específicas em quadra, esse
esquema exige que os jogadores tenham um pouco mais de experiência.
Ainda, nesse sistema, é comum a realização do rodízio de 3, no qual um
dos jogadores conduz a bola para atrair a marcação e, em seguida, passa
a bola e se desloca para um local até onde um dos companheiros estava e
que se deslocou para a posição daquele que recebeu a bola inicialmente.
Assim, três jogadores se movimentam constantemente, trocando passes, e
o pivô se desloca de uma extremidade a outra da quadra, abrindo espaços
para os alas e o fixo, que estão efetuando o rodízio (GONÇALVES, 2019).
1–3: trata-se de um esquema pouco usual por possibilitar maior área para
o ataque adversário. Da mesma forma que o 3–1, consiste em um fixo, dois
35
alas e um pivô. No entanto, nesse sistema, os alas ganham uma
característica puramente ofensiva.
4x0: esse sistema tem sido o principal formato de jogo apresentado pelas
principais equipes de futsal, em especial as seleções nacionais do Brasil e
da Espanha, que têm se destacado na modalidade. Consiste na incessante
troca de posições em quadra, com frequentes trocas de passes nas
defesas. Seu objetivo central é confundir, com a troca de posições, a defesa
adversária e obter espaços para o passe em direção ao gol e a infiltração
de jogadores que efetuarão a finalização, o chamado rodízio de 4. Por
necessitar de extremo preparo físico, grande entrosamento entre os
jogadores e a atenção no jogo o tempo todo, não é muito recomendado para
equipes iniciantes (SANTINI; VOSER, 2008).
0–4: assim como o 4x0, baseia-se na troca de posições e na contínua
movimentação dos jogadores, buscando encontrar espaços para a
finalização. No entanto, esse sistema de jogos se fundamenta na ocupação
da meia quadra adversária, com todos os jogadores mais adiantados. Essa
forma de jogar não é muito usual, já que deixa a defesa muito desprotegida
em contra-ataques (APOLO, 2004).
Desse modo, podemos perceber que, para obter êxito ao jogar o futebol e o futsal,
apenas o domínio dos aspectos técnicos não é suficiente. Ainda que necessários, aliado
ao fato de que a qualidade técnica de cada jogador é importante para uma partida, o
conhecimento tático, com a integração dos jogadores atuando nos diferentes tipos de
formações ofensivas e defensivas, e o domínio das funções nos diferentes sistemas
táticos são essenciais para que uma equipe seja bem-sucedida ao final da partida.
9 METODOLOGIA BASQUETE
O basquete é um esporte cujas disputas envolvem duas equipes que têm como
objetivo principal somar pontos passando a bola entre um aro suspenso, evitando que a
36
equipe adversária faça o mesmo. Para chegar a esse objetivo, muitos movimentos
corporais são aplicados, resultando em fundamentos técnicos que possibilitam que os
jogadores contribuam com o objetivo de sua equipe. Atualmente, existem duas
modalidades oficiais de basquete: o 5x5 (também chamado de basquete formal) e o 3x3.
De modo geral, ambas as modalidades apresentam fundamentos técnicos muito
parecidos. No entanto, a intensidade e a frequência desses movimentos tendem a se
modificar em cada uma das variações (GONÇALVES, 2019).
37
própria cesta. Com isso, podemos presumir que os atletas que obtiverem melhor
desenvolvimento técnico estarão mais próximos de alcançar os seus objetivos.
Reconhecendo os diferentes tipos de técnicas no basquete, Río (2003) elabora a
perspectiva de que elas podem ser divididas em técnicas individuais e coletivas. As
técnicas individuais, como o nome sugere, são aquelas em que os movimentos não
requerem a participação de outro jogador. Por outro lado, as técnicas coletivas dependem
da participação de pelo menos outro jogador em determinada sequência de movimentos.
Neste momento, vamos dedicar nossa atenção à análise das técnicas individuais,
que, como dito, podem ser desenvolvidas por apenas um jogador e compõem os
fundamentos técnicos dessa modalidade. De modo mais específico, podemos classificar
as técnicas individuais em movimentos corporais básicos, drible e arremesso (RÍO,
2003).
38
ou acima do corpo, com as palmas viradas predominantemente para o local e/ou
indivíduo em que a bola está.
Geralmente, crianças e adolescentes, quando estão iniciando suas vivências no
basquete e não recebem as orientações adequadas, tendem a manter os joelhos
estendidos e os braços relaxados ao lado do corpo (OLIVEIRA, 2007).
Por consequência, a recepção não ocorre com eficiência, já que as mãos não
estão a postos, demandando mais tempo para que o jogador se posicione para segurar
a bola.
Da mesma forma, ao manter os joelhos estendidos, há um tempo maior para
posicionar as pernas para realizar as trocas de posições e efetuar os dribles.
O giro consiste em uma mudança corporal a partir do deslocamento sobre apenas
um ponto de contato realizado com os pés. Isto é, um dos membros inferiores age como
um eixo, e o restante do corpo desliza sobre esse eixo, mudando a direção em que o
jogador se encontra. Esse movimento pode variar sua amplitude e está presente em
muitas situações práticas do jogo de basquete.
Serve tanto para defender, mudando a posição corporal de forma rápida para
bloquear a passagem de um adversário, quanto para atacar, de modo a desvencilhar-se
da marcação de um jogador adversário. Além disso, ele pode ser utilizado para realizar
as fintas durante o passe da bola (OLIVEIRA, 2007).
De modo geral, eles são desenvolvidos para frente e para trás, dependendo dos
objetivos do jogador durante a partida.
As mudanças de direção são as variações negativas ou positivas na velocidade
em que um jogador se desloca, modificando a sua direção. Esse fundamento é muito
essencial no basquete, uma vez que a movimentação tática é um importante fator e
possibilita que a equipe chegue à vitória. As mudanças de ritmo podem ser classificadas
em fase de freada, de giro e de saída (RIO, 2003).
As fases de freada buscam reduzir drasticamente a velocidade de deslocamento
do jogador. Para tanto, a mudança de direção após uma freada sugere que o peso
corporal repouse sobre o pé que está à frente do corpo e cujo lado será aquele para onde
o corpo deverá deslocar-se.
39
Os braços, durante a freada, devem aproximar-se do corpo, diminuindo o centro
de gravidade e a ação explosiva subsequente. A fase de giro consiste, como o nome
sugere, em realizar o giro descrito anteriormente com uma amplitude suficiente para
posicionar o corpo na direção desejada. Por sua vez, a fase de saída consiste em buscar
novamente a velocidade por meio do recrutamento dos diversos músculos corporais e da
coordenação corporal, possibilitando que a saída ocorra de forma explosiva.
O salto é um importante movimento dentro do basquete. Muitas vezes, a bola
encontra-se no alto após um arremesso e durante um passe ou longe do jogador.
Assim, é necessário que os jogadores saltem de modo a recuperar o mais rápido
possível a bola, evitando que os jogadores adversários tomem sua posse. Podemos
destacar que existem dois tipos de salto, os saltos em altura e os saltos em longitude. Os
saltos em altura são os mais comuns, ocorrendo na disputa da bola quando ela se
encontra no alto após um lançamento.
Os saltos em longitude são incomuns, uma vez que o risco de queda e de lesões
é iminente. No entanto, o salto com a projeção do atleta à frente pode ser fundamental
em alguns momentos decisivos do jogo, evitando que a bola saia de quadra e que sua
posse fique com a outra equipe, o que representa riscos de sofrer pontos. Além desses
movimentos, podemos citar as paradas bruscas, quando um jogador em deslocamento
acelerado deve conter o avanço repentinamente, como nas ocasiões quando surgem os
adversários, de forma inesperada, e as corridas, que permitem o rápido avanço em
direção à cesta, a um adversário ou na forma de se deslocar para um local específico da
quadra, assumindo posições táticas específicas (FERREIRA; ROSE JUNIOR, 2010).
40
delas à frente. Os joelhos devem estar semiflexionados, permitindo o deslocamento
rápido.
O tronco deve estar levemente inclinado à frente, mantendo a estabilidade corporal
e um alcance maior das mãos também à frente. As mãos e os braços podem situar-se
em posições diversas. Se a bola estiver sendo driblada pelo adversário, os braços devem
permanecer semiflexionados, com as mãos à altura da cintura, prontos para roubar a bola
(FERREIRA; ROSE JUNIOR, 2010).
Se o adversário está segurando a bola, as mãos podem ganhar a altura dos
ombros, ir acima da cabeça, ou, ainda, uma mão acima e a outra próxima da cintura,
conforme for necessário para impedir a progressão, o arremesso ou o passe do jogador
atacante. A Figura 1, a seguir, ajuda a demonstrar a posição de defesa.
9.4 Drible
Driblar consiste em quicar a bola, que é a forma mais comum de conduzi-la durante
uma partida de basquete. As outras formas existentes são muito limitadas, uma vez que,
ao segurar a bola, mantendo-a em suas mãos, o atleta só pode mover-se por, no máximo,
dois passos. Existem dois tipos de dribles: os de avanço e os de proteção. Em ambos os
casos, o domínio motor dos membros superiores deve ser muito apurado, afim de
41
proporcionar o correto contato com a bola, sem permitir que o jogador perca o controle
da mesma. Ou seja, o domínio motor de um jogador, ao manejar a bola, deve ser tão
eficaz que quase dê a impressão de que esse jogador não está de posse dela. Os
movimentos de drible devem ser automatizados, de modo que o jogador não perca muito
tempo para controlar a bola (GONÇALVES, 2019).
Para que o movimento do drible seja eficaz, o contato da bola com uma das mãos
deve ser enfatizado. Esse movimento de colocar a mão na porção superior da bola
impulsionando-a contra o solo e fazendo-a voltar à mão pode ser analisado em quatro
fases (RÍO, 2003). Concebendo o momento em que a bola toca o solo e volta ao contato
com a mão do jogador, percebemos que existe uma fase em que o pulso se encontra
levemente flexionado, proporcionando o primeiro contato com a bola a partir da face
interna da ponta dos dedos.
Esse fragmento da ação consiste na fase de amortização, em que se diminui a
velocidade e a força com que a bola sobe a partir da extensão da articulação dos dedos
e do pulso. Em seguida, a bola entra em contato com toda a palma da mão, garantindo
que o jogador efetue o seu controle ao ajustar a sua posição nos milésimos de segundo
em que a bola e a mão se encontram em contato. Depois do controle, é realizado um
movimento de impulso com a flexão do punho e dos dedos, deslocando a bola para baixo,
em direção ao solo. O momento em que a bola se encontra em deslocamento e sem o
contato com as mãos é chamado de fase aérea (GONÇALVES, 2019).
Com isso, o drible pode ser efetuado tanto parado quanto em movimento, com
apenas uma das mãos ou utilizando as duas, alternadamente. Os momentos de
realização do drible são diversos. Podem ser desenvolvidos para progredir com a bola
em direção à cesta ou para proteger a sua posse de um adversário. Com isso, muitas
variações são possíveis.
O drible pode ser realizado após um giro, junto ao movimento de mudança de
direção, passando a bola à frente ou por trás do corpo e por baixo das pernas, quando a
situação do jogo necessitar, e, ainda, alternando as mãos para fintar um jogador
adversário. Além disso, podemos destacar que ele pode ser executado com a bola
próxima ao solo, sem ultrapassar a cintura, ou ultrapassando-a, em uma altura mais
elevada (FERREIRA; ROSE JUNIOR, 2010).
42
9.5 Arremesso
45
jogadores de características diferentes, desempenhando funções específicas durante um
jogo.
Até a década de 1980, as equipes eram compostas por jogadores que
desempenhavam uma ou duas de três funções táticas. Contava-se, então, com o
armador, os alas (também chamados de laterais) e os pivôs (OLIVEIRA, 2007).
Uma equipe tradicional tinha, entre os titulares, um armador, que tinha como
função realizar a condução da bola, infiltrando a defesa adversária e realizando passes
que pusessem os companheiros de equipe em uma posição privilegiada para realizar o
arremesso.
Havia dois alas, jogadores de bom arremesso que, geralmente, realizavam cestas
de locais longe dos aros e que desarmavam os ataques adversários. Além disso, também
jogavam dois pivôs, que, normalmente, eram os jogadores mais altos do time e ficavam
localizados próximo às cestas, recebendo passes pelo alto e disputando os rebotes com
os jogadores adversários.
No entanto, distribuir cinco jogadores em três funções diferentes passou a não ser
uma boa estratégia. Imagine que, em uma equipe que conta com apenas um armador,
tal qual eram os times mais tradicionais, basta realizar uma marcação mais efetiva sobre
esse jogador e a equipe passa a perder seus passes e conduções de bola de maior
qualidade. Assim, é comum que dois ou mais jogadores executem diferentes funções
durante uma partida, ainda que suas características não sejam exatamente iguais.
Atualmente, as equipes de basquete profissional atribuem aos seus esquemas táticos
cinco funções diferentes: o armador, o ala-armador, o ala, o ala-pivô e o pivô (RÍO, 2003;
OLIVEIRA, 2007).
Além disso, podemos classificar os jogadores a partir do local em quadra em que
geralmente desenvolvem suas jogadas. Aqueles que atuam mais próximo à cesta
adversária são denominados frontcourt players (na tradução literal, em português,
jogadores da quadra da frente) e aqueles que atuam mais distantes, backcourt players
(na tradução literal, em português, jogadores da quadra de trás). Embora não haja, no
basquete, jogadores que exclusivamente atacam ou defendem, eles são chamados de
jogadores de ataque e de defesa, respectivamente. Os jogadores de defesa são os
46
primeiros a tentar conter os contra-ataques e pouco se aproximam à cesta adversária. A
Figura 3, a seguir, ajuda a elucidar essas posições.
47
9.7 Armador
9.8 Ala-armador
9.9 Ala
O ala, também referido como posição 3, geralmente joga mais próximo da cesta
adversária que o ala-armador. Por jogar em uma posição intermediária entre todos os
jogadores, ele reúne características de cada uma das diferentes posições do basquete
(OLIVEIRA, 2007). Tem uma boa habilidade para realizar as infiltrações, tal como as
posições 1 e 2, mas, geralmente, apresenta massa corporal e estatura superiores, o
que lhe permite disputar as bolas de rebote com os grandes jogadores de times
adversários. Além disso, tem um bom passe e um bom arremesso de média distância.
Um dos principais jogadores dessa posição foi Larry Bird, exímio arremessador de
médias e longas distâncias. Como características fundamentais dessa posição,
podemos citar (OSTOJIC; MAZIC; DIKIC, 2006):
49
Velocidade de execução de passes e arremessos;
Ser bom infiltrador;
Boa capacidade de arremessos de média distância;
Boa capacidade de disputar rebotes;
Boa capacidade de realizar passes aos jogadores mais adiantados (ala-pivô
e pivô);
Estatura intermediária em relação às outras posições;
Peso e gordura corporal intermediários em relação às outras posições;
Capacidade aeróbica intermediária em relação às outras posições.
9.10 Ala-pivô
50
9.11 Pivô
Por último, o pivô, a posição 5 do basquete, é o jogador que está mais próximo à
cesta adversária. Por esse motivo, normalmente, são os jogadores que realizam mais
pontos por partida. Além de receberem os passes e efetuarem os arremessos, os pivôs
ainda desenvolvem, frequentemente, as jogadas com armadores e alas, efetuando o
bloqueio dos jogadores adversários a partir de sua imposição física e proporcionando a
infiltração dos colegas de equipe (OLIVEIRA, 2007).
Um dos principais pivôs da história foi o norte-americano Wilt Chamberlain, que,
em toda sua carreira, obteve uma impressionante média de 30,1 pontos por jogo
(OSTOJIC; MAZIC; DIKIC, 2006). Como características primordiais dos pivôs, podemos
elencar:
Disputar e ganhar a posse de bola durante os momentos de rebote;
Boa coordenação de membros inferiores, possibilitando giros rápidos;
Altura e envergadura;
Bom entrosamento com alas e pivôs.
Alta estatura;
Maior estatura em relação às outras posições;
Maior peso e gordura corporal em relação às outras posições;
Menor capacidade aeróbica em relação às outras posições.
51
conta com apenas 3 jogadores, que desempenharão suas funções diferentemente do
basquete tradicional. Na próxima seção, veremos as características dessa modalidade.
O basquete 3x3 surgiu nas ruas das periferias de Nova York, na década de 1960,
sua oficialização, no entanto, deu-se no início da década de 1990, quando alguns
campeonatos oficiais passaram a ser realizados. O reconhecimento dessa modalidade
pela Federação Internacional de Basquete só veio a ocorrer em 2007, à medida que o
3x3 ganhava cada vez mais adeptos, principalmente do público jovem (BUZO, 2010).
Em 2007, buscando redesenhar os Jogos Olímpicos na tentativa de ganhar adesão do
público jovem urbano, o Comitê Olímpico Internacional anunciou a inserção de novas
modalidades esportivas, entre elas, o basquete 3x3. Com isso, percebemos que essa
modalidade ainda está atravessando uma fase inicial de profissionalização e de
constituição como esporte de alto rendimento.
Fundamentalmente, ambas as modalidades apresentam características muito
próximas, ou seja, o objetivo do jogo pressupõe que as equipes realizem passes,
arremessos, fintas e dribles na tentativa de realizar cestas e garantir a superioridade, em
termos de pontuação, sobre a equipe adversária. No entanto, o 3x3 é desenvolvido em
uma quadra substancialmente menor que a do basquete tradicional, sendo realizado com
apenas uma cesta e com número menor de jogadores. Essas diferenças são
fundamentais para as especificidades técnicas e as funções táticas de seus jogadores
(GONÇALVES, 2019).
De modo geral, é possível constatar que o basquete 3x3, ou o jogo reduzido,
demanda uma maior mobilidade dos jogadores, exigindo a sua constante movimentação
e participação nos jogos. Além disso, há um maior tempo de contato com a bola,
solicitando dos jogadores uma frequência maior na realização de passes, conduções,
arremessos e dribles. Cabe salientar, nesse sentido, que o basquete 3x3 é uma excelente
oportunidade para o ensino do esporte, uma vez que os constantes contatos e
possibilidades de executar todos os gestos técnicos e táticos são enfatizados, tornando
a aprendizagem mais desafiante e motivadora.
52
A quantidade maior de cestas convertidas, no mesmo sentido, aumenta a
percepção de competência, tornando os praticantes engajados nessa modalidade. O
Quadro 1, a seguir, apresenta uma comparação entre o jogo de basquete formal e a
modalidade de 3x3 realizados por jogadoras de 10 a 12 anos de idade, iniciantes na
modalidade de basquete, com frequência de treino de duas vezes por semana. A
comparação entre os dois formatos do jogo levou em consideração o período de jogo
idêntico e a participação pelo mesmo tempo por todas as jogadoras. Os dados
apresentados representam a quantidade total de movimentos técnicos realizados pelas
equipes em ambas as modalidades (GONÇALVES, 2019).
53
Por consequência, aumenta também o número de cestas convertidas em uma partida
(GONÇALVES, 2019).
No basquete 3x3, os jogadores tendem a jogar muito próximo da linha demarcada
e em seu interior. Assim, há uma maior incidência de momentos em que os jogadores
estão perto da tabela, o que dificulta a acurácia dos passes e faz com que os jogadores
sejam interceptados mais vezes. Além disso, devido ao fato de o jogo reduzido ser
predominantemente próximo à tabela, podemos reparar que muitas jogadas iniciadas
chegam à conclusão, ou seja, ao arremesso. Da mesma forma, a possibilidade de os
atletas estarem perto da tabela facilita seus movimentos de rebote.
É importante ressaltar que os estudos de Tavares e Veleirinho (1999) ainda trazem
o número de arremessos realizados por cada uma das jogadoras colaboradoras.
Algumas das atletas, quando participaram do jogo formal, realizaram poucos arremessos
durante o jogo ou não os efetuaram. Quando analisadas no jogo reduzido, as mesmas
jogadoras apresentaram um número de tentativas de arremesso superior, e nenhuma das
atletas ficou sem arremessar menos de quatro vezes durante a partida.
O número máximo de arremessos realizados por uma única atleta durante o jogo
formal foi de 36 tentativas, enquanto no jogo reduzido foi de 84 tentativas. A partir dessas
análises, podemos levantar a perspectiva de que o basquete 3x3 apresenta maior
quantidade de situações em que os atletas realizam arremessos, passes, infiltrações e
dribles (TAVARES; VELEIRINHO, 1999).
Esse pode ser considerado um dos motivos pelo qual o esporte tem-se
popularizado consideravelmente nos últimos anos.
Em relação às posições e funções táticas, o número reduzido de jogadores na
partida exige que esses atletas apresentem uma excelente qualidade nos seus
fundamentos técnicos, tendo que realizar, muitas vezes, certo revezamento em suas
posições dentro de quadra. Ou seja, ainda que os atletas apresentem características
distintas, a dinâmica do jogo de basquete 3x3 exige que os jogadores atuem de forma
muito parecida durante o jogo. É importante destacar que o jogo oficial de basquete 3x3
permite apenas um jogador reserva, embora com substituições ilimitadas. Quer dizer,
durante o jogo de basquete reduzido, o jogador reserva que entra em quadra deve buscar
desempenhar as funções daquele que saiu e que, quando tornar a participar do jogo,
54
desenvolve as funções de outro jogador, em um formato de revezamento de posições e
funções táticas entre todos os jogadores.
As posições táticas que são atribuídas no basquete formal não apresentam muita
correspondência no basquete reduzido. Nesse sentido, é importante ressaltar que
existem poucos jogadores do basquete formal, mesmo entre aqueles que estão no auge
da NBA, que se propõem a participar de suas seleções Características e fundamentos
do basquete na modalidade 3x3. Ainda que sejam exímios jogadores e de uma acurácia
técnica significativa, a proposta do basquete 3x3 fugiria à especialização tática que se
formou ao longo dos anos da prática do basquete (OLIVEIRA, 2007).
O basquete formal apresenta jogadores específicos para cada posição a
quantidade de jogadores reservas, que, muitas vezes, supera o número de titulares,
permite que, mesmo após uma substituição, o formato tático da equipe se mantenha
parecido ou o mesmo.
Com isso, vemos que os fundamentos técnicos estão presentes tanto na
modalidade 3x3 quanto no basquete formal, no entanto, as disposições da quadra
permitem que os jogadores possam especializar-se na função tática de sua equipe, que,
geralmente, está dividida entre armadores, ala-armadores, alas, ala-pivô e pivô. No
basquete 3x3, essas variações de posições não se dão com tanta evidência, e os
jogadores desempenham todas as funções ao mesmo tempo. Assim, compreender essas
possibilidades técnicas, táticas e suas diferenças nas variações do basquete é
fundamental tanto para professores iniciantes quanto para aqueles que se propõem a
desenvolver o esporte de alto rendimento, uma vez que apresentam características
fundamentais que guiarão as crianças na continuidade no esporte ou garantirão a vitória
de uma equipe profissional, respectivamente.
56
10.2 Esporte participação
57
10.3 Esporte performance
Vale lembrar que esses talentos esportivos podem ter algum tipo de aptidão que
seja de relevância para o esporte, assim como também ter características físicas
herdadas pela genética e que contribuem de alguma maneira para a sua equipe. É com
o trabalho de base sólido e eficaz e uma boa equipe profissional que se consegue um
bom talento esportivo.
Outra característica do esporte performance é a profissionalidade com que são
tratadas as modalidades: é necessário um corpo de profissionais altamente qualificados
para se alcançar resultados expressivos. Então, os profissionais da área geralmente são
especializados de acordo com os objetivos de cada área de atuação e também trabalham
em grupo.
58
Por exemplo, um clube de ginástica rítmica: teremos em seu corpo profissional a
técnica esportiva, que ensinará as técnicas de base para os alunos, bem como as suas
coreografias e estratégias de competição; teremos o preparador físico, que dará
condicionamento para que o atleta consiga realizar as suas atividades específicas;
teremos o professor de ballet, que ensinará os princípios e as técnicas-base para os
movimentos gímnicos; e, ainda, teremos o fisioterapeuta, que tratará das lesões, assim
como da prevenção de lesões desses atletas (BRITO, 2018).
60
11 DESAFIOS DA PRÁTICA EDUCATIVA POR MEIO DO ESPORTE
A escola assume um papel importante para que as crianças insiram em sua cultura
o hábito pela prática esportiva. Toda escola que reconhece a importância da educação
física escolar investe em práticas que desenvolvam dentro de seu ambiente, valores que
visam a democratizar, humanizar e socializar (SANTOS; VOSER, 2012).
Os desafios que podem ser encontrados dentro do ambiente escolar como
professor de educação física são aqueles vistos no cotidiano. E isso variará de turma
para turma. Por isso, o professor precisa entender, por meio da corporeidade, que a
criança tem características individuais, mas que, com a necessidade da socialização, ela
também se defronta com situações que precisam ser intermediadas por meio de um
responsável, e, no caso da escola, por um profissional.
Então é necessário que estejamos cientes e preparados para todos os
acontecimentos dentro do ambiente educacional, como receber alunos que tenham
alguma doença física ou mental, limitando a sua funcionalidade, precisando modificar a
tarefa para que ela alcance o mesmo objetivo proposto de maneira igualitária ao dos
outros colegas. Esses desafios devem ser contornados por meio da comunicação entre
os alunos, explicando-os que todos devem ter as mesmas oportunidades, mesmo que a
estratégia seja diferente (BRITO, 2018). Por exemplo, uma turma recebe um aluno surdo,
que só consegue entender a linguagem de sinais ou leitura labial quando a pessoa fala
claramente e pausadamente.
A escola deve desenvolver jogos e brincadeiras que estimulem os alunos a
aprender a linguagem de sinais, para que o aluno se sinta incluído, e a participar da vida
de seu colega sem nenhuma distinção.
É necessário saber que o mundo da criança tem riquezas peculiares. É nessa fase
que a implementação de valores se torna necessária. Então, na prática, ao ministrarmos
uma aula, é sempre importante evidenciar por meio das atividades propostas quais
elementos estão sendo trabalhados no momento para que eles tenham a consciência e
reconheçam a importância do objetivo colocado.
Sempre promover eventos no calendário escolar, como festivais de prática
esportiva, em que os pais possam estar presentes no processo de desenvolvimento do
61
aluno, tendo uma participação mais ativa dentro dessas finalidades e o comprometendo
para que ele possa dar continuidade a esses valores em casa. Ou seja, não é somente o
professor que necessita ter a consciência da importância do seu trabalho, a criança
precisa saber e os seus responsáveis também. Porém, a real situação é que nem
mesmos os professores têm consciência sobre a importância do seu papel como agente
transformador na vida de uma criança.
Portanto, o esporte dentro do contexto educacional ainda perpassa por conflitos
em razão de sua missão. Assim, não esquecer que a visão reducionista a qual mecaniza
as atividades em sala de aula e encurta as maiores possibilidades dos alunos, bem como
a não tomada de consciência do professor para atentar ao aluno e também os seus
responsáveis sobre o papel fundamental da implementação de valores por meio do
esporte, faz com que tenhamos um futuro brilhante no alcance dos nossos objetivos,
investindo para que novas possibilidades educacionais por meio do esporte possam
surgir e também novas perspectivas.
62
Podemos utilizar a corrida de orientação em dupla, por exemplo, para podermos
desenvolver os nossos objetivos. No plano de aula, o objetivo deve ser descrito
primeiramente e, logo após, as ações necessárias para o alcance da meta. Então, o
objetivo da corrida de orientação é explorar o trabalho de cooperação entre os alunos.
Deve ser explicado a eles, a nível conceitual, o que é uma corrida de orientação, logo em
seguida, deve-se fazer com que eles tenham conhecimento de quais são as regras e o
funcionamento adequado do esporte e, depois, quais valores devem ser aprendidos na
lição e reforçar para que o trabalho em equipe e de cooperação seja claramente
entendido.
O jogo também se coloca fundamental dentro dessas relações, pois se constitui
como fenômeno básico de uma célula esportiva do esporte, assim, o professor também
pode trabalhar sob a mesma ótica, jogos e brincadeiras que remetam ao esporte, não
somente valorizando a sua cultura local, mas também possibilitando conhecer outras
culturas por essas atividades (BRITO, 2018).
A maneira eficaz para que o aluno possa conhecer uma gama de esportes é
trabalha-los de acordo com a sua classificação.
Segundo Gonzales (2004), os esportes têm uma classificação de acordo com os
seguintes critérios:
63
Assim, fica mais claro para o professor enxergar, pelas classificações, quais
objetivos educacionais ele pode alcançar de acordo com a especificidade da modalidade
e suas regras, podendo, inclusive, fazer uma adaptação à sua realidade a depender do
tipo de espaço em que ele está inserido, da idade dos alunos, do objetivo, do tipo de
alunos e da região onde ele se encontra, que podem ter regras e princípios peculiares.
Por exemplo, o futebol indígena tem diferença para o futebol jogado com crianças de área
urbana, ou então o futebol que costumam praticar na rua.
Observe o quadro a seguir.
64
perspectiva reducionista, mas sim complexa, que é natural do ser, devido ao fato de ele
ser social. Logo, o esporte sempre apresenta novas formas de expressão, mas sempre
com atenções voltadas ao aspecto social e é por meio do professor que se criam pontes
para o desenvolvimento dessas ações (BRITO, 2018).
O atletismo, por ser considerado o esporte-base, tem como fundamento, nas suas
diferentes provas, as habilidades básicas, como a corrida, o salto, o arremesso e o
lançamento. Tais habilidades motoras são naturais ao desenvolvimento de crianças; se
não tiverem algum problema motor, as crianças vão atingir as diferentes etapas do
desenvolvimento a cada faixa etária de sua vida. Esse processo se dará sob influências
externas, como a cultura, a motivação e o incentivo, que, de certa forma, definem o tempo
de aquisição da habilidade; porém, são os fatores biológicos e fisiológicos que definem
como elas serão desenvolvidas (PAZ, 2019).
A lógica é sempre que a criança aprenda a correr de frente para que depois ela
consiga correr de costas. Exigir um processo contrário é expor a criança a um desafio
motor que, possivelmente, sem um esforço extraordinário, ela não conseguiria realizar,
conforme leciona Nascimento (2000).
O desenvolvimento motor das crianças está atrelado ao seu desenvolvimento
biológico e fisiológico. Naturalmente, as crianças passam pelo mesmo processo de
desenvolvimento na aquisição das habilidades motoras básicas; contudo, não se pode
negar a influência da cultura de movimento em que cada criança está inserida, dos
estímulos motores que ela recebe ao longo da infância, das limitações impostas por
modos de convivência. Por exemplo: crianças que pouco brincam na rua ou que fazem
uso exagerado das tecnologias em prol de brincadeiras motoras, ou, ainda, quando há
uma preocupação demasiada dos pais com a segurança dos filhos, bastante percebida
em falas como “cuidado para não cair” e “se subir aí, você pode se machucar”. Essas
situações podem limitar a exploração e a vivência motora das crianças, ocasionando
possíveis atrasos no desenvolvimento (PAZ, 2019).
65
O atletismo é uma modalidade esportiva que apresenta um cenário promissor para
a especialização precoce, já que, prioritariamente, utiliza habilidades básicas e, de certa
forma, tem facilidade de ser executado em ambientes alternativos e com materiais
adaptados. Ainda, é um esporte que faz parte dos conteúdos mais utilizados por
professores e treinadores esportivos. Pode até ser que o professor não tenha a intenção
de incentivar essa especialização; contudo, quando ele oferta aos alunos experiências
de exercícios pautadas nos gestos condicionados, gestos culturalmente construídos por
regras impostas pelos processos competitivos, ele já estará ultrapassando a fase de
exploração dos movimentos, tão importante para o aluno.
Ainda, há situações em que essa especialização acontece quando há uma carga
de treinamentos muito elevada, ou quando a metodologia exige repetições constantes e
exaustivas do movimento. Pode ocorrer também quando o movimento se fundamenta em
técnicas precisas e específicas, que o aluno não consegue realizar pelas limitações da
consciência corporal sobre o movimento (RAMOS e NEVES, 2008). O quadro abaixo traz
uma comparação entre ações motoras exploratórias e especializadas.
67
15 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ROTHI, K; EHRET, A.; SPATE, D.; SCHUBERT, R. Manual de Handebol. São Paulo:
Phorte,
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
68
CASTELO, J. Conceptualização de um modelo técnico-táctico do jogo de Futebol:
identificação das grandes tendências evolutivas do jogo das equipas de
rendimento superior. 1992. Tese (Doutoramento) — Faculdade de Motricidade
Humana-UTL, Lisboa
KRÖGER, C.; ROTH, K.; MEMMERT, D. Escola da bola: um ABC para iniciantes nos
jogos esportivos. São Paulo: Phorte, 2002.
NAISMITH, J. Basketball: Its Origins and Development. New York: New York
Association Press, 1941
69
MUTTI, D. Futsal: da iniciação ao alto nível. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2003.
OSTOJIC, S.; MAZIC, S.; DIKIC, N. Profiling in basketball: physical and physiological
characteristics of elite players. Journal of Strength and Conditioning Research, v. 20,
n. 4, p. 740-744, 2006.
70