1. Informações gerais
- Paralelas - quando os eixos das rodas são paralelos; (e.g., fig. 8.23)
- Concorrentes - quanto os eixos das rodas são concorrentes; (e.g., fig. 194)
- Torsas - se os eixos das rodas não forem complanares. (e.g., fig. 8.56 e 280)
a
cos α w = cos α ;
aw
- m = p/π - módulo tangencial do dente (é a característica dimensional principal
dos dentes – as dimensões das engrenagens têm como base o módulo). O módulo é
normalizado entre 0,05... 100 mm (tabela 8.1 ou tabela 20, página 49 do manual de
Iatsina/Sitoe - 1991); para transmissões de carga, não é recomendável o uso de
módulos inferiores a 1,5 mm;
O diâmetro primitivo de referência é d = p ⋅ z/π = m ⋅ z (diâmetro da
circunferência tangente à linha primitiva da ferramenta);
- db = d ⋅ cosα - diâmetro de base (diâmetro da circunferência sobre a qual se
define a evolvente do dente);
- dw1 e dw2 - diâmetros primitivos de funcionamento (diâmetro das
circunferências pelas quais as rodas dentadas rolam uma sobre a outra durante a
rotação, sem deslocamento ou correcção, i.e., quando x1 = x2 = xΣ = 0):
d1 + d 2 z1 + z 2
a= ou a = m⋅ = m ⋅ 0,5 ⋅ z Σ
2 2
- z Σ = z1 + z 2 - veja adiante.
da
1
df1 o
d1 a cçã
a de
α
db1
l i nh
A
E2
B P
E2
db α
2
df2
d2 da2
d w1 + d w 2
aw = ou a w = m ⋅ (0,5 ⋅ z Σ + x Σ − ∆y )
2
onde:
h = m ⋅ (2ha* + c* - ∆y)
da = d + 2 ⋅ m (ha* + x - ∆y )
df = d - 2 ⋅ m (ha* + c* - x)
Para rodas dentadas sem correcção, a altura total do dente, o diâmetro das
cristas dos dentes e o diâmetro de raiz são expressos por:
O passo frontal, tangencial ou circular pt (fig. 4,8) é o passo dos dentes medido
sobre a circunferência primitiva, enquanto que o de base é medido na circunferência
p
2. z designa o número de dentes de modo que π ⋅ d = p ⋅ z ou d = ⋅ z = m⋅ z
π
p r = p t ⋅ cosβ e m r = m ⋅ cosβ p r = p n ; mr = mn ; p t = p; mt = m
4. O passo real é medido como arco na superfície primitiva entre dois pontos
homólogos, perpendicularmente à linha de eixo dos dentes. O passo
aparente "p" ou "pt" é medido no plano normal ao eixo da roda. A distância
entre faces opostas de dentes consecutivos, medida sobre o diâmetro
primitivo, é a largura do vão.
gα
εα =
pb
π ⋅d π ⋅ db
db = d ⋅ cosα onde pt = ; pb =
z z
Assim:
pb = p ⋅ cosα = π ⋅ m ⋅ cosα
d a1 d a2
O1 B = ra1 = e O2 A = ra 2 =
2 2
d b1 d b2
O1 E1 = rb1 = e O2 E 2 = rb 2 =
2 2
d1 d2
E1 P = O1 P ⋅ senα = ⋅ senα e E 2 P = O 2 P ⋅ senα = ⋅ senα
2 2
Sendo:
d1 d
⋅ senα + 2 ⋅ senα = a ⋅ senα
2 2
obtem-se:
2 2 2 2
g α = O1 B − O1 E1 + O2 A − O2 E 2 − a ⋅ senα =
Finalmente, obtem-se:
gα ra21 − rb21 + ra22 − rb22 − a ⋅ senα
εα = =
pb π ⋅ m ⋅ cos α
vs = e ⋅ (ω1 + ω2)
Grau de
Velocidade linear v,
precisão
[m/s]
(mínimo) das INDICAÇÕES
transmissões Dentes Dentes
rectos helicoidais
Para transmissões com alta velocidade
6º (de alta (v>15 m/s), mecanismos com altas
15 30
precisão) exigências de precisão cinemá-tica,
divisores, medidores, etc.
Para transmissões de velocidade elevada
7º (precisas) 10 15 (v>5 m/s) e cargas moderadas ou para
cargas elevadas e velocida-des moderadas.
Transmissões da construção de máquinas
8º (de
em geral, que não têm exigências especiais
precisão 6 10
de precisão (redutores, multiplicadores,
média)
caixas de velocida-des, etc.).
9º (de baixa Transmissões com baixa velocidade (até
2 4
precisão) 3 m/s) e reduzidas exigências de precisão
Para cada dente, estas tensões são efectivamente inconstantes (fig. 8.9).
Durante uma volta da roda dentada (tempo t1) o engrenamento de um dente
corresponde a uma curta duração t2. A tensão de contacto σH dura ainda menos
tempo que o engrenamento, porque corresponde a zonas ao longo dos flancos activos
dos dentes que se vão deslocando durante o contacto.
A variação das tensões origina a falha ou destruição dos dentes: quebra dos
dentes por tensões de flexão e esmigalhamento da superfície por tensões de contacto.
Associam-se às tensões de contacto e atrito no engrenamento o desgaste, a gripagem
e outros defeitos.
O contacto dos dentes pode ser modelado usando o contacto entre dois
cilindros. Quando os cilindros rolam sob carga a tensão num dado ponto da superfície
tem o carácter indicado na figura 8.8 d), que é cíclica e por isso pode causar fadiga ao
longo do tempo. Na primeira etapa do funcionamento, tal como mostram ensaios
especiais, a dureza das superfícies activas dos dentes aumenta. Porém, o contacto
entre os dentes faz-se em áreas pequenas o que provoca o surgimento de tensões de
contacto muito elevadas. Assim, quando o número real de ciclos de carga dos dentes
atinge o número de ciclos de fadiga limitada aparecem microfissuras nas superfícies
activas dos dentes. Estas fissuras, logo após o aparecimento, preenchem-se com óleo
lubrificante que é comprimido em cada ciclo de tensões. Dado o formato do fundo da
fissura, há concentração de tensões que são pioradas pela pressão do óleo na cunha
do fundo (fig. 8.8.b) e resultam na propagação da fissura. Nos contactos posteriores
entre os dentes conjugados as fissuras alargam-se e aprofundam-se até ao
surgimento de caneluras [(figuras 8.8 a), b) e c)]. O lascamento e surgimento das
cavidades correspondentes à fadiga superficial. A intensificação do processo resulta
no fenómeno conhecido por " pitting" [figura 8.12-a)]. Com este fenómeno, a superfície
activa do dente fica áspera e, além disso, as lascas que se soltam das superfícies
endurecidas dos dentes transformam-se em partículas abrasivas no óleo lubrificante e,
por causa destas, começa um processo de desgaste abrasivo de alta intensidade.
4 - Gripagem
q E1 ⋅ E 2
σH = ⋅ (TE. 1)
ρ red [ ]
π ⋅ E1 ⋅ (1 − µ 22 ) + E 2 ⋅ (1 − µ 12 )
q
σ H = 0, 418 ⋅ ⋅ E red (TE. 2)
ρ red
onde:
2 ⋅ E1 ⋅ E 2 1 1 1
E red = e = ± (TE. 3)
E1 + E 2 ρ red r1 r2
q - é a carga linear específica (em N/mm), dada como quociente entre a força
normal e o comprimento da linha de contacto dos dentes (com correcções).
Ered e ρred são valores reduzidos do módulo de elasticidade e raio de curvatura,
tal como é sabido. Os índices 1 e 2 nos módulos de elasticidade (E) e raios de
curvatura (r) indicam os cilindros 1 e 2, respectivamente (fig. 8.7). O sinal negativo é
para contacto interior.
As tensões de fadiga são limitadas para cada material e a longevidade é uma
curva assimptótica (figura 1, página 17 do manual de Iatsina e Sitoe - 1991).
5. Cálculo de esforços
Fn ⋅ K
q= (TE. 4)
lΣ
onde:
qv ω v ⋅ bw
Kv = 1+ ou 1+
q Ft ⋅ K α ⋅ K β
[ comparar com as fórmulas (25) e (33) do manual ]
onde:
Os valores de Kv (KHv e KFv) são dados na tabela 8.3. A redução dos valores de
Kv para materiais com maior dureza (grupo b) não é resultado da diminuição de qv mas
do aumento das cargas de cálculos q e das tensões admissíveis de contacto.
2 ⋅ T1 2 ⋅ T1
Ft = ≈ ; Fr ≈ Ft ⋅ tgα w (TE. 5)
d w1 d1
Ft
Fn = (TE. 6)
cosα w
E red
σ H = 0,418 ⋅ q ⋅ (TE. 7)
ρ red
Calcula-se a resistência dos dentes usando as fórmulas (TE 4) ... (TE. 6) (fig.
8.18). Para dentes rectos tem-se:
Fn ⋅ K H Ft ⋅ K H 2 ⋅ T1 ⋅ K H
q= = = (TE. 8)
bw bw ⋅ cos α w d w1 ⋅ bw ⋅ cos α w
e
d w1 d w2
ρ1 = ⋅ sen α w ; ρ2 = ⋅ sen α w
2 2
1 1 1 2 2
= ± = ± =
ρ red ρ1 ρ2 d w1 ⋅ sen α w d w2 ⋅ sen α w
2 1 2 u ±1
= ⋅ 1± = ⋅ (TE. 9)
d w1 ⋅ senα w u d w1 ⋅ senα w u
onde:
d w2 z2
u= = e o sinal " - " é para engrenamento interior
d w1 z1
E red ⋅ T1 ⋅ K H u ±1
σ H = 1,18 ≤ [σ H ] (TE. 10)
d ⋅ bw ⋅ sen 2α w
2
w1 u
**** [veja as fórmulas (12), (12*) e (18) do manual, páginas 42, 47 e 50]
Como dw1 ≈ d1 e usando αw ≈ α = 20°, o que dá sen (2⋅α) ≈ 0,6428, o valor
médio de KHv ≈1,15 e introduzindo o conceito de "coeficiente de largura da roda
dentada", relativamente ao diâmetro:
bw
ψ bd =
d1
da fórmula (TE. 10) pode-se determinar:
E red ⋅ T1 ⋅ K Hβ u ±1
d 1 = 1,35 ⋅ 3 ⋅ (TE. 11)
[σ H ]
2
⋅ψ bd u
T2 2⋅a
Resolvendo para a distância interaxial a, tendo T1 = ; d1 = e
u u ±1
bw
introduzindo o coeficiente ψ ba = (coeficiente de largura da roda dentada
a
relativamente à distância interaxial):
E red ⋅ T2 ⋅ K Hβ
a = 0,85 ⋅ (u ± 1) ⋅ 3 (TE. 13)
[σ H ]2 ⋅ u 2 ⋅ψ ba
T1 ⋅ K Hβ u ±1
d1 = K d ⋅ 3 ⋅
[σ H ]
2
⋅ψ bd u
(TE. 14)
T2 ⋅ K Hβ
a = K a ⋅ (u ± 1) ⋅ 3
[σ H ]2 ⋅ u 2 ⋅ψ ba
onde:
Nestas duas fórmulas (TE. 14) os torques são expressos em N⋅m, o diâmetro e
a distância interaxial em mm e as tensões em MPa. Portanto, as unidades não fazem
parte de um sistema consistente.
z2
u=
z1
onde z2 representa o número de dentes da roda maior, seja ela accionada ou motriz.
ω1
Portanto, u é igual a apenas para transmissões redutoras, sendo o inverso para as
ω2
multiplicadoras. Note-se que nesta abordagem, u não é considerado um parâmetro
Engrenagens - Rui V. Sitoe - 2001-2006 Página 23
cinemático mas sim um parâmetro geométerico e o conceito é usado apenas para fins
de cálculo.
O dente pode ser considerado como uma viga em consola, sobre a qual se
aplicam forças que tendem a flecti-la e quebrá-la pela base onde a viga é encastrada.
Como o dente tem uma forma especial, com várias superfícies e raios de transição
entre estas, há zonas do mesmo em que se verificam concentrações de tensões
devidas à flexão. Os maiores valores de tensões de flexão verificam-se na base do
dente, na zona de transição do perfil evolvental à superfície de fundo do espaço
interdental. Assim, é preciso acrescentar alguns coeficientes de correcção das tensões
ao cálculo comum das tensões de flexão de vigas simples em consola. O plano da
base é considerado como a secção perigosa sob o ponto de vista da flexão.
Ft ⋅ l Fr′
σF = −
W A
onde:
bw ⋅ s 2
W=
6
A = bw ⋅ s
s l
s′ = l′ = ;
m m
Ft 6 ⋅ l ′ tgα w
σF = ⋅ −
b w ⋅ m (s ′ ) 2 s′
6 ⋅ l ′ tgα w
YF = − ⋅ KT
(s ′ ) 2 s′
Ft ⋅ K F
σF = ⋅ YF ≤ [σ F ] (TE. 19)
bw ⋅ m
A fórmula para o cálculo de projecto deriva de fórmula (TE. 19). Para compô-la,
introduzem-se as seguintes relações:
2 ⋅ T1
Ft = ; bw = ψ m ⋅ m; d 1 = z1 ⋅ m
d1
2 ⋅ T1 ⋅ K F
σF = ⋅ YF
z1 ⋅ψ m ⋅ m 3
3 ⋅ T1 ⋅ K Fβ ⋅ YF
m=3 (TE. 20)
z1 ⋅ ψ m ⋅ [σ F ]
Parâmetros geométricos
β1 = - β 2
rv = e2/c = r/cos2β
b w ⋅ tg β b w ⋅ sen β b w
εβ = ≈ = (TE. 23)
p bt π ⋅ mn pa
Para efeitos de maquinagem usa-se o passo axial pa ou px, que é um
parâmetro de cálculo para efeitos de regulação:
pn p
pa = = t
senβ tgβ
bw ⋅ εα
Σ = (TE .24)
cosβ
1 1
ε α = 1,88 − 3,2 ± ⋅ cos β (TE. 25)
z1 z 2
Forças no engrenamento
Para engrenagens com dentes helicoidais (fig. 8. 28), a força normal decompõe-
se em três componentes:
2 ⋅ T1
- Força tangencial: Ft =
d1
- Força axial : Fa = Ft ⋅ tgβ (TE 26)
Ft
- Força radial : Fr = Ft' ⋅ tgα w = ⋅ tgα w
cos β
Ft ' Ft
- Força normal: Fn = =
cos α w cos α w ⋅ cosβ
Para rodas dentadas com dentes angulares (fig. 8.23-b)) a força axial resultante
é nula (fig. 8.28-b))
****************novo material*******************
Cálculo da resistência dos dentes helicoidais à fadiga por contacto
Fn ⋅ K H ⋅ K Hα Fn ⋅ K H ⋅ K Hα
q= = (TE. *A1*)
Σ bw ⋅ ε α ⋅ cos α w
1 2 1 2 u ±1
= 1± =
ρ red d w1 ⋅ senα w u d w1 ⋅ senα w u
1 2 ⋅ cos 2 β u ± 1
= (TE. *A2*)
ρ red d w1 ⋅ senα w u
Comparando a fórmula para a relação q/ρred em dentes rectos (fórmulas (TE. 8) e (TE.
9)) e dentes helicoidais conclui-se que:
q K Hα ⋅ cos 2 β q
= ⋅
ρ red dentes _ helicoidais
εα ρ red dentes _ rescto
K Hα ⋅ cos 2 β
Z Hβ = (TE. 28)
εα
O valor de KHα é, geralmente, apenas um pouco superior a 1 e εα é quase sempre
maior que KHα, pelo que ZHβ é menor que 1. Isto significa que os dentes helicoidais
sofrem menores tensões que os rectos. Por isso ZHβ é chamado “coeficiente de
aumento da resistência dos dentes helicoidais às tensões de contacto. Usando o novo
coeficiente, a fórmula (TE. 10) é transformada para a seguinte forma:
E red ⋅ T1 ⋅ K H u ±1
σ H = 1,18 ⋅ Z Hβ ⋅ ≤ [σ H ] (TE. 29)
d 2
w1 ⋅ bw ⋅ sen2α w u
Tabela 8.7 – Valores de KHα e KFα para transmissões por rodas dentadas helicoidais
Velocidade periférica Classe de precisão KHα KFα
Engrenagens - Rui V. Sitoe - 2001-2006 Página 32
7 1.03 1.07
Até 5 m/s 8 1.07 1.22
9 1.13 1.35
De 5 a 10 m/s 7 1.05 1.2
8 1.10 1.3
de 10 a 15 m/s 7 1.08 1.25
8 1.15 1.40
Uma vez que no início do cálculo projectivo não são conhecidos muitos dos
parâmetros geométricos, arbitram-se valores aproximados de forma a simplificar o
procedimento. O efeito das aproximações pode ser corrigido em cálculos testadores.
Assim, assumindo os seguintes valores aproximados: εα = 1,5, β =12º e KHα = 1,1, o
valor de ZHβ fica aproximadamente igual a 0,85 e as fórmulas para o cálculo do
diâmetro (TE. 11) e da distância interaxial (TE. 13) ficam:
E red ⋅ T1 ⋅ K Hβ u ±1
d 1 = 1,2 ⋅ 3 ⋅ (TE. 30)
[σ H ]2
⋅ ψ bd u
E red ⋅ T2 ⋅ K Hβ
a ≈ 0,75 ⋅ (u ± 1) ⋅ 3 (TE. 31)
[σ H ]2 ⋅ u 2 ⋅ ψ ba
onde os coeficientes 1,2 e 0,75 provêm da multiplicação de 1,3 e 0,85 das fórmulas
citadas por 3 Z H2 β ≈ 0,9 .
Este cálculo é feito por analogia às transmissões cilíndricas com dentes rectos
(fórmulas (TE. 12) e (TE. 20)). As fórmulas para as tensões de flexão e para o módulo
ficam modificadas com a incorporação de um coeficiente que espelha o aumento da
resistência dos dentes à flexão, ZFβ, análogo a ZHβ, para tensões de flexão. Porém, o
coeficiente KFv para engrenagens com dentes helicoidais é baixo e aproximadamente
igual à unidade: KFv ≈ 1,0, e por isso o coeficiente 3 da fórmula (TE. 20) fica reduzido.
Assim, as fórmulas ficam:
Ft ⋅ K F
σF = ⋅ Z Fβ ⋅ YF ≤ [σ F ] (TE. 32)
bw ⋅ m
Características gerais
Re Re
Re = Rm + 0, 5 ⋅ b ; de = dm ⋅ ; mte = mtm ⋅ (TE. 35)
Rm Rm
Para rodas cónicas com dentes rectos a secção tangencial t coincide com a
secção normal n. Por isso mte = mne é arredondado para um valor normalizado
(tabela). Também se podem usar as relações:
*****************************************************************
Relação de transmissão.
d 2 z2
u= =
d1 z1
senδ 2
u=
senδ 1
senδ 2
e para Σ = δ 1 + δ 2 = 90º : u= = tgδ 2 = ctgδ 1 (TE. 36)
cos δ 2
2 ⋅ T1
Ft = ;
d m1
Ft
Fn = ; Fr' = Fn ⋅ senα = Ft ⋅ tgα (TE. 37)
cos α
Fr = Fr' ⋅ cos δ 1 = Ft ⋅ tgα ⋅ cos δ 1
Fa = Fr' ⋅ senδ 1 = Ft ⋅ tgα ⋅ senδ 1
Para a roda movida, os sentidos das forças são contrários. Porém, é de notar
que a força radial no pinhão tem direcção axial na roda movida e vice-versa.
Redução de uma roda dentada cónica com dentes rectos a uma roda dentada
cilíndrica equivalente, com dentes rectos
d e1 d e2
d ve1 = ; d ve 2 = (TE 38)
cos δ 1 cos δ 2
Cálculo dos dentes duma transmissão cónica com dentes rectos à flexão
As dimensões das secções transversais dos dentes de uma roda dentada cónica
variam proporcionalmente à distância entre estas secções e o vértice do cone (figura
8.32.a). Estas secções transversais são semelhantes. Por isso, a distribuição da carga
linear específica "q" ao longo do comprimento dos dentes não é uniforme, variando em
função da deformação e rigidez dos dentes nas secções, que são variáveis. A carga
tem uma distribuição do tipo triangular, de tal modo que o vértice do triângulo coincide
com o vértice do cone divisor, o mesmo acontecendo às tensões de flexão.
Ft ⋅ K F
σF = ⋅ YF ≤ σ F (TE 40)
ϑ F ⋅ b w ⋅ mm
q ⋅ E red
σ H = 0,418 ⋅
ρ red
dvi= dei/cosδi (i = 1 ou 2)
Para a secção média dos dentes tem-se uma relação semelhante e por isso:
u = tgδ2
obtém-se:
1 1 1
cos δ 2 = = = ;
sen δ 2 + cos δ 2
2 2
tg δ 2 + 1
2
u 2 +1
cos 2 δ 2
1 1 tgδ 2 u
cos δ 1 = = = =
sen 2 δ 1 + cos 2 δ 1 tg 2 δ 1 + 1 tg 2 δ 2 ⋅ tg 2δ 1 + tg 2 δ 2 1+ u2
cos 2 δ 1
(para as transmissões ortogonais, onde Σ = 90 º sen δ1 = cos δ2)
cos δ 2 u 1 u2 +1
o que depois da transformação cos δ 1 + = + = e
u u +1 u ⋅ u2 +1
2 u
substituição resulta em:
q máx + q min Ft ⋅ K H
qm = = (TE 42)
2 bw ⋅ cosα w
Comparando as fórmulas (TE 41) e (TE 42) com as fórmulas análogas (TE 8) e
(TE 9) para rodas dentadas cilíndricas com dentes rectos, vê-se que as fórmulas para
q coincidem, mas para 1/ρred os numeradores são diferentes: usa-se u 2 + 1 em vez
de (u+1). Considerando esta diferença reescreve-se a fórmula (TE 10) para o cálculo
testador das transmissões cómicas com dentes rectos como:
E red ⋅ T1 ⋅ K H u2 +1
σ H = 1,18 ⋅ ⋅ ≤ [σ H ] (TE 43)
ϑ H ⋅ d m21 ⋅ bw ⋅ sen2α u
E red ⋅ T2 ⋅ u ⋅ K Hβ
d e 2 = 1,7 ⋅ 3 (TE 44)
ϑ H ⋅ [σ H ]2 ⋅ (1 − K be ) ⋅ K be
onde:
Ered ⋅ T2 ⋅ u ⋅ K Hβ
d e 2 ≈ 2,9 ⋅ 3 (TE 45)
ϑ H ⋅ [σ H ]2
d m 2 d e 2 Rm d e 2 Re − 0,5 ⋅ bw d e 2
d m1 = = ⋅ = = ⋅ (1 − 0,5 ⋅ K be );
u u Re u Re u
T2
T1 =
u
e
d e2 u2 +1
bw = K be ⋅ Re = K be ⋅ 0,5 = K be ⋅ 0,5 ⋅ d e 2 ⋅
cos δ 1 u
Os cálculos para dentes não rectos não são considerados na presente abordagem.
P2 Pp
η= = 1−
P1 P1
onde:
P1 - é a potência de entrada;
P2 - é a potência de saída;
Pp - é a perda de potência devido ao atrito, em geral
Pp = Pd + Pap + Pch
onde:
Pd P P
ψd = ;ψ ap = ap ;ψ ch = ch
P1 P1 P1
que consideram que as perdas são em paralelo obtém-se:
Pp
η =1 − =1 − (ψ d + ψ ap + ψ ch )
P1
ou seja :
1 1
ψ d = 2,3 ⋅ f ⋅ ± (TE. 52)
z1 z 2
onde:
f ≈0,06...0,1 - é o coeficiente de atrito no engrenamento;
z1 e z2 - são os números de dentes das rodas dentadas menor e maior,
respectivamente;
O sinal positivo é para engrenamento externo e o negativo para interno;
Coeficiente Transmissão
de
deslocame
nto
no pinhão, na roda, x2 Dentes
x1 rectos Dentes helicoidais e angulares
0 0 z1 ≥ 21 z1 ≥ zmin + 2*
0,3 -0,3 14≤z1≤2 z1 ≥ zmin + 2, porém, não menor que 10 e u ≥ 3,5 **.
0eu≥ As recomendações não se aplicam para
3,5 transmissões nas quais para dureza da roda
dentada maior ≤ HB320 a dureza do pinhão eleva-se
em não mais de 70 HB
0,5 0,5 10≤z1≤
30***
β, em até 12 de 12 a 17 de 17 a 21 de 21 a 24 de 24 a 28 de 28 a 30
graus
zmin 17 16 15 14 13 12
β, em até 10 de 10 a 15 de 15 a 20 de 20 a 25 de 25 a 30
graus
zmin 12 11 10 9 8
*** O valor limite inferior dos valores de z1, determina-se para o valor mínimo de
εα = 1,2 em função de z2
z2 16 18...19 20...21 22...24 25...28 29
z1 16 14 13 12 11 10
Resolução:
p t = π ⋅ m;
onde:
h 18
m= = = 8 mm
2 , 25 2 , 25
onde:
π ⋅ d π ⋅ 240
pt = = = π ⋅ 8 = 25,13 mm
z 30
π ⋅ d b π ⋅ 225, 5
pb = = = 23, 62 mm
z 30
Resolução B (usando só os passos):
p t = π ⋅ m = π ⋅ 8 = 25,13 mm
h 18
onde: m = = = 8 mm
2 , 25 2 , 25
c) Uma transmissão dentada tem uma roda dentada motriz com z1= 40 dentes e
um roda dentada movida com z2= 60 dentes. O módulo da transmissão é m= 2,5 mm;
o ângulo de pressão é α = 20°. Calcular:
Resolução:
a) d1 = m⋅z1= 2,5⋅40 = 100 mm; d2 = m⋅z2 = 2,5⋅ 64= 150 mm;
da1 = d1+ 2⋅ h a ⋅ m = 100 + 2⋅1⋅2,5 = 105 mm; da2 = m⋅ (z2 + 2⋅ h *a ) = 2,5 ⋅(60+2)=
*
155 mm
db1 = d1⋅cosα = 100⋅ cos 20° = 93,96 mm ; db2 = d2⋅ cosα = 150⋅cos 20° = 140,95
mm
z 2 60
b) u = = = 1, 5
z1 40
2 2 2 2
105 93,96 155 140,95 100 + 150
= − + − − ⋅ sen 20 = 12,923mm
2 2 2 2 2
gα gα 12 , 923
εα = = = = 1, 75
p b π ⋅ m ⋅ cos 20° π ⋅ 2 , 5 ⋅ 0, 9397