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DA PELE E DERMATOLOGIA
1ª Edição
Indaial - 2021
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
C376a
ISBN 978-65-5646-203-5
ISBN Digital 978-65-5646-201-1
1.Patologia da pele. - Brasil. II. 2. Dermatologia estética. – Bra-
sil. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 610
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
Estrutura e Função da Pele Humana.......................................... 7
CAPÍTULO 2
Patologia da Pele......................................................................... 61
CAPÍTULO 3
Dermatologia Estética...............................................................113
APRESENTAÇÃO
Olá, caro pós-graduando, seja bem-vindo ao livro da disciplina Anatomia e
fisiologia da pele e dermatologia. Neste livro, você aprenderá sobre a estrutura
morfológica e os processos fisiológicos que acontecem na pele humana e que
são cruciais para a manutenção de uma pele saudável. Porém, existem diversas
situações e causas que podem levar a um desequilíbrio nos mecanismos fisioló-
gicos e anatômicos da pele humana, podendo, consequentemente, proporcionar
o aparecimento de patologias. Sendo assim, neste livro, você também conhecerá
as características anatômicas e fisiológicas da pele não saudável, assim como
as doenças mais importantes observadas na pele humana. Complementando as
patologias, você conhecerá os diversos problemas estéticos e tratamentos derma-
tológicos mais apropriados para a resolução do problema estético, muitas vezes
causados por uma doença. Para facilitar a assimilação dos conhecimentos, o livro
da disciplina será organizado em três capítulos, porém é preciso ter em mente
que se trata de uma divisão meramente didática, uma vez que a pele humana é
um sistema dinâmico e complexo.
Bons estudos!
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Olhe para o seu braço. O que você vê? Provavelmente, você respondeu:
pele. Agora, olhe para o seu corpo todo. Você observará que você é delimitado
pela pele humana. Mas como será que é a pele humana? Do que ela é formada?
Como será que ela é formada? Que processos acontecem na pele humana que
permitem que ela seja saudável e vistosa?
Devido ao fator da pele estar exposta ao meio externo, esta pode estar
em contato com diversos agentes nocivos, sejam eles químicos, físicos ou bioló-
gicos. Como exemplo de agentes nocivos de característica química que podem
entrar em contato com a pele pode-se citar os produtos de limpeza, os compostos
presentes na poluição do ar e até certos produtos de beleza, entre outros. Como
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
agentes físicos que podem entrar em contato com a pele pode-se citar os raios
solares, destacando os raios ultravioletas. E como agentes biológicos que podem
entrar em contato com a pele humana pode-se destacar os microrganismos, como
bactérias, fungos e vírus. Neste contexto, uma das funções da pele está relacio-
nada à defesa do corpo humano, uma vez que estas possuem células que podem
impedir que os micróbios entrem para o interior do organismo humano. Além da
função de defesa do corpo humano, outras funções podem ser relacionadas à
pele, como termorregulação, proteção mecânica, percepção sensorial do meio
externo, secreção de compostos, proteção contra desidratação, proteção contra
raios ultravioletas e síntese da vitamina D (PRESTON; WILSON, 2014; HARRIS,
2016; SAMPAIO; RIVITTI, 2018).
No corpo humano, a pele pode ser lisa, sem a presença de pelos, denomi-
nada de pele glabra. As palmas das mãos e dos pés são um exemplo desse tipo
de pele. É importante ressaltar que não há pelos nessas regiões, pois estes iriam
diminuir a capacidade de diferenciar a textura e a temperatura dos objetos, assim
como dificultaria a realização da função motora. Porém, a pele pode ser consti-
tuída externamente pela presença de pelos, sendo chamada de pele pilosa, que
constitui a maior parte do corpo humano. Outra classificação para a pele humana
leva em consideração a espessura, sendo dessa forma subdividida em pele gros-
sa e pele fina. A pele grossa é encontrada, por exemplo, nos pés para proteção do
atrito e a pele fina é encontrada no restante do corpo (PRESTON; WILSON, 2014;
HARRIS, 2016; SAMPAIO; RIVITTI, 2018).
1) Epiderme.
2) Derme.
3) Hipoderme.
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
2.1 EPIDERME
A epiderme é a camada da pele humana mais externa. Quando você olha
para a pele do seu braço é a epiderme que você está visualizando. Histologica-
mente, a epiderme é classificada como um tecido epitelial estratificado pavimento-
so queratinizado. Isso significa dizer que a epiderme é formada por diversas filei-
ras de células e que essas fileiras ficam uma em cima das outras. As células que
formam a epiderme são classificadas como justapostas, ou seja, uma está aderida
à outra, com pouca matriz extracelular entre elas. Na epiderme não existem vasos
sanguíneos, desta forma, as células epidérmicas metabolicamente ativas são nu-
tridas pela camada subjacente, que é a derme. Os nutrientes são transportados
para a epiderme por capilaridade. Agora, faça outro exercício: olhe novamente a
epiderme do seu braço. Você provavelmente está vendo pelos sobre a epiderme.
Na verdade, os pelos estão passando pela epiderme, sendo oriundos a partir da
derme (PRESTON; WILSON, 2014; HARRIS, 2016; SAMPAIO; RIVITTI, 2018).
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
FONTE: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Skinlayers_esp.
jpg?uselang=pt-br>. Acesso em: 27 set. 2020.
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Desmosome#/media/Fi-
le:Desmosome_-_2.png>. Acesso em: 27 set. 2020.
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
Entre a epiderme e a derme existe a membrana basal (Figura 5), que é for-
mada pela lâmina basal e pela lâmina reticular. A lâmina basal é constituída ba-
sicamente de glicoproteínas e proteoglicanas, que são secretadas pelas células
epiteliais e a lâmina reticular é formada por colágeno do tipo III secretado pelo
tecido conjuntivo subjacente (MONTANARI, 2016).
FONTE: <https://fr.wikipedia.org/wiki/Membrane_basale#/media/Fi-
chier:Membrane_basale.jpg>. Acesso em: 27 set. 2020.
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
Atividades de Estudo:
a) ( ) Camada basal.
b) ( ) Camada espinhosa.
c) ( ) Camada granulosa.
d) ( ) Camada lúcida.
e) ( ) Camada córnea.
2.2 DERME
A derme é a segunda camada da pele humana, localizada abaixo da epiderme. Com-
parando as três camadas da pele, a derme é a camada mais espessa. Histologicamente,
a derme é classificada como um tecido conjuntivo. Uma das principais funções da derme é
contribuir com a elasticidade e resistência da pele. Além dessa função, a maioria das célu-
las do sistema imunológico (Figura 6) está localizada nesta camada, funcionando como um
mecanismo de defesa contra agentes patogênicos (PRESTON; WILSON, 2014; HARRIS,
2016; SAMPAIO; RIVITTI, 2018).
De acordo com Preston e Wilson (2014), Harris (2016) e Sampaio e Rivitti (2018),
além dessas estruturas, a derme é formada por diversos tipos celulares, como:
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/White_blood_cell#/media/File:Blau-
sen_0909_WhiteBloodCells.png>. Acesso em: 28 set. 2020.
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Extracellular_matrix#/me-
dia/File:Extracellular_Matrix.png>. Acesso em: 28 set. 2020.
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://it.wikipedia.org/wiki/Collagene#/media/File:Colla-
gen_biosynthesis_(it).JPG>. Acesso em: 28 set. 2020.
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Dermis#/media/File:Blau-
sen_0802_Skin_DermalCirculation.png>. Acesso em: 28 set. 2020.
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
ATIVIDADES DE ESTUDO:
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
2.3 HIPODERME
A terceira camada da pele é a de hipoderme, também chamada de panículo
adiposo e é classificada histologicamente como tecido conjuntivo frouxo. A hipo-
derme também é associada ao termo tecido adiposo. Nesta camada são encon-
tradas as células denominadas de adipócitos. Dentro dos adipócitos são armaze-
nadas gotas de gordura, com a finalidade de reserva energética para o organismo.
Quase metade de toda gordura corporal é encontrada na hipoderme, porém essa
quantidade pode variar de acordo com a idade e sexo do indivíduo. De forma ge-
ral, o sexo feminino possui em média mais gordura corporal do que o masculino
(PRESTON; WILSON, 2014; HARRIS, 2016; SAMPAIO; RIVITTI, 2018).
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
Para Preston e Wilson (2014), Harris (2016) e Sampaio e Rivitti (2018), es-
truturalmente, a hipoderme é composta por dois tipos celulares:
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
25
A iden
cito e sua co
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia biologia da p
para entender
sição de gord
referem à gor
Na literatura, há uma grande confusão entre os termos hipoder- ção precisa do
meFIGURA
e tecido adiposoesquemático
6: Desenho subcutâneo,domuitas
tecidovezes utilizados
adiposo normal ecomo sinô-
na LDG. 8 mente, é imp
nimos. De acordo com os estudos, o tecido adiposo deve ser dividido referência.11
em duas camadas distintas: hipoderme e tecido celular subcutâneo, Sem d
pois são camadas que apresentam anatomia, histologia e metabolis- então descon
CONCLUSÃO
mo completamente distintos. Anatomicamente, a camada hipoderme diferenças ult
se localiza acima do
O tecido tecido celular
adiposo deve subcutâneo.
e precisa serSeguem dois em
dividido quadros
duas entendimento
que diferenciam
camadas morfologicamente
distintas: hipoderme (TAS) essaseduas camadas:
tecido celular subcutâneo a localização
(TAP), pois são camadas que apresentam anatomia, histologia e determinar m
metabolismo completamente distintos (Quadros 1 e 2).
QUADRO 1 – DIFERENÇA MORFOLÓGICA ENTRE HIPO-
adequada. ●
DERME E TECIDO ADIPOSO SUBCUTÂNEO
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
Atividades de Estudo:
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
1) Pelos.
2) Glândulas sebáceas.
3) Glândulas sudoríparas.
4) Unhas.
2.4.1 Pelos
Os pelos são estruturas presentes em quase todo o corpo humano, possuin-
do a função de proteger a pele, diminuindo a incidência de raios ultravioletas sola-
res sobre ela. São formados por células mortas da epiderme totalmente queratini-
zadas. Os pelos podem ser divididos em duas partes, segundo Preston e Wilson
(2014), Harris (2016) e Sampaio e Rivitti (2018):
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
• Lanugo: pelos bem finos, sem pigmentação encontrados nos fetos antes
do nascimento. Esses pelos caem antes do nascimento.
• Penugem: pelos curtos finos, que substituem o lanugo após o nascimen-
to.
• Pelos definitivos: são pelos longos e com coloração, que substituem a
penugem com a chegada do indivíduo à puberdade.
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Holocrine#/media/File:405_Mo-
des_of_Secretion_by_Glands_Holocrine.png>. Acesso em: 11 out. 2020.
A maioria das glândulas sebáceas está associada aos folículos pilosos que for-
mam os pelos, o sebo produzido por elas impregna os pelos e evita a desidratação.
Porém, existem glândulas sebáceas que desembocam diretamente sobre a pele,
sem estarem associadas aos pelos, como as glândulas de Meibomius, que estão
localizadas nas pálpebras oculares e servem para produzir a parte oleosa do filme
lacrimal, evitando assim a evaporação da parte aquosa do filme lacrimal (PRES-
TON; WILSON, 2014; HARRIS, 2016; SAMPAIO; RIVITTI, 2018).
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Apocrine#/media/File:405_Mo-
des_of_Secretion_by_Glands_Apocrine.png>. Acesso em: 11 out. 2020.
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
2.4.4 Unhas
As unhas são formadas quando invaginações da epiderme penetram na der-
me e possuem a função de proteção das extremidades dos dedos. A unha é for-
mada pelas seguintes partes, conforme Preston e Wilson (2014), Harris (2016) e
Sampaio e Rivitti (2018):
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
As bordas das unhas estão cobertas com pele, sendo esta denominada de
prega ungueal. Essa prega ungueal proximal é a responsável pela produção da
cutícula, também chamada de eponíquio (PRESTON; WILSON, 2014; HARRIS,
2016; SAMPAIO; RIVITTI, 2018).
Atividades de estudo:
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
I- Fase catágena
II- Fase exógena
III- Fase telógena
IV- Fase anágena
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
• Radicais livres.
• Sistema complemento.
• Anticorpos.
• Citocinas.
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
a) Fase inflamatória
Esta fase se inicia com a lesão da pele. Para o local, migram plaquetas, he-
mácias e fibrina, formando um coágulo para estancar o vazamento sanguíneo e
evitar contaminação. Células imunológicas, como neutrófilos e monócitos, são as
primeiras a serem recrutadas para o local. Em seguida, são recrutados os macró-
fagos para defender o organismo.
b) Fase proliferativa
c) Fase de maturação
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
3.2 TERMORREGULAÇÃO:
SUDORESE
Entende-se por termorregulação, o grupo de sistemas fisiológicos que atuam
conjuntamente ao objetivo de regular a temperatura corporal. Sabe-se que, na es-
pécie humana, em condições saudáveis, a temperatura é regulada para em torno
de 37 °C. É o hipotálamo (Figura 24), localizado no encéfalo humano, o responsá-
vel pelo controle da temperatura do corpo. Para isso, o hipotálamo possui recepto-
res térmicos que percebem a temperatura do sangue que passa pelo hipotálamo.
Além disso, impulsos térmicos recebidos de outros tecidos, como por exemplo, a
pele, chega ao hipotálamo. Atividade física, emoções, assim como substâncias
pirogênicas podem estimular uma resposta do hipotálamo (PRESTON; WILSON,
2014; HARRIS, 2016; SAMPAIO; RIVITTI, 2018).
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Hypothalamus#/media/File:1806_
The_Hypothalamus-Pituitary_Complex.jpg>. Acesso em: 11 out. 2020.
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
a) Tato
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Tactile_corpuscle#/media/File:Blau-
sen_0808_Skin_TactileCorpuscle.png>. Acesso em: 11 out. 2020.
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
b) Dor
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
Resultados científicos!
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Acne#/media/Ficheiro:Blau-
sen_0811_SkinPores.png>. Acesso em: 11 out. 2020.
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
A pele humana é o maior órgão do ser humano e é dividida em três camadas:
epiderme, derme e hipoderme.
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Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
REFERÊNCIAS
AFONSO, J. P. J. M. et al. Celulite: artigo de revisão. Surg. Cosmet. Dermatol.,
2(3): 214-19. 2010.
ECKSTEIN, M. K. et al. Beyond eye gaze: What else can eyetracking reveal
about cognition and cognitive development? Dev. Cogn. Neurosci. 2017.
58
Capítulo 1 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA PELE HUMANA
JEPPS, O. G. et al. Modeling the human skin barrier - Towards a better unders-
tanding of dermal absorption. Adv. Drug Deliv. Rev., v. 65, n. 2, p. 152-158,
2013.
LAVKER, R. M. et al. Hair follicle stem cells. J. Investig. Dermatol. Symp. Proc.;
8(1):28-38. 2003.
LEE, S. H.; JEONG, S. K.; AHN, S. K. An update of the defensive barrier function
of skin. Yonsei Med. J., 30;47 (3):293-306. 2006.
RUSSELL E. et al. The detection of cortisol in human sweat: implications for mea-
surement of cortisol in hair. Ther Drug Monit., 36:30-34. 2014.
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
SAITO, M.; OHYAMA, M.; AMAGAI, M. Exploring the biology of the nail: An in-
triguing but less-investigated skin appendage. J. Dermatol. Sci. Sep.; 79(3):187-
93. 2015.
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C APÍTULO 2
PATOLOGIA DA PELE
A partir da perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes
objetivos de aprendizagem:
visualizar diversas alterações que podem ser encontradas na pele como indício
de patologia;
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Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A compreensão da anatomia e da fisiologia da pele humana saudável, assim
como o entendimento das suas importantes funções para equilíbrio do organismo
em sua totalidade, é fundamental para compreender os diversos distúrbios que
a pele, sendo o maior órgão do corpo humano, pode estar sujeita. Tanto fatores
externos, como por exemplo, a exposição à radiação solar, como fatores internos,
como por exemplo, um erro genético durante o processo de divisão celular, po-
dem comprometer a homeostase do tecido cutâneo humano e, com isso, afetar a
saúde do indivíduo.
2 DEFINIÇÕES E ALTERAÇÕES
ANÁTOMO-PATOLÓGICAS DA PELE
A pele humana pode ser atingida por diversas patologias que podem mo-
dificar as características anatômicas e fisiológicas básicas do tecido cutâneo.
Qualquer alteração na pele é chamada de dermatose, que pode ser localizada ou
espalhada por várias regiões do corpo. A identificação dessas modificações é de
suma importância, uma vez que auxilia no diagnóstico da doença e, consequente-
mente, na elaboração do tratamento. Uma das formas de diagnóstico das lesões
da pele é através da visualização da morfologia macroscópica dessas lesões.
Além da análise morfológica macroscópica, a análise microscópica das lesões,
através da utilização de técnicas de biópsias para a coleta do material cutâneo as-
sociadas à histopatologia é muito importante para auxiliar no diagnóstico correto.
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
• Tipo de lesão.
• Coloração da lesão.
• Formato da lesão.
• Distribuição da lesão.
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Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
• Máculas.
• Manchas.
• Pápulas.
• Urticas.
• Placa.
• Nódulos.
• Tumores.
• Vesículas.
• Bolhas.
• Pústulas.
• Escamas.
• Escamas.
• Crostas.
• Escoriações.
• Úlceras.
• Escaras.
• Atrofia.
• Cicatrizes.
A1. Máculas
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
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Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Discromia#/media/Fi-
cheiro:Vitiligo2.JPG>. Acesso em: 15 out. 2020.
A2. Manchas
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Les%C3%B5es_elementares_da_pele#/
media/Ficheiro:Macule_and_Patch.svg>. Acesso em: 15 out. 2020.
A3. Pápulas
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1pula#/media/Ficheiro:-
Fibrous_papule_of_the_nose_01.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
A4. Placas
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Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Les%C3%B5es_elementares_da_pele#/
media/Ficheiro:Papule_and_Plaque.svg>. Acesso em: 15 out. 2020.
A5. Nódulos
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Les%C3%B5es_elementares_da_
pele#/media/Ficheiro:Nodules.svg>. Acesso em: 15 out. 2020.
A6. Vesículas
As vesículas são alterações não sólidas preenchidas por líquido seroso. En-
tende-se por líquido seroso, os fluidos filtrados do plasma sanguíneo.
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
A7. Pústulas
A8. Bolhas
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Les%C3%B5es_elementares_da_pele#/
media/Ficheiro:Vesicles_and_Bulla.svg>. Acesso em: 15 out. 2020.
A9. Tumores
Os tumores são alterações sólidas maiores que três centímetros, que se lo-
calizam em regiões mais aprofundadas da pele, como a derme e a hipoderme, e
que podem provocar o levantamento da pele ou não.
A10. Urticas
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Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Hives#/media/Fi-
le:Urticaria.png>. Acesso em: 15 out. 2020.
A11. Escamas
A12. Crosta
As crostas são compostas por uma massa em cima da lesão formada de cé-
lulas mortas, pus ou sangue.
A13. Escoriação
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
A14. Úlcera
A úlcera é a perda de tecido da pele, formando uma ferida que abrange tanto
a epiderme quanto a derme, podendo em casos mais graves atingir a hipoderme
e alcançar os músculos.
A15. Escaras
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Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
A16. Atrofia
A17. Cicatrizes
FONTE: <https://es.wikipedia.org/wiki/Cicatriz#/media/Archi-
vo:Scar_(xndr).jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
73
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
Atividades de estudo:
I- Máculas
II- Nódulos
III- Pápulas
IV- Pústulas
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Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
a coloração rosa de uma lesão pode indicar vasos sanguíneos dilatados. A colo-
ração castanha de uma lesão pode indicar aumento de melanina. Já a coloração
azul de uma lesão pode indicar escassez de oxigênio (DUNCAN et al., 2013; RI-
VITTI, 2018).
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3a/Rin-
gworm_on_the_arm%2C_or_tinea_corporis_due_to_Trichophyton_men-
tagrophytes_PHIL_2938_lores.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
75
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Herpes_simplex#/media/Fi-
le:Herpes(PHIL_1573_lores).jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
76
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Steatosis#/media/File:Li-
ver_steatosis_fatty_change.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
77
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://www.researchgate.net/publication/7397584_Tumor_progres-
sion_Small_GTPases_and_loss_of_cell-cell_adhesion>. Acesso em: 15 out. 2020.
78
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/41/
NeutrophilerAktion.png>. Acesso em: 15 out. 2020.
79
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Granuloma#/media/Fichei-
ro:Granuloma_mac.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
Atividades de estudo:
a) ( ) Inflamação.
b) ( ) Degeneração.
c) ( ) Anormalidades metabólicas.
d) ( ) Proliferação.
e) ( ) Malformação.
3 DOENÇAS DE PELE
Diversas são as enfermidades que acometem a pele humana. Essas doen-
ças podem estar restritamente relacionadas ao tecido cutâneo ou podem ser ma-
80
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
3.1 DERMATITES
As dermatites, também chamadas de eczemas, são um grupo de doenças
não contagiosas, que causam lesões nas camadas superficiais da pele, sempre
relacionadas a reações inflamatórias. As dermatites podem ser subdivididas em:
81
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
82
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
83
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
3.2 PSORÍASE
A psoríase é uma doença de pele classificada como crônica e não contagio-
sa, com etiologia multifatorial, estando associada tanto a fatores genéticos con-
trolados por vários genes quanto por fatores ambientais, como estresse, medica-
mentos, tabagismo, entre outros. Na maioria dos casos, as lesões da psoríase são
pápulas eritematoescamosas, sendo que essas lesões aparecem e desaparecem,
em diversas reincidências. Estudos indicam que o mecanismo fisiopatológico des-
sa doença está relacionado com o mau funcionamento do sistema imunológico do
84
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Psor%C3%ADase#/media/Fi-
cheiro:Psoriasis2010a.JPG>. Acesso em: 15 out. 2020.
85
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
3.3 ACNE
A acne é uma doença de pele não contagiosa, comumente reconhecida pelo
aparecimento de espinhas e cravos, principalmente nos rostos dos adolescentes,
porém também podem aparecer em rostos e costas de pessoas adultas. Diversos
fatores podem levar ao aparecimento da acne, porém a principal causa relacio-
nada é o excesso de produção de sebo pelas glândulas sebáceas estimuladas
pelos hormônios sexuais, como os andrógenos. Esse excesso de sebo causa a
obstrução dos poros, levando ao aparecimento da acne, que pode se manifestar
através de quatro tipos de lesões, de acordo com Rivitti (2018) e Soutor e Hor-
dinsky (2015):
86
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
distúrbios emocionais, uma vez que o indivíduo pode sentir vergonha de sua apa-
rência e desenvolver ansiedade, depressão e baixa autoestima. Fatores como es-
tresse, período do ciclo menstrual, medicamentos, exposição ao sol, entre outros,
podem intensificar a gravidade da acne. Atualmente, existem diversos tipos de
tratamentos para a acne, sendo que estes dependerão da intensidade da acne.
Em acnes leves, normalmente se recomenda a lavagem do local afetado com
soluções de remoção de oleosidade e utilização de medicamentos tópicos, como
ácido salicílico, peróxido de benzoíla e tretinoína. Em casos mais severos de acne
deve-se associar a utilização de antibióticos orais (SOUTOR; HORDINSKY, 2015).
3.4 VITILIGO
Um dos grupos de enfermidades da pele que mais causa impactos sobre a
saúde psicológica de seus portadores são as doenças em que há falta ou excesso
da pigmentação da pele. Muitas pessoas afetadas por esses distúrbios desenvol-
vem sentimentos de vergonha de si mesmas, ansiedade e até depressão, e em
casos mais graves, até pensamentos suicidas. As doenças conhecidas como vitili-
87
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/com-
mons/b/b6/Vitiligo.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
88
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
Curiosidade!
89
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
• Trichophyton.
• Microsporum.
• Epidermophyton.
90
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e0/
Teigne_-_Tinea_capitis.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
91
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
• Herpes simples
92
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
• Herpes zóster
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Herpes_zoster#/media/Fichei-
ro:Herpes_zoster_3days_passed.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
93
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
• Molusco contagioso
O molusco contagioso é causado pelo vírus do grupo dos poxvírus com DNA
de fita dupla e atinge pele e mucosas. A sua forma de transmissão é por contato
direto de pele com pele, podendo atingir qualquer parte do corpo. Também podem
ser encontrados nos órgãos genitais, sendo considerada uma doença sexualmen-
te transmissível. Os principais sintomas são o aparecimento de pápulas com um-
bilicação central e prurido. Essa doença é frequentemente encontrada em crian-
ças. Em pessoas imunocompetentes, a infecção desaparece sem necessidade de
tratamento específico (RIVITTI, 2018; SOUTOR; HORDINSKY, 2015).
94
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Molusco_contagioso#/me-
dia/Ficheiro:Molluscaklein.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
• Verrugas
As verrugas são causadas pelo vírus de DNA de fita dupla chamado de papi-
lomavírus humano (HPV). Atualmente, se conhece mais de 100 tipos de genótipos
para o vírus HPV. Esse vírus invade qualquer pele e mucosa e estimula o cresci-
mento anormal das células da epiderme, formando uma protuberância sob a pele.
Dependendo da região afetada, assim como o tipo de genótipo do HPV infectan-
te, as verrugas podem mostrar diversas apresentações clínicas. As verrugas são
classificadas em verrugas não genitais e verrugas genitais, sendo que estas últi-
mas são encontradas nos órgãos genitais. Existem diversos tipos de tratamento,
desde medicamentosos, utilização de nitrogênio líquido e excisão cirúrgica (SOU-
TOR; HORDINSKY, 2015).
FONTE: <https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Verruca_vul-
garis#/media/File:Verruca.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
95
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
a) Impetigo
96
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Impetigo#/media/Ficheiro:OSC_Mi-
crobio_21_02_impetigo.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
b) Furúnculos
97
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
Atividades De Estudo:
I- Fungo
II- Vírus
III- Bactéria
98
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
• Ceratoses.
• Lentigo simples e solar.
• Nevos.
99
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://portalbeneficios.grupocase.com.br/wp-content/uplo-
ads/2019/12/ABCDE.png>. Acesso em: 15 out. 2020.
100
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Queratose#/media/Ficheiro:Acti-
nic_keratoses_on_forehead.JPG>. Acesso em: 15 out. 2020.
101
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Queratose#/media/Ficheiro:Sebor-
rheic_keratosis_on_human_back.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Queratose#/media/Fichei-
ro:Keratosis_pilaris_arm.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
102
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Lentigo#/media/Ficheiro:Na-
veus_spilus_new_photo.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
103
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Nevo#/media/Ficheiro:-
Graindebeaute.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
104
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c1/Layers_of_the_skin.jpg>.
Acesso em: 15 out. 2020.
105
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Carcinoma_basocelular#/media/Fi-
cheiro:Basal_cell_carcinoma2.JPG>. Acesso em: 15 out. 2020.
106
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5f/Squa-
mous_Cell_Carcinoma.png>. Acesso em: 15 out. 2020.
107
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Melanoma#/media/Fi-
cheiro:Melanoma.jpg>. Acesso em: 15 out. 2020.
108
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
Atividades de estudo:
109
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
A pele humana pode ser acometida por diversas doenças, que são respon-
sáveis pelo aparecimento de lesões cutâneas e essas lesões da pele podem ser
analisadas macroscópica e microscopicamente. Para a análise macroscópica de
uma lesão cutânea é necessário observar os seguintes parâmetros: tipo de lesão,
coloração da lesão, formato da lesão e distribuição da lesão. Quanto ao tipo de le-
são, as lesões pode ser subdividas em lesões primárias e secundárias. As lesões
primárias são aquelas que surgem sobre a pele saudável, sendo exemplo dessas
lesões as máculas, as manchas, as pápulas, as urticas, as placas, os nódulos,
os tumores, as vesículas, as bolhas, as pústulas e as escamas. Já as lesões se-
cundárias surgem sobre as lesões primárias, indicando que a lesão pode estar
evoluindo para danos maiores.
110
Capítulo 2 PATOLOGIA DA PELE
tumores malignos são aqueles em que o crescimento anormal das células ocorre
de forma mais rápida e desorganizada, não ficando delimitado à região do corpo,
podendo gerar metástase pelo corpo. Os tumores malignos são popularmente co-
nhecidos como câncer de pele e os tipos de câncer de pele mais encontrados na
população mundial são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o
câncer de pele do tipo melanoma.
REFERÊNCIAS
AGOSTINHO, K. M. et al. Doenças dermatológicas frequentes em unidade básica
de saúde. Cogitare Enfermagem., v. 18, p. 715-721, 2013.
HARRIS, J. E. Did Michael Jackson have vitiligo? 2016. Disponível em: https://
www.umassmed.edu/vitiligo/blog/blog-posts1/2016/01/did-michael-jackson-have-
vitiligo/. Acesso em: 15 out. 2020.
111
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
KARIMKHANI, C. et al. Global Skin Disease Morbidity and Mortality: An Update from
the Global Burden of Disease Study 2013. JAMA Dermatol., 153:406-412. 2017.
REZZE, G. G.; LEON, A.; DUPRAT, J. Nevo displásico (nevo atípico). An. Bras.
Dermatol., Nov-Dez; 85(6): 863-71. 2010.
WERNER, B. Biópsia de pele e seu estudo histológico: Por quê? Para quê?
Como? Parte I. An. Bras. Dermatol., [online]. 84: 391-395. 2009.
112
C APÍTULO 3
DERMATOLOGIA ESTÉTICA
A partir da perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes
objetivos de aprendizagem:
114
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Os padrões de beleza mudaram durante os tempos, e antes, o que podia ser
considerado belo, hoje não é mais, assim como o que não era considerado belo,
talvez hoje o seja. Segundo o trecho retirado de Poli Neto e Caponi (2007, s.p.):
O Brasil é um país com pessoas muito vaidosas, visto que aqui se encontra o
terceiro maior mercado de estética do mundo, perdendo apenas para os Estados
Unidos e a China. De forma geral, a maioria dos consumidores deste mercado
estético são as mulheres, porém os homens já contribuem para uma parcela ex-
pressiva deste mercado. Segundo Pereira et al. (2008, p. 3):
Neste contexto, o mercado estético tem grande importância na vida das pes-
soas, e os profissionais dessa área têm buscado cada dia mais se aperfeiçoar
e trazer novidades para os centros estéticos. As pessoas têm buscado realizar
procedimentos que tragam certo conforto e resultados verdadeiros e comprova-
dos. Além de procurarem se sentir especialmente tratadas e cuidadas, buscando
tratamentos personalizados (FILGUEIRAS, 2018).
115
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
2 DERMATOLOGISTAS E
ESTETICISTAS: ÁREA DE ATUAÇÃO
DE CADA PROFISSIONAL
Diversos são os profissionais que atuam no cuidado e saúde da pele huma-
na, sendo os mais conhecidos nesta área, os dermatologistas e os esteticistas. O
dermatologista é o profissional que fez graduação em medicina e fez programa
de Residência em Dermatologia. Já o esteticista é o profissional que fez curso
técnico ou realizou curso superior de graduação em estética. Mas quais seriam as
diferenças na área de atuação desses dois profissionais?
116
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
117
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
118
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
119
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
• Enfermeiros.
• Biomédicos.
• Biólogos.
• Dentistas.
• Fisioterapeutas.
• Farmacêuticos.
• Nutricionistas.
120
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
Atividades de estudo:
3 PROBLEMAS DERMATOLÓGICOS
ESTÉTICOS
Os problemas dermatológicos normalmente são caracterizados como aque-
les que causam na pele, modificações patológicas e, consequentemente, diversos
sintomas que precisam ser tratados. O profissional mais adequado para diagnós-
tico e indicação de tratamento nestas situações são os médicos com especializa-
ção em dermatologia. Já os problemas dermatológicos que não são diretamente
relacionados a doenças específicas e que incomodam mais por questões estéti-
cas podem ser tratados por diversos profissionais da saúde e beleza, entre eles o
121
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
• Olheiras.
• Estrias.
• Celulite.
• Cicatriz.
• Flacidez corporal e facial.
• Rugas.
• Excesso de pelos.
• Manchas.
3.1 OLHEIRAS
Entende-se por olheiras a hiperpigmentação, basicamente, de três regiões
ao redor dos olhos:
• Região periorbital.
• Região supraocular.
• Região subocular.
122
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Olho_humano#/media/Ficheiro:MP_
Sectoral_heterochromia.jpg>. Acesso em: 20 out. 2020.
Nas regiões acometidas por olheiras, há uma diferença de cor entre a pele
e o restante da pele facial. Esse problema estético pode provocar importante im-
pacto na qualidade de vida, ao produzir aparência de cansaço e envelhecimento
(LUDTKE et al., 2013). Diversos são os fatores que podem causar o aparecimento
de olheiras, como:
• Genética.
• Cansaço.
• Estresse.
• Ciclo pré-menstrual.
• Alergia.
• Estilo de vida, como o uso de álcool e cigarro.
De acordo com a sua causa e morfologia, as olheiras podem ser subdivididas em:
• Vasculares:
o geralmente possuem coloração azulada;
o são causadas pelo acúmulo de pigmento hemossiderina na região dos
olhos associado ao aumento de circulação sanguínea no local.
• Melânicas:
o geralmente possuem coloração amarronzada;
o são causadas pelo aumento do pigmento melanina na região;
o normalmente aparecem em pessoas com tendência genética, podendo
ser agravada pelo estilo de vida como noites mal dormidas, tabagismo e
álcool.
123
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Olheiras#/media/Fichei-
ro:Dark_circles.jpg>. Acesso em: 20 out. 2020.
Segundo Roh e Chung (2009), uma série de terapias estão disponíveis para
o tratamento de olheiras infraorbitais. As modalidades terapêuticas devem diferir
dependendo da causa, por que os círculos escuros infraorbitais são devidos a
múltiplos fatores. Os autores citam como possíveis tratamentos para as olheiras
causadas por excesso de melanina:
Além desses tratamentos, estudos científicos são feitos com o objetivo de en-
contrar substâncias ativas derivadas de vegetais, que possuem a capacidade de
reduzir os círculos escurecidos ao redor dos olhos. Nesse contexto, pode-se citar
um estudo realizado por Klettke, Marchetti e Foppa (2014), o qual avaliou o poten-
cial físico-químico do extrato de aveia (Avena sativa L.) na inibição da tirosinase,
124
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
3.2 ESTRIAS
São cicatrizes visualizadas em áreas cutâneas que estão sujeitas à distensão
da pele, como as áreas cutâneas das coxas, nádegas e mamas. Devido a esta
distensão, ocorre o rompimento das fibras colágenas e elásticas da pele e, conse-
quentemente, o aparecimento de cicatrizes. As estrias normalmente aparecem em
pessoas do sexo feminino. Diversas são as causas pelo surgimento das estrias,
podendo-se destacar as causas mais comuns, como a obesidade e a gravidez.
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Estria#/media/Fichei-
ro:Belly_Strech_Marks.jpg>. Acesso em: 20 out. 2020.
125
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
Amaral et al. (2007) afirmam que existem diversos tratamentos que visam
minimizar as estrias, e entre estes destacam-se a microdermoabrasão e o peeling
químico, que são tratamentos regulamentados para profissionais esteticistas. Ain-
da segundo os autores, estas técnicas realizam uma diminuição da capa córnea a
fim de proporcionar uma melhor penetração de substâncias como os ácidos, para
gerar um novo aspecto à pele de modo efetivo, sem risco de maiores danos ao
tecido, se adequados às normas descritas por órgãos competentes.
3.3 CELULITE
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (2017), a celulite é o nome
popular da lipodistrofia ginoide. A celulite não é considerada uma doença e é ca-
racteriza pelo aspecto ondulado da epiderme, tipo “casca de laranja”, em algumas
áreas do corpo e afeta praticamente todas as mulheres.
Ainda segundo Afonso et al. (2010), as celulites podem ser classificadas por
grau:
127
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Celulite#/media/Ficheiro:Dim-
pled_appearance_of_cellulite.jpg>. Acesso em: 20 out. 2020.
FONTE: Adaptada de Paschoal et al. (2012 apud CUNHA; CUNHA; MACHADO, 2015)
128
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
3.4 CICATRIZ
Entende-se por cicatriz uma marca na pele produzida pela tentativa do corpo
em regenerar o tecido danificado da pele. Normalmente, a derme da pele é lesio-
nada e um tecido fibroso é formado com o objetivo de fechar a lesão. Segundo
Ferreira e Assumpção (2006), pode-se destacar a cicatriz por tipos:
• Hipertrófica:
o ocorrem a partir de hiperproliferação de fibroblastos, com consequente
acúmulo de matriz extracelular, especialmente pela excessiva formação
de colágeno;
o cicatrizes elevadas;
o confinadas às margens da lesão original;
o tendem à regressão espontânea.
• Queloide:
o também ocorrem a partir de hiperproliferação de fibroblastos, com con-
sequente acúmulo de matriz extracelular, especialmente pela excessiva
formação de colágeno;
o lesão elevada, brilhante, pruriginosa ou dolorosa;
o ultrapassa os limites da ferida original;
o não regride espontaneamente.
129
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
3.5 RUGAS
O envelhecimento é um processo multifatorial que inclui fatores intrínsecos
e extrínsecos. Os fatores intrínsecos referem-se aos próprios processos do orga-
nismo e os extrínsecos referem-se às situações exógenas, como má alimentação,
tabagismo, álcool, falta de exercício físico, exposição solar, poluição, que amplifi-
cam o efeito dos primeiros (LOZADA; RUEDA, 2010). Com o envelhecimento da
pele, ocorre o aparecimento das rugas. Entende-se como rugas, depressões na
pele que acontecem devido à perda do colágeno e elastina da pele associada aos
movimentos repetitivos dos músculos da face durante os anos de vida do indiví-
duo. Os locais do rosto mais afetados pelas rugas são:
• Testa.
• Embaixo da boca, sendo popularmente conhecido como linhas de mario-
nete.
• Embaixo do nariz, sendo popularmente conhecido como bigode chinês.
• Embaixo dos olhos, sendo popularmente conhecido como pé de gali-
nhas.
FONTE: <https://pixabay.com/pt/photos/retrato-pessoa-idosa-ve-
lho-enrugado-4690094/>. Acesso em: 20 out. 2020.
130
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
As rugas não podem ser evitadas, pois o envelhecimento é um fator que não é
reversível pois a pele sofre um processo fisiológico. Contudo, existem medidas que
podem ser utilizadas para amenizar e retardar o envelhecimento, usando métodos
que possam aumentar a circulação local, com a finalidade de favorecer a nutrição
e o metabolismo, bem como levando a uma melhora do aspecto geral da pele, e
fazendo com que haja o retardamento precoce desta (CRUZ; PEREIRA, 2018). Di-
versos são os possíveis tratamentos para tentar minimizar as rugas, tais como:
• Peeling químico.
• Dermocosméticos.
• Preenchimento com ácido hialurônico.
• Aplicação de injeção de toxina botulínica.
• Radiofrequência.
Atividades de estudo:
131
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
go a seguir.
1- Grau 0
2- Grau I
3- Grau II
4- Grau III
a) ( ) Ruga estática.
b) ( ) Ruga dinâmica.
c) ( ) Ruga estática e dinâmica.
d) ( ) Ruga semiestática.
132
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
4 TRATAMENTOS ESTÉTICOS
No intuito de minimizar os problemas estéticos, diversas são as tecnologias
disponíveis atualmente para serem utilizadas. Entre essas diversas tecnologias,
pode-se destacar:
• Tratamentos a laser.
• Peeling químico.
• Luz pulsada.
• Carboxiterapia.
• Utilização do ácido hialurônico.
• Toxina botulínica.
• Radiofrequência.
• Drenagem linfática.
4.1 PEELING
Entende-se por peeling toda técnica que promove a descamação da pele,
mais especificamente de regiões da epiderme e da derme. Com isso, as camadas
cutâneas afetadas pela técnica iniciam a fase de regeneração das células perdi-
das. Desta forma, uma nova pele é formada no local, por meio do processo de
renovação celular, levando a um aspecto visual mais homogêneo e melhorado da
pele. Dependendo do método utilizado, o peeling pode ser classificado em:
133
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
134
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
135
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
Atividades de estudo:
I- Peeling de cristal
II- Peeling de diamante
III- Peeling ultrassônico
4.2 BOTOX
O botox, também conhecido como injeção de toxina botulínica é um proce-
dimento estético considerado seguro e bem tolerado pelo corpo humano, sendo
muito utilizado para reduzir rugas e linhas de expressão na face, especialmente
na região dos olhos e testa. A substância toxina botulínica é uma neurotoxina de
composição proteica e é produzida por uma bactéria anaeróbica da espécie Clos-
tridium botulinum, sendo que a toxina botulínica do tipo A é a mais utilizada para
fins estéticos. Pequenas doses desta substância, injetadas no rosto, ao entrar em
contato com as terminações nervosas de uma musculatura específica humana,
faz com que esta não possa mais se contrair, promovendo assim o seu relaxa-
mento. Porém, este relaxamento muscular não é duradouro e este efeito dura em
média seis meses.
136
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
Curiosidade!
Apesar de bem tolerado pelo corpo humano, efeitos indesejados mais co-
muns podem acontecer, como dores e edemas no local da aplicação. Mais rara-
mente, complicações relacionadas ao efeito da toxina botulínica podem ser obser-
137
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Botulinum_toxin#/media/File:Dr_Braun_Per-
forms_a_Botox_Injection_(4035273577).jpg>. Acesso em: 20 out. 2020.
138
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
ATENÇÃO!
Atividades de estudo:
a) ( ) Vírus.
b) ( ) Bactéria.
c) ( ) Fungo.
d) ( ) Protozoário.
139
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
O preenchimento facial pode ser considerado seguro, desde que seja reali-
zado por um profissional devidamente qualificado. O componente mais utilizado
para o preenchimento facial é o ácido hialurônico (Figura 11), sendo que, após
anestesia local, uma injeção desta substância é aplicada no local do tratamento.
O ácido hialurônico é um biopolímero, naturalmente formado pelo corpo humano,
porém com o avanço da idade ocorre a diminuição da produção deste composto
pelo organismo. Estruturalmente, o ácido hialurônico é formado pelo ácido glu-
curônico e a N-acetilglicosamina.
Diversos locais do rosto, como queixo, maçãs do rosto e lábios (Figura 12)
podem ser tratados com injeção de ácido hialurônico. Resultados como aumento
no volume labial, diminuição de cicatrizes e redução de pés de galinha e de bigo-
de chinês são obtidos através da utilização desta técnica.
FONTE: <https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_hialur%C3%B4ni-
co#/media/Ficheiro:Hyaluronan.png>. Acesso em: 20 out. 2020.
140
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
FONTE: <https://pixabay.com/pt/illustrations/l%C3%A1bios-seringa-
-face-botox-em-spray-2122146/>. Acesso em: 20 out. 2020.
4.4 LASER
Os lasers, também conhecidos como amplificações por emissão estimulada
de radiação, são ondas eletromagnéticas que possuem diversas aplicações com
finalidade de tratamento estético relacionados à pele. Segundo Goreti (2009), o
efeito terapêutico do laser varia em função de:
141
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
• Comprimento de onda.
• Duração do impulso.
• Tamanho, tipo e profundidade do alvo.
• Interação entre a luz emitida pelo laser e o alvo determinado.
• Pigmento natural.
• Pigmento externo.
• Água intracelular.
• Aminoácidos e ácidos nucleicos.
142
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
De modo geral, os lasers podem ser utilizados para aplicações estéticas, como:
• Tratamento de cicatrizes.
• Clareamento de manchas escuras, como pintas e melasma.
• Remoção de tatuagens.
• Diminuição dos efeitos do envelhecimento da pele.
• Epilação de pelos.
Vamos agora conhecer as indicações clínicas para dois tipos de lasers, se-
gundo Gianfaldoni et al. (2017):
• Laser de CO2:
o ceratoses seborreicas;
o queratoses actínicas;
o nevos epidérmicos;
o cicatrizes;
o verrugas;
o manchas (melanina);
o rejuvenescimento da pele.
143
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
Atividades de estudo:
a) ( ) Caroteno.
b) ( ) OOi-hemoglobina.
c) ( ) Melanina.
d) ( ) Desoxi-hemoglobina.
144
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
• Fotoenvelhecimento.
• Estrias.
• Epilação.
• Antiacne.
• Tratamento de lesões vasculares.
• Tratamento de lesões pigmentares.
4.6 MICROAGULHAMENTO
É uma técnica que utiliza microagulha para a indução de síntese de colágeno
na pele. Uma das suas utilizações é tratar cicatrizes, particularmente cicatrizes de
acne. Segundo Doddaballapur (2009, p. 110):
145
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
4.7 CRIOLIPÓLISE
Entende-se por criolipólise um tratamento não invasivo cujo objetivo é a des-
truição de gordura localizada (Figura 14). Para isso, o tecido adiposo da pele é
resfriado com temperaturas médias de -10 graus Celsius e, com isso, os adipóci-
tos sofrem lise celular através de um processo conhecido como apoptose. Braz et
al. (2017, p. 340) afirmam:
146
Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/41/Cryolipolysis_
-_A_depiction_of_cryolipolysis_procedure.jpg>. Acesso em: 20 out. 2020.
147
Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
pele. Para evitar isso, durante o processo de criolipólise usa-se uma membrana
anticongelante. Para evitar rompimentos, o tempo de uso dessa membrana anti-
congelante indicado pelo fabricante deve ser seriamente respeitado.
5 DERMOCOSMÉTICOS
De acordo com a definição de cosméticos pela Anvisa, encontrado na RDC
211 de 2005:
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Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
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Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
De acordo com o seu mecanismo de ação, os filtros solares podem ser clas-
sificados em orgânicos e inorgânicos, a saber:
• Inorgânico ou físico:
o são formados por compostos metálicos, como o óxido de zinco e o dióxi-
do de titânio e possui a função de refletir a luz ultravioleta;
o causam menos processos alérgicos, pois não são absorvidos pela pele e
sim formam uma barreira mecânica contra a luz solar.
• Orgânico:
o são formados por compostos com grupos funcionais que absorvem a ra-
diação ultravioleta e, em seguida, esta energia volta para o ambiente;
o aumentam as probabilidades de surgimento de alergias, pois são absor-
vidos pela pele;
o exemplos de compostos: Salicilatos, Para-aminobenzoico, Cinamatos,
Benzimidazóis.
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Sunscreen#/media/Fi-
le:Sunburn_blisters.jpg>. Acesso em: 20 out. 2020.
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Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
Atividades de estudo:
7 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
A cada dia que passa, nota-se que as pessoas se preocupam mais e mais
com a sua aparência. Talvez pela necessidade de elevar a autoestima ou pela
influência da mídia e das revistas de beleza, ou pelo próprio medo de envelhe-
cer, muitas pessoas buscam tratamentos que solucionem imperfeições estéticas.
Independentemente do motivo pela busca, abriu-se aí uma possibilidade de ne-
gócio, que é o famoso mercado da estética, que movimenta bilhões de dólares
anualmente. Neste contexto, profissionais voltados a esta área, como os esteticis-
tas, precisam estar sempre bem qualificados e antenados com as novidades do
mercado estético.
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
REFERÊNCIAS
ADDOR, F. S. et al. Pregnancy and predisposition to striae: correlation with the
skin’s biomechanical properties. Surgical and Cosmetical Dermatology, Rio de
Janeiro, v. 2, n. 4, p. 253-256, out./dez. 2010.
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Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
HUSAIN, Z.; ALSTER, T. The role of lasers and intense pulsed light technology in
dermatology. Clin Cosmet Investig Dermatol., 9:29-40. 2016.
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Anatomia e Fisiologia da Pele e dermatologia
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Capítulo 3 DERMATOLOGIA ESTÉTICA
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