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Role Playing Game

Ilha de Metron :: Mini Cenário de Campanha

Ilha de Metron

Sandro Silo
M I N I C E N Á R I O

A Ilha de Metron Autor


Mini Cenário de Campanha Sandro Silo

Diagramação
Bruno Sakai

O que esperar deste Fevereiro/2014

suplemento? Distribuído sob a licença


Creative Commons Brasil v.3.0
OLDDRAGON.com.br
Civilizações esquecidas, mistérios insolúveis, arenas de luta, pi-
ratas, monstros que levam corações corajosos à loucura, intrigas -------------------------------------------
palacianas e uma monumental ilha-prisão. E isto é apenas o
início! Índice
A Ilha de Metron ........................... 4
Os Humanos................................. 6
“Ilha de Metron” é um cenário de campanha para per-
sonagens iniciantes voltada ao sistema Old Dragon. As Os Outros.................................... 12
descrições a seguir combinam elementos clássicos de Personalidades............................. 14
fantasia associados a um ambiente que possibilita a in- Temores ...................................... 17
clusão de situações mais complexas de intriga, além da Personagens Jogadores .............. 22
rotineira exploração de masmorras e caça aos monstros.
Campanhas no cenário podem envolver desde a ex-
ploração dos principais pontos da ilha, à tentativa de
fuga antes de algum fim apocalíptico, percorrendo ainda
os salões dos regentes das duas cidades em seus jogos de
manipulação e espionagem por mais poder.

Sandro Silo
sandro_silo@hotmail.com

3 A Ilha de Metron
A Ilha de Metron
A Ilha de Metron

H
á 326 anos uma esquadra de mas ricas em minérios! Navegação de
navios de imigrantes perde cabotagem é praticada, uma vez que a
sua rota alternando tempes- chegada às águas salgadas tende a re-
tades, calmarias e racionamentos. So- cepcionar as embarcações com a mor-
breviventes transpuseram uma barrei- te por tentáculos e seres ainda mais bi-
ra de corais não mapeada repleta de zarros buscando destruição. Deixar a
monstros marinhos até conquistarem ilha é quase irracional.
uma nova ilha.
A nova terra trazia desafios além do Fatos Históricos
que os náufragos se preparam, esta-
vam diante da linha entre os sobre- 326 anos atrás
viventes e os mortos. Uma cidade
A chegada | Pouco mais de dois mil
abandonada próxima do naufrágio
sobreviventes famintos chegam à en-
foi lentamente conquistada, a “Ci-
costa da chegam à encosta da Cidade
dade da Harpia”, mas conflitos pos-
da Harpia. Nenhum humano nativo é
teriores dividiriam seu povo em duas
encontrado.
sociedades.
Velhos escritos falam de uma civiliza- 210 anos atrás
ção extinta conhecida como Metro-
O êxodo | Divergências do conselho
nianos. Obras de grande magnitude
criaram dissidentes que optaram por
confirmavam seu domínio sobre a
formar uma comunidade que, de um
paisagem, porém ainda não se sabe
inicio secreto, culminou na formação
como e por que desapareceram.
de uma segunda cidadela. Seus funda-
A geografia da ilha impressiona por dores eram adeptos à ideologias opos-
tantas particularidades: cercada por tas sobre magia, justiça e ocupação da
um anel de água doce cedendo pou- Ilha. Quase dois séculos depois as di-
co depois à água salgada e jamais se vergências se dissiparam e a “Cidade
misturam, rios como grandes canais da Quimera” formou cultura própria
em linha reta, uma área em inverno em constante intercâmbio com o povo
glacial, alimento abundante, um seve- que rejeitou seus ancestrais, obvia-
ro deserto, pontos de energia mística mente rivalidades menores persistem.
assombrosa, ilhotas rochosas próxi-

A Ilha de Metron
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Um suplemento para
174 anos atrás 46 anos atrás
Os quatro exploradores | Quatro Os últimos a chegar | Navio chama-
aventureiros se propuseram a inves- do “Carpa” atravessou a barreira de
tigar as grandes ruínas e mapear a corais e o anel de monstros. Os “No-
ilha. Ao fim alertaram sobre perigos vos” vagaram perdidos e os dias em
e deixaram notas escritas sobre várias que se acharam sós renderam histó-
de suas descobertas. Novos grupos se rias contadas até hoje sobre sua sobre-
formaram para continuar a missão, vivência.
mas a grande maioria jamais retor-
nou, os demais carregavam sequelas 17 anos atrás
demais para prosseguir.
O estranho dia dos mortos | Ainda
Os desbravadores foram Fauhan sem explicações satisfatórias no sols-
(mago que traduziu a maior parte da tício de inverno daquele ano diversos
linguagem metroniana conhecida), espíritos de mortos conhecidos va-
Jovana (sacerdotisa que apaziguou garam entre os vivos. Além de ines-
espíritos inquietos que assombravam perados reencontros novos mistérios
as terras que permitiram a coloni- surgiram e alguns mistérios menores
zação), Satir (guerreiro abatedor de foram revelados. O fenômeno conti-
monstros versados nas tradições do nua a se repetir com menor intensida-
deserto) e Palim (ladino que coletou de. Assassinar um inimigo não parece
tesouros metronianos confinados no mais tão cômodo.
Palácio do Conselho até hoje).

5 A Ilha de Metron
A Ilha de Metron
Os Humanos

A Cidade da Harpia | Elemento: Luz

C
idade de veraneio e pesca dos lidades: expulsão da cidade, confina-
metronianos durante a flores- mento em santuário ou isolamento
cência do Império arquiteta- no Lago de Pedra de acordo com o
da em alinhamento com a direção prestígio do réu. Questões de Honra
Nascente dos astros. Casas, templos, são resolvidas em duelos formais, va-
palácios e estátuas remetendo a um riando de até o primeiro corte a até à
mundo greco-romanas em ruas pavi- morte, justiceiros podem não ser con-
mentadas predominando mármore siderados criminosos. Julgamentos
de um ofuscante branco foi a terra de são presididos por magistrados ou sa-
chegada dos primeiros náufragos e cerdotes julgando fieis dentro das leis
hoje lar de uma sofisticada e hedonis- de suas crenças e há justiça específica
ta sociedade. para a milícia. É proibido formar for-
ça militar própria além de eventuais
A justiça é punitiva e humilhante.
guarda-costas mercenários.
Cárceres permanentes são dispendio-
sos, mas há uma masmorra recupe- Há estratificação social na cidade,
rada recebendo internos castigados mesmo com terras e muitos bens
a produzir uma meta estipulada de considerados estatais. Famílias que
riqueza equivalente a seus crimes e descendem de antigos heróis que
à manutenção de suas celas. Execu- herdaram terras como recompensa
ções públicas são raras e um espetá- por serviços do passado, um hábito
culo moralista. Crimes leves exigem praticamente extinto, garantiram al-
indenizações, multas, reparação cor- guma riqueza e títulos nobiliárquicos
respondente ao dolo causado e/ou inúteis. Alguns deles, iludidos ou ar-
replicação no réu, castigos físicos por rogantes o suficiente, mantém as co-
contusão, mordaças, imobilizadores res e códigos românticos de cavalaria
de mãos, detenções numa gaiola em de seus antepassados se exibindo em
local pública (equivalente medieval duelos, torneios e bailes. São costu-
a figurar a primeira página de um mes destas família cultivar a práti-
jornal), já o exílio abarca três moda- ca do florete, arranjar casamentos,

A Ilha de Metron
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Um suplemento para
cultivar diários, bailes e cerimônias. “Tavernas” são raras e mal vistas,
Cristais são o capital acumulado pela ambientes de socialização mais co-
classe trabalhadora (metais são raros), muns são casas de banho público que
o escambo de mercadorias é rotineiro. aproveitam fontes termais e recatados
Alguns poucos dependem de carida- serventes. Prostituição existe de for-
de nas ruas, vagam também monges ma discreta ocupando algumas casas
presos a votos de pobreza. Não há elegantes com terma própria ou becos
escravidão, exceto em pagamentos de escondidos, mesmo aqui é uma ativi-
dívidas. No mais, Mestres de Ofícios dade financiada secretamente pelas
(o equivalente a detentores de mo- pessoas certas, é extremamente ren-
nopólios, terras, mercadores, líderes tável. Mulheres recebem serviços de
sindicais, comunitários e religiosos) profissionais ornados como gladiado-
recebem habitações específicas num res, soldados ou bardos mascarados.
setor central reservado e demais bair- Uma casa digna de nota é o Alaúde,
ros são divididos por funções produti- um espaço de mercenários, vinho,
vas, religiões e outros distritos podem almofadas acetinadas e prostituição
inclusive ser propriedade de uma fa- gerenciada pelo muito bem relaciona-
mília nobre. Há ainda uma localida- do sátiro Feres. Por alguma razão ele
de coberta de vida vegetal que abriga está SEMPRE sorrindo.
faes (o distrito de Salix) e outra funda- Outro estabelecimento curioso é a
da pelos novos orientais e nativos de casa clandestina “Confraria das Espa-
origens comuns submetidos a um res- das”, reservada à perdição do jogo,
peitado líder daimiô (o distrito da Ra- negócios e romances para quem pre-
posa). À noite ruas são iluminadas por fere permanecer anônimo. Impreg-
lâmpadas a óleo e Pedras Elementais nada por uma magia que altera por
simples.

7 A Ilha de Metron
A Ilha de Metron
ilusões (na casa e proximidades) o tições, música percussiva e histórias
rosto e a voz de quem proferir uma épicos encenadas. Do outro lado mu-
senha formada pelo anagrama de le- lheres apreciam peças de teatro, exi-
tras gravadas em cubos arcanos de bições de belos gladiadores, comida
ferro presos por correntes em uma refinada, músicas emotivas, videntes
caixa e reordenados constantemente. ciganas e jogos. Os preços são aces-
O artefato está em um cofre secreto síveis, se chegam a ser cobrados. São
do proprietário Zamed. Não importa servidas bebidas específicas com pro-
quantas vezes conjurada a segunda priedades revigorantes e afrodisíacas
face será sempre igual. típicas da estação. Sinos tocam avi-
sando os principais eventos e, extrao-
No submundo da urb há lutas clan-
ficialmente, o festival é um período de
destinas numa gaiola em forma de cú-
infidelidade conjugal em que dias an-
pula às vezes requisitada para Duelos
tes cartas galantes são trocadas mar-
de Honra (públicos e com apostas ou
cando encontros. Vale lembrar que
a portas fechadas). Mercenários ou
numa sociedade sujeita à igualdade de
assassinos são contratados por empre-
gênero a homossexualidade é tão co-
gadores da cidade vizinha para garan-
mum como em qualquer outro lugar,
tir sigilo.
entretanto não há razão para ser ocul-
Uma vez por ano a cidade é dividida tada. Outros eventos relevantes são
em eventos para homens e mulheres torneios esporádicos nas celebrações
em um festival estendido por dias. de casamentos e obras públicas. Além
Para os homens lutas de arena sem de 4 dias dedicados a cada um dos 4
mortes (único momento em que são heróis exploradores do passando sen-
permitidas), shows circenses, compe- do cada data relacionada a uma das

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Um suplemento para

classes, assim há um feriado religioso de atividades acadêmicas complexas


clerical, torneios de guerreiros, exibi- (como magia, leis, engenharia) na
ções de magos e desafios de ladinos, maioria das vezes é legado à Cidade
como abrir baús, escaladas, equilíbrio, da Quimera. O acesso ao conheci-
escapismo, atravessar estruturas cru- mento é restrito, mas crianças talento-
zadas por cordas com pequenos sinos sas são assistidas quando detectadas
e guizos sem fazê-los soar, etc. logo independente de suas origens.
Bibliotecas de pergaminhos e livros O governo é formado por um triun-
são reservadas a templos e casas no- virato que reveza intelectuais, guer-
bres. Contam com copistas e estão reiros, heróis e Mestres de Ofício. O
em constante intercâmbio com outras serviço dura cerca de 7 anos e são per-
bibliotecas e pesquisas. A educação mitidos votos nas assembleias apenas
cabe aos templos, famílias e tutores dos Mestres de Ofício. No momento
particulares. Cada criança é versada são cerca de 30 Mestres, entretanto o
em algum ofício profissional, certa- número de cadeiras é flutuante e bu-
mente tradições de família, e estudos rocratas reclamam mais títulos.

9 A Ilha de Metron
A Ilha de Metron
A Cidade da Quimera | Elemento: Trevas

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onstruída ao redor de um lago renascentista, laboratórios alquími-
circular com monumentos ali- cos, discussões teológicas, dissecações
nhados ao Poente a cidade vem de cadáveres, debates acerca dos Pla-
sendo reconstruída e formando sua nos e sobre a natureza da psique e da
identidade unindo uma sofisticada loucura ocupam as mentes inquietas.
junção de ciência e magia arcana com O governo é legado a um regente com
uma organização social resgatada das poderes absolutos. A elite é formada
mais bárbaras cidades-estado da ida- especialmente por descendentes dos
de do ferro. Crucificações em gran- magos fundadores da cidade. Cavalos
des rodas de madeira, execuções em são artigos de luxo, porém menos es-
jogos de arenas, fogueiras, ordálios, cassos que na “Cidade da Harpia”.
chicotes, mutilações, marcas de ferro Jogos em Arenas são o principal en-
aquecido em execuções públicas san- tretenimento: alternam-se combates
grentas fazem parte do sistema penal. sangrentos, lutas espetáculo, feras,
Porém o castigo mais temido é servir exibições circenses e arcanas inter-
a experimentos arcanos ou médicos. mediadas por um dramático arauto.
Por outro lado uma cúpula de ensino

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Um suplemento para

Pelos jogos passam a política de pão dicos e místico, sejam estética ou apri-
e circo, apostas, agenciamentos e caça moramentos quase inumanos. São
a criaturas. Bailes imitam o padrão da considerados estranhos demais para
“Cidade da Harpia”, entre os feriados se conviver. Pequenas seitas são raras.
um festivo dia dos mortos. Tavernas
As duas cidades são ligadas por uma
estão regadas a variadas bebidas e
rota conhecida como Via Rubra. A tra-
atrações, mas há casas reservadas
vessia leva cerca de sete dias para um
para públicos e espetáculos especí-
pequeno grupo e dois dias a mais para
ficos. São o lugar para contatar o
uma caravana, a estrada ocasional-
mercado negro, espiões, caçadores de
mente abriga assaltantes ou monstros
recompensas e mercenários ranzinzas
errantes. Não há corpo de patrulhei-
apinhados de dívidas em toda sorte
ros na maior parte das estradas sendo
de vícios. A peculiar moda local dita
a segurança de caravanas e viajantes
roupas verdes, negras ou cinza, couro,
por conta deles próprios. A via ma-
ossos, joias, tatuagens e maquiagem
rítima é outra alternativa, o tempo
(sobretudo nos olhos).
e pagamento é variável e um pouco
Há um distrito remetendo às tradi- imprevisível. Ao redor das cidades
ções dos povos do deserto chamado produção tipicamente rural, pesca ou
Terra dos Djins e o líder da comuni- extração de recursos naturais.
dade é tratado como sultão. Os becos
Os quimerianos consideram os har-
mais sujos estão na Encosta da Hidra.
pinianos adoradores da intriga, afe-
Amazonas justiceiras organizam sua
minados e esnobes. Por outro lado
vila centenária na fronteira rural. Ou-
os habitantes da cidade do Nascente
tro grupo digno de destaque vive em
veem os nativos do Poente como bru-
isolamento social numa casta unida
xos, bárbaros e sem honra.
por crenças monásticas de homens
e mulheres dedicados a modificar o
próprio corpo com experimentos mé-

11 A Ilha de Metron
A Ilha de Metron
Os Outros

Os Asuras | da manipulação de cristais de energia


e as castas inferiores chegam a exercer
A Montanhas dos Goblins atividades degradantes. Asuras estão
imiscuídos entre humanos desde tra-
balhadores menos qualificados a va-
liosos conselheiros. Da mesma forma
humanos proscritos são assimiladas à
Montanha. Estes são tempos de paz
em que humanos não caçam asuras e
asuras não caçam humanos. Missões
diplomáticas e trabalhos conjuntos
nas cidades são comuns.

Os Fae | A Árvore Branca

Círculo de montanhas esculpidas e


escavadas habitada por “goblins”. Na
verdade são de uma raça chamada
Asura, mas erroneamente identifica-
da pelos humanos. Criam famílias, de-
senvolvem sua ciência, engenhos me-
cânicos e magia, veneram seus deuses
totêmicos e evitam dividir seus segre-
dos como as outras raças. Segue uma
rígida hierarquia de castas em que a Uma grande árvore com folhas pra-
nobreza desfruta de avanços místicos teadas e emanando luz circundada
e tecnológicos assombrosos a partir

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Um suplemento para
por ladrilhos até onde é possível se ajustam querelas em julgamentos,
aproximar. A árvore é cercada por um realizam celebrações e até cerimônias
forte campo de energia e age como de casamento! O fenômeno é restrito
uma encruzilhada de planos, trazen- apenas a este templo e seus arredores,
do apenas criaturas de origem feérica mas alguns conseguem interagir com
para este mundo. Os recém-chegados outros pontos. Nem todos os mortos
relatam vir de lugares e mesmo pla- da história da ilha estão aqui e não
netas diferente, uma vez aqui são in- se sabe o critério que os seleciona.
tegrados a alguma irmandade fae ou Alguns vivos são capturados ou con-
ao distrito de Salix. Os fae rejeitam a vidados para certas cerimônias como
Cidade da Quimera e poucos perma- deliberações jurídicas ou festejos.
necem lá. Fae são criaturas das linha- Cerca de uma légua ao norte do tem-
gens de elfos, halflings, anões, sátiros, plo aparentemente o cemitério em
gnomos, meio-animais, etc. que os Antigos depositavam parte
de seus mortos. Embora muito dessa
Os Mortos | cultura seja um mistério sabe-se que
O Templo e o Fosso havia ritos diferentes para mortos
que atingiam a velhice e jovens que
não experimentavam com plenitude a
vida. O fosso é circular com 1km de
diâmetro e a profundidade é ignora-
da, porém é aceito que estaria reser-
vado a criminosos, suicidas, amal-
diçoados, demônios e criaturas que
subverteram o ciclo da vida. Viajantes
que descansaram nas encostas do Fos-
so afirmam ouvir o lamento de almas
no seu interior. Toda a região ao redor
é ornada com hieróglifos da morte e
da doença. Vem sendo utilizado pelos
Inquisidores para depositar criaturas
especialmente demoníacas para não
mais retornarem.

Em um templo em ruínas alinhado


sob o zênite da Lua Cheia em uma
ocasiões a cada 6 anos um contingen-
te de mortos-vivos corpóreos e incor-
póreos despertos de diferentes tumbas
aparentemente reúnem-se numa con-
ferência e travam pequenos duelos,

13 A Ilha de Metron
A Ilha de Metron
Personalidades

Jazed, o Dragão de Pedra ções. Frequenta as termas centrais da


cidade e pode ser visto discutindo po-
Dragão cinzento adulto com escamas
lítica e planos de longo prazo em salas
afiadas de pedra. Possui graves limita-
reservadas. Lucian observa de perto
ções por sua estrutura rochosa, como
magos promissores em treinamento e
a incapacidade de nadar ou voar mes-
mantém um aviário de pássaros espe-
mo possuindo asas, e muitas vezes
ciais treinadas. Dizem haver um pacto
precisa da ajuda de humanos para
entre ele e Jazed, uma vez que o dra-
realizar pequenas missões recompen-
gão seria especialmente vulnerável às
sando-os como tesouros ou favores.
magias de Água e Ar de Lucian.
Jazed é honrado, orgulhoso como
qualquer dragão, mas ciente de que é Comandante Selena, a Mestra Pala-
um prisioneiro como todos os outros. dina da Guarda: Dividindo a admi-
Entre suas habilidades são relatadas nistração com as obrigações de seu
capacidades como assumir (ao menos templo domina as artes da guerra e
por algum tempo) a forma de um hu- a política com os fae. A Guarda da
mano negro com um braço de pedra, Cidade lhe é plenamente leal, sendo
lançar uma pequena tempestade de muito bem informada. Para todos na
areia ao invés de fogo, fundir-se à ro- ilha sua palavra tem valor inestimá-
cha ou terra e transformar-se em pó vel, uma vez que até as mais secas ro-
ou pedra. Está refugiado em uma tor- chas sangrarão para que Selena cum-
re que costuma escalar para realizar pra suas promessas.
suas pesquisas e repousa em seu topo.
Reverendo Cornel, o Mestre Juiz:
Parte do tempo dedicada à fé de seus
O Conselho dos Três deuses, outros tantos momentos la-
Atualmente formam o Conselho da pidando as leis da Cidade fazem de
Cidade da Harpia: Cornel o líder com mais empatia
junto ao povo. Seu semblante lúcido
Sir Lucian, o Mestre Arcano: Espe-
faz dele um pregador cativante difícil
cialista nos elementos Água e Ar co-
de dizer “não” e para quem aparen-
nhecido como detalhista, planejador,
temente ninguém consegue enganar.
colecionador de artefatos metronia-
Cornel viaja constantemente à Cida-
nos (muitos deles mágicos) e por le-
de da Quimera a negócios.
vitar em transe durante suas medita-

A Ilha de Metron
14
Um suplemento para
O conselho se vale de arautos que in- como um eremita excêntrico que vaga
termediam suas palavras e executam quase sempre sozinho por todos os
diretamente suas determinações. Há cantos da ilha aparentemente inca-
sempre a suspeita de que alguns se- paz de falar e se comunica por ilusões
jam versados em magia de domínio projetadas sobre as mãos. Seu refúgio
da mente. mais conhecido é um navio encalha-
do na Baia da Gaivota que ninguém
Malina, a Leoa sabe ao certo quando chegou. É uma
figura carismática e interessado em
O Regente quimeriano é indicado
assuntos arcanos.
pelo anterior e seus conselheiros para
servir por 7 anos ou apontado numa
convocação dos fantasmas de Regen- A Guarda Senhorial
tes falecidos. Atualmente as decisões O contingente superior da guarda mi-
cabem à sacerdotisa Malina, a leoa. liciana selecionando a dedo soldados,
Sua liderança é bem vistas pela cúpu- clérigos guerreiros, espiões e magos
la dos Asuras e conseguiu estabelecer de combate. A Guarda geralmente
boas relações entre os eruditos das dispõe de um contingente de 4 mem-
duas culturas. A boa tirana precisa bros permanentemente a disposição
subjugar além das rivalidades entre as de cada um dos três membros do
cidades sua própria animosidade com Conselho da Harpia. Esta força de
Lucian e Selena na corte vizinha. elite tem a responsabilidade de mis-
sões secretas, exploração, resgates e
É tradição na Cidade que o Regen-
proteção.
te, e apenas ele, tenha certas regalias
como um harém, escravos, o poder
de mudar livremente leis e julgamen- Inquisidores
tos, entretanto decisões impopulares Um destacamento de Inquisidores
possuem suas consequências políti- que caçam especificamente mortos-
cas. Malina conta em seu harém com -vivos, cultistas, demônios e rituais
gladiadores, um angelical elfo e duas proibidos. Sua masmorra e sua bi-
exóticas mulheres – todos proibidos blioteca estão na Cidade da Quimera,
de qualquer outro relacionamento mas recebem trânsito livre em ambas
sem o consentimento de sua senhora as cidades não pertencendo a nenhum
até o fim de seus serviços e alguns a dos governos repondendo apenas aos
acompanham em viagens. Entretanto líderes mais elevados. São conhecidos
não são considerados prisioneiros, ao como exímios torturadores. A apro-
menos a maioria. ximação de seu cruel Capitão Ian faz
demônios rezarem implorando pieda-
Cedric, o Autarca de pelos interrogatórios que estão por
vir...
Os poucos que o viram o descrevem

15 A Ilha de Metron
A Ilha de Metron
Ciganos sediam incansavelmente vítimas, já
outros como guias dispostos a ajudar.
Um segmento de rons que percorre A comunicação por sonhos é um fe-
uma rota criada por seus ancestrais nômeno comum, sacerdotes sempre
nas estradas ao redor da ilha e que narram experiências místicas viven-
leva entre quatro a seis meses para ciadas em sonhos envolvendo arautos
ser plenamente cumprida, a jornada de seus deuses, a interpretação dos
envolve paradas em locais específicos sonhos depende unicamente daquele
para realização de rituais de integra- que sonhou.
ção com as crenças ciganas e o con-
fronto com desafios para a formação O Mercador: homem de meia-idade
física, moral e autoconhecimento com vestes do deserto e uma mão de
dos viajantes. A jornada é realizada ouro. Oferece trocas, às vezes sem
ao menos uma vez na vida primeiro sentido aparente, às ve¬zes salvado-
como rito de passagem e posterior- ras. Ao terminar o sonho terá ao seu
mente, para alguns, com algumas alcance seu novo item e terá perdido o
diferenças no percurso como peregri- que ofereceu.
nação para os que procuram respostas A Curandeira: jovem encapuzada,
espirituais. Na trilha assentamentos e frágil, de mantos brancos com um co-
lugares carregados de energia mágica ração dourado brilhando sob a pele.
são os pontos de parada. Oferece cura de ferimentos, doença,
As estradas, e muitas construções no mutilações ou maldição em troca de
seu trajeto, foram restauradas pelo seguir um dogma inquebrável por um
trabalho conjunto de ciganos e asu- ano, um mandamento ou missão divi-
ras, sendo permitido aos ciganos sal- na (derrotar um demônio ou morto-
vo conduto em suas terras e ajuda -vivo escolhido, viver de caridade, não
mútua entre ambos os povos ceden- matar, roubar, fornicar, ferir ou men-
do trabalhadores, ajuda e serviços. tir/omitir, etc).
Nas terras humanas são famosos por O Oráculo: entidade com aparência
montar pequenos espetáculos circen- andrógina identificada por ter olhos
ses periodicamente. Alguns ciganos de ouro. Ele(a) oferece a chance de
desenvolvem algum dom psíquico ou visões de tesouros ou fatos futuros em
talento mágico, este seria o motivo de troca de vencê-lo(a) em um jogo de
tentarem manter sua linhagem pura. azar. Perder acarreta em estar privado
de algum bem ou habilidade durante
Oníricos 2d6 dias.
Entidades que aparecem em sonhos
ou quando se cai em estado de incons-
ciência. Alguns clérigos os descrevem
como espectros obsessores que as-

A Ilha de Metron
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Um suplemento para

Temores

Os Esguios 4. violento/sádico/furioso/vingativo
Predadores albinos noturnos. Seres 5. provocar o caos
instintivos, inteligentes, de membros 6. ataques de pânico/catatonia/fra-
longos, magros, e sem traços faciais queza.
marcantes vagam em grupos de caça
ou sós. Nas cidades estarão encapu- O Mestre deve incluir redutores ade-
çados ou vestindo trapos atacando quados nas Habilidades correspon-
berços e vítimas adormecidas. Dificil- dentes. Nesse estado deve realizar
mente são estudados, após capturado diariamente um teste que o impele a
um Esguio mata a si próprio em um tentar realizar um ato cruel ou estúpi-
ritual sangrento e chocante. Alguns do. Direito a uma Jogada de Proteção
defendem que estes monstros são os para desistir antes de concluí-lo.
metronianos que permaneceram na
ilha e alguns poucos são capazes de Cultistas
falar. Nas cidades e Terras Ermas cultistas
Em regras equivalem a um Bodak de deuses obscuros sacrificam huma-
(Bestiário, pag.29), com a diferença nos em rituais, roubam relíquias, ro-
de ainda estarem vivos (mas man- gam maldições, assumem formas inu-
tém as Imunidades da espécie) e ao manas e caminham ao lado de seres
invés da Habilidade “Olhar Mortal” dos planos inferiores. São associados
portam um “Olhar da Loucura”. Ví- a lendas de moradores dos esgotos,
tima mal sucedida em uma Jogada de inquietantes rumores do despertar de
Proteção modificada pela Sabedoria mestres adormecidos e corrupção de
apresentará durante 3d6 dias um dos almas inocentes por riquezas, favores
seguintes sintomas decidido em uma e chantagens.
jogada de 1d6:
A Sombra Escarlate
1. dupla personalidade/amigo imagi-
nário Quase lendária sociedade secreta. Su-
postamente um grupo de ladrões de
2. alucinações, vozes
itens mágicos e justiceiros mascara-
3. hábitos grotescos secretamente e dos direcionando eventos das cidades.
publicamente Suas atividades são contadas há quase

17 A Ilha de Metron
A Ilha de Metron

um século e qualquer um pode ser da raças viáveis para personagens joga-


Sombra. Obviamente há teorias cons- dores serem trazidas por este meio,
piratórias sobre quem são e quais seus provavelmente estarão tão perdidos
verdadeiros interesses, mas a maior quanto todos os recém-chegados.
precaução sobre estes assassinos é ja- Nesta categoria estariam elfos negros,
mais se passar por um deles, ou sua tieflings e raças híbridas ligadas a se-
vida não será longa e/ou feliz. res dos nove infernos, mas dotadas do
mesmo livre arbítrio dos humanos.
Portal dos Pesadelos
O Lago de Pedra
Lembrado mais como uma lenda.
Embora jamais tenha sido compro- Lago murado de ruínas com a estra-
vado se da mesma forma que fadas e nha propriedade de transformar quem
criaturas relacionadas são trazidas de entra em contato com suas águas
outros lugares e mundos pela Árvore duas vezes em pedra. Criminosos da
Branca monstros, seres decaídos e fa- “Cidade da Harpia” podem ser con-
das da corte dos pesadelos viriam por denados a beber uma taça do líquido
outra encruzilhada dimensional, mui- maldito, a reincidência no crime pode
to possivelmente um nevoeiro denso condená-los à petrificação com mais
que descortina criaturas indesejadas uma gota. No centro do lago há uma
em qualquer ponto da ilha. É possível pequena ilhota onde criminosos espe-

A Ilha de Metron
18
Um suplemento para

cialmente odiados são abandonados. onde não há reservas de cinza vulcâ-


Uma vez lá vivem de sua própria la- nica para obter concreto ou pedreiras
voura e gado, mas incapazes de ar- para suprir tal demanda por progres-
riscar qualquer contato com a Água so.
de Pedra. Nos arredores árvores e ani-
Rumores adicionam vilas humanas
mais petrificados. Há pouco uma ir-
muradas podendo ser desde comu-
mandade de medusas decretou o lago
nidades pacíficas a refúgios de ban-
seu território. Mais escravos são bem
didos. Somado a isso territórios de
vindos.
monstros, um grupo de aventureiros
mascarados que perdeu a sanidade e
Terras Ermas uma andarilha que caminha com lo-
Fora das cidades o território é evitado, bos afasta os mais prudentes.
os perigos da densa floresta e isoladas
praias já dizimaram bravos destaca- Os Metronianos
mentos de exploradores. A paisagem Embora não sejam ancestrais dos har-
verde guarda vestígios metronianos: pianos e quimerianos são chamados
estradas resistentes, muralhas largas o de “os Antigos”. O pouco descoberto
bastante para duas carroças caminha- supõe uma civilização de avançada ci-
rem sobre elas, torres de vigília (ou ência e magia, sua arquitetura mescla
com outros propósitos não decifra- estéticas egípcia, asteca, greco-latina
dos), minas abandonadas, pirâmides, e renascentista. Supõe-se não haver
templos em ruínas, estátuas, túneis uma capital do império, o que suscita
subterrâneos ou transpassando mon- se tratavam de cidades-estados ou um
tanhas, monumentais pontes, lendas sistema de governo rotativo, se é que
sobre estruturas que emergem do solo está noção existia. Mistérios os cer-
e outras construções em locais sem cam, juntamente com seu desapareci-
sentido aparentemente numa terra

19 A Ilha de Metron
A Ilha de Metron
mento, mas sempre novas peças deste seu elemento (em regras conjuradores
intricado quebra-cabeças surgem em são considerados um ou mais níveis
mãos inesperadas. Entre supostos te- acima para magias relacionadas ao
souros teriam legado fórmulas para elemento). Há efeitos comuns possí-
vida longa, transformação de metais, veis (por exemplo, trazer criatura do
navios voadores, viagens planares e plano elemental quando quebrada,
artefatos arcanos únicos. exceto luz e trevas), porém outras pos-
sibilidades estão na tabela abaixo:
Um tesouro deixado pelos metronia-
nos foram suas Pedras Elementais, Cidades metronianas são pontos evi-
esferas perfeitas do tamanho de um tados. Quatro grandes ruínas ocupan-
pequeno punho fechado ligadas a um do áreas que variam de 7km² a 10km²
dos 6 elementos fundamentais da ma- quase sempre muradas e ocupadas
gia (água, fogo, terra, ar, luz e trevas). por criaturas errantes sempre prote-
Atingem grande valor e são localiza- gendo ferrenhamente seus territórios.
das esporadicamente rendendo boas Quase nada se sabe de seus segredos,
recompensas. As habilidades de uma pois foram tão poucos os sobreviven-
Pedra Elemental tende a anular ou en- tes que cruzaram suas fronteiras que
fraquecer na presença da pedra de ele- pouco foi desvendado além de histó-
mento contrário, algumas apesentam rias assustadoras que desafiam a sani-
habilidades únicas e ampliam poderes dade.
de magos ou clérigos relacionados ao

Habilidades de Manuseio Quando quebrada (efeito de área)

Água
Resfria o ambiente | respirar água. Criar geleira | chuva | cura | nevasca.
Branca
Fogo Manipulada por ferramentas ou em cajados.
Sempre quentes. Quando agitada passam a Explosão | fogo | armas em chamas.
Vermelha flamejar.

Terra Área mais fértil onde permanece | curas ace-


Cratera | terremoto | pó | tempesta-
de de areia | força adicional | crescer
leradas | abrir buracos.
Verde vegetação.

Ar Levita em diferentes alturas | voz ampliada |


Tornado | relâmpagos | névoa | ruí-
do | ar rarefeito | estrondo sónico |
silêncio | velocidade.
Azul odor.

Luz Luz constante | sentidos especiais de visão |


Clarão cegante | dano contusivo |
benção | esconjurar / ferir mortos-
bola de cristal | afastar mortos-vivos.
Dourada vivos e demônios.

Trevas Fumaça| enfraquecimento | criação


Área de sombras | Invisibilidade temporária. e cura de mortos-vivos | teleporte |
Negra buraco negro.

A Ilha de Metron
20
Um suplemento para

Cidade dos Lobos | buscam escravos nos limites da cidade


Elemento Água/Gelo que aparentemente não conseguem
deixar.
Ainda sem uma explicação realmente
plausível, salvo a presença das Pedras Cidade do Tirano Ocular |
Elementais, as ruínas de uma cidade Elemento Ar
metroniana quebra radicalmente o
Aparentemente uma ilha menor flutu-
clima subtropical do restante da Ilha
ado sobre outra ilha a cerca de 300m
e verte a um mundo branco beirando
do solo conectada à terra por um sis-
o glacial a maior parte do ano. Ao re-
tema elaborado de pontes, torres e
dor criaturas típicas de climas árticos
engenhos de elevação. Ninho de aves
e ainda mais devastadoras à noite.
armadas de truques mortais assom-
Suas ruínas são desafiadoras e uma
bram seus arredores. Suas ruas são
parte subterrânea para suportar o frio.
frequentemente nevoentas e perigos
Seu interior conta com vários canais,
podem vir de todos os lados.
poços, quedas d’água, barcos e lagos
congelados em harmonia com a mag-
nífica arquitetura dos Antigos.
Cidade da Esfinge |
Elemento Terra
Cidade do Dragão | Uma cidade esculpida em pedra num
Elemento Fogo grande oásis no Deserto da Muralha
com uma pirâmide asteca central,
Cercada de pequenos lagos de lava a
árvores de troncos que exigiriam oito
cidade dos Antigos regida pela égide
homens para abraça-las, grandes mi-
do fogo guarda magníficas estátuas de
nas e galerias subterrâneas. A cidade
dragões, florescimento de pimentas,
tem uma arquitetura perfeitamente
rosas vermelhas, estruturas de ferro,
reta e regular em cada rua formando
carcaças de máquinas a vapor e gêise-
quase um tabuleiro se vista de cima.
res eclodindo em horários regulares.
Pequenos sopros de areia passeiam
As estruturas naturais ao redor suge-
pela cidade em que duas raças de cria-
rem a cratera de um vulcão extinto.
turas estranhas com poucos membros
Uma rainha demônio e outras cria-
cada estão confinadas guerreando por
turas do mundo inferior caminham e
território.

21 A Ilha de Metron
A Ilha de Metron
Personagens Jogadores

Classes 4. Ladrão: espiões, assassinos, acro-


batas circenses, trapaceiros, ladrões
1. Homens de Armas: guerreiros
mercenários ou membros da cena pi-
podem ser treinados para a guarda
rata. É um aprendizado empírico, em
da cidade, gladiadores quimerianos,
parte pode estar arraigado à natureza
mercenários ou terem vivido parte da
de alguns fae e poucos têm o privilé-
vida entre os asuras da casta inferior e
gio de treinar com um mestre.
assim aprendido a lutar como bárba-
ros. Há ainda crianças que ambicio- Personagens de temática oriental
nam participar dos torneios podendo (ninja, samurai, monge, etc) partiriam
se tornar desde mestres em armas do distrito da Raposa para remontar
brancas até arqueiros. suas origens. Swashbucklers podem
constituir espadachins sofisticados ou
2. Clérigos: alguns sacerdotes aporta-
um eventual pirata. Bardos podem
ram na Ilha e fundaram as bases para
conhecer algumas magias ou viver
a transmissão de sua ciência e correta
como ladinos, seja qual for o estere-
adoração com a ajuda de seus deuses
ótipo viajam e permanecem algum
são guiados a recuperar relíquias do
tempo entre todas as comunidades,
Povo Antigo que os veneravam sob
são requisitados constantemente em
outros nomes.
festas públicas ou privadas como mú-
3. Magos: magia é aprendida em pe- sicos, contadores de histórias, atores e
quenos círculos de professores. Ape- em todas as atividades artísticas possí-
nas na “Cidade da Quimera” é pos- veis. Bardos ainda conhecem magias
sível aprender algumas variações de para influenciar emoções e comparti-
necromancia e apenas cultistas des- lham códigos secretos em músicas e
vendam a pura magia negra. A for- símbolos.
mação envolve aprender a língua dos
Antigos e são incentivados a aprender
o manejo de bordão, broquel, besta
leve, cajado e um mortal cajado com
uma lâmina resistente embainhada
escondida no seu interior.

A Ilha de Metron
22
Um suplemento para
Raças res de diferentes raças que formam
pequenos grupos conhecidos como
1. Humanos: raça dominante e mais
Irmandades (algumas aceitam huma-
versátil. Humanos com ascendência
nos e asuras). Além das raças tradi-
fae apresentam cabelos ou olhos com
cionais (elfos, anões e halflings) é pos-
cores incomuns.
sível adaptar sátiros, ninfas, dríades,
2. Asuras: em regras equivalem aos sereias/tritões, seres meio-humanos/
Halflings, entretanto o bônus de +2 meio-animais e demais criatura má-
pode ser aplicado à outra Habilidade, gicas comum a jogos e histórias de
exceto Força. Falam idioma próprio, fantasia. Podem conhecer o idioma
a maioria conhece o idioma comum. silvestre e o de sua respectiva raça.
3. Fae: raças geralmente identifica- Ocupam a ilha 76 mil humanos na
das como produtos dos contos de fa- Cidade da Harpia, 50 mil na Cidade
das atraídas à ilha pela encruzilhada da Quimera, aproximadamente mil
de planos da Árvore Branca. Não há humanos vivem desgarrados, haveria
aqui uma comunidade élfica, halfling ainda cerca de 5 mil asuras e pouco
ou anã, apenas um apanhado de se- mais de mil faes.

23 A Ilha de Metron
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