Você está na página 1de 6

jusbrasil.com.

br
13 de Abril de 2021

Veja como identificar juros abusivos em empréstimos


consignados

Muitos consumidores são prejudicados por cobranças indevidas em


contratos bancário. A maioria desses contratos possuem cláusulas
abusivas que favorecem apenas os bancos.

Os juros abusivos em empréstimos consignados em benefícios do INSS


são as práticas mais comuns das instituições financeiras para lucrarem
sobre aposentados e pensionistas do INSS. Mas, isso não pode ocorrer.

Veja a seguir como você advogado (a) pode combater esses abusos e se
posicionar em sua carreira no direito bancário.

(Continua após a publicidade)


(Clique na imagem para acessar)

Juros abusivos em empréstimos consignados

Os juros abusivos em empréstimos consignados podem aparecer em


duas situações:

Ausência de disposição expressa no contrato;

Aplicação de juros acima dos limites previstos nas Portarias do


INSS.

Na primeira hipótese o erro apresentado costuma ser apenas um mero


erro material, ou seja, um erro de digitação, porém mesmo assim o
consumidor precisar estar atento que acontece na prática, pois caso
não exista no contrato nenhuma disposição e mesmo assim o banco
aplica juros abusivos, ou seja, juros muito acima do que em média se
aplica no mercado, o mesmo é passível de revisão.

Quando estamos diante da segunda hipótese, o contrato pode ser


revisado pelo Poder Judiciário, deixando o mesmo dentro das
limitações das portarias do INSS.

Limitação do Custo Efetivo do Total dos empréstimos


consignados pelo INSS

O INSS desde 2008 edita Portarias e Instruções Normativas que tem


como principal função estabelecer limites para o Custo Efetivo Total
(CET), tais limitações são para as taxas de juros que serão aplicadas
nos empréstimos consignados para cada mês e devem ser seguidas
pelas instituições financeiras, inclusive quanto às taxas de juros
máximas fixadas ao mês.

O Custo Efetivo Total é a taxa que considera todos os encargos e


despesas incidentes nas operações de crédito: taxa de juros, tributos,
tarifas, seguros, custos relacionados ao registro de contrato e outras
despesas cobradas na operação.

Isso quer dizer que analisar isoladamente a taxa de juros praticada não
é suficiente para constatar a ofensa às normas do INSS. Ao comparar
operações de crédito ofertadas por duas instituições financeiras, por
exemplo, você poderá notar que aquela que apresenta uma taxa de
juros mais baixa pode não ser a mais vantajosa, quando considerados
todos os outros custos envolvidos.

Porém, em grande parcela dos contratos de empréstimo consignado em


benefícios do INSS essa limitação do CET não está sendo observada.
Intencionalmente, as instituições financeiras limitam a taxa nominal
dos juros àquela que deveria ser observada no Custo Total.
Quando o fornecedor não respeita os limites estabelecidos pelo
regramento específico do INSS, fixando o Custo Efetivo Total (CET) em
importe maior que o permitido para o mês, configura-se uma situação
de abusividade, conforme artigos 39, V, e 51 caput e § 1º, III do Código
de Defesa do Consumidor.

Ação revisional de contrato bancário de empréstimo


consignado

Quando você recebe um cliente que possui um contrato com juros


abusivos em empréstimos consignados em benefícios do INSS, você
deve ingressar com uma ação revisional contra o banco.

Modificação da cláusula abusiva

A ação revisional tem como objetivo declarar a abusividade da taxa de


juros incidente nos contratos de empréstimo consignado. Para tanto,
solicita a modificação na cláusula para que seja fixado um percentual
conforme Instrução Normativa/Portaria do INSS, vigente à época da
contratação para essa modalidade de operação financeira (empréstimo
consignado).

Dessa forma, as cobranças ilegais são afastadas e a instituição


financeira é condenada a restituir os valores indevidamente cobrados
do consumidor.

Descaracterização da mora

Com a aplicação dos juros abusivos durante o contrato, é lógico


concluir que o consumidor pagou valores acima do devido. Em outras
palavras, houve cobrança de encargos abusivos no período de
normalidade, retirando a liquidez necessária para constituição da
mora.
De acordo com orientação do STJ, se houver exigência de encargos
abusivos no período de normalidade contratual, a mora deve ser
descaracterizada. E quando a mora é afastada, torna-se ilegal o envio
de dados do consumidor para quaisquer cadastros de inadimplência,
não se admitindo também o protesto do título representativo de
eventual dívida.

Além disso, eventuais encargos moratórios devem ser restituídos pela


instituição financeira.

Os juros abusivos em empréstimos consignados em benefícios do INSS


devem ser combatidos por meio da ação revisional de contrato
bancário. Para tanto, o consumidor deve procurar um advogado
especializado para analisar o caso e o contrato e ver a possibilidade de
demandar a instituição financeira na justiça.

Fonte e trechos: Migalhas

Se você está começando no Direito Bancário e ainda não se sente


seguro para apresentar soluções para seus clientes, ou se você sofre
com falta de clientes, falta de reconhecimento, se sente só mais um no
mercado ou precisa ficar brigando por preço, assista a AULA
GRATUITA do Curso Justiça em Juros, e aprenda como ser
destaque no Direito Bancário.

Basta clicar no botão verde abaixo:

Disponível em: https://direitoparaavida.jusbrasil.com.br/artigos/1192420995/veja-como-


identificar-juros-abusivos-em-emprestimos-consignados

Você também pode gostar