Você está na página 1de 7

Escola Secundária de Alcácer do Sal

Relatório da Actividade
Laboratorial – TL I.1 – “Máquina
de Atwood”

Disciplina de Física

Docente: Prof. Rita Bastos


Discentes: André Galego nº2
Gonçalo Relvas nº5
Luís Caipira nº10

Ano Lectivo 2010/2011


1- Objectivo

A máquina de Atwood tem como objectivo verificar


experimentalmente a 2ª lei de Newton, testando a relação entre a
força resultante, a massa e a aceleração. Consiste em dois corpos
de massa m1 e m2 presos por uma corda que passa sobre uma
roldana. Esta experiência tem também como função permitir tornar
a queda de um corpo tão lenta quanto desejada, permitindo assim
calcular a aceleração em função de g. Esta experiência tem
também o objectivo de verificar se ela representa um sistema
conservativo, ou seja, com forças conservativas.

2- Contexto Teórico

Uma queda livre é sempre muito rápida. Aparelhos como a


máquina de Atwood foram inventadas para obter quedas livres mais
lentas e estudar, tal como na queda livre, movimentos sujeitos a
uma resultante de forças constante.
Dois corpos de massas diferentes m1 e m2, são ligados por um
fio de massa desprezável que passa na gola da roldana com muito
pouco atrito, tal como mostramos na figura da capa deste
relatório.
O corpo de menor massa sobe e o outro desce, com
acelerações iguais em módulo. De acordo com a 2ª Lei de Newton, a
aceleração do sistema escreve-se:
m 2 − m1
a= g
m 2 + m1
O valor encontrado para a aceleração do movimento do
sistema das duas massas mostra que:
• A aceleração é inferior à da queda livre (g);
• O seu valor será tanto menor quanto:
- menor for a diferença entre as massas;
- maior for a soma das massas.

Relatório de Física TL I.1 Página 2


Usando corpos de massas diferentes, pode verificar.se a
relação entre a aceleração, a massa total e a diferença entre as
massas dos corpos ligados.
Como a aceleração é constante, o movimento, tal como o de
queda livre, é uniformemente acelerado.
Se o sistema partir do repouso, as equações paramétricas do
movimento escrevem-se:
1
x =  a.t ^ 2 V = a.t
2

3- Protocolo

Material e equipamento utilizado

► Suporte universal;
► 1 Roldana;
► 2 Conjuntos de massas variáveis;
► Conjunto de massas com diferentes pesos;
► Fio inextensível;
► Fita métrica;
► Cronómetro;
► Balança de precisão.

Procedimento
Relatório de Física TL I.1 Página 3
1. Monte um Máquina de Atwood semelhante à figura 1, tendo
em conta o material previamente enunciado. Deve também no
processo de montagem medir a altura que vai desde do topo da
mesa (m1), até ao chão (m2).

2. Anote o valor das massas que estão presas no fio (M1 e M2)
somando-as;
3. Simule uma situação em que as massas de 1 e de 2 são iguais;
4. Mantenha o sistema parado e com os centros de massas
alinhados na horizontal e verifique que não ocorre movimento;
5. Faça agora variar 3 vezes as massas de modo a que a soma
permaneça constante;
6. Verifique qual é o mais pesado, depois de o ter feito coloque
o mais leve junto ao h=0 e deixe o corpo cair;
7. Repita três vezes cada lançamento 3 vezes, para uma mesma
massa do corpo 1 e 2;
8. Faça agora o mesmo que fez no passo 2 mas agora, em vez de
somar, subtraia o valor das massas (M1 e M2);
9. Faça agora variar 3 vezes as massas de modo a que a
diferença entre uma e outra permaneça constante;
10. Repita o passo 6, para cada lançamento;
11. Repita o passo 7;
12. Anote em tabela os resultados;
13. Calcule a aceleração para cada um dos lançamentos;
14. Calcule a aceleração da gravidade para cada um dos
lançamentos.

Relatório de Física TL I.1 Página 4


4- Registo dos dados e tratamento dos resultados

Pesos: m1= 99 g; m2= 52,28 g; m3=20 g; m4=5 g.


Altura 0,50 m

Tabela da variação da aceleração em função de mA - mB (Tabela 1)

Ensai mB mA mA-mB Tempo a g


o g g g médio m/s2 m/s2
s
Nº4 151,28 g 171,28 g 20g 1,3 s 0,59 9,5
(m1+m2) (m1+m2+m3) m/s2 m/s2

Nº5 104,5 g 124,5 g 20g 1,08 s 0,856 9,8


(m2+m2) (m2+m2+m3) m/s2 m/s2

Nº6 52,28 g 72,28 g 20g 0,80 s 1,56 9,7


(m2) (m2+m3) m/s2 m/s2

Tabela da variação da aceleração em função de mA + mB (Tabela 2)

Ensaio mA mB mA+mB g Tempo a g m/s2


g g médio m/s2
s
Nº1 99 g 77,28 g 176,28g 1,02 s 0,961 7,8
(m1) (m2+m3+m4) m/s2 m/s2

Nº2 104 g 72,28 g 176,28g g 0,69 s 2,1 11,7


(m1+m4) (m2+m3) m/s2 m/s2

Nº3 119 g 57,28 g 176,28g 0,56 s 3,19 9,11


(m1+m3) (m2+m4) m/s2 m/s2

Fórmulas utilizadas nos cálculos:

; ; ; .

Relatório de Física TL I.1 Página 5


5- Análise e Conclusão

Como estamos a trabalhar com um sistema desequilibrado, o


suporte contendo a massa m1 foi levado até o chão. Foi medido o
tempo que m1 demora a chegar à superfície de contacto. Cada
medição é feita três vezes para evitar incertezas, fazendo a média
das 3. Pela interpretação dos resultados obtidos podemos concluir,
em primeiro lugar que, a aceleração à medida que à medida que o
tempo aumenta (isto nos ensaios de mA+mB constante) a
aceleração diminui, e podemos também concluir que à medida que
mA tende para valores iguais a mB o tempo de queda é cada vez
maior. Já no caso dos ensaios de mA-mB constante podemos
também concluir que à medida que o tempo de queda é maior a
aceleração é menor.
Com esta experiência pôde-se concluir outros aspectos. Em
primeiro lugar pôde-se concluir que as massas dos corpos A e B
fazem depender não só a aceleração da gravidade mas também a
aceleração. Pôde-se também concluir que não se trata de um
sistema conservativo pois neste sistema não ocorre perca de
energia, situação que não se verifica pois o corpo menos pesado (o
corpo que ascende) funciona como atrito para o corpo mais pesado
(o corpo que desce). Por fim pode-se concluir que ambos os corpos
se deslocam com a mesma aceleração e consequentemente com a
mesma força resultante.
Em termos pessoais, podemos afirmar que a experiência
correu da forma esperada, na medida em que conseguimos atingir
os objectivos o que nos propomos que eram, fundamentalmente,
estudar e pôr em prática vários aspectos já estudados em aula,
relacionados com as leis de Newton, forças, movimento etc. Mas
temos a consciência que poderão e deverão ter acontecido erros
que possam ter comprometido o rigor da experiência… Os possíveis
erros experimentais podem ter sido de dois tipos ou sistemáticos
ou erros acidentais ou aleatórios. Isto pois os erros tanto podem
ter sido fruto de uma má leitura de valores ou da régua ou dos
medidores de tempo ou também na medida das massas, ou erros na
procedimento na experiência, respectivamente quando se larga o

Relatório de Física TL I.1 Página 6


corpo com alguma velocidade. Isto pode posteriormente revelar-se
nos resultados finais pois estes devido a estes erros podem se
afastar um pouco dos valores teóricos. Pode se também considerar
que o facto de termos desprezado o atrito do fio e da roldana
provoca alguns erros no resultado final.
Em suma, resta-nos frisar que gostámos bastante de realizar
a experiencia e ficámos satisfeitos com os resultados obtidos.

Relatório de Física TL I.1 Página 7

Você também pode gostar