A punção aspirativa de agulha fina e suas complicações.
Paciente com nódulos malignos na tireoide diagnosticados após exame citopatológico,
chegou a emergência com queixa de dores na região do pescoço, local onde foi realizada a punção aspirativa de agulha fina – PAAF – há 7 dias atrás. Ao exame clínico foi observado hematomas e edema na região e a ultrassonografia mostrou hemorragia leve no local da punção. A paciente acusa o técnico que realizou a punção de maus tratos durante a realização do exame. O médico plantonista tenta lhe explicar que essas são intercorrências comuns na realização da PAAF.
Resposta
Realizado por um médico ultrassonografista, a punção aspirativa de agulha fina
(PAAF) tem como objetivo coletar amostras de células do nódulo, que serão analisadas em laboratório por um Médico Patologistana. A punção é feita de forma segura, com o auxílio de uma aparelho que ultrassom. Assim, o Médico Ultrassonografista vê exatamente onde o nódulo está, insere uma agulha fina e retira uma amostra de tecido para análise. O exame pode ainda ser acompanhado por um Médico Patologista que irá analisar a amostra durante a coleta e decidir se é possível ou não realizar as análises necessárias para o diagnostico, garantindo a qualidade, evitando resultados inconclusivos e consequentemente, a repetição do exame. É o exame mais recomendado para determinar se um nódulo na tireoide é benigno ou maligno. O laudo leva cerca de 15 dias para ficar pronto, e com ele, os médicos podem classificar a lesão do paciente e definir o tratamento mais adequado. Todos os procedimentos possuem seus riscos e complicações, mas os benefícios deste procedimento se sobrepõe a longo prazo.